sábado, 31 de maio de 2014

Provei a história da Dona Ferreirinha, provei Portonic e provei os grandes vinhos do Porto Ferreira...





Antes quero falar do Portonic.

Um coquetel que falta nas baladas. Fresco, alcoólico no ponto certo e saboroso.

Seria interessante para que os jovens conhecessem o vinho do Porto um pouco mais cedo.

Sim, mais cedo porque o Porto é a bebida da razão. Os jovens normalmente não gostam, mas quando começam a entender mais sobre as boas coisas da vida se apaixonam.

Isso atrapalha o mercado do vinho do Porto, uma bebida que tem a imagem da casa do avô.

Uma bebida fantástica para ser bebida em diversas ocasiões e até mesmo no dia a dia.

Segue a receita do Portonic:







Ingredientes



2 dose(s) de vinho do Porto branco 



água tônica o quanto baste



gelo a gosto



1/2 laranja




Modo de preparo



Preencha um copo para long drink com gelo e adicione uma rodela de laranja.



Coloque o Porto branco, esprema meia laranja e complete com água tônica.



Para decorar, disponha uma fatia de laranja na borda do copo e sirva.








Agora sim vou falar da prova dos vinhos do Porto Ferreira.

Uma tradição que começou com a Dona Ferreirinha.

Dona Antónia Adelaide Ferreira, viveu de 1811 a 1896 e foi a responsável pelo sucesso da A.A. Ferreira que já existia desde 1751.

Figura lendária em Portugal, Dona Ferreirinha ajudava os trabalhadores dos vinhedos, lutou por incentivos do governo, lutou contra a Filoxera e investiu na modernização do cultivo da vinha.

Uma personalidade da história do mundo do vinho.







Hoje o Porto Ferreira pertence à Sogrape, que também produz entre outros vinhos, o mítico Barca Velha.

Tive a honra de provar os vinhos ao lado do enólogo Luís Sottomayor, que é um dos grandes especialistas de vinho do Porto.

Além dos vinhos Ferreira, ele também é responsável pelos Portos Offley e Sandeman.





Comecei pelo Ferreira LBV 2009, ordem escolhida por Luís, portanto, uma ordem...

Um corte de Touriga Franca (35%), Touriga Nacional (30%), Tinta Roriz (20%), Tinta Amarela (10%) e Tinto Cão (5%).

Os vinhos chamados LBV Late Bottled Vintage são vinhos de uma única safra, engarrafados entre o quarto e o sexto ano depois da colheita.

A cor é rubi, reflexos violeta.

No nariz boa intensidade aromática.

Bastante fruta vermelha madura, notas florais, tabaco e cravo.

Na boca é encorpado, taninos vivos, finos, bom volume, untuoso e equilibrado.

Boa acidez e final longo.

Preço: 127 Reais

Nota: 90/100







Na sequência provei o Vintage 2007.

Vintage é o top dos vinhos do Porto.

Só é engarrafado como Vintage, quando o ano for excelente e as uvas com qualidade para a produção de um vinho de uma única safra.

Produzido com touriga Nacional e Touriga Franca.

A cor de um vintage novo é sempre vermelho rubi bem escuro, com reflexos violeta.

No nariz média intensidade aromática (o vinho é muito novo por ser um vintage).

Vinho ainda fechado (precisa de tempo em garrafa), notas de amora, ameixa, violeta...

Na boca é encorpado, concentrado, bastante volume e equilíbrio.

É elegante e longo.

Preço: 467 Reais

Nota: 91/100







O Vintage 2011 era mais jovem, mas mostrou que será um vinho grandioso com os anos.

Eu vou comprar uma garrafa dessas para esperar um pouco.

Elaborado com Touriga Franca (45%), Touriga Nacional (40%), Tinta Roriz (10%) e Souzão (5%).

No nariz já mostra onde pode chegar.

Frutas vermelhas e negras, boa intensidade aromática, violeta, pimenta, curry...

Na boca untuoso, encorpado, potente...

Acidez alta, Taninos finos, marcantes.

Final longo.

Preço: (ainda não chegou no Brasil, mas deve custar o mesmo que o vinho anterior (467 Reais).

Nota: 93/100






Passamos para os Tawnys (que são os vinhos com safras misturadas e mais envelhecidos com coloração (como se diz em Portugal) alourada.


O Dona Antonia Reserva merece mesmo representar a Dona Ferreirinha.


É um super vinho!


Tem uma idade média de 8 anos (significa que podem estar misturados vinhos de diversas safras e na média de idade chega-se a 8 anos).


Elaborado com Touriga Franca, Touriga Nacional, Tinta Barroca e tinta Amarela.


No nariz tem grande intensidade aromática.


Notas de frutas secas, figo, mel, compota de frutas vermelhas e negras, especiarias doces e violeta.


Na boca é delicioso.


Taninos finos, equilibrado entre doçura e acidez.


Encorpado, elegante, longo.


Preço: 130 Reais


Nota: 90/100












O Porto Ferreira 10 anos foi elaborado com Touriga Franca, Touriga Nacional, Tinta Barroca, Tinto Cão e Tinta Amarela.


No nariz aparecem as notas de oxidação esperadas, as frutas secas, mas também frutas maduras com uma intensidade incrível.


Notas de canela, mel e chocolate.


Na boca é elegante, muito bem equilibrado, boa acidez e volume.


Textura macia.


Final longo.


Preço: 229 Reais


Nota: 92/100








Encerramos com o Ferreira Duque de Braganmça 20 anos Tawny.

Touriga Franca, Touriga Nacional, Tinta Barroca, Tinto Cão e Tinta Amarela e Tinta Roriz.

Nariz intenso, rico.

Notas de frutas maduras, compota, figo seco, baunilha e café.

Na boca é encorpado, elegante, textura macia, excelente volume, equilíbrio e apesar da média de idade, frescor.

Final longo.

Vinho Excelente!

Preço: 439 Reais

Nota: 94/100



os vinhos do Porto Ferreira são importados pela Inovini: www.inovini.com.br

sexta-feira, 30 de maio de 2014

Provei o chileno Maturana, que acaba de chegar ao Brasil. Conversei com o enólogo José Ignacio Maturana.





O vinho foi apresentado na Enoteca Saint VinSaint, em São Paulo.

O Maturana Wines 2011, foi produzido no Valle de Cachapoal, com uvas Carménère (72%) e Cabernet Sauvignon (28%).

O vinho passou por barricas francesas novas e velhas, o desengace das uvas foi manual, leveduras selvagens e o trabalho familiar.

Apenas 3453 garrafas foram produzidas.







No nariz o vinho tem boa intensidade aromática.

Notas de cassis, framboesa, terra, beterraba, baunilha, chocolate.

Na boca é encorpado, elegante, taninos macios, boa acidez e equilíbrio.

O final é longo com notas de chocolate.

Preço: 200 Reais.

Nota: 92/100

Importador: www.lacristianini.com.br

Conversei com o enólogo (o pai da criança) José Ignacio Maturana:



Veja quanto cada país produz e consome de azeite de oliva. Portugal e Itália consomem mais do que produzem e mesmo assim exportam. como fechar essa conta???





Como você pode ver na tabela, Portugal e Itália, produzem menos do que consomem e mesmo assim são exportadores. Sabe como fechar essa conta?

Conforme reportagem do Jornal ABC de Madrid, os dois países importam da Espanha, engarrafam como se fossem italianos ou portugueses e exportam, como mostra essa reportagem de 2011 do Jornal ABC, de Madrid: http://www.abc.es/20111227/internacional/abci-mafia-aceite-oliva-201112271713.html








quinta-feira, 29 de maio de 2014

Tudo sobre as regiões francesas - Vallée du Rhône - Parte 3 - Nord (Septentrional) - AOC Condrieu












A
AOC Condrieu tem 130 hectares de vinhedos no entorno da vila de Condrieu,
mas ocupando 3 departamentos diferentes (Rhône, Loire e Ardèche).


Esta
AOC da Côtes-du-Rhône septentrionales tem como particularidade produzir apenas
vinhos brancos, muito apreciados pelos nobres do século 15.


O
vinhedo de Condrieu inclui a AOC Château Grillet (já mencionada no post
anterior), e produz vinhos 100% com a variedade Viognier.


A
variedade se adapta perfeitamente nas encostas íngremes de granito, onde os
produtores fizeram terraços protegidos por muros para evitar desmoronamentos.


As
uvas são colhidas na maior parte das vezes tardiamente, para que a variedade
aproveite o máximo o calor e a ensolação mediterrânea que dão caráter aos
tintos das aoc's vizinhas Cote-Rotie e Saint-Joseph.


São
brancos secos e demi-sec's.


Os
Condrieu são bastante originais, com uma diversidade aromática muito
interessante.


Macio,
fresco, longo e perfumado.


Normalmente
os Condrieu mostram notas de flores, abricó e pêssego.


A
AOC também tem a particularidade das garrafas chamadas Flûte de Condrieu em
vidro amarelo.


































Os
vinhos doces, que são produzidos em grandes safras, são fantásticos e caminham
para uma AOC específica.

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Tarapacá lança dois novos vinhos. Já estão no Brasil.

Conversei com o enólogo chefe da Tarapaca sobre os vinhos e sobre os terroirs do Chile:







Provei primeiro o novo Gran Reserva Etiqueta Azul, que tem um rótulo maravilhoso.





No nariz o vinho tem boa intensidade aromática.

Notas de frutas vermelhas (cereja), tabaco, coco e especiarias...

Corte de Cabernet Franc (38%), Cabernet Sauvignon (38%) e Syrah (24%).

Passou 18 meses em carvalho francês e americano.

Na boca é muito equilibrado se levarmos em conta que o vinho tem 15% de álcool.

Taninos macios, boa acidez, bom equilíbrio.

Final longo com notas de baunilha e chocolate.

Preço: 150 Reais

Nota: 91/100









O Tara-Pakay 2010 é um vinho de muita elegância.

No nariz tem boa intensidade aromática, complexidade.

Os aromas se revezam e se unem conforme o contato com o ar.

Notas de cassis, cereja, pimenta, baunilha, chocolate, mentolado...

Corte de Cabernet Sauvignon (65%) e Syrah (35%).

Passou 16 meses em barricas de carvalho francês e americano.

Na boca é muito bem equilibrado, taninos finos, macios, boa acidez e excelente final.

Notas de frutas vermelhas e negras em boa harmonia com as notas provocadas pelo estágio em barrica.

Vinho aristocrático.

Preço: 332 Reais.

Nota: 93/100







Os vinhos foram harmonizados com perfeição com as excelentes carnes do Bassi "O Templo da Carne".

Os vinhos são importados pela Épice - www.epice.com.br

Wine & Co. é mais uma importadora promissora no mercado basileiro. Conheci os argentinos da Urraca Wines, de Mendoza.







A importadora fica em São Paulo e já tem bons vinhos de Chile e Argentina no catálogo.

Provei 4 vinhos da Urraca com boa relação custo/qualidade e com a assinatura do famoso enólogo Walter Bressia.









O Urraca Malbec Reserva 2008 foi o primeiro a ser servido no jantar no Terraço Itália.

No nariz cereja, tabaco, café, coco e violeta.

Passou 1 ano em barricas de carvalho francês e americano.

Na boca é seco, corpo médio +, mas mostra uma sensação de doçura logo no inicio.

Tem taninos macios, boa acidez, textura aveludada e notas de compota de frutas vermelhas.

Final médio.

Preço: 69 Reais

Nota: 87/100









O Urraca Cabernet Sauvignon Reserva 2009 segue o mesmo estilo.

No nariz notas de cassis, compota de frutas vermelhas, groselha, baunilha e canela.

Na boca corpo médio+, é seco, taninos finos, boa acidez e equilíbrio.

Preço: 69 Reais

Nota: 88/100









O Urraca Primera Reserva 2008 é um corte de Cabernet Sauvignon (40%),  Merlot (40%) e Malbec (20%).

Mostra boa intensidade aromática no nariz.

Notas de frutas negras, cassis, chocolate, compota de frutas vermelhas, cravo e tabaco.

Na boca é macio,  encorpado, tem bom equilibrio, taninos finos, boa acidez e final longo, com notas de baunilha.

Preço: 96 Reais

Nota: 90/100









O Urraca Familia Langley Reserva 2008 foi o principal vinho da noite.

No nariz é o mais intenso.

Frutas negras em compota, notas florais, mentolado...

Corte de Cabernet Sauvignon (20%), Malbec (30%) e Merlot (50%).

Na boca é o mais elegante da turma.

Taninos macios, textura aveludada, bom equilíbrio, acidez e um final longo.

Preço: 115 Reais

Nota: 91/100

terça-feira, 27 de maio de 2014

Provei os grandes vinhos Beronia, da Rioja e fui surpreendido com o grandioso Gran Reserva 1982





Só o fato de provar os Beronia já seria muito bom, provar com o enólogo Matías Calleja Ugarte, que pouco deixa a Rioja, melhor ainda.

O primeiro fato interessante, foi ele mesmo que me contou.

A Beronia foi pioneira no uso de barricas mistas com madeiras de carvalho francês e americano na mesma peça.

Veja a entrevista com o Matías:









Começamos a prova com o Beronia Blanco Viura 2012 Fermentado em barrica.







No nariz média intensidade aromática.

Limpo.

Notas florais, pêssego e ervas aromáticas.

Na boca é cremoso, tem corpo médio, boa acidez, notas cítricas e manteiga.

Textura interessante, untuosa.

Final médio/longo.

Preço: 69 Reais.

Nota: 89/100









Começamos a provar os tintos com o Crianza 2010.

No nariz boa intensidade aromática.

Notas de frutas vermelhas, alcaçuz, coco e canela.

Na boca tem bom corpo (médio), equilíbrio, acidez, e taninos macios, com txtura aveludada.

Preço: 81 Reais.

Nota: 89/100







O Beronia Reserva deu um belo salto de qualidade.

Talvez seja um dos grandes vinhos com relação custo/qualidade do mercado.

No nariz tem boa intensidade aromática.

Notas de frutas vermelhas, framboesa, figo, canela, cravo, alcaçuz, baunilha, chocolate...

Na boca é elegante, potente, tem os taninos finos, textura granulada, macio.

É um vinho onde a madeira está muito bem trabalhada, muito bem integrada.

No final de boca, notas de chocolate, coco....

Final longo.

Preço: 109 Reais.

Nota: 93/100







O Gran Reserva 2006 é (como esperado) ainda mais complexo.

No nariz é intenso, limpo.

Notas de compota de frutas vermelhas, chocolate, café, terra, alcaçuz.

Na boca é encorpado, elegante, tem boa acidez, taninos finos e um equilíbrio perfeito.

A textura é suave e o vinho incrivelmente jovem.

Final longo.

Preço: 198 Reais.

Nota: 95/100







A foto acima mostra o Gran Finale.

Quando Matías disse que tinha um presente que foi trazido na mala, confesso que pensei num Jerez, já que o grupo produz o Tio Pepe.

Mas ele foi além.

Trouxe um vinho de 32 anos.

O Beronia Gran Reserva 1982.

Segundo Matías, vinhos como esse "debe ser mantenido entre algodones..."

Um privilégio desfrutar da história da Beronia.

No nariz notas de compota de frutas vermelhas, couro, alcaçuz, chocolate.

Na boca ainda mostra boa acidez, equilíbrio excelente, elegância...

Matías deu mais uma dica: "...Este vino es como una bailarina, parece frágil pero es fortissimo."

Vinho com bom corpo, taninos finos, macios...

Final longo.

Nota: 95/100

Não está à venda.

Os vinhos da Beronia são importados pela www.inovini.com.br

Las Moras mostra a Argentina sem Malbec







Não tenho dúvida de que a Argentina produz os melhores Malbec's do mundo.

Também não tenho dúvida de que a escolha da variedade como emblema do país foi acertada.

A dúvida é se o emblema pode ser bom pra sempre ou a busca por novas variedades e a valorização do terroir deve ser enfatizada.

Conheço muita gente que se diz cansada dos vinhos argentinos.

Na verdade estão cansadas dos Malbec's encorpados e concentrados.

O problema é que o consumidor adora misturar as coisas e adora encontrar uma variedade queridinha e tomar dela até se fartar.

No meu modo de ver o malhor do mundo do vinho é a infidelidade.

Não quero ser fiel nem a país nem a variedade alguma.

Eu sei que a Argentina tem potencial para muitas variedades, assim como sei que não existe Malbec melhor (de forma geral) do que os produzidos em Mendoza.

Conversei sobre isso com o enólogo da Viña Las Moras, Eduardo Casademont, que apresentou excelentes Syrah's de San Juan.









Num almoço no excelente NB Steak, no bairro do Campo Belo, em São Paulo, provamos (um grupo de jornalistas) 7 vinhos.

Apenas 1 malbec 100%.









Começamos com o Black Label Carbernet-Cabernet 2011.

Melhor impossível, gostei mais justamente do vinho mais barato do dia.

Isso é muito bom!

O corte é de uvas de dois lotes: Um no terroir do Valle de Pedernal e outro no Valle de Tulum.

No nariz, boa intensidade aromática.

Notas de cassis, pimenta, tabaco, ervas aromáticas...

Na boca é seco, tem bom equilíbrio, boa acidez, taninos finos, textura aveludada, final longo.

Preço: 67 Reais.

Nota: 93/100









Passamos para o Gran Syrah Tulum Valley 2008.

No nariz média intensidade aromática.

Frutas negras, especiarias.

Na boca é seco, tem bom volume, corpo médio, taninos finos, textura granulada, macia.

Final médio/longo com notas de café e cacau.

Preço: 144,40 Reais

Nota: 90/100









O terceiro vinho foi o Gran Syrah Zonda Valley 2008.

Só o terroir muda. Essa é a filosofia.

No nariz média intensidade aromática.

Notas de cereja, ameixa, amora, cravo, noz moscada...

Na boca tem corpo médio +, taninos macios, acidez alta, bom equilíbrio, concentração.

Suculento.

Final médio.

Preço: 144,40 Reais

Nota: 89/100









O Gran Syrah Pedernal Valley 2008 é um pouco mais intenso que o anterior.

Notas de frutas vermelhas, alcaçuz, tabaco, canela.

Na boca é mais robusto, taninos finos, textura granulada.

Boa acidez e final longo.

Preço: 144,40 Reais

Nota: 90/100









O Gran Syrah 3 Valleys, como o próprio nome diz é a junção dos 3 vales anteriores.

Um corte com 100% de Syrah de 3 vales diferentes.

É o mais intenso no nariz.

Frutas vermelhas, pimenta negra, grafite, alcaçuz...

Na boca é encorpado, potente.

Taninos firmes, boa acidez e final longo.

Preço: 144,40 Reais

Nota: 91/100









O Mora Negra 2009 Finca Las Moras também é um super vinho.

Esse tem Malbec no corte (70%), com Bonarda (30%).

No nariz boa intensidade aromatica.

Notas florais, frutas vermelhas, terra, frutas secas.

Na boca é encorpado, potente, taninos que tomam conta da boca com textura granulada, interessante.

Boa acidez, bom equilíbrio.

Final longo.

Preço: 144,40 Reais

Nota: 92/100









Encerramos com o Finca Pedernal 2008.

Um Malbec 100% de San Juan.

Intenso no nariz.

Notas de amora, tabaco, grafite, ameixa preta, terra...

Complexo e jovem.

Na boca é encorpado, taninos finos com textura aveludada.

Bom equilíbrio, boa acidez e final longo.

Preço: 271,70

Nota: 93/100









Os vinhos são importados pela Decanter: http://www.decanter.com.br/vinhos/argentina/san-juan/r97






segunda-feira, 26 de maio de 2014

A argentina Norton também aposta em vinhos de Terroir. Conheci os vinhos das Fincas de Agrelo, La Colonia e Lulunta





A Norton tem o Brasil como um dos principais importadores. Norton DOC por exemplo, é um campeão de vendas por aqui.

A Norton, que pertence ao grupo dos Cristais Swarovsky, poderia simplesmente se concentrar nas vendas em inventar nenhuma novidade.

Mas quem conhece os enólogos apaixonados sabe que isso normalmente não acontece.

Jorge Riccitelli quer qualidade, por isso lançou single vineyards de diferentes micro regiões de Mendoza.

Veja o que ele me contou:









Provei os 3 vinhos de Finca.

O Lote Malbec Finca Agrelo 2009 tem boa intensidade aromática no nariz.

Notas de frutas negras, mineral, violeta...

Na boca é intenso, encorpado, taninos finos, boa textura.

Longo.

Nota: 91/100



O Lote Malbec Finca La Colonia 2009 é mais intenso no nariz.

Notas de baunilha, café, amora, cereja.

Na boca é potente, taninos finos, boa textura (aveludada), boa acidez e equilíbrio.

Longo.

Nota: 91/100



O Lote Malbec Finca Lulunta 2009 foi o que mais gostei.

No nariz a intensidade é média, mas tem um pouco mais de complexidade.

Notas de violeta, amora, cereja, chocolate...

Na boca é intenso, encorpado, mas amável.

Textura macia, elegante.

Final longo com notas de café.

Nota: 92/100







Os 3 vinhos são vendidos em uma caixa mista para que o consumidor conheça as diferenças do terroir.

Importado pela www.winebrands.com.br

A Quinta Nova apresentou as novas safras com novo importador







A Magnum importadora apresentou os vinhos da Quinta Nova já como representante exclusivo da marca no Brasil.

Provamos 6 vinhos.

Este, de rótulo maravilhoso, é o Mirabilis Grande Reserva Branco 2011.







No nariz é limpo, média intensidade aromática.

Notas de frutas brancas, manteiga e leve madeira.

Na boca é seco, acidez alta, corpo médio e sabor intenso.

As notas do nariz se repetem na boca acrescentando notas minerais e uma untuosidade maravilhosa.

Vinho cremoso.

Final médio.

Nota: 90/100







As lascas de bacalhau ficaram ainda melhores com ele e também com o Pomares Branco 2012.







Vinho mais simples que o anterior.

Discreto no nariz, com notas mineirais e de frutas cítricas.

Na boca seco, é fresco, bem equilibrado e tem um final médio.

Nota: 88/100







Para acompanhar os tintos começamos com uma alheira preparada de um jeito especial pelo chef Rodrigo Martins, do restaurante Vino! em São Paulo.







O Quinta Nova Colheita 2011 é o tinto de entrada.

No nariz intensidade média, limpo.

Notas florais, ervas aromáticas, frutas vermelhas e negras.

Na boca é seco, tem boa textura, taninos finos, muita frutas (o vinho não passou por estágio em barrica), frescor e um final médio e elegante.

Preço: 75 Reais

Nota: 89/100







O Chef continuou mandando bem e partimos para o Quinta Nova Reserva 2011.







Logo de cara já se sente mais intensidade aromática. Antes mesmo de mexer a taça.

Depois vieram as notas de violeta, cravo, baunilha, amora, cedro...

Na boca é seco, muito mais complexo, encorpado, taninos finos, boa acidez (média/alta), algumas notas de chocolate e final longo.

Vinho elegante e complexo.

Preço: 155 Reais

Nota: 91/100







O Quinta Nova Reserva 2011 é o que se podia esperar.

No nariz é intenso, limpo.

Notas de violeta, amora, cereja, pimenta, chocolate, coco.

Passou 17 meses por barrica francesa.

Na boca é seco, tem taninos finos, textura granulada, boa acidez e equilíbrio.

Final longo.

Preço: 360 Reais.

Nota: 93/100







A surpresa maior veio com o Grande Reserva Mirabilis Tinto 2011.

Um vinho que a Quinta descreve como um tinto sem a estrela Touriga Nacional.

É um vinho elegante, com boa intensidade aromática e corpo.

Elaborado com Tinta Amarela, Tinto Cão, e Touriga Franca.

Um grande tinto com textura macia, equilíbrio e elegância.

Nota: 93/100







Como diria Jorge Ben (me recuso a dizer Benjor), o Porto veio "para animar a festa...".

O Clã Special Reserve, tem uma garrafa moderna, diferente, transparente.

A Luísa Amorin, que apresentou os vinhos, explicou que com a garrafa transparente sabemos exatamente o nível de vinho que resta na garrafa.

Como podem ver, não resta nada na garrafa da foto.

É um vinho com as características de um LBV.

Cor vermelha profunda, com reflexos violeta.

Boa intensidade aromática.

Notas de frutas vermelhas, floral e canela.

Final longo.

Ainda muito jovem.

Preço: 115 Reais.

Nota: 91/100

Importadora: www.magnumimportadora.com

Conversei com a Luísa Amorin sobre essa nova fase e sobre os preços dos vinhos do Douro, que muita gente imagina que sejam caros, mas não imagina o trabalho que a viticultura na região exige.

Veja a entrevista: