terça-feira, 30 de abril de 2013

Tudo sobre as regiões francesas - Alsace - Parte 45 - Sub-Região Haut Rhin - Alsace Grand Cru Sommerberg











Os vinhedos do Grand Cru d'Alsace Sommerberg ficam nas comunas de  Niedermorschwihr e Katzenthal no departamento do Haut-Rhin, a 7 quilômetros de Colmar, nas estrada que leva para a estação climática de  Trois-Epis. 


Os 28,36 hectares estão plantados em altitudes que variam entre 270 e 407 metros, em encostas muito íngremes com exposição sudeste e sudoeste.


As variedades principais são: Riesling (13 hectares) e Pinot Gris (2 hectares).


Os solos são de substrato granítico em decomposição rico em elementos minerais.


Os Rieslings de Sommerberg são muito típicos, com muita personalidade, vivacidade e a necessidade de envelhecer pelo menos 3 anos para começar mostrar todas as qualidades.




O Vinho e a Pintura - Daniel Frickmann retratando com vinho sobre papel, a produção dos vinhos do Domínio Vicari


O próprio Daniel me explicou o projeto:


"Segue aqui as ilustrações em ordem numerada das sequências do processo de produção do vinho Domínio Vicari safra 2008. Somos um grupo de cinco estudantes de design da PUC-Rio (Daniel Frickmann, Francisca Caldas, Fernanda Guizan, Gabriel Rocha e Nina Vieira) e estamos desenvolvendo um projeto sobre vinhos de autor, mas especificamente com a Lizete Vicari. Nossa intenção é criar um sistema que envolve uma plataforma virtual e uma impressa. A impressa vai conter um resumo das histórias e do modo de fazer da Lizete e vai propor que o consumidor produza uma mandala baseada nas suas impressões sobre o vinho. Este impresso viria acoplado de alguma forma à garrafa. A plataforma virtual vai conter um banco de dados vivo destas mandalas além de reunir mais informações sobre as histórias e o modo de fazer da Lizete."






Todas as fases da produção estão retratadas com vinho sobre papel, Veja:

















































































































Aproveito para repetir a publicação do vídeo com a entrevista que fiz com a Lizete Vicari este ano:






segunda-feira, 29 de abril de 2013

Comida de Boteco - Por Jane Prado













Nada
mais paulistano que ir a um boteco.


Sem praia, o mais
perto que chegamos do clima do mar é através das tranqueiras, risadas e
bons momentos que passamos com amigos nos bares da cidade... Clima de
férias em algumas horas da nossa semana agitada.



Neste sábado, minhas amigas me convidaram para
fazer um tour nos botecos da cidade.


Lógico que aceitei, afinal, estar com amigos é escrever minha história.





Na hora pensei, "o Papo de Vinho de segunda-feira está garantido".




Pegamos o mapa do "Comida di Buteco" e fomos para a rua. 

Escolhemos 9 bares da região Oeste de São Paulo.




O
primeiro foi o Pé pra Fora, mas cheguei atrasada e não consegui avaliar. 


No segundo, o Cortás Espeto e Pastel, quem se atrasou foi o
cozinheiro! 


Sim, em pleno sábado eles não tinham plano B, o responsável
pelo prato escolhido não foi trabalhar... 


Partimos para o terceiro bar, o Caiubier, o prato selecionado foi o Linguiça Bêbada, que estava
simplesmente uma delícia.  Isso sem falar no atendimento e no ambiente
agradabilíssimo.










Na carta várias opções de uvas, vinhos para
harmonizar com todos os pratos. 


Além de opções de meia garrafa e
taças. 


Quase abandonei a galera e fiquei por ali mesmo.




Mas
seguimos o baile e fomos para o quarto bar, o Catarina. Fiquei surpresa,
pois tinha entendido que deveria ter linguiça e mandioca no prato, mas
lá o petisco selecionado havia sido peixe com camarão. 










Estava gostoso,
mas achei que destoou do restante do circuíto. O que me surpreendeu lá foi que a carta de vinhos era pequena, mas tinha a linha da Pericó...  


Lógico que adorei. Não teria dúvidas... Brut Rosé na certa!








Fomos
então para o quinto bar, o Tiro Liro, mas o lugar não abre aos sábados
à noite. Seguimos para o sexto boteco, o Botella, um lugar legal, com
música ao vivo, petisco excelente, mas o atendimento deixou a
desejar. 


Sempre acredito na opinião do garçom, eles conhecem melhor que
ninguém a casa, mas não gosto quando tentam nos manipular.










Na carta nada
de mais, mas rótulos suficientes para harmonizações clássicas num
boteco.




Então, seguimos para o sétimo boteco, o Pompéia, o mais baladinha que
fomos, tipo perfeito para fazer figuração, mas estávamos com pressa e
fomos direto para o prato escolhido. Bom, mas achei um pouco sem
tempero. A carta tinha poucos vinhos, mas suficientes para
acompanhar alguns pratos do menu.










Depois
fomos para o Valadares, o mais clássico de todos que passamos, com
direito a cachaças nas prateleiras e camisetas de times na parede.


A
comida estava bem gostosa. Há apenas uma opção de vinho na carta, daqueles que o melhor mesmo é optar por uma cerveja bem gelada.




O Lewis fica ao lado, mas a cozinha já estava fechada. Perfeito, pois não aguentava mais comer nada!





O roteiro foi puxado, mas valeu a pena, principalmente pela companhia que estava tri divertida.




Santé!









Segue o link para você acompanhar os pratos e os botecos selecionados para o concurso:



www.comidadibuteco.com.br/



Jane Prado tem o blog: http://www.chateaudejane.blogspot.com.br/


Tudo sobre as regiões francesas - Alsace - Parte 44 - Alsace Grand Cru Schoenenbourg










Os vinhedos do Grand Cru d'Alsace Schoenenbourg ficam nas comunas de Riquewihr e Zellenberg no departamento do Haut-Rhin, a 12 quilômetros de Colmar. 

Os 53,40 hectares ficam em altitudes que variam entre 270 e 375 metros, em encostas bastante íngremes com exposição sul e sudeste.

As variedades principais são: Riesling (27 hectares), Gewurztraminer (1,5 hectare) e Pinot Gris (0,5 hectare).

Os solos mudam de acordo com a área.

Na parte oeste, argila e marga, rico em elementos fertilizantes que retém bem a água.

Na parte mais alta das encostas, aparece o granito.

Na parte leste 1/3 ddos vinhedos fica sobre estratos de marga e calcário.

Os vinhos de Schoenenbourg são excelentes para guarda, o micro-clima e o terroir são excelentes para os vinhos de sobremesa Vendanges Tardives e Sélections de Grains Nobles.






domingo, 28 de abril de 2013

Até o começo de Maio, profissionais do vinho seguem provando "en Primeur" os Bordeaux 2012









Durante 15 dias, degustadores do mundo todo passam por Bordeaux para provar e descobrir em primeira mão, os vinhos da safra 2012 que ainda estão descansando em barricas.


Importadores, lojistas, nbegociantes, jornalistas, todos os profissionais do vinho com taça na mão para a grande descoberta.


Foi uma safra difícil, com a meteorologia atrapalhando com alternância de frio, calor, chuva e seca, dando mais trabalho aos viticultores. Com este clima, as doenças nos vinhedos devem ser acompanhadas bem de perto. Felizmente Agosto e Setembro foi de sol e fizeram com que a safra não seja considerada ruim, com boa quantidade de açúcar nas uvas e boa concentração.


A conclusão sobre 2012 é de que é um nem bom nem ruim muito bom. No caso dos brancos, muito bom. 


Entre os tintos, um Merlot muito bom melhor em Saint-Emilion que em Pauillac e muito bom em Pomerol (não é novidade).


No Médoc, com exceção dos grandes rótulos, pode-se encontrar de tudo. Crus bourgeois excelentes ou medíocres, crus classés decepcionantes ou surpreendentes. Isso significa que mais do que em anos normais, a mão do homem prevaleceu. A data da colheita, o cuidado nos vinhedos, a natureza do terroir, tudo pesou.




Tudo sobre as regiões francesas - Alsace - Parte 43 - Sub-Região Haut Rhin - Alsace Grand Cru Schlossberg










Os vinhedos do Grand Cru d'Alsace Schlossberg ficam na comuna de Kientzheim, no departamento do Haut-Rhin, a 10 quilômetros de Colmar. 


Os 80,28 hectares ficam localizados em altitudes que variam entre 235 e 430 metros, em encostas bastante íngremes, em terraços, com exposição sul na maior parte e sudeste na extremidade nordeste dos vinhedos.


As variedades principais são: Riesling (3 ha), Gewurztraminer (7 ha), Pinot Gris (2 ha) e Muscat (0,3 ha).


Os solos são de grande fertilidade mineral, com potássio, magnésio, fluor e fósforo, com areia grossa e argila.


Os vinhos são ricos em aromas florais e muito delicados.


São vinhos de guarda que merecem ser guardados pelo menos por 5 anos.


O Vinho e a Pintura - Adriaen Brouwer - 2



Adrian Brouwer, belga, pintou muitas cenas de taberna, onde a cerveja aparece constantemente. Mas barricas e algumas ânforas usadas para vinho também estão presentes. De qualquer forma, a arte vale a pena.

Na Belgica tem até uma cerveja com o nome de Brouwer em homenagem ao pintor.




sábado, 27 de abril de 2013

Ânforas para o Pontet Canet









O cru classé de Pauillac, no Médoc, Pontet Canet, começou a envelhecer parte dos seus vinhos em ânforas de cimento, no lugar de barricas. São pequenas cubas de 900 litros, equivalente a quatro barricas ou 1200 garrafas de 75 ml. 


Atualmente, depois dos testes, que começaram em 2005, cerca de 1/3 da colheita descansa em ânforas, 1/3 em barricas novas e 1/3 em barricas de 1 ano.


Vale lembrar também, que o Pontet Canet, é um dos raros crus classés de Bordeaux com vinhedos biodinâmicos.


As ânforas, produzidas sob encomenda com pequenas pedras do próprio terroir da propriedade, que ficam em contato com o vinho.


Usam o cimento para o Cabernet Sauvignon e calcário e argila para outras variedades.


A ideia é que o vinho envelheça em contato com os elementos do terroir, que deram para as uvas, os elementos da personalidade do vinho.


Uma novidade em Bordeaux!!!

Tudo sobre as regiões francesas - Alsace - Parte 42 - Sub-Região Haut-Rhin - Alsace Grand Cru Saering










Os vinhedos do Grand Cru d'Alsace Saering ficam na comuna de Guebwiller  no departamento do Haut-Rhin, a 26 quilômetros de Colmar. 


Os 26,75 hectares ficam em altitudes que variam entre 260 e 310 metros em encostas bem íngremes com exposição sudeste.


As variedades principais são: Riesling (6,4 hectares), Gewurztraminer (2 hectares) e Pinot Gris (0,6 hectare).


Os solos são de marga e granito, pesados e pedregosos.


Os Rieslings de Saering são florais, frutados e com uma acidez bem integrada e menos mineralidade que boa parte dos rieslings da região.


Os Gewurztraminers são bem vivos e merecem envelhecer ao menos 3 anos para mostrar suas qualidades.





sexta-feira, 26 de abril de 2013

Vem ai o Encontro de Vinhos Campinas 2013





Dia 29 de Junho, a cidade com o décimo primeiro PIB do Brasil, recebe o Encontro de Vinhos pela segunda vez.

Com pouco mais de 1 milhão de habitantes, é a cidade mais importante do estado fora da grande São Paulo.

Ano passado, o Encontro de Vinhos Campinas foi um sucesso.

Esperamos repetir.


Tudo sobre as regiões francesas - Alsace - Parte 41 - Sub-Região Haut Rhin - Alsace Grand Cru Rosacker




















Os vinhedos do Grand Cru d'Alsace Rosacker ficam na comuna de Hunawihr no departamento do Haut-Rhin, a 15 quilômetros a Norte de Colmar. 


Os 28,36 hectares de vinhedos estão em altitudes entre 255 e 345 metros, em encostas de média inclinação com exposição leste e sudeste.


As variedades principais são: Riesling (12 hectares), Gewurztraminer (3 hectares) e Pinot Gris (2 hectares).


Os solos são calcários pesados, cobertos por silicio e arenito.


Os rieslings de Rosacker possuem boa acidez, aromas de pimenta e muita tipicidade quando jovens.


Mais velhos mostram mais notas minerais.


Os gewurztraminers apresentam aromas de rosas e pimenta.


Todos os vinhos do Grand Cru Rosacker são harmônicos e longos na boca.


São vinhos de guarda.




quinta-feira, 25 de abril de 2013