quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Provei os vinhos da Tabalí na Grand Cru





                                          Foto Nadia Jung




O enólogo da vinícola Felipe Müller, falou do terroir de Limari e do
processo de transformação para vinhedos orgânicos. Já não usam químicos,
mas aguardam o prazo para a certificação.


Provei 6 vinhos, gostei de 5 e compraria 4.






Um dos quatro é o Reserva Sauvignon Blanc 2010 que tem muita qualidade por 42 reais.


No nariz nada exagerado como alguns Sauvignon Blanc que parecem um suco de maracujá.


Notas florais, melão, manga e pedra.


Na boca é salgado, mineral, notas de limão, corpo médio, elegância e boa persistência.






O Reserva Especial Chardonnay 2009, também tem muitas qualidades e preço justo: 71 reais.


No nariz abacaxi, canela, madeira muito elegante, manteiga e o toque
mineral, que segundo o enólogo é característico do terroir de Limarí.


Na boca é cremoso, salgado, elegante e longo.






O Talinay Salala Vineyard Pinot Noir entra no time dos aprovados que eu talvez não compraria.


O vinho é muito bom, tem tipicidade da Pinot Noir, foi considerado o
melhor Pinot Noir do Chile, mas custa o preço de alguns borgonhas: 130
reais.


No nariz tem notas de groselha, framboesa, terra molhada, floral e caramelo.


Na boca é bem equilibrado, tem bom corpo, é elegante e macio.


Foi fermentado em barrica, estagiou em barricas francesa de tanoarias utilizadas na Borgonha.


O enólogo explicou que é um terroir único, em terraços que ficam a 12 km do mar.


Tem boa persistência e é realmente muito bom.






O Reserva Syrah 2008, por 58 reais é uma boa compra.


No nariz frutas negras, pinho, especiarias, violeta e grafite.


Na boca é encorpado, tem bom equilíbrio, frescor e maciez.


Final longo.


 


O Reserva Especial Corte 2007 (70% Syrah, 20% Cabernet Sauvignon e 10% Merlot) é complexo e elegante.


No nariz amora, cassis, baunilha, cravo e violeta.


Na boca é encorpado, bem equilibrado e macio.


Final longo.


Custa 103 reais.


Todos importados pela Grand Cru www.grandcru.com.br

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Novos Sicilianos Chegam pela Wine Lovers

















Class Sommelière e estrela da tv italiana Adua Villa, que viaja pelo
mundo divulgando os vinhos italianos e apresenta o programa La Prova del
Cuoco na Rai Uno.

Sobre os vinhos provados, ela disse uma coisa interessante do Nero
d'Avola: "É como um sapato preto que vai bem com qualquer roupa. O Nero
d'Avola vai bem com qualquer prato..." 






O diretor comercial da vinícola, Daniele Lizza, falou sobre os vinhos,
sobre a ilha da Sicilia e sobre o trabalho sério nos vinhedos.

Os três brancos varietais, Inzolia, Catarratto e Grilo, comprovaram o que ele disse.

O Inzolia 2010 tem aromas de maçã, ervas aromáticas e casca de limão.

Na boca tem bom equilíbrio e corpo médio. Não passa por madeira.

Final com média persistência.

O Catarratto 2010 tinha notas de maçã, mel, curry e ervas aromáticas.

Na boca é mais encorpado que o Inzolia, tem notas minerais e bom equilíbrio.

Bom final.

O vinho que mais gostei foi o Grillo 2009.






A Grillo é uma variedade da Puglia, mas que se transforma em vinhos
fantásticos na Sicilia. Assim como a Inzolia e a Catarratto, a Grilo é
utilizada também na produção do vinho Marsala.

Esse branco pra mim foi o mais complexo.

No nariz notas de manga, abacaxi, louro e casca de limão.

Na boca é muito fresco, elegante, tem notas de amêndoa e final longo.

O Nero d'Avola 2010 comprovou o que a Adua falou.

Vinho fácil, bastante frutado, sem nenhuma madeira e bastante macio.

O corte Nero d'Avola/Syrah 2009 passou 8 meses em barrica francesa e mostrou notas de amora, cassis, pinho e mineral.

Na boca é encorpado, tem notas de especiarias, bom equilíbrio e persistência.

Os vinhos são importados pela Wine Lovers www.winelovers.com.br














Com o verão chegando, fique de olho na temperatura dos vinhos.




Muita gente acha estranho que cidades quentes como o Rio de Janeiro por
exemplo o consumo de vinho seja bastante alto para os padrões
brasileiros, mas não tem nada de estranho nisso.

Alguém acha que os portugueses, franceses, espanhóis e italianos param de beber tintos no verão?

Espanha e Portugal principalmente atravessam períodos onde a temperatura chega facilmente aos 40 graus, e os tintos estão lá.

O grande problema é pensar que os tintos devem ser servidos sempre na temperatura ambiente.

Loucura!

Boa parte das garrafas mostra no contra-rótulo a temperatura de serviço dos vinhos.

De forma geral, quanto mais encorpado mais alta a temperatura de serviço, mas a temperatura alta nunca passa dos 18 graus.

Portanto a temperatura embiente nos dias de calor seria uma tragédia.

Se a temperatura for respeitada, muitos tintos podem ser refrescantes e agradáveis.

Imagine que sua geladeira fica nos 5 graus, meia hora nessa temperatura pode resolver muitos problemas.

Caso o vinho seja mais suave deixe mais tempo.

Outro problema é pensar que os brancos devem estar gelados.

Não é bem assim.

Veja a tabela com as temperaturas de serviço sugeridas:

Espumantes e brancos doces e leves 5 a 7° C.


Champagnes de 6 a 8º.


Brancos secos e evoluídos ou um Jerez fino de 8 a 10º.


Rosés, mais leves entre 8 a 10º e, os mais evoluídos, no máximo até uns 14º.


Tintos leves, de 13 a 14°.


Brancos encorpados e Madeira ou Porto (Tawnies ou Ruby), de 14 a 16º.


Tintos médios e Vinhos do Porto Ruby Reserva, de 16 a 17°.


Tintos encorpados e Vinhos do Porto LBVe Vintage 17 a 18º.


segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Gigante da NBA é a mais nova celebridade no mundo do vinho














O chinês Yao Ming, de 2 metros e 30, estrela do Houston Rockets e da Seleção chinesa nos jogos olímpicos de 2004 e 2008, saiu do basquete para entrar no mundo do vinho.


Ele anunciou a aposentadoria em Julho, aos 31 anos, por causa de uma série de contusões que atrapalhavam sua carreira e agora acaba de fechar um acordo com a Paul Ricard, da França, para lançar seus vinhos na China.




Yao Ming tem uma vinícola no Napa Valley, na Califórinia e acredita que sua fama, pode ajudar a vender o vinho na China.


Um Cabernet Sauvignon 2009, produzido pela Yao Family Wine, acaba de chegar a Shangai ao preço de 300 dólares a garrafa.


Yao Ming é uma celebridade de tanto prestigio no seu país, que foi o porta bandeira da cerimônia de abertura da Olimpíada de Pequim, em 2008.





Enólogo Carlos Lucas apresentou o Baton em São Paulo

















Um dos enólogos mais importantes de Portugal apresentou 4 vinhos do Douro que acabam de entrar no catálogo da Vinhosul.
O nome dos vinhos, faz referência ao bastão usado para a batonage (técnica para recolocar em suspensão leveduras leveduras mortas que ficam no fundo do tanque ou barrica depois a fermentação alcoólica).


O nome já indica que os 4 vinhos provados foram elaborados utilizando a técnica que serve para deixar uniforme o contato do vinho com as leveduras deixando o vinho com mais corpo, untuosidade e complexidade nos aromas.
O objetivo foi atingido.
Assim como a harmonização com as carnes do North Grill.



O Tom de Baton Branco Douro 2010 é um corte de Viosinho, Códega, Malvasia Fina, Gouveio e Rabigato.
No nariz notas de maçã, pêssego e floral.
Na boca o vinho é bem equilibrado, corpo médio, notas minerais e de frutas cítricas.
Tem boa persistência.
Custa 71 reais.

O Baton Branco Douro 2010 é o principal branco da vinícola.
Corte de Viosinho, Rabigato e Gouveio.
Estagiou em barricas novas de carvalho francês por 4 meses.
No nariz notas florais, manteiga e tosta de barrica bem suave.
Na boca é elegante, encorpado.
Tem notas minerais e de frutas tropicais.
O final é longo com gosto de jaca no retrogosto.
Custa 115 reais.
O Tom de Baton Tinto Douro 2009 é um corte de Touriga Nacional, Tinta Roriz, Tinta Barroca, Touriga Franca, Tinta Francisca e Sousão.
No nariz violeta, amora, cereja e groselha.
Na boca é encorpado e frutado.
Tem boa acides, equilíbrio e final agradável com gosto de ginja e tabaco no retrogosto.
Terminamos com o Baton Tinto Douro 2008.
No corte vinhas com idade de 50 anos misturadas com Touriga Nacional, Tinta Roriz, Tinta Barroca, Touriga Franca, Tinta Francisca e Sousão. Junto entraram uvas de vinhas mais novas com Touriga Nacional, Touriga Franca e Tinta Barroca.
O vinho é bastante aromático.
Amora, cassis, violeta, tabaco, baunilha, chocolate...
Na boca é encorpado, elegante, muito bem equilibrado e macio.
O final é longo com gosto de cravo no retrogosto.
O vinho foi elaborado com leveduras indígenas, pisa a pé e logo após a fermentação alcoólica foi decantado para barricas novas de carvalho francês com batonage durante 2 meses.
Custa 125 reais.
Os vinhos foram elaborados pelo enólogo Paulo Duarte e o projeto Terroir d'Origem é de Carlos Lucas.
Todos os vinhos são importados pela Vinhosul www.vinhosul.com.br




domingo, 27 de novembro de 2011

Marius 2009 - Cave Chevalier - Crozes Hermitage - França








Conheci os vinhos da Cave Chevalier na Caravana dos Vinhos Tricolores, em São Paulo.
A Marlène Laurent me apresentou todos os vinhos.
Começo falando sobre o Marius, mas com o tempo vou falando dos outros.
Primeiro lamento que estes vinhos ainda não estejam no Brasil.
O Marius 2009 mostra bem as características da região.
O estagio em madeira é em barricas novas maiores (600 litros) para não deixar sinais fortes de madeira no vinho.
O vinho realmente é bastante frutado, bastante fresco e com as características da Syrah que só os vinhos elaborados nessa região são capazes de mostrar.
Notas de amora, pimenta, violeta e leve tabaco.
A madeira aparece com muita delicadeza.
Na boca o vinho é encorpado, bem equilibrado, muito frutado e elegante.
O final é longo e com algumas notas mentoladas.




sábado, 26 de novembro de 2011

Provei os vinhos da Quinta da Pellada, do Dão













O próprio engenheiro e produtor Álvaro de Castro veio ao Brasil para mostrar as novas safras dos vinhos que representam o Dão de forma impecável.
A Quinta da Pellada é realmente uma bandeira dos vinhos de qualidade da região.
Muitas vezes falar sobre vinhos caros pode parecer óbvio e até antipático, mas quando se fala de um ícone de uma região, acho que vale a pena.





Comecei provando o Pape 2008.
Um vinho complexo elaborado com a Touriga Nacional (50%), Baga (25%) e os outros 25% é aquela mistura de vinhas velhas portuguesas que quase todo mundo conhece e fica admirado.
O que agora resolveram chamar de Field Blend.
No nariz notas florais, pimenta, cacau, cereja, cravo, tabaco...
Na boca é encorpado e macio. Elegante, longo, cheio de fruta e algum toque mineral.
220 reais na Mistral



O Carrossel 2008 começa mostrando frutas negras no nariz, passa para as notas florais e continua com as especiarias como baunilha e cravo terminando com uma nota suave de café.
Na boca é macio e elegante.
Equilíbrio perfeito e final bastante longo.
Custa 337 reais na Mistral




O Pellada 2001 mostra exatamente a capacidade de envelhecimento que estes vinhos do Dão podem proporcionar.
O vinho aos 10 anos, é jóvem.
A cor é vermelho rubi, sem halo de evolução.
O vinho está no auge e deve continuar assim por mais alguns anos.
Embora eu tenha provado em uma feira, o vinho não estava em decanter e ainda parecia um pouco fechado no nariz.
Frutas negras, violeta, couro, tabaco e chocolate.
Na boca é encorpado, aveludado, elegante.
O final é longo e com notas de caixa de charuto.
Se não me engano esse vinho ainda não está no Brasil, mas a importadora dos vinhos da Quinta da Pellada é a Mistral.
www.mistral.com.br




sexta-feira, 25 de novembro de 2011

A tradição dos Brunellos Barbi













Provar os vinhos da Fattoria dei Barbi é provar tradição.
Imagina uma vinícola que esta nas mãos da mesma família desde 1790.
A família Colombini é sinonimo de tradição. Tanto que há pouco tempo, quando o Consorzio Brunello colocou em votação a possibilidade da utilização de variedades internacionais para o Rosso di Montalcino, Stefano Cinelli Colombini foi taxativo: "não".
Os vinhedos nas terras dos Colombini são mais antigos ainda, são de 1392.
São 100 hectares de vinhedos espalhados por Montalcino, Scanzano e Chianti.
Provei uma boa mostra dos produtos da Fattoria dei Barbi.



Comecei pelo Brusco, nome que homenageia um tipo de Jesse James toscano, bandido que não tinha fama de violento e fez história na região.
O vinho também não é violento, é macio.
Também não provoca nenhum desfalque, custa 53 reais.
100% Sangiovese.
No nariz cereja, framboesa, tabaco, violeta...
Na boca é macio, corpo médio, muita fruta e bom final.



O Morellino di Scansano DOCG 2009 foi um dos vinhos que me chamou bastante atenção.
Como a Sangiovese muda de nome de forma surpreendente entre as regiões vizinhas, ela aqui é chamada de Morellino e domina o corte do vinho com 85% deixando o restante para a Merlot.
O vinho é da região de Maremma.
No nariz as notas de amora, cassis e especiarias.
Na boca boa acides, corpo médio e final longo com muita fruta no retrogosto.
Custa 77 reais.


O Rosso di Montalcino com 100% de Sangiovese Grosso (mais um nome para a Sangiovese que também pode ser chamada de Brunello), teve um estagio em madeira que deu notas de especiarias como cravo e pimenta.
As frutas negras também se mostram com força no nariz e na boca.
É encorpado, fresco e longo.
Custa 86 reais.



Passamos para o Brunello que é quase uma bandeira da Fattoria dei Barbi.
Esse aí de rótulo Azul.
Barbi Brunello DOCG 2006 - 190 reais.



Um Brunello mais típico impossível.


No nariz groselha, amora, framboesa, chocolate e alcaçuz.


Na boca o vinho tem os taninos finos, apesar de ser ainda muito novo para um Brunello.


É encorpado, tem boa acidez e final longo.


Custa 190 reais.




Passamos para os vinhos top da vinícola.
O Brunello di Montalcino "Vigna del Fiore" DOCG 2005 é, segundo a representante da vinícola, o Brunello feminino da vinícola.
Não entendi porque, mas esta valendo.
Passou 2 anos em madeira e mais 4 meses em garrafa antes de ser colocado à venda.
No nariz amora, cereja, defumado, notas vegetais e balsâmicas.
Na boca se a moça da vinícola quis dizer que era feminino pela falta de potência imagino que ela esta acostumada com potência demais.
Ele é potente, encorpado, mas tem maciez, elegância e é muito longo.
No retrogosto notas de café, tabaco e chocolate.
Custa 314 reais.



Encerramos com o top da Fattoria dei Barbi.
Brunello di Montalcino DOCG Riserva 2005
Esse passou 36 meses em barricas de carvalho.


Com 6 anos, o vinho não está tão jovem como os outros, mas ainda não está no auge.


No nariz as frutas negras já se misturam com notas de couro, eucalipto e canela.


Na boca é bastante intenso, encorpado, com muita fruta negra e outra vez o couro.


Lembro de ter provado o 2004 e esse é muito melhor.


Tem mais acidez, mais equilíbrio e maciez.

Final bastante longo.


Custa 340 reais.


Todos os vinhos da Fattoria dei Barbi são vendidos no site www.todovino.com.br







quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Juarez Valduga fala sobre a nova roupagem dos espumantes Valduga e defende o Selo Fiscal


A Casa Valduga lançou espuantes com números no rótulo que representam o tempo mínimo em contato com as leveduras: 12 (meses em contato com as leveduras) 18 (meses em contato com as leveduras) e 10 (meses em contato com as leveduras). O polêmico selo fiscal, que é um pesadelo para importadores e pequenos produtores,>



Fui na Tasca da Esquina conferir o Festival Vinhos de Portugal em Restaurantes












Pedi o douRosa tinto 2006 para acompanhar esse belo bacalhau da foto abaixo, que o chef Victor Sobral fez questão de explicar.


O Chef disse que um dos grandes erros no preparo do bacalhau é tirar a pelo do peixe. Ela guarda muito sabor e só deve se separar do peixe na hora de comer.




O Polvo com amêndoas e tomate assado dispensou explicações e apresentações. Os dois pratos estavam simplesmente perfeitos. O ponto de cozimento do polvo, o tempero, tudo.
Do bacalhau saiam aquelas lascas grossas como deve ser.
Sabor incrível!


O vinho do Douro acompanhou bem os dois pratos. Um vinho elaborado com Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Barroca e Tinta Roriz.
A cor vermelho bem brilhante.
No nariz, pura fruta.
Cereja, ameixa, violeta...
Na boca a fruta se repete, o equilíbrio e a acidez escondem os 14% de álcool que o sol do Douro dá aos vinhos.
Depois disso só uma degustação de sobremesas com uma taça de vinho do Porto. E assim foi!


O Festival Vinhos de Portugal vai até o dia 4 de Dezembro nos restaurantes: Antiquarius, Bacalhoeiro, Cosi Santa Cecilia, Cosi Vila Nova, Grill Hall, Materello, O Pote do Rei, Porto Rubayat, Purpurina Oficina das Pizzas, Restaurante do Mube, Tasca da Esquina, Trindade Alphaville, Trindade Itaim, Ville du Vin.
Cada ida em um desses restaurantes com Vinho Português, o cliente ganha um passaporte que caso seja carimbado 3 vezes, da direito a participar de um sorteio de uma viagem a Portugal com direito a um acompanhante.




quarta-feira, 23 de novembro de 2011

O Vinho Brasileiro Envelhece Bem! Pizzato Merlot 2000 - Serra Gaúcha - Brasil


 









Existem alguns mitos como o de que só os vinhos do Velho Mundo podem envelhecer bem.
Claro que os grandes vinhos e vinhos de algumas regiões envelhecem melhor, devem envelhecer e possuem essa característica, mas isso não é uma regra. Provei vinhos brasileiros de 20 anos e embora o vinho não estivesse no auge, ele estava vivo e bastante interessante. Verdade que os vinhos provados eram da inigualável safra de 1991, quando a Serra Gaúcha teve um clima perfeito para a produção de vinhos.
Mas esse Pizzato 2000 é de uma safra normal, não é o 1999 que rendeu elogios e tornou a vinícola conhecida e até uma referência em Merlot, mas é um vinho de 11 anos.
A cor é vermelho rubi com leve reflexo tijolo que demonstra a evolução do vinho.
No nariz geleia de frutas vermelhas, couro, tabaco, caramelo e alcaçuz.
Na boca tem corpo médio, é macio, elegante e ainda tem boa acidez.
O final é longo e equilibrado, com notas suaves de chocolate.
Para quem tem um desses na adega, vale a pena abrir.
Não deve melhorar, já oferece grande prazer até para quem gosta de vinhos evoluídos.




terça-feira, 22 de novembro de 2011

Pommard - Château de Puligny-Montrachet - Borgonha - França












Provei esse vinho junto com amigos blogueiros no último sábado. Um verdadeiro festival de bons vinhos!

No nariz, morango, framboesa, groselha e notas florais e minerais.

Na boca é muito elegante.

Tem bom corpo, é macio e muito bem equilibrado.

Ótima acidez e final bastante longo.

É importado pela Mistral e custa cerca de 220 reais.

www.mistral.com.br




segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Tem um novo Hautes Côtes de Nuits no mercado


 








É o Hautes Côtes de Nuits 2009 - Domaine Nudant
A Cave Jado apresentou novidades nesse mes de Novembro.
Esse vinho da Borgonha doi provado às cegas por mim e por um grupo de blogueiros no começo do ano. Era uma possibilidade de importação que a Dorothée resolveu fazer um testa às cegas junto com uma dezena de vinhos.
Esse vinho foi o primeiro colocado na degustação e por isso escolhido para o catálogo da importadora.
Outros vinhos daquela degustação foram escolhidos e já estão nas prateleiras da Cave.
Eu estive lá no sábado evoltei a provar o vinho.
Um vinho de cor vermelho cereja, brilhante e transparente.
No nariz cereja, framboesa e morango.
Na boca bom equilíbrio, corpo entre o médio e o encorpado.
Elegante e longo.
É um vinho que mostra a delicadeza da Pinot Noir da Borgonha.
O Domaine esta com a familia Nudant há 200 anos em Ladoix Serigny, em Corton.
Acho que o produto deveria investir numa rolha melhor (essa é de cortiça aglomerada) ou revolucionar tudo usando um screw cap, ja que o produtor recomenda uma guarda de apenas 4 anos.
Como não é um vinho de guarda a rolha utilizada cumpre seu papel, mas não causa boa impressão, j que a rolha deve acompanhar a qualidade do vinho. Um bom vinho!
Custa 123 reais no site da importadora:
http://vinho-frances-sao-paulo.com.br/vinhos/Vinho/Hautes+C%C3%B4tes+de+nuits+2009




domingo, 20 de novembro de 2011

10 mil garrafas de vinhos franceses e chilenos foram encontradas na rua em Hong Kong. Falsificadas???



             







A policia ainda não sabe se os vinhos são falsos ou não, já que a falsificação de vinhos de maior consumo seria uma novidade.

Vinhos conhecidos e de preços médios estavam nas caixas empilhadas numa rua de Hung Hom, em Hong Kong.



Comerciantes de vinho, disseram que as garrafas poderiam ter sido estoque em excesso despejado por comerciantes que não conseguiram vender o vinho.

As caixas foram descobertas depois de uma queixa recebida pelo departamento de higiene alimentar por causa da obstrução de uma calçada.

Os vinhos eram das marcas Cono Sur (Chile), Tocornal (Chile), Les Douve (França) e Courvil Reine (França).

O consulado do Chile em Hong Kong também exigiu explicações da polícia.




Cônsul-geral Mario Ignacio Artaza teme que falsificações manchem a reputação da indústria de vinho de seu país e que o consumidor e os produtores devem ser protegidos.
A falsificação de vinhos caros franceses é muito comum na China.




sábado, 19 de novembro de 2011

Fantástico! Uma garrafa que pode ser dos anos 1700 encontrada numa restauração. Sabe onde? Perto do Domaine de la Romanée Conti


 









A história é a seguinte: faz uns 10 anos que Albert de Villaine mandou restaurar a abadia de Saint-Vivant de Vergy, construída no ano 900.

Durante os trabalhos, um operário encontrou uma garrafa intacta entre escombros.
Como a abadia foi inteiramente restaurada entre 1766 e 1772, a abadia passou por um período turbulento depois da revolução francesa.
Primeiro foi vendida no começo do século 19 para um metalúrgico que desmantelou a propriedade, deixando intactas apenas a igreja e as caves antes de revender para uma família de arquitetos que tentou recuperar o que havia sido desmantelado.
Nessa confusão de obras desfazendo e refazendo, um monte de entulho parecia ter sido empurrado do pátio central para umas fendas que davam na cave.
Tipo jogando lixo para baixo do tapete.
Varias garrafas pareciam ter sido empurradas pelos escombros e se misturado ao entulho.


Uma das garrafas estava intacta, cheia...


Depois de encontrada, a garrafa foi levada aos pesquisadores da Universidade de Dijon que logo identificaram o ano de produção da garrafa em livros belgas da época de 1770-1780.


Em relação ao vinho a origem é desconhecida, mas o que se pode supor é que as uvas foram plantadas alí, nos terroirs mais fantásticos da Borgonha, provavelmente no Grand Cru Romanée-Saint-Vivant.


Lembrando que há dois séculos, só eram engarrafados grandes vinhos na Borgonha, os vinhos mais simples eram consumidos sem engarrafamento.




Albert de Villaine abriu a garrafa ao lado de pesquisadores e o especialista em vinhos antigos François Audoze.


Fechado com uma camada de cera sobre a rolha de cortiça, a garrafa foi aberta com surpresa pelo estado de conservação da rolha.


Só a parte de cima estava esbranquiçada e o vinho intacto.


Em relação a qualidade do vinho hoje, o especialista em vinhos antigos, François Audouze, disse que o vinho é muito antigo, provavelmente da mesma época de um Chambertin 1811 que ele já teve a sorte de degustar.


Admitiu que pode ser ainda mais velho, mas quando falou sobre a qualidade destes vinhos, preferiu a honestidade: Beber esse tipo de vinho é mais um momento de emoção cultural do que um prazer pela qualidade da bebida...



Segundo ele a bebida tinha um sabor levemente avinagrado e de glicerina, característica de vinhos muito antigos. Com tempo na taça o vinho mostrou que ainda guardava um pouco da fruta. Com um pouco mais de tempo o gosto de vinagre tomou conta.




Os pesquisadores levaram amostras para tentar revelar com exatidão a idade do vinho.