Não acredito que apenas uma marca possa suprir problemas de distribuição, falta de lojas e falta de investimento publicitário. É mais fácil (no caso de uma esperada recuperação) a Expand construir novas marcas. Existem vinícolas realmente fantásticas que ainda não são importadas para o Brasil. O Antinori, por exemplo, não é o italiano mais vendido na maioria dos países em que está presente. Claro que se alguém pegasse a Concha y toro, por exemplo, faria uma diferença considerável, mas os chilenos apostam na recuperação da Expand numa demonstração de fidelidade rara no mundo dos negócios. Uma pessoa de dentro da Expand me disse que uma nova grande marca está a caminho, uma auditoria feita por uma empresa internacional deve ser divulgada mostrando que houve dificuldades sim, como outras tiveram e a imprensa não divulgou, mas boatos de falência estão fora de cogitação. Segundo a auditoria, o patrimônio e a capacidade de venda com lojas próprias e franqueadas por todo Brasil, estão bastante acima das dívidas. Espero que tudo isso se confirme e que o mercado comporte novas importadoras com desejo de criar marcas e não apenas buscar marcas consagradas. Grandes importadoras não se incomodaram em buscar marcas da concorrente, como a Casa Flora por exemplo. Isso pode ser uma prova de que a boa distribuição e o vinho bem trabalhado criam as marcas.
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