terça-feira, 30 de novembro de 2010

Vinhos Salentein, Mendoza,





A viagem por Mendoza terminou mas agora começa o trabalho de edição dos vídeos que fizemos (Daniel e eu).


Antes que o primeiro fique pronto, conto como foram as degustações preparadas para nos.


A Mendoza Holidays organizou toda a viagem com todas as marcações nas bodegas que escolhemos www.mendozaholidays.com


Voamos LAN e ficamos hospedados no Hyatt.


Na visita que fizemos a Salentein, o simpático e competente Fernando Villanueva, preparou uma degustação especial, na sala mais importante da vinícola. O complexo turístico da Salentein, talvez seja o mais completo da Região de Mendoza. Uma pousada maravilhosa, restaurantes, visitas guiadas com degustação e um museu com obras importantíssimas, o museu mais importante do país fora da capital Buenos Aires. Diria que a visita é imperdível! A degustação começou com o Chardonnay 2010. Vinho com 14% de álcool, mas um equilíbrio capaz de esconder qualquer excesso. Um Chardonnay bem típico. Notas de abacaxi, pêssego e tuti fruti. Na boca o vinho é refrescante,tem boa acidez deixa a boca limpa.





Já o reserve Pinot Noir 2007, perde no quesito tipicidade. Embora tenha notas de morango, framboesa , que são típicos da variedade, o vinho mostra teor alcoólico 14,5% e firmeza que fogem das características da Pinot Noir. Não é um mal vinho, nem chega perto disso. É bom para quem acha a Pinot muito delicada. Pode gostar bastante desse vinho. Passou 8 meses em barricas de carvalho francês.





Passamos para o Salentein reserve Malbec 2009. Cor rubi profundo. 14,5% de álcool, bem integrado, bem equilibrado. No nariz amora, mirtilo, cereja, violeta e chocolate. Na boca é macio e aveludado. Final longo.





O quarto vinho foi o Salentein Reserve Cabernet Sauvignon 2008. No nariz pimentão verde, amora e mineral. Na boca constatei uma característica da vinícola: faz vinhos macios, sem arestas. Corpo médio e boa persistência.


Subimos um bom degrau no quinto vinho. O Numina 2007, é elaborado com 80% Malbec e 20% Merlot. No nariz alecrim, voioleta, cereja, canela, pimenta e couro. Na boca outra vez a maciez característica, acidez muito boa e bom corpo. O final é longo.





Continuamos subindo a ladeira com o Primus Malbec 2006. Um vinho bom para guarda e macio e elegante desde já. Passou 19 meses em barricas francesas. No nariz baunilha, chocolate, cereja e trufas. Na boca elegância e um final longo.





Terminamos com o Primus Merlot 2004. Assim como o vinho anterior, passou 19 meses em barricas francesas. No nariz frutas vermelhas, alcaçuz e couro. Na boca mostra taninos com potencial de envelhecimento, mas já é um vinho muito bom. O final é longo.


Os vinhos da Salentein são importados pela Zahil


www.vinhoszahil.com.br

Os melhores Malbecs foram escolhidos dia 26 de Novembro


Só 3 vinhos receberam a Grande Medalha de Ouro no concurso dos melhores Malbecs.
O Trapiche Malbec Single Vineyard Villafañe 2008, o Vinorum Premium 2005 e o Fartrade Malbec 2009.
O Puro Sangre, do Domaine St. Diego, que só é vendido na própria vinícola pelo grande Angel Mendoza, recebeu a medalha de Ouro junto com outros 31 vinhos.
Destaco que só um destes vinhos está disponível no Brasil, o Trapiche, importado pela Interfood.
www.interfood.com.br
Veja a lista completa:
http://www.winesur.com/top-news/the-best-malbec-for-world-consumers

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Achaval-Ferrer Fora da Expand


Fiquei sabendo em Mendoza, na própria vinícola Achaval Ferrer, que o vinho chegará ao Brasil por um outro importador.
A Expand é a importadora atual.
A pessoa que deu a informação não sabia para qual importadora o vinho seria vendido daqui pra frente, mas disse que estavam em processo de mudança.
Os vinhos da Achaval Ferrer já foram importados pela Enoteca Fasano, passaram para a Expand e agora pode mudar mais uma vez.

As Regiões Italianas e suas DOCs DOCgs e IGTs - Umbria


A Umbria é bastante conhecida pelos vinhos brancos de Orvieto.
Ultimamente vinhos elaborados com diversas variedades brancas e tintas começaram a fazer sucesso.
Existem duas DOCGs de vinhos tintos, Montefalco Sagrantino e Torgiano Rosso Riserva.
Os vinhos de Orvieto continuam agradando, mas cada vez menos doces e mais secos e complexos.
O Orvieto é um sucesso comercial principalmente para exportação.
Os mais modernos, foram elaborados com rendimentos baixos, seleção mais criteriosa e grande qualidade.
Existe o Orvieto semi-seco (abboccato) semi-doce (amabile).
As principais variedades da Umbria são: Procanico (variedade local da Trebbiano), Sagrantino, Barbera, Grechetto e Malvasia.
As internacionais Chardonnay, Cabernet Sauvignon, Sauvignon Blanc, Merlot e Pinot Noir e Griggio também se transformam em bons vinhos.
Os vinhos de mais prestigio são: Torgiano Rosso (DOCG) elaborado com Sangiovese (conhecida na região pelo nome de Rubesco, capaz de envelhecer por cerca de 20 anos.
O Vin Santo, elaborado com a Grechetto ou de Malvasia, também é muito interessante.

DOCGs
Montefalco Sagrantino ou Sagrantino di Montefalco
Torgiano Rosso Riserva

DOCs
Assisi
Colli Altotiberini
Colli Amerini
Colli del Trasimeno (ou Trasimeno)
Colli Martani
Colli Perugini
Lago di Corbara
Montefalco
Orvieto et Orvieto Classico
Rosso Orvietano (ou Orvietano Rosso)
Torgiano

IGTs
Allerona
Bettona
Cannara
Narni
Spello
Umbria

domingo, 28 de novembro de 2010

Mais fotos do trabalho em Mendoza





As fotos mostram um pouco do que foi filmado para programetes que serão exibidos nos blogs papodevinho e vinhosdecorte.com.br, além de um documentário que será lançado em 2011.
Para quem não sabe, produzi mais de 200 documentários para a ESPN, durante 12 anos, e 8 documentários em DVD (Portugal do Porto ao Algarve, O Brasil das 4 Copas, Fernando de Noronha - O paraíso preservado, Os craques 1, Os Craques 2, Alagoas - de Penedo a Maragogi Eder Jofre - O Grande Campeão e Peru dos Incas - Redescobrindo Machu Picchu.
Todos foram vendidos nas principais lojas do ramo. Portanto não é o primeiro trabalho, mas talvez o mais agradável de produzir, já que o tema é uma paixão. No caso do Daniel Perches, além do empenho e profundo conhecimento, tanto no mundo do vinho como no mundo da publicidade, viabilizou a viagem com uma facilidade impressionante. Em pouco tempo tinhamos hotel, avião, carro e tudo que era necessário para a produção do video. Além disso tivemos a degustação via Twitter, um trabalho do Daniel e do Alexandre Frias. Nunca na história desse país (hahahah) tivemos uma degustação com garrafas espalhadas pelo país, áudio, video, enólogo e o grande José Alberto Zuccardi falando aovivo para quem se conectasse. Em breve teremos os vídeos aqui no blog, antes disso mostro algumas fotos. O apoio foi possível da agência de viagens Mendoza Holidays www.mendozaholidays.com , que monta os roteiros que os clientes pedem, agenda visitas nas vinícolas que o cliente escolhe e não deixa faltar nada. Trabalho impecável!

sábado, 27 de novembro de 2010

Depois dos vinhedos de Mendoza, o Aconcagua!

Tirei essa foto agora há pouco, quando sobrevoava a cordilheira dos antes indo de Mendoza para Santiago. É só uma escala no vôo para São Paulo, mas a vista do Aconcagua é inesquecível.
Agora estou bebendo um Sauvignon Blanc da Anakena enquanto espero o voo para São Paulo que está atrasado.

Último dia nas vinícolas!



No quinto dia de visitas provamos os potentes vinhos da Achaval-Ferrer, visitamos as bodegas Norton e sua estrutura fantástica para o enoturismo e almoçamos os assados da família Zuccardi.
Estava muito ansioso para visitar a Achaval-Ferrer e gostei muito de ver como trabalham nas bodegas, ver que o trabalho é quase artesanal e que os vinhos são bons. E caros!
Não gosto de colocar preço em vinhos, mas depois de provar tantos vinhos da mesma região, fica claro comparar a relação qualidade/preço. Entendo também que sacrificam 40% dos vinhedos para colher uvas mais concentradas, eliminando cachos e produzindo tão pouco que as uvas de uma planta não bastam para uma garrafa. Mas quem bebe o vinho não quer saber disso, quer saber da qualidade do vinho e a qualidade é excelente, mas outros vinhos de qualidade equivalente custam metade do preço. O cheval des Andes, por exemplo, custa um terço do preço de um Finca Altamira, Achaval-Ferrer.
Nas bodegas Norton o turista se diverte. Tudo é feito pra ele, tudo é pensado pra ele, e claro, vale a pena.
Terminamos no Zuccardi, comida maravilhosa, acolhida de amigos e azeites, vinhos, carnes, lugar maravilhoso e uma estrutura fantástica.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Zuccardi une vinhos e simpatia


Ontem depois da degustação de inauguração do site http://www.winebar.com.br/ Alberto Zuccardi nos convidou para um bate papo regado aos azeites Zuccardi e petiscos especiais como verrines, bruschetas, saladas, espumante e um Viognier.
Zuccardi falou do alto de toda sua sabedoria e prestigio sobre a produção de vinhos, sobre o mercado e sobre a busca constante por qualidade sem deixar as coisas acomodarem. Pesquisas com novas variedades, pesquisa com terroir e muito trabalho.
Seu filho sentou-se a mesa e mostrou um pouco do seu amor pelos azeites de oliva.
Um jovem que poderia estar apenas aproveitando o verdadeiro império que o pai contruiu com muita luta e sabedoria, mas que estava com roupa de trabalho, preocupado como trabalho e mostrando que assim como o pai, trabalha com paixão.
A família Zuccardi talvez seja a única grande produtora de vinhos com capital 100% argentino. Isso é um orgulho para o país e claro um orgulho que aparece na família em forma de uma humildade impressionante.
Sorte de quem conhece o Zuccardi!

Vamos para o 5º e último dia nas bodegas de Mendoza


Hoje estamos saindo para o último dia. Começamos simplesmente com Achaval-Ferrer, depois vamos para as Bodegas Norton e terminamos na Familia Zuccardi dessa vez não para o Twitter, mas para produção do nosso video que em breve estara em partes nos blogs papodevinho e vinhosdecorte.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Mendoza, dia 4

Oquarto dia terminnou com uma degustação aovivo pelo site http://www.winebar.com.br/ nas bodegas Zuccardi. Daniel Perches, eu, o enólogo Juan Manuel e no final o próprio Alberto Zuccardi reunidos com blogueiros brasileiros via twitter. Uma bela degustação e um ótimo papo.
Neste dia 24 a presidente Cristina Kirchner decretou: O vinho é a bebida nacional da Argentina.

Na Andeluna o enoturismo é um show...
Vinhos de alta qualidade nas Bodegas Pulenta...

Nos vinhedos das Bodegas Pulenta, o Chardonnay já está surgindo...

O vulcão Tupungato domina a paisagem.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Eu e o Cheval Blanc dos Andes - Cheval des Andes y otras cositas más...


Mais um dia de atrasos provocados pela greve dos funcionários da Ypf /Repsol, que vejam só, estão com os salários atrasados. Será que as petrolíferas estão passando por dificuldades???
Bem a organização impecável da Mendoza Holidays (http://www.mendozaholidays.com/) ligou para as bodegas, acertou os horários e fomos recebidos como se estivéssemos dentro do horário.
Só pra começar nada mais, nada menos que Catena Zapata.
Uma volta pela bodega e uma degustação fantástica.
Saímos para a Alta Vista e Daniel (Perches) e eu, ficamos impressionados com o Chardonnay de incrível custo qualidade que o enólogo francês Matthieu Grassin nos serviu.
Um Chardonnay típico francês, com acidez correta, nariz frutado, com notas de pêssego e frutas cítricas. Na boca acidez perfeita, frescor incrível e preço maravilhoso.
Matthieu disse que o vinho custa no Brasil 35 reais. Vale conferir.
O almoço foi na Bodega Ruca Malén.
Um restaurante no meio dos vinhedos com uma comida maravilhosa e tudo harmonizado com os vinhos da casa.
O final não podia ser melhor!
Terminamos o dia com uma degustação inesquecível na bodega Terrazas de los Andes que terminou com o Cheval des Andes. O Cheval Blanc dos Andes.
O vinho é uma parceria do Grupo LVMH e o grande Cheval Blanc.
Claro que não colocariam o nome em qualquer vinho, claro que o vinho é maravilhoso.
Provamos o 2006.
Malbec, Cabernet Sauvignon, Merlot, Cabernet Franc e Petit Verdot.
O vinho passou 18 meses em barricas francesas.
Um vinho de cor intensa, nariz que já impressiona apesar de ser tão jovem. A expectativa de guarda dos produtores é de 20 anos.
Frutas vermelhas, chocolate, tabaco e o resto com certeza vem com o tempo.
Na boca é realmente um Cheval. Elegância idêntica de alguns grandes vinhos de Bordeaux.
Enche a boca sem sobrar nada. Tudo no lugar.
Já valeu a pena!
Enfim, Chardonnay Alta Vista Premiu, 35 reais.
Cheval des Andes, 370 reais.
Provar o vinho direto da fonte, não tem preço!!!

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Na Estrada - Mendoza - Dia 2

O dia em Mendoza amanheceu com esse céu, essa lua e uma greve na estrada que atrasaria todos os nossos compromissos, mas cumprimos todos. Atamisque, Salentein e O.Fournier.
Os vinhos de altitude mostram concentração e alguns aromas que os vinhos de outras zonas não atingem.

Na Bodega Atamisque o proprietário é francês, as barricas são francesas e tem um Pinot Noir que é Pinot Noir. Uma tipicidade incrível. Provamos todos os vinhos da bodega e ficamos bem impressionados.


Na sala principal de degustações da Salentein provamos os melhores vinhos da bodega, além de visitar a incrível sala das barricas com piano para pequenas audições e a pousada projetada para os amantes do vinho.



Terminamos com umtoque de Nouvelle Cuisine harmonizando com os vinhos da bodega O.Fournier




segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Angel é Mendoza, é vinho, é história...


Hoje estive com Angel Mendoza, na sua bela, charmosa, modesta e fantástica vinícola Domaine St. Diego (que agora também produz ótimo azeite de oliva como vemos a entrada na foto).
Um pequeno grande homem com cerca de 1 metro e meio de altura e uma história de gigante. Conhece os vinhos como poucos (poderia dizer ninguém), ajudou a Salton a produzir bons vinhos, trabalhou na trapiche e teve a rara honestidade de nunca concorrer com a vinícola que o projetou. Como fez isso? Nunca, até hoje, vendeu seus vinhos para distribuidores. Os raros vinhos do Domaine St. Diego são para os visitantes ou para revendedores que batem em sua porta para comprar os vinhos. Sabe para quantos países ele importa? nenhum. Sabe porque? não quer.
Angel falou cobre o exagero no uso de barricas e sobre a música que tocapermanentemente na sua sala de barricas. Uma conversa maravilhosa!
Como não é sempre que temos uma oportunidade dessas, filmei tudo e vou mostrar aqui no blog em breve. Assim que voltar para o Brasil, assim que eu editar o material. Eu e o Daniel Perches continuamos o dia nas belíssimas Bodegas Tapiz e Tempus Alba. Voce não vai perder nenhum detalhe nos videos. Por enquanto conto um pouco por aqui.

Natlália tinha tudo para viver a vida nos vinhedos




Natlália tinha tudo para viver a vida nos vinhedos, mas jogou tudo para os ares atrás de um sonho de infância.

O bisavô era produtor de vinhos, o avô também, o pai também e os irmãos davam continuidade ao trabalho feito pelos antecedentes de forma correta e até mesmo mais profissional.

Os vinhedos no Valle del Maipo eram trabalho de gerações estampado no rosto da família e também na fisionomia e tipo físico que a genética insiste em mostrar presença.

Todos tinham os olhos azuis bem claros que com certeza veio com o tataravô distante que deixou o país basco para tentar a vida na terra prometida.

Todos riam do sonho de Natália, que do alto dos seus 86 quilos e meio (ela faz questão do meio) insistiu com garra na carreira de azafata (aeromoça). A força de vontade foi tanta, que saiu do curso com as nota mais altas da turma e emprego Grant ido na antiga Lan Chile.

Natália fez carreira até virar chefe de equipe. O trabalho impecável só derrapava quando os vôos transatlânticos deixavam ela e as companheiras entediadas. Nadia pegava o vinho oferecido na primeira classe, abria junto com as colegas e ensinava sobre os recados trazidos pela cor, olhava com firmeza e certeza. Girava aquela taça estranha, que se não fosse pela situação seria motivo de piada, cheirava o vinho com segurança e ajudava cada uma das colegas a encontrar os aromas de frutas, couro, flores, etc...

As colegas poucas vezes encontravam os aromas, mas como se tratava da chefe diziam que percebiam tudo.

Na hora de colocar o vinho na boca os colegas já não prestavam atenção em nada. Só bebiam.

O problema era esse. Natália e os colegas encararam um dia um vôo para o Japão e o desastre foi total. Menos mal que o comandante não se envolve em brincadeiras dos subalternos!

-Atenção senhores passageiros estamos... (gargalhadas)

-Estamos nos apro.....(gargalhadas)

-apertam os cintos que vamos descer em Tóquio... (gargalhada geral de passageiros e tripulantes.

A garrafa oferecida para aquele vôo era produzida exatamente pela família de Natália e por isso a aula se estendeu, a festa se estendeu e os problemas também.

Já na volta ao Chile Natália voltou como passageira, mas voltou com o cargo de diretora de exportações da vinícola da família garantido. Os irmãos não cansavam de chamar Natália, queriam o conhecimento dela, a garra que só ela tinha herdado do lado da família materna.

As festas a bordo acabaram. Os vôos ficaram mais chatos, mais longos para os colegas.

No novo trabalho Natália cuspia os vinhos e só engolia o néctar das melhores garrafas após o trabalho, ao ar livre, olhando pro céu...

domingo, 21 de novembro de 2010

As Regiões Italianas e suas DOCs DOCgs e IGTs - Molise

O Molise é uma região do sul da Itália com 300 mil habitantes e 4438 km², cuja capital é Campobasso.
Não é uma região muito comentada e é pouco conhecida.
Não por ser região de vinhos ruins ou por não ter tradição vinícola. A explicação é simples: Molise fazia parte da região do Abruzzo até ganhar as primeiras DOCs em 1980.
A DOC Molise autorisa uma série de variedades italianas e locais, dando liberdade de criação aos produtores.

DOCs
Biferno
Molise
Pentro di Isernia

IGTs
Osco (ou Terre degli Osci)
Rotae

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Diminuição na produção francesa! Produtores culpam mudanças climáticas e falta de apoio do governo.


O Ministério da Agricultura da França confirmou que a colheita de 2010 ficará abaixo dos 45 milhões de hectolitros.
Isso significa uma colheita ruim em termos de volume.
Houve um tempo em que a França vinificava 65 milhões de hectolitros.
As autoridades do pais culpam as mudanças climáticas e a mudança de ramo de vários produtores.
A situação mais difícil é no sul do país, onde apesar da qualidade excelente, o volume é baixo e os preços estão em queda.
Se os preços não subirem, muitos produtores do sul da França, devem partir para outra cultura.
Evidentemente não estamos falando dos grandes nomes do vinho, que escapam da crise exportando para países emergentes e compradores tradicionais.
Os produtores do sul da França ainda reclamam da falta de apoio do governo para um projeto de irrigação que aumentaria sensívelmente a produção.
Pelo jeito os franceses tem razão: Sarko (Sarkozy) não gosta de vinhos!

Bordeaux 2010 será Excepcional!


Preços altos em 2009 e uma grande safra em 2010. Quem pode querer mais? E olha que choveu em várias regiões, viticultores de todo país guardam alguma reclamação na ponta da língua. Em Bordeaux não caiu uma gota e nem o calor foi forte demais. Um clima de sonhos para qualquer Vigneron. As uvas brancas tiveram maturação perfeita. A Semillon com certeza dará grandes vinhos. Os doces de Sauternes sim, estes podem demostrar alguma preocupação. O apodrecimento foi tardio este ano, e não se sabe que resultado teremos. Os tintos do Médoc serão fantásticos. Será a segunda safra consecutiva a ser considerada excepcional do século 21.
Se você é destes que espera as pontuações do Parker e compra os vinhos na barrica, dessa vez compre antes, não espere nada, só os lucros...

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

As Regiões Italianas e suas DOCs DOCgs e IGTs - Lombardia


O vinho está entre as maiores fontes de renda da da região. Os habitantes da Lombardia são grandes consumidores de vinhos, estão entre os maiores consumidores do mundo, o que garante a venda dos vinhos na própria casa.
A explicação é simples, a grande Milão fica na Lombardia. Apesar disso, os grandes consumidores milaneses preferem os vinhos tintos do Piemonte e da Toscana e os Brancos do Friuli.
Um orgulho que une todos os milaneses e até os italianos de outra região, são os espumantes de Franciacorta. A região tem uma DOCG e os espumantes de lá rivalizam muitas vezes em qualidade com os produzidos na Champagne.
O clima é de montanha, temperado pelos lagos de Garda, Iseo, Como e Maggiori.
A zona mais produtiva é a de Oltrepo Pavese.
Oltrepo é onde mais se produz Pinot Noir na Itália. Quase tudo para produção do Franciacorta.
Também existem bons vinhos tintos com Barbera e Bonarda e brancos com Riesling e Moscato.
Outra DOCG é a Valtellina Superiore com quatro sub-distritos: Grumello, Inferno, Sassella e Valgella.
Os vinhos são ricos e adocicados (sforzato). Os tintos de Valtellina Superiore estão entre os mais austeros elaborados com a variedade Nebbiolo. Melhoram bastante depois de 10 anos em garrafa.
A maior parte das DOCGs e DOCs, fica perto da cidade de Brescia: Botticino, Capriano del Colle, Cellatica, Franciacorta, Terre di Franciacorta, Garda Bresciano e 3 zonas divididas com a região de Venezia: Garda, Lugana e San Martino della Battaglia.
A Lombardia tem duas DOCGs (Franciacorta e Valtellina Superiore - Grumello, Inferno, Sassella, Valgella), 14 DOCs e 12 IGTs.


Les DOCs
Botticino
Capriano del Colle
Cellatica
Garda
Garda Bresciano
Garda Colli Mantovani
Lambrusco Mantovano
Lugana
Oltrepò Pavese
San Colombano al Lambro
San Martino della Battaglia
Terre di Franciacorta
Valcalepio
Valtellina

Les IGTs
Alto Mincio
Benaco Bresciano
Bergamasca
Collina del Milanese
Mantova (ou Provincia di Mantova)
Montenetto di Brescia
Pavia (ou Provincia di Pavia)
Quistello
Ronchi di Brescia
Sabbioneta
Sebino
Terrazze Retiche di Sondrio.

Borgonha não teve um 2010 como esperado


De uma forma geral, a Borgonha não teve uma boa safra este ano. Pior para os brancos e menos mal para os tintos. Houve um inverno gelado e algumas quedas de granizo durante a floração. Conversei com um amigo que tem diversas parcelas e a principal em Côte de Nuits. Ele me disse que com muito esforço conseguirá bons vinhos, mas o rendimento, de forma geral, para todos os produtores, foi 30% menor do que o rendimento de 2009.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010