terça-feira, 31 de dezembro de 2013

A bela e elegante atriz Carole Bouquet mostra neste vídeo o seu Sangue d'Oro Passito de Panteleria... Uma francesa que foi produzir vinhos na Itália.





A Ilha de Panteleria é italiana, fica entre a Sicilia e a Tunísia.

Estes vinhos doces são um néctar.

http://www.sanguedoro.it/fr/

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Centro Uruguaio começa a investigar os efeitos do vinho contra o Mal de Alzheimer




O Centro Uruguayo de Imagenologia Molecular (Cudim)
começou a investigar os efeitos das substâncias do do vinho em pessoas que
sofrem de Alzheimer.


Os estudos começaram com 20 pacientes.


Os primeiros resultados serão apresentados em março de 2014.


O estudo começa com uma tomografia para comprovar a
doença, depois os pacientes recebem um comprimido com as substâncias do vinho,
principalmente o resveratrol.


Depois será feito outro exame para ver se houve
algum efeito com o tratamento.


O diretor do Cudim, Henry Engler, disse que é a
primeira vez que se faz um estudo desse tipo e que a motivação foi a existência
de diversos trabalhos mostrando os benefícios das substancias do vinhos na
proteção cardíaca e também no Alzheimer.


Agora, se pretende saber se as substancias são
capazes de bloquear a toxina que provoca a doença.


Cientistas de outros países já fizeram testes em
ratos que mostraram que houve uma inibição na formação das toxinas.


A ideia é saber se, além de inibir o efeito da
toxina, é possível bloquear seu desenvolvimento, assim a pesquisa serviria para
prevenção e também tratamento.


O pesquisador conseguiu financiamento nos Estados
Unidos, mas se a pesquisa avançar, deve precisar de mais dinheiro.


Engler criticou o governo uruguaio por não fornecer
o financiamento, s
egundo ele, o país não investe em pesquisa.

domingo, 29 de dezembro de 2013

Tudo sobre as regiões francesas - Bourgogne - Parte 96 - Sub-Região Côte de Nuits - AOC Marsannay


















A AOC Marsannay, fica logo na saída da cidade de Dijon, exatamente no começo da sub-região da Côte de Nuits.


Os solos são argilo-calcários.


São 215 hectares de vinhedos. 


São produzidos tintos (Pinot Noir), brancos (Chardonnay e Pinot Blanc) e rosés (AOC Própria Marsannay Rose).


A produção anual é de cerca de 8 600 hectolitros.


Os vinhos de melhor reputação, são produzidos no Coteau nord, com vinhos mais estruturados, bastante tânicos e com bom potencial de guarda.


Os Marsannay tintos possuem coloração intensa com aromas de groselha, morango, cassis e mirtilo.


Na boca são potentes e untuosos, quase sempre com um final bem longo.


Os brancos são cítricos e florais.


Na boca são amplos e redondos, com notas minerais e longos.




Brancos e tintos podem ser bebidos jovens, mas mostram todas as qualidades depois de alguns anos em garrafa.

Os Marsannay rosé, são suaves, com notas de groselha e boa presença em boca, fresco e elegante.

A Pantera Drew Barrymore também tem seu próprio vinho.





Quem assistiu ao filme "As Panteras" ou, em Portugal, Anjos de Charlie, certamente gostou da atuação da estrela Drew Barrymore.

Como o sucesso abre portas para a realização de sonhos, Drew Barrymore lançou também o seu próprio vinho fino.

Ela fez um acordo com a vinícola californiana Wilson Daniels, para criar um vinho branco varietal com a Pinot Grigio.

O Barrymore Pinot Grigio 2011 não é vendido no Brasil.

sábado, 28 de dezembro de 2013

Ramato Pinot Grigio 2012 - Attems - Friuli - Venezia Giulia - Itália





Ramato em italiano significa Ruivo. Essa é a cor do vinho.

Um branco que caminha para o rosé, com uma cor entre o laranja e enfim... Ruivo.

Isso aconteceu por causa do tempo que o suco passou com as cascas da uva.

Num método peculiar, o Ramato passou 12 horas em contato com as cascas.

O vinho tem a assinatura dos Frescobaldi.

Isso é um atestado de qualidade, sem dúvida.

No nariz o vinho mostra boa intensidade aromática. Notas florais, maçã bem madura, morango, notas cítricas e minerais...

Na boca é gordo, suave, tem boa acidez, corpo médio e bom equilíbrio.

Uma parte do vinho teve um pequeno estágio em madeira.

Um vinho jovem, que tem complexidade, e, talvez, enganando pela cor, parece mais velho, mas sem as notas de evolução.

O final é médio/longo.

Preço: 128 Reais na Ravin - www.ravin.com.br

Nota: 88/100

McCartney Desenhava Tudo - Conto

















De repente uma das casas mais lindas daquela pequena vila do
Languedoc tirou a placa de venda.

O movimento de caminhões entrando e saindo e uma boa mão de tinta devolveram
vida ao casarão histórico.

Dizem que um pintor famoso andou por lá!

Uma semana depois os novos moradores já andavam de mãos dadas pelas pequenas
estradas da região.

Um pedaço de papel e um lápis não saiam das mãos do senhor de estatura mediana,
olhos azuis, pele avermelhada e cabelos brancos, bem brancos.

Aos poucos ficou conhecido nos vinhedos. 


Chegava com um caderno e desenhava
tudo. 


Perguntava sobre o ciclo das vinhas e depois de um ano ele mesmo tinha
todo o ciclo bem desenhado e enquadrado na sala de sua casa.

Os ingleses gostam muito do sul da França. 


É um bom lugar para se aposentar,
melhor ainda para trabalhar nas vinhas, dizia Pierre, um vigneron conhecido,
rústico e de poucas palavras.

O que intrigava os moradores da região era a origem, o nome e a riqueza do
velho amigo.

Era aposentado, ingles e se chamava McCartney. 


Claro que sempre perguntavam se
tinha algum parentesco com Paul. Mr McCartney mudava de assunto, não dizia sim
nem não, o que enchia de curiosidade e ajudava a desenvolver a criatividade dos
moradores. 


Pierre é um vigneron fantástico, criativo, trabalhador, renomado.

Também é fofoqueiro como todo morador das pequenas vilas do mundo todo.

Um dia convidou o casal McCartney para um jantar. 


Beberam muito, cantaram
musicas dos Beatles, e Pierre jura que ouviu da boca do convidado o parentesco
com um dos maiores nomes da música do planeta.

A cidade ficou em polvorosa, pensavam até em um show particular com um Beatle.

Mr McCartney virou Monsieur McCartney, todos os almoços, jantares e festas
regadas a vinho tinham como convidado o casal mais festejado da região. Nenhum
ingles deve ter tido uma recepção dessas em terras gaulesas!

Depois de algumas dezenas de garrafas de vinho, Laurent (outro vigneron da
região) perguntou?

-Afinal, o senhor é um pintor? Tem os quadros em algum museu? Como ganhou dinheiro
na vida?

-Enganando as pessoas, Laurent! Mostrando o lado bom de coisas nem sempre boas.

Fui um dos maiores publicitários da Inglaterra...

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Os produtores de Quebec já colheram a Vidal, a rainha dos Vins de Glace (Icewine)






Os produtores de Quebec terminaram há poucos dias a colheita das uvas congeladas para a produção do icewine, ou, como se diz no francês da região, vin de glace.

Grande parte das uvas são da variedade Vidal, uma variedade francesa que chegou ao Canadá para a produção de vinhos de sobremesa.

A Vidal foi criada pelo pesquisador Jean-Louis Vidal no começo do século 20, sendo um cruzamento da Ugni Blanc (Trebbiano) e a Rayon d’Or (Seibel 4986).

Mesmo sendo de origem francesa, foi adotada com gosto pelos produtores do Canadá, pela resistência da variedade aos climas frios.

A Vidal tem a pele grossa como a Riesling, o que permite que resista aos climas mais frios do outono e inverno canadense.

Portanto, está explicado porque a Vidal é a variedade mais utilizada para os famosos Icewine, desculpa, vins de Glace.

No caso do congelamento nos vinhedos, a pele grossa serve para que a uva seque, congele, sem romper a pele.

Outra curiosidade é que, se colhida no tempo normal, a riqueza aromática nem chega perto da evolução da variedade colhida congelada.

O gelo faz a Vidal desenvolver aromas de frutas tropicais e uma acidez importante para os vinhos de sobremesa.

A variedade tem maturação tardia, o que, normalmente, é considerado um ponto negativo para uvas brancas para a produção de vinhos doces (sim, o icewine é doce).

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Tudo sobre as regiões francesas - Bourgogne Parte 95 - Sub-Região Côte de Nuits - AOC Latricières-Chambertin










A AOC Latricières-Chambertin fica na parte sul da região dos 9 Grands Crus da comuna de Gevrey-Chambertin.


São 18 hectares 58 ares 68 centiares em dois lugares, chamados Combottes e Latricières. 


A vinha, com vista para Mazoyères está na saída do vale Grisard. Esta exposta a ventos frios, mas o microclima é um pouco mais quente do que o resto da encosta. 


Seu solo tem uma rocha dura na parte mais baixa e calcário como em Chambertin na parte mais alta.


Só tintos são produzidos, sempre com a Pinot Noir e sempre com o status de Grand Cru.


No nariz os esperados aromas de frutas vermelhas e notas de couro, típico dos grandes vinhos de Pinot Noir.


Na boca são potentes, complexos e com um final bastante longo.




São vinhos de guarda, acima de 10 anos.

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Quinta De Foz Do Arouce 2008 - Vinho Regional Beiras - Bairrada - Portugal



Elaborado com as variedades Baga e Touriga Nacional.

Pelas variedades já se pode esperar um vinho concentrado, potente e taninos marcando presença.

Mas não é só isso.

O vinho é elaborado pelo grande João Portugal Ramos e passou 6 meses estagiando em pipas de carvalho francês.

O vinho tem boa complexidade aromática.

Notas de frutas negras, florais, eucalipto e especiarias.

Na boca é seco, tem bom equilíbrio entre acidez e taninos, encorpado e com sabor intenso de frutas negras.

O final é longo.

O vinho é jovem ainda, merece uns anos em garrafa.

Preço: cerca de 120 reais.

Importadora Decanter www.decanter.com.br

Nota: 90/100

Aproveito da data onde as pessoas cometem os excessos, para republicar esse post sobre o tempo que o álcool demora para sair do corpo. Beber e dirigir nem pensar!





Sabe qual é a melhor coisa para fugir do bafômetro?

Pegar um táxi, ir pra casa tranquilo e viver tranquilo sem provocar nenhum acidente e nenhuma tragédia.

Se estiver de carro e beber sem ter programado, largue o carro onde estiver e chame um táxi.

Conversei com um amigo médico e bioquímico sobre o tempo necessário para o organismo se livrar dos efeitos do álcool.

A resposta passa por fórmulas matemáticas e variáveis fisiológicas que impedem uma resposta simples.

Se a pessoa tiver mais idade, a condição física não for lá essas coisas o efeito dura mais.

Claro que a quantidade de álcool também conta muito.

O etanol se mistura com a água soluvel do tecido de gordura provocando uma rápida absorção e distribuição pelos demais tecidos orgânicos.

Nunca percebeu que o efeito pode ser rápido?

Fatores como peso, taxa de absorção gastrointestinal e composição de gordura do corpo, vão influenciar na concentração de etanol no sangue depois que a pessoa bebe.

Com estômago vazio, cerca de 20% da dose de álcool é absorvida no estômago e 80% no intestino delgado.

Se a pessoa beber com o estômago cheio, o esvaziamento gástrico demora mais e a absorção do etanol também.

O álcool vai atingir o pico de concentração na faixa de 30 a 90 minutos depois de bebido.

Isso significa que depois do pico, teria o mesmo tempo para chegar ao nível de uma pessoa que não bebeu, ou seja, de 60 a 180 minutos para desaparecer do organismo, se a pessoa não meteu o pé na jaca.

No caso das mulheres, as concentrações de álcool no sangeu são maiores, considerando a mesma quantidade de bebida ingerida.

Isso acontece pelo menor volume de água por peso corporal e à menor atividade da enzima álcool desidrogenase no estômago.

Tem uma fórmula matemática que pode ser aplicada relacionando a dose de bebida alcoólica ingerida com a concentração de pico no sangue.

Concentração máxima de etanol (g/L) = 0,02 x dose (gramas de etanol por 70Kg de peso corporal) 

Isso significa que se uma pessoa de 70Kg consumir 30 gramas de álcool (o que equivale a 3 copos de 200 ml de uma bebida com concentração alcoólica de 6,2%, ou cerca de 1 taça de 200 ml de vinho com 14,5% de álcool) com o estômago vazio, vai atingir uma concentração alcoólica no sangue de 0,6 g/L rapidamente.

Considerando as variáveis que interferem com o metabolismo de etanol para cada pessoa, em média, o álcool é depurado a uma velocidade de 0,15 g/L, de tal forma que uma pequena dose de 0,2 g/L levaria cerca de uma hora e meia para ser totalmente eliminada.

Portanto ou voce fica umas 6 horas sem beber e correndo ainda o risco de ser pego pelo sono, ou faz a opção mais simples e prática: T.O.M. = TAXI, ÔNIBUS, METRÔ.

Outra coisa, uma taça de um vinho excelente é sempre melhor que uma garrafa de um vinho qualquer.

Os benefícios do vinho para a saúde e as variedades que contém mais substâncias benéficas. Saiu na Folha On Line hoje!





A reportagem informou sobre um estudo publicado no jornal "Australian Journal of Grape and Wine Research" e o trabalho da professora da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP, Inar Castro, que fez um ranking de vinhos da América do Sul com base na sua funcionalidade.

Foram analisadas 666 garrafas de vinhos da Argentina, Brasil, Chile e Uruguai com preço abaixo de 50 dólares.

Para saber se a safra pode influenciar no resultado, usaram vinhos de 2009 e 2010, mas nada mudou de um ano pra outro.

O que influenciou mesmo foi a variedade da uva.

Tannat e Malbec ficaram em primeiro, depois: Syrah, Carménère, Cabernet Sauvignon e Merlot.

Quando analisaram os países, os vinhos argentinos ficaram em primeiro, seguidos pelos chilenos, brasileiros e uruguaios.

A uva campeã não foi surpresa, já que o próprio nome Tannat, vem do nome tanino.

Rica em taninos, rica em antioxidantes.

Para chegar a essa conclusão, as pesquisadoras da USP avaliaram a atividade antioxidante (capacidade de "varrer" os radicais livres que causam oxidação celular), concentração de substâncias fenólicas (compostos como o resveratrol que têm ação antioxidante e anti-inflamatória) e a quantidade de antocianinas (pigmento roxo da família dos flavonoides).

Na reportagem da Folha On Line, o médico Protásio Lemos da Luz, diretor da Unidade Clínica de Artereosclerose do Incor (Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da USP), afirma que os benefícios do vinho estão relacionados à proteção do sistema cardiovascular. "A bebida tem efeito vasodilatador, impede a formação de trombos que podem levar ao infarto e aumenta os níveis de HDL, o colesterol 'bom'."

Vendo os resultados, ele afirmou que do ponto de vista prático, a diferença entre os benefícios de cada tipo de vinho é muito pequena.

Portanto, faz mais sentido escolher aquele que agrada mais ao paladar.

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Uma das maiores autoridades mundiais em cardiologia disse, ontem, no Programa Canal Livre: O vinho faz mal para as artérias...

O Dr. José Eduardo de Sousa foi o primeiro médico a realizar um cateterismo no Brasil, em 1966, foi o primeiro a colocar um stent em um paciente, criou o stent revestido, que impede que a artéria volte a entupir.

Neste trecho do programa Canal Livre, da Band, ele responde a pergunta da jornalista Marina Machado, sobre o que faz bem e o que faz mal ao coração.

Veja:








A frase: Beba com moderação, é a melhor de todas.

Diversas pesquisas, inclusive o paradoxo francês, são contrárias à declaração do Dr. José Eduardo de Sousa.

A opinião dele tem um peso gigantesco, já que é um dos maiores especialistas e pesquisadores do mundo e um orgulho para a medicina brasileira.

domingo, 22 de dezembro de 2013

Château de L'HOSTE BLANC Vieilles Vignes 2009 - Tinto - Bordeaux - França










L'Hoste Blanc é o nome do produtor, nada a ver com vinho branco. 

É um tinto de Merlot 55 % e Cabernet Sauvignon 45 %

O solo é pedregoso e tem argila e silício.

As uvas são de vinhas velhas, o que diminui a produção e aumenta a concentração.

Passou 12 meses em barricas francesas.
No nariz as frutas vermelhas se misturam com muita classe aos aromas trazidos pelo estagio em barrica. 


Leve toque de especiarias doces, notas herbáceas, cereja, chocolate e licor de cacau.

Na boca mostra boa estrutura, acidez, taninos macios e um equilíbrio perfeito.

É um vinho elegante, como grande parte dos vinhos de Bordeaux.

O final é longo e bastante agradável com notas de cereja e chocolate.

Preço: 114 reais. Importador: Vignerons e Adegas

Nota: 89/100




Pauline... Pauline...





Quadro de Francine Van Hove



Pauline... Pauline...

O dia começava sempre assim. Bastava chamar duas vezes e Pauline descia.

Pronta, cabelos molhados, olhos grandes, espertos.

Pronta pra trabalhar.

Fazia de tudo.

O Curso de enologia em Davis era pra ela um diploma que ajudava a conseguir emprego, mas os ensinamentos do avô Bertrand sempre prevaleciam.

Assim como o avô, ela fazia tudo.

Desde o trabalho mais simples como limpar tanques, peças e até o chão da vinícola, até definir o corte com uma sabedoria incomum.

Pauline era da região, o avô Bertrand era figura conhecida e respeitada no Rhône.

Ela nunca se escondeu atrás do nome do avô, mas era inevitável que lembrassem dele assim que o sobrenome Lefevre era pronunciado.

Pauline conhecia tudo e mais um pouco.

Trabalhava como ninguém.

O que ninguém entendia era o estilo de vida de Pauline.

Mesmo sendo bela e bem sucedida, não saía, não se divertia, não namorava.

Só pensava mesmo em trabalho. Nada mais.

Só que a colheita de 1999 trouxe uma verdadeira legião estrangeira para o trabalho.

Pessoas da Austrália, Estados Unidos, Portugal, Albânia, Suécia, Japão...

No primeiro dia Pauline já fez amizade com todos, tirava dúvidas, respondia perguntas, era a enóloga mais acessível do Rhône.

Olivia, uma australiana alta, magra, loira, olhos verdes e um sorriso encantador, perguntava tudo e mais um pouco.

As duas ficaram amigas e nos dias seguintes não se largaram.

Colheita, recepção, triagem, estavam em toda parte.

A semana passou rápido.

Uvas colhidas e hora de ir embora.

A colheita foi excelente, o trabalho impecável.

Ninguém viu a despedida de Pauline e Olivia.

O vinho fermentou, foi para as barricas e a vida seguia normalmente.

Pauline... Pauline...

Madame Lambert chamou as duas vezes como de costume.

Chamou mais duas: Pauline... Pauline...

Uma virada de maçaneta e o quarto vazio.

Na mesa uma carta breve e objetiva:

-Vinhos fermentados, barricas cheias... Volto para o corte e deixo meu telefone para qualquer dúvida...

As colheitas na Austrália não coincidem, posso trabalhar mais e melhor em dois continentes...

A vida de Pauline ficou mais colorida. Os vinhos australianos ficaram excelentes, os do Rhône continuaram impecáveis. Olivia e Pauline formaram uma bela dupla.

sábado, 21 de dezembro de 2013

Vignavecchia Chianti Classico 2008 - Toscana - Itália























Esse Chianti
Classico é dos bons!


Os Classicos são
considerados os melhores Chiantis.


Esse 2008 foi
elaborado com as variedades Sangiovese, Canaiolo e Merlot.


Está no ponto, mas
ainda deve evoluir um pouco.


No nariz notas de
cereja, framboesa, amora, anis, ervas aromáticas e terra.


Na boca tem boa
estrutura, corpo médio, equilíbrio e taninos macios.


Depois de um tempo
na taça aparecem notas de couro e especiarias.


O final é médio/longo, com as notas
de cereja, caramelo e ervas aromáticas.


Preço: 69,90 na sonoma.com


Nota: 88/100






Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) reconhece a quarta região com Indicação de Procedência na Serra Gaúcha







O selo, que é uma garantia de origem, já existia para outras 3 regiões: IP Altos Montes, IP Vale dos Vinhedos, IP Pinto Bandeira.

Agora foi reconhecida a IP Monte Belo, enquanto Farroupilha espera a mesma certificação.

São 56 quilômetros quadrados, com 600 propriedades produtoras de uvas, produzindo cerca de 40 mil toneladas por ano, sendo 8 toneladas para vinhos finos.







O selo foi solicitado pela Aprobelo (Associação de Vitivinicultores de Monte Belo do Sul), que reúne 10 vinícolas.

São produzidas as variedades: Cabernet Sauvignon, Merlot, Tannat, Chardonnay, Pinot Noir, Riesling, Cabernet Franc e Moscatel.

Agora, Monte Belo quer aumentar as vendas e o turismo.

Entre as normas para utilização do selo estão a padronização do processo de produção e o uso das variedades.

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

O Encontro de Vinhos Rio de Janeiro já tem data, hora e local...





Dia 13 de Março, das 14 às 22 horas, no Real Astória.

Mesmo local dos Encontros anteriores, mesmo horário e o mesmo estilo que fez do Encontro de Vinhos um Road Show, que já percorre 6 cidades brasileiras.

Desde o primeiro Encontro, o Rio de Janeiro já demonstrou que, além de Cidade Maravilhosa, é uma cidade de gente que consome e conhece vinhos.

Agende-se!

O Real Astória fica na Avenida Repórter Nestor Moreira, 11 - Botafogo.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

O marchand Rudy Kurniawan foi condenado por falsificação ontem em Nova York.







O marchand Rudy Kurniawan, considerado no passado um dos maiores experts do mundo do vinho, foi considerado culpado pela corte de Nova York, pela acusação de falsificação de grands crus franceses.


Em menos de duas horas, os 12 jurados do tribunal federal de Manhattan, condenaram o indonésio a pagamento de multa e uma pena máxima que pode chegar a 40 anos de prisão.


A pena será definida no dia 24 de Abril de 2014.










Kurniawan, de 37 anos, foi descoberto justamente por desconhecimento, pois começou a vender vinhos de safras que não existiam.










Os vinhos falsos eram produzidos na cozinha da casa dele, na Califórnia.

Tudo sobre as regiões francesas - Bourgogne - Parte 94 - Sub-Região Côte de Nuits - AOC La Tâche










A AOC La Tâche é um Grand Cru de vinhos tintos na área da AOC Vosne-Romanée, na Côte de Nuits. 


Os vinhedos estão em dois lugares, chamados: Les Gaudichots e La Tâche. 


Ocupam apenas 6 hectares 6 ares e 20 centiares. 


São dois terroirs onde as condições são perfeitas para a Pinot Noir.


Os solos são pedregosos, boa drenagem, com base de marga.


A exposição é perfeita, num terreno levemente inclinado, virado para o leste recebendo um sol matinal suave e constante.


É um Grand Cru considerado excepcional.


Os vinhos oferecem aromas de frutas vermelhas, flores e alcaçuz.


Em boca uma potência inacreditável, com textura aveludada, e untuosidade excepcional. 


Tudo isso já aparece desde a juventude, melhorando a cada ano.


A evolução chega a 20, 30 anos facilmente.


Quem tiver tempo e paciência será recompensado, quem não tiver, procure uma safra antiga e pague por isso.




Nas melhores safras, o vinho evolui por ainda mais tempo.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Marselan 2010 - Vinícola Perini - Serra Gaúcha - Brasil





A Marselan é um cruzamento da Cabernet Sauvignon com a Grenache, criado em 1961 pelo Paul Truel, na cidade de Marseillan, por isso o nome.


Este 2010 da Perini tem cor vermelho rubi intenso.


No nariz é limpo, com média intensidade aromática, notas de amora, framboesa, terroso, cacau, especiarias.


Na boca é seco, acidez média, taninos macios, corpo médio, notas de geleia de frutas vermelhas e bom equilíbrio.


Final médio.


Parece ter bom potencial de guarda.


Preço excelente no site da vinícola: 33 reais.



Nota: 87/100

Leon Fez um Grande Vinho. Brigitte Fez um Grande Negócio - Conto



















Brigitte trabalhava em vinícolas há bastante tempo. 

Leon
trabalhava nos vinhedos.

Os dois eram bastante conhecidos no Rhône. 


Conheciam vinhos, viviam dos vinhos.

Em pouco tempo ficaram amigos. 


Em pouco tempo também resolveram unir os
conhecimentos para vender os próprios vinhos. 


Leon comprava vinhos dos clientes
onde dava consultoria em enologia, fazia o corte, engarrafava e rotulava com
uma marca própria. 


Brigitte promoveu os vinhos, vendeu para o exterior, vendeu
em toda a França e não sobrou nenhuma garrafa para contar a história.

A euforia foi grande. 


Comentários sobre os vinhos, previsões para o próximo
ano.

Tudo parecia bem e claro que um negócio quando dá certo espera-se pelos frutos.

Brigitte parecia uma pessoa de bem. 


Tinha gestos exagerados, vocabulário da
moda e uma afetação que parecia inofensiva. 


Leon tinha o hábito de confiar nas
pessoas, trabalhava para diversos produtores sem nenhum contrato, com palavra.

Inevitável que nos dias de hoje a decepção fosse bater na porta de Leon.

Brigitte cuidava das contas, do dinheiro.

Estava endividada, vendendo coisas e fugindo de credores. 


A simpatia se
transformou em ódio. 


Ofendia Leon, atacava e não prestava contas. 

Leon se
defendia, pedia explicações.

Sem nenhum contrato, nenhuma burocracia e nenhum escrúpulo, Brigitte ganhou
aquela safra pra ela. 


Leon não viu a cor do dinheiro mesmo tendo feito um dos
vinhos mais fantásticos da história do Rhône.

Das pessoas ouviu histórias sobre o desequilíbrio de Brigitte. 


Mas ficava
quieto, não dizia nada.

O único consolo para Leon é o seu trabalho. 


Sabe que pode fazer outros grandes
vinhos.

Brigitte seguiu sua vida. 


Ótima para quem paga pelo seu trabalho e péssima para
pagar pelo trabalho dos outros.

-Outras safras virão. 


Outros vinhos virão... 

Le temps passe. Heureusement!!!

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

As Champas boas e baratas vendidas pela internet, por wine.com.br e sonoma.com.br














A Wine aparece com a Champagne mais barata do mercado, a Montaudon Brut custa 98 reais.

A Sonoma vendia a Vollereaux Brut por 99,99 (100 reais), mas esgotou.

Ainda na Sonoma, para quem prefere a Demi-Sec, a R. Pouillon custa 109,90 ou 3 unidades da Cuvée de Reserve Brut por 299,90.

Resolvi comparar a Montudon e a Pouillon Cuvée de Réserve Brut, já que, em matéria de preço, as duas valem cada centavo.











No caso da Montaudon Brut, repito a minha avaliação de Março de 2011:

A Champagne mais barata do mercado brasileiro não faz feio.
A Montaudon Brut, importada pela wine.com.br, é elaborada com as 3 variedades típicas da Champagne: Chardonnay, Pinot Noir e Pinot Meunier.
20% do vinho base (antes de virar espumante) passou por barricas de carvalho.
A perlage é fina e persistente.
No nariz notas de pera, maçã verde, mel, pêssego e pão torrado.
Na boca tem boa cremosidade, é bastante seco e equilibrado.
O final é longo o suficiente para dar vontade de mais um gole.
Refrescante, com boa acidez. Falta complexidade. 
Nota: 88/100

http://www.wine.com.br/vinhos/champagne-montaudon-brut/prod3170.html










A orgânica Pouillon Cuvée de Reserve Brut é um corte de 70% Pinot Noir (em Branco), 15% Chardonnay e 15% Pinot Meunier.

O vinho base estagiou em barricas de carvalho francês.

A cor é dourada, tem perlage, fina, persistente e barulhenta.

No nariz flores brancas, pera, notas balsâmicas e panificação.

Na boca excelente cremosidade, acidez, notas de evolução (positiva), amêndoa, equilíbrio perfeito.

Final longo, entre o frescor e a complexidade.

Nota: 90/100.

Portanto, a melhor!

http://sonoma.com.br/trio-champagne-r-pouillon-fils-cuvee-de-reserve-brut