quarta-feira, 17 de junho de 2009

Vinhas Velhas? Castas Durienses!


Quem depara com um vinho do Douro de Vinhas Velhas logo repara na ficha técnica: Castas Durienses. Acontece que antigamente as castas não eram plantadas por lote e sim misturadas. As vinhas velhas estão plantadas lado a lado e produzem uma quantidade minuscula de vinho cheio de concentração e muita qualidade. O Novo Mundo adotou os varietais para facilitar as vendas e ficou na cabeça de algumas pessoas que isso é o mais certo na produção de um vinho. Na maioria das vezes não. O corte corrige as deficiências de uma casta com as virtudes de outra, dá equilíbrio ao vinho mistura corpo, fruta, aromas e tudo o que for possível. Nas castas durienses por exemplo, a Touriga Nacional entra com a cor carregada, o sabor forte e concentrado, as notas florais enfim, é a mais completa casta portuguesa. A Tinta Roriz (Tempranillo na Eapanha) é a segunda casta mais utilizada no Douro, também possui a concentração da Touriga, mas com aromas de frutas vermelhas e couro mais presentes. A Touriga Francesa tem menos concentração, mas entra com o equilíbrio e a elegância. Pode arredondar o vinho que estiver com taninos exagerados. A Tinta Barroca da aromas suaves e delicados e é mais fácil de cultivar além de produzir mais. A tinto Cão também é mais delicada e macia, além de envelhecer muitíssimo bem. Junte todas estas características, compre um Douro de vinhas velhas e confira. A foto é do Dona Berta Vinhas Centenárias, sem dúvida um dos melhores vinhos de Portugal.

0 comentários:

Postar um comentário