segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Wine Society mostra suas armas para aumentar a popularidade do vinho australiano

A Wine Society apresentou o seu catálogo respeitável de vinhos austalianos, na última Quinta-feira, no bairro de Moema em São Paulo.
Brancos e Tintos com preços atraentes e qualidade de forma geral muito boa.
O evento foi muito bem organizado pela Cristina Neves e boa parte dos principais formadores de opinião estavam presentes.


Degustei vários e aos poucos vou postando.
Destaco de cara o Mitchelton Airstrip. Um vinho elaborado com as variedades do Rhône: Marsanne, Rousanne e Viognier.
No nariz as notas florais são maravilhosas. Ainda tem aromas de manga e pêra, muito agradáveis.
Na boca tem bom corpo, equilíbrio e ótima acidez.
109 reais.
Também gostei muito do Knappstein Hand-Picked Riesling, no quesito custo/qualidade.
Um Riesling típico, com jeitão de alsaciano!
No nariz o petróleo se mistura ao limão e algumas notas florais.
Na boca é fresco, equilibrado e mineral.
Deixa a boca salivando!
Custa 75 reais. Um super preço para um Riesling dessa qualidade!
Mas o preferido da noite foi esse aí: Yertabulti Vineyard 2005, da vinícola Knappstein.
Estagiou dois anos em barricas francesas. No nariz notas florais, canela, baunilha e ameixa preta.
Na boca é macio, equilibrado e dá de lambuja notas mentoladas.
O final é muito longo.
O vinho é excelente!
Esse vai ter vida Longa!
Custa 149 reais!
www.winesociety.com.br

Cantu no Encontro de Vinhos OFF


Com um catálogo recheado de bons vinhos, de 7 países, a Cantu mais uma vez apoia o Encontro de Vinhos.
Vinhos conhecidíssimo como os vinhos da Ventisquero, do Chile e Susanna Balbo, da Argentina, dividem espaço com a Champagne Pommery, os supertoscanos da Azienda I Giusti & Zanza, os premiados vinhos de Xavier Vignon, do Rhône, e os vinhos da Quinta do Vallado, de Portugal.
Um catálogo que satisfaz todos os gostos e bolsos.
Bons vinhos da Rioja e os vinhos uruguaios da simpática Vinginia Stagnari completam o time da Cantu.
Os vinhos vão estar em campo mais uma vez no Encontro de Vinhos OFF.
Dia 25 de Abril, das 12 às 22 horas, na Bendita Hora de Perdizes, Rua Vanderlei, 795.
Claro que não vai faltar da melhor pizza de São Paulo para acompanhar os grandes vinhos.
www.benditahora.com.br
www.vinhosdecorte.com.br
www.encontrodevinhos.com.br

Alessandra Cassolato Apresenta Novo Cliente: Wines Of Chile

A Pro Chile criou uma divisão que vai cuidar apenas da promoção de vinhos. Eles escolheram (muito boa escolha) a CH2A para uma campanha de promoção dos vinhos chilenos no Brasil.
O Brasil é um mercado prioritário para o Chile.
Na semana passada, Alessandra recebeu os jornalistas e críticos especializados, para apresentar Vivian Alaluf Bacal, responsável pela promoção dos vinhos em toda América.
O encontro foi bastante agradável.
Na foto Zoraida Lobatro Viotti, da Vinho Magazine, Jeriel Costa do Blog do Jeriel, Vivian Alaluf e Alessandra Cassolato.

domingo, 30 de janeiro de 2011

Albariño Pazo Pondal 2007 - DO Rías Baixas - Galicia - Espanha


Nada como um bom e refrescante vinho branco nesse calor!
Esse Pazo Pondal 2007, está numa promoção incrível nas lojas Expand, 24 reais!
No nariz Pêra, flores brancas e notas minerais.
Na boca é maravilhosamente refrescante.
Crocante!
É fácil de beber e tem um bom equilíbrio.
Nada em excesso!
Deve ser servido a 6 °C.

Taransaud In'ovando em Barricas

Uma das tanoarias mais importantes do mundo do vinhos criou uma barrica com um novo formato. Desde a invenção dos Celtas, o formato das barricas sempre foi o grande trunfo, e por isso, ninguém pensava em mudar. Tanto que o nome tonelagem, usado para o transporte no mundo inteiro e mesmo a medida padrão, tonelada, tem origem no nome: tonel.
Mas a Taransaud pode tudo!
O formato de ovo, rendeu o apelido OVUM.
A Ovum comporta 20 hectolitros de vinho.
Ela foi construída com o que há de melhor na tecnologia de barricas.
A grande vantagem é a melhora na micro-oxigenação natural.

Concurso escolheu O Melhor Gammay do Mundo, em Lyon


Foi a primeira edição.
Chegaram 600 amostras para avaliação de 130 degustadores, bem na terra daoGammay, em Lyon.
A região de Beaujolais, ficou, é claro, com a marioria absoluta das medalhas.
Quem mais se aproximou dos originais franceses foi a Suissa, único país a conquistar a grande medalha de ouro (4).
Foram distribuídas 42 grandes medalhas de ouro: 30 para vinhos de Beaujolais, 8 para vinhos de outras regiões da França e as 4 da Suíça.
Ainda foram distribuídas medalhas de ouro e prata.
O grande vencedor, foi o Juliénas do produtor Laurent Perrachon, Domaine des Mouilles. Salvo engano, o vinho não está disponível no Brasil.
Com esse calor, ía cair muito bem!!!

sábado, 29 de janeiro de 2011

Callia Alta - Chardonnay/Torrontés - Argentino Bom e Barato para o calor!

O verão dirige naturalmente nossas atenções para os brancos.
Esse vinho de San Juan, Valle do Tulúm, pode trazer um pouco de frescor e garantir o vinho nosso de cada dia.
Tem 13,5% de álcool, mas nem se percebe (isso pode ser um problema! rsrsrs).
No nariz flores brancas, maçã verde, pêra e pêssego.
Na boca tem bom equilíbrio, bom corpo e uma boa acidez.
Não passou por madeira.
Se quiser tomar como aperitivo, vai muito bem, mas se harmonizar com uma salada de polvo temperada com azeite, limão e salsinha vai melhor ainda (sem vinagre, é claro!).
O vinho é importado pela Decanter e custa 22 reais.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Amanhã tem a francesíssima Atamisque no oitavo episódio do Na Estrada do Vinho!


Amanhã o Na Estrada do Vinho, viagem que o Daniel Perches e Eu fizemos por Mendoza, mostramos a Bodega Atamisque, em Tupungato.
São vinhos franceses em pleno terroir mendozino.
Dono francês, barricas só francesas, método de trabalho francês, e claro, variedades francesas.

Chantal herdou tudo do Pai. Menos Jérôme...


A cor de fogo dos cabelos de Chantal se confundiam com a cor dos vinhedos naquele outono fresco e cheio de luz no Rhône.
Chantal não tinha mais do que 1 metro e 60, 56 quilos bem distribuídos, corpo pequeno e perfeito, olhos azuis, pele clara e um jeito simpático, sorridente e feliz.
Os vinhedos tão bem cuidados pelo pai, passou para as mãos de Chantal depois de uma viagem de Monsiur Claude.
O homem foi passar uns dias na Polinésia Francesa e nunca mais voltou.
Os vizinhos maldizentes diziam que ele se casou por lá.
O viúvo Claude provocava raiva dos vizinhos por causa de suas mães, esposas, etc...etc...etc...
Era o viúvo mais desejado do Rhône.
Chantal acordava cedo, trabalhava nos vinhedos, dava ordens aos funcionários, atendia telefonemas, falava com o exterior, recebia os turistas, tudo.
Se tem uma história em que a herança genética mostrou sua força como nunca a história é essa.
Chantal herdou o charme de Monsieur Claude.
Não bastasse a beleza, a simpatia e a sensualidade, Chantal ainda herdou o charme do pai.
Se fosse só isso seria uma maravilha, mas ela herdou também o ódio dos vizinhos.
Só que nesse caso era o ódio de filhas, mães, esposas.
Jérome tinha a idade de Chantal, 25.
Tinha um corpo atlético, gosto pelo esporte, pelo trabalho e pela vida, mas...
A timidez atrapalhava tudo.
Desde a escola os amigos levavam sempre vantagem.
As garotas até queriam Jérôme, mas naquela pequena cidade há 50 quilômetros de Lyon a iniciativa tinha que ser dos homens, as mulheres apenas olhavam, sorriam, insinuavam.
Já fazia algum tempo que Jérôme olhava Chantal com o maior cuidado do mundo para não ser surpreendido.
Usava até um binóculo para tentar distinguir os cabelos de Chantal do vermelho das folhas dos vinhedos.
Mas o destino reserva coisas incríveis.
Chantal saiu apressada para uma degustação em uma loja da cidade.
O celular tocou e a conversa com o enólogo consultor deixava Chantal impaciente e distraída, o rádio tocava um rap francês que seria até interessante se não fosse caótico.
No meio do caminho estava Jérôme.
Um atropelamento incrível que jogou a bicicleta longe e deixou Jérôme desacordado.
Chantal foi rápida no socorro, desligou o rádio, celular e em poucos minutos estava no hospital.
Nos 3 dias em que passou na UTI, Chantal não arredou pé daquele corredor.
Nas poucas horas de visita chantal suportava os olhares de ódio dos familiares de Jérôme para dividir alguns instantes ao lado dele.
Quando Jérôme abriu os olhos a primeira coisa que viu foi o azul dos olhos de Chantal. A segunda coisa foi sorrir é claro. E a terceira foi acreditar que estava vivo. Acho que estava no paraíso.
Mais 5 dias num apartamento com mais dois acidentados e Chantal mal voltava pra casa.
Quando saiu Jérôme teve a coragem de estender a mão para se despedir.
Chantal abriu um sorriso e partiu para o maior beijo da vida de Jérôme.
Aqueles vinhedos precisavam mesmo de um homem para o trabalho pesado, Chantal era leve, delicada, irresistível...

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Sesmarias 2008 - Campanha Gaúcha - Brasil


O Sesmarias é o ícone da Miolo. Diria que é o ícone do Brasil já que nenhuma outra vinícola brasileira investiu tanto na qualidade de um vinho.
O vinhos foi elaborado com fermentação integral em barrica nova de carvalho francês.
São seis variedades: Cabernet Sauvignon, Merlot, Petit Verdot, Tannat, Tempranillo e Touriga Nacional.
Um corte que só poderia acontecer no novo mundo com tamanha diversidade de castas de regiões diferentes.
O corte dos 6 vinhos estagia 18 meses em barrica nova de carvalho francês, contando com o tempo de fermentação, são 22 meses em barrica.
A cor é bastante escura, quase negra.
No nariz frutas negras (principalmente amora), violeta e torrefação.
O vinho é 2008, feito para evoluir por mais de 10 anos (e com certeza vai evoluir), portanto está fechado, mesmo tendo sido decantado.
Tem muito a mostrar no futuro!
Na boca é elegante, concentrado, com taninos aveludados e raça.
Um grande vinho, com jeito de velho mundo!
Hoje restam poucas garrafas, que são vendidas na própria vinícola, no Vale dos Vinhedos.
Custa 270 reais.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Um Brinde parra o Aniversário de São Paulo - Villagio Grando Brut - Santa Catarina - Brasil


A Vinícola Villagio Grando é sem dúvida uma das bandeiras de Santa Catarina no mercado de vinhos de qualidade.
Embora os catarinenses pouco saibam sobre os vinhos da terra!
A vinícola fica em Campos de Herciliópolis, Água Doce, SC.
São vinhos de Altitude: 1.300 metros
Eu provei vários vinhos desta vinícola, tanto tintos como brancos, e tenho a melhor impressão possível.
Esse espumante me chamou atenção por ter no corte uma porcentagem do Pinot Meunier, utilizado na Champagne e pouco utilizado em outras partes do mundo.
No Brasil só conheço este!
Foi elaborado pelo método Charmat (segunda fermentação em cubas de aço inoxidável), tem 11,3 % de àlcool e é um corte com Chardonnay, Pinot Noir e e já citada Pinot Meunier.
Foram elaboradas apenas 3.810 garrafas.
Tem cor límpida e boa perlage.
No nariz notas florais e de maçã verde.
Na boca é bem fresco, tem boa acidez e como era de se esperar para o método Charmat, seria melhor se fosse um pouco mais cremoso.
Gostei de provar um espumante brasileiro com Pinot Meunier!
Espero que produzam algum pelo método Champenoise (tradicional).
Custa cerca de 50 reais.

Miolo Lote 43 2004 - Vale dos Vinhedos - Brasil


O Lote 43 já é velho conhecido entre os melhores vinhos brasileiros. É o ìcone da Miolo com corte bordalês e privilégio de só ser engarrafado em anos especiais.
Este 2004 tem 50% Merlot e 50% Cabernet Sauvignon.
É o que se chama de Cru na França e Single Vineyard no novo mundo.
são uvas que saem de apenas um vinhedo. O Lote 43!
Esse Cru especial fica no Vale dos Vinhedos.
O vinho tem cor rubi, bem intenso.
No nariz notas de groselha, tabaco, chocolate e couro.
Na boca é concentrado, bom volume, aveludado e muito bem equilibrado. Elegante!
O final é longo e o potêncial de guarda também.
Envelheceram separadamente o Merlot e o Cabernet Sauvignon por um ano. 70% em barricas americanas e 30% em barricas francêsas.
Tem 13,5% de álcool.
Eu quero muito provar esses vinhos no futuro, nos próximos 10 anos.
Custa cerca de 100 reais.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Merlot Terroir 2008 - Vale dos Vinhedos - Brasil


Um Merlot potente!
É muito comum fora da França e dos Estados Unidos, vinhos elaborados com Merlot sem muita estrutura, vinhos ligeiros, faltando algo e sem final de boca.
Esse não.
É um Merlot encorpado, com cor profunda e notas de cassis, café e chocolate.
Na boca o vinho é aveludado, elegante e um final muito bom, com notas de amora.
O vinho estagiou um ano em barricas de carvalho francês e depois ainda envelheceu mais um pouco na garrafa antes de ser colocado no mercado.
Mais um vinho de guarda produzido pela Miolo.
Quero provar de novo daqui 10 anos!

Ravin no Encontro de Vinhos OFF


A Ravin chega ao Encontro de Vinhos Off prometendo novidades para o ano de 2011.
Nem precisava!
A importadora tem poucos anos de vida e já tem um catalogo com vinhos de 7 países.
Vinhos como o Sassicaia, da Tenuta San Guido; Quinta de la Rosa, de Portugal; Viña Maipo, do Chile; vinhos de Jean-Baptiste Audy, de Bordeaux; os vinhos da Familia Zuccardi, da Argentina; Fairview, da África do Sul e os Vinhos Vega Sauco, da Espanha, que no Encontro de Vinhos de São Paulo, em 2010, ganhou a degustação às cegas com o Piedras, um achado de 49 reais que deixou pra trás pesos pesados 5 vezes mais caros.
O Encontro de Vinhos Off acontece dia 25 de Abril, do meio dia às 10 da noite, na Bendita Hora de Perdizes.
Rua Vanderlei, 795.
Os melhores vinhos com a melhor pizza de São Paulo.
Vai ter coquetel de pizza do começo ao fim.

domingo, 23 de janeiro de 2011

Gran Lovara 2006 - Serra Gaúcha - Brasil


Vinho elaborado com Merlot (60%), Cabernet Sauvignon (25%) e Tannat (15%).
Mais um vinho elaborado com muito carinho.
O estágio é em carvalho francês e americano por cerca de 1 ano.
Cor rubi, bastante concentrada.
No nariz groselha, frutas secas, amora e baunilha.
Na boca o vinho mostra potência, os taninos estão lá, firmes e elegantes.
Tem 14% de álcool, mas muito bem integrado.
O vinho tem bom equilíbrio e potencial para envelhecer por mais de 10 anos.
Bom final.
Custa cerca de 50 reais.
É uma boa compra!

sábado, 22 de janeiro de 2011

Pinot Meunier


Pouca cor, menos corpo e mais acidez do que a Pinot Noir. A Pinot Meunier é mais resistente ao frio e a geada do que a maioria das variedades conhecidas e na Champagne é responsável por dar mais fruta ao vinho.
Champagne é Pinot Noir, chardonnay e Pinot Meunier.
Na AOC Orleans é a variedade típica.
Gosta de solos argilosos e úmidos.
Além da França, Alemanha e Estados Unidos produzem vinhos com a Pinot Meunier e já existe um espumante brasileiro com a variedade no corte, assim como na Champagne


Miolo Cuvée Giuseppe Chardonnay 2009 - Vale dos Vinhedos - Brasil


O vinho tem o selo DO Vale dos Vinhedos, que está em fase (burocrática) de aprovação.
Vinho elegante, com notas cítricas, pera, mel, flores e também sinais deixados pela madeira (8 meses), como baunilha e coco.
Na boca tem bom corpo, é elegante e equilibrado.
O final de boca é amanteigado e mostra um ótimo equilíbrio com a acidez.
Custa 45 reais.
Ótimo preço!

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Bueno Cuvée Prestige tiragem 2008 - Vale dos Vinhedos - RS - Brasil


Este espumente produzido pela Miolo em parceria com o narrador Galvão Bueno, foi elaborado com 50% Chardonnay e 50% Pinot Noir, com uvas do vinhedo de São Gabriel, em Garibaldi.
A perlage é fina como de se esperar num espumante elaborado pelo método tradicional (Champenoise). Com o tempo, talvez pela taça, a perlage foi desaparecendo, mas normalmente não levo muito em consideração pois um mínimo detalhe ou resquício de detergente na taça pode atrapalhar.
No nariz o tradicional pão tostado, maça verde e abacaxi.
Na boca tem boa acidez, é elegante e cremoso.
Mais um grande espumante brasileiro.
Não é safrado, foi elaborado com as três últimas safras, no ano de 2008.
Garrafa número 383.
Custa de 60 a 70 reais.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Os Tops da Miolo impressionam!!!






Provamos os vinhos top da Miolo na loja Vino & Sapore do João Filipe Clemente.
O Márcio Marson, agora reforçando o time da Miolo, levou os vinhos que há tempos eu e outros blogueiros esperávamos para provar.
Provamos o Espumante Bueno, o Branco Chardonnay, o RAR Pinot Noir, Gran Lovara, Merlot Terroir, Lote 43 e por fim, o Sesmarias.
Os 4 últimos são de alto nível.
Diria até que só poucas vinícolas no mundo contam em sua linha com 3 ou quatro vinhos desse nível.
Vou postar nos próximos dias 1 por um destes vinhos.
Lembro nos anos 80, quando começavam a chegar bons vinhos para o mercado brasileiro que eu sonhava com o crescimento de qualidade dos nossos vinhos. Um sonho teimoso, diante da realidade da época.
O sonho chegou.
Agora vamos sonhar com preços mais baixos.

Promoção na Vino & Sapore -


  • Prios Roble Espanha – Ribera Del Duero – de R$69,00 por R$59,00
  • Villard l’Assemblage Grand Vin – Chile – de R$77,00 por R$67,00.
  • Domaine Pasqua Vin Doux Chardonnay – França/Córsega – de R$99,00 por R$85,00.
  • Herdade Paço do Conde Reserva – Portugal/Alentejo – de R$125,00 por R$95,00
  • Terra Mariana Pinot Noir – França/Córsega – de R$68,00 por R$58
  • Ocaso Syrah/Bonarda – Argentina – De R$29,50 por R$25,00
  • Quinta do Valle Longo Colheita – Portugal/Douro – de R$55,00 por R$ 48,00
  • Familia Bianchi Cabernet – Argentina – de R$59,00 por R$52,00
  • Santa Julia Reserva Tempranillo – Argentina – de R$43,00 por R$36,00
  • Polkadraai Pinotage/Merlot – África do Sul – de R$39,00 por R$34,00
  • Palo Alto Tinto – Chile – de R$35,00 por R$28,00
  • Jaffelin Macon Rouge – França/Borgonha – de R$58,00 por R$49,00
  • J. Moreau Petit Chablis 2008 – França/Borgonha – de R$80 por 65,00
  • Kangarilla Road Shirazl – Austrália – de R$95,00 por R$80,00
  • Kangarilla Road Zinfandel – Austrália – de R$95,00 por R$75,00
  • Kangarilla Road Shiraz/Viognier – Austrália – de R$125,00 por R$95,00
  • Leconfield Cabernet Sauvignon – Austrália – de R$125,00 por R$95,00
  • Anakena Carmenére e Sauvignon Blanc de 375ml - Chile - de R$17,00 por R$13,00.
  • Vila Régia Douro 2006 - de R$38,00 por R$29,00
Lembrando que quem pagar em dinheiro ou cheque ainda tem choro!
Vendas por telefone com entrega na região, incluindo aí o Morumbi/Butantã/Jaguaré/Embu/Taboão e Alphaville. Consulte para outras regiões - tel. (11) 4612.6343 ou 1433.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Voce já participou de uma Degustação às Cegas? A Vino & Sapore promove uma de Syrah.




Um dia um amigo me perguntou como era uma degustação às cegas e lamentava de nunca ter participado. Para fazer em casa fica um pouco caro, vários vinhos, etc...
O mesmo amigo tinha um pouco de receio pensando que teria que descobrir que vinho era, safra, etc...
Nada disso.
Ele até começou o assunto falando do receio de passar vergonha tendo que descobrir o que com certeza não descobriria.
Não é nada disso.
As garrafas são cobertas para que não haja a influência do rótulo, da fama de alguns vinhos.
O resto é só aproveitar. Anotar o que for importante para você e anotar qual vinho agradou mais para que seja então escolhido o vencedor do desafio.
Essa "brincadeira" é maravilhosa.
A Vino & Sapore, que fica na Estação do Sino, no centrinho da Granja Viana, promove uma degustação às cegas com 6 vinhos de Syrah. A loja é do João Filipe Clemente que está mais do que acostumado a fazer estes desafios. Além da degustação ouvir os comentários do João é um valor agregado e tanto.
Todos os vinhos são de alta qualidade como o
Australiano Shild Shiraz 2005 que com a safra 2008 alcançou sétimo posto entre os TOP 100 da Wine Spectator em 2010, tornando-se o vinho mais barato a chegar nessa posição tendo obtido 94 pontos.
Os outros rótulos são do Chile, África do Sul, Austrália, França e Estados Unidos todos com preços entre R$85 e 115,00. Faça as contas!

Representando o Chile, um “vin de garage” que tradicionalmente custa em torno de R$135,00 mas que está neste mês por R$115,00 na Vino & Sapore.
O I Latina Syrah 2008. Apenas 9978 garrafas elaboradas por uma das mais conceituadas enólogas do Chile num projeto de autor, feito á mão e que na sua primeira safra (07) obteve 92 pontos do Guia Descorchados. Terá que passar por uns 45 minutos de decanter, mas certamente mexerá com as sensações dos desgustadores.

Representando a Austrália, o Schild Estates Shiraz 2005, o da safra 2008 obteve a sétima colocação entre os TOP 100 de 2010 da Wine Spectator. Em Maio de 2009 num grande embate ás cegas com mais 7 belos e conceituados oponentes, faturou o primeiro lugar. Um desafiante à altura e candidato ao pódio. Rótulo de R$105,00.

Da França, especificamente do Rhône berço desta cepa, vem o Vidal Fleury Crozes-Hermitage 07.
A Wine Spectator lhe deu 87 pontos, mas o João Filipe disse que daria 89. Preço deste rótulo; R$112,00.

A África do Sul, como o Chile, tem mostrado ter um terroir que produz belos Syrahs, sendo que a grande maioria dos grandes vinhos aqui produzidos são oriundos desta cepa ou a têm como protagonista no blend. O Raka Biography 2005, ganhou status de “cult” na África do Sul onde é reconhecido como um verdadeiro clássico, entre os melhores 25 vinhos sul africanos da atualidade de acordo com John Platter um dos mais importantes críticos da região e autor do guia South African Wines. Mais um rótulo de qualidade a ser conferido e possue um preço de R$97,00.

Dos Estados Unidos, região de Central Coast, vem mais um desafiante, o Mandolin Syrah 2005, 90 pontos da Wine Enthusiast e entre os TOP 100 “Best Buys” de 2008. Um digno representante yankee nesta contenda que promete ser muito interessante. Preço de R$85,00.

Também da Austrália o Two Up Syrah 2006. A international Wine Cellar Magazine lhe deu 89 pontos e a Beverage Dynamics 93 pontos. Stephen Tanzer 88 pontos e Robert Parker 90, ou seja pontuação não falta, só o que precisamos saber é se ele demonstrará na taça todos esses predicados que lhe renderam essa reputação. Produzido pela Kangarilla Road, eis mais um desafiante de peso do país que adotou esta casta como sua cepa ìcone. Preço R$85,00.
Bem, esses são os rótulos a serem degustados, porém a ordem de serviço será aleatória e será servido um espumante de boas vindas aos ilustres degustadores presentes, preparando o palato para o que está por vir.Para participar deste primeiro encontro em 2011, o investimento será de R$50,00 e qualquer um dos vinhos da prova poderá ser comprado no dia com 10% de desconto e se pagamento em dinheiro ou cheque, mais 3%!Eis aqui uma boa dica para você começar bem o ano. Vagas limitadas então garanta sua vaga fazendo sua reserva, ou pedindo mais informações, através do e-mail comercial@vinoesapore.com.br ou pelo telefone (11) 4612-6343.

Vinho Generoso (década de 50)



Abrimos essa garrafa no dia 16/01/2011.
A Guerra Civil Espanhola durou de 1936 até 1939, quando começou a ditadura do General Francisco Franco. Em Portugal estava António Oliveira Salazar, que ajudou os vizinhos com o envio de armas, e há quem diga que envio de tropas.
Salazar mandou em Portugal até 68, este vinho é da década de 50, quando ele criou as cooperativas vinícolas. As pessoas levavam as uvas e saiam com as garrafas.
Se o vinho é uma bebida viva, ele vivenciou boa parte dessa história. Talvez ele seja a parte boa!

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Amanhã o 7º episódio de Na Estrada do Vinho


Amanhã mais um episódio do Na Estrada do Vinho.
Na viagem que o Daniel Perches e eu fizemos por Mendoza, visitamos 15 bodegas e encontramos histórias incríveis.
No sétimo episódio, continuamos na Bodega Tempus Alba e conversamos com o Sr Aldo Biondolillo. É ele que vai explicar o nome Tempus Alba e o rótulo da garrafa do Vero com estranhas mini digitais.
Uma entrevista para quem ama o vinho!

Um piemontês inédito no Brasil vem para o Encontro de Vinhos OFF


Barolos, Barbarescos e Barberas...
Os Barberas da Vinchio-Vaglio Serra, recebem constantemente pontuações máximas em revistas italianas e internacionais. A ilustração mostra os 3 Bicchieri para o 2005 e também os 4 Grappoli para 3 vinhos diferentes na Duemila Vini 2009. Um produtor e tanto que vem ao Brasil pela primeira vez no Encontro de Vinhos OFF, dia 25 de Abril no Pomar da Bendita Hora www.benditahora.com.br.
Em 2010 o Barbera d'Asti Superiore 2007 da Vinchio-Vaglio Serra, recebeu da Decanther World Wine o certificado de Commended. Isso já tinha acontecido com o Tre Vescovi 2006, o Vigne Vecchie Barbera 2005 e com o Barbera Laudana do mesmo ano. Na safra anterior o Barbera Sei Vigne Insythesis recebeu 91 pontos da Wine Enthusiast, além do selo Best Buy. Pontuações ano a ano, regularidade.
O Barbera d'Asti Superiori Sei Vigne Insythesis 2001 recebeu nota máxima do Guia Gambero Rosso. Além de pontuações os vinhos são puro custo/qualidade. O produtor vem para o Encontro de Vinhos OFF, mostrar seus vinhos até hoje completamente desconhecidos no Brasil.
Para o Encontro de Vinhos off teremos:
Piemonte Doc Barbera
Barbera d'Asti Docg Superiore I TRE VESCOVI
Barbera d'Astu Doc Superiore VIGNE VECCHIE
Barolo Docg
Barbaresco Docg
Moscato d'Asti Docg VALAMASCA - dolce (doce)

domingo, 16 de janeiro de 2011

Só a doçura de um vinho generoso português pode apagar o gosto amargo da lembrança do maldito ditador


Abrir aquela garrafa que protegia um líquido vivo, há mais de 50, quase 60 anos era um desafio. Não sabia se o vinho estava bom ou ruim, mas sabia o que aquele vinho tinha vivido nestes quase 60 anos.
Sei que as cooperativas nasceram na época do ditador António de Oliveira Salazar que mandou no país de 1932 até 1968.
Pensei como cresceram aquelas uvas, sob as nuvens negras da ditadura portuguesa.
Pensei nas pessoas que pisaram, que escolheram, que engarrafaram e que sofreram para restaurar a democracia no país.
Lembrei do meu avô Adriano, que precisou sair para não sofrer os castigos impostos pelo maldito ditador.
Aqui o velho Adriano foi feliz e fingiu ter esquecido da pátria até o fim da vida.
O vinho é doce, macio, parece um licor.
As notas de figo seco, tâmaras e um pouco de amêndoa, mostram que o vinho são é velho, é experiente.
O lacre que fechava a garrafa foi saindo aos poucos como se pedisse para ser arrancado para deixar escapar um grito preso na garganta.
Talvez um grito de liberdade daquelas uvas que nasceram e cresceram numa ditadura que rendeu ao ditador o título de português mais ilustre da história. Sim, o Jornal O Público (se não me engano) fez a enquete e ele ganhou disparado.
Talvez Fernando Pessoa, Amália Rodrigues, Eusébio (que nasceu na África, mas é português) e até o Infante Dom Henrique e Vasco da Gama não tenham mesmo importância por lá. Se tivesse nascido nos Estados Unidos seriam nome de foguetes, de aviões, de prédios...
No Brasil também é assim!
Para mim, para Adriano e para tantos outros, Portugal deve esquecer a sombra do autoritarismo.
A garrafa aberto deixou escapar um recado: ninguém consegue estragar o vinho português.
Nem o maldito ditador...
A garrafa número 9397 do Veiga de Santa Maria Reserva Especial, foi aberta neste domingo.
Foi um brinde ao Fernando Pessoa, à Amália Rodrigues, o Eusébio, Vasco da Gama e o Infante Dom Henrique. Um brinde ao Adriano que cruzou o atlântico e nem assim teve sossego para se expressar. O pensamento livre é coisa nova, dos dias de hoje...
Citando o grande Chico Buarque: "foi bonita a festa pá, estou contente..."

Casa Rivas Rosé 2009 - Valle del Maipo - Chile


A Vinícola pertence ao grupo Viña San Pedro Tarapaca e fica em Maria Pinto, uma sub-região do Valle del Maipo. Os vinhedos ficam na cordilheira costeira do Chile, virados para o mar, Foi fundada em 1992 e o responsável pela elaboração dos vinhos é o enólogo Camilo Viani Barbagelata.
Provei o Rosé, elaborado com Cabernet Sauvignon 85%, Carménère 10% e Merlot 5%, por indicação do Anderson, competentíssimo sommelier do Ráscal Itaim.
Cor rosé mais para o cereja.
No nariz é bastante aromático com notas de morango, groselha e framboesa.
Na boca mostra boa acidez, corpo médio, notas de frutas vermelhas e bom equilíbrio.
A importadora é a Premium e o preço é de 30 a 40 reais.

sábado, 15 de janeiro de 2011

Mês de festas para o santo do vinho


Fim de Janeiro tem a festa de Saint Vincent, o padroeiro dos vitivinicultores.
No Brasil o dia passa batido, mas nas pequenas cidades da França e também da Espanha, o santo é muito lembrado.
Na Borgonha a festança começa dia 17 em Auxerre, depois não para tão cedo: Santenay, Beaune, Mercurey, Savigny, Corgoloin, Pommard e Chablis.
Bordeaux não fica atrás. Tem a esta já neste domingo com um almoço para 600 pessoas perto da catedral da cidade.
A festa é organizada pela commanderie du Bontemps, a confraria mais importante de Bordeaux, com 312 membros entre produtores, negociantes e comerciantes de produtos ligados ao vinho. Para se ter uma ideia e babar, eles administram um orçamento de 800 mil euros. Com todo esse dinheiro, a confraria promove os vinhos do Médoc, Graves e Sauternes no mundo inteiro.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Mês de festas para o santo do vinho


Fim de Janeiro tem a festa de Saint Vincent, o padroeiro dos vitivinicultores.
No Brasil o dia passa batido, mas nas pequenas cidades da França e também da Espanha, o santo é muito lembrado.
Na Borgonha a festança começa dia 17 em Auxerre, depois não para tão cedo: Santenay, Beaune, Mercurey, Savigny, Corgoloin, Pommard e Chablis.
Bordeaux não fica atrás. Tem a esta já neste domingo com um almoço para 600 pessoas perto da catedral da cidade.
A festa é organizada pela commanderie du Bontemps, a confraria mais importante de Bordeaux, com 312 membros entre produtores, negociantes e comerciantes de produtos ligados ao vinho. Para se ter uma ideia e babar, eles administram um orçamento de 800 mil euros. Com todo esse dinheiro, a confraria promove os vinhos do Médoc, Graves e Sauternes no mundo inteiro.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Amanhã o 6º episódio de Na Estrada do Vinho


Amanhã você vai ver onde são elaborados os vinhos Tempus Alba.
Uma das vinícolas mais agradáveis para o enoturismo de Mendoza e que produz vinhos realmente muito bons, é a nossa próxima atracão no Na Estrada do Vinho.
O Tempus Alba Vero não está disponível no Brasil, mas estava no Encontro de Vinhos de São Paulo e conquistou um lugar nos TOP 5.
No sexto episódio conversamos com o Mariano Biondolillo, um dos proprietários da vinícola.
No sétimo episódio tem mais. O Sr Aldo Biondolillo, vai explicar porque o nome Tempus Alba e também o que significam as digitais na garrafa do Vero.

Rastros do Pampa em São Paulo


Os vinhos Rastros do Pampa, de Don Pedrito, acabam de chegar em São Paulo.
Os vinhedos também são protegidos das pragas pelo sistema de controle térmico de pragas do Lazo TPC, que evita o uso de pesticidas, veja no post:http://papodevinho.blogspot.com/2011/01/depois-de-mario-geisse-e-lidio-carraro.html
Quem foi ao Encontro de Vinhos de Ribeirão Preto, teve a chance de provar os vinhos que postei aqui em Setembro, depois de provar uma garrafa que chegou às minhas mãos quase que por acaso.
Durante a Expovinis, meus amigos Claude e Isabel Fonquerle que aceitaram o meu convite para participar da Expovinhoff, ganharam uma garrafa da produtora Gabriela Pötter.
Fiquei com a garrafa até o próximo encontro com Claude e Isabel.
Eles não esqueceram da garrafa e eu guardei conforme o prometido. Foi assim que provamos e nos surpreendemos.
O vinho será vendido pela DO Brasil, da amiga Cecília.
Lá é o lugar para quem procura vinhos raros brasileiros. Raros por incompetência do mercado que não sabe lançar e procurar coisas novas e de qualidade. A Cecília sabe!
A DO Brasil fica na rua Tomas Carvalhal, 620, no Paraiso.
Para rever o post do Rastros do Pampa: http://papodevinho.blogspot.com/2010/09/rastros-do-pampa-premium-2009-rio.html
Para rever a loja da Cecilia:
http://papodevinho.blogspot.com/2010/08/cecilia-do-brasil-e-as-raridades-do-sul.html

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Encontrada a vinícola mais antiga do mundo


Os achados foram encontrados no sul da Armênia por pesquisadores da universidade da Pensilvania, Estados Unidos. Os vestígios arqueológicos de uma adega com mais de seis mil anos de idade. Sementes da uva, restos de uvas prensadas, caules e resíduos de videiras também foram encontrados no local, e análises químicas indicam que vinho tinto era produzido numa caverna.consistente. O vinho produzido era provavelmente usado em rituais, como em sepultamentos, que também foram encotrados nas proximidades. "O vinho pode ter sido bebido para honrar os mortos ou talvez até jogado sobre os corpos", afirmou Gregory Areshian, da Universidade de California, co-diretor da escavação. “Esta é, para já, a mais antiga adega de vinho, com prensa, cubas de fermentação e vasilhas para armazenamento no local”, disse citado pela AFP Hans Barnard, um dos autores do artigo sobre a descoberta publicado na revista Journal of Archaeological Science. A gruta, que fica perto da cidade de Areni, junto da fronteira com o Irã, já tinha sido notícia em Junho do ano passado devido à descoberta de um mocassim de couro com 5500 anos.


Pietro encontrou a fórmula do amor




-Acabou Ornella. Não posso viver assim esperando que se importe comigo.


-Ficou louco Pietro! Claro que me importo.


-O que fala não combina com tuas atitudes. É isso. Acabou!


Por 4 anos Ornella olhava para Pietro durante todo o dia. Passava horas ao lado dele na época da poda verde, na amarração dos galhos, na colheita, na seleção das uvas, em tudo.


Por 6 anos Pietro trocou a taça de vinho com os amigos pelos braços quentes, lisos, cheirosos de Ornella.


Por 10 anos dormiram juntos, às vezes abraçados, às vezes não.


A colheita de 2002 marcou uma nova fase para Pietro.


Ornella passou a ficar em casa cuidando da vida, do filho e com outros pensamentos e afazeres.


O inverno de 2003 foi terrível, pausa no trabalho com os vinhedos, pausa para ficar com Ornella, mas...


Ornella cuidava da casa e Pietro voltava ao convívio dos amigos.


O frio, o vinho, a casa com a lareira a todo vapor, o passado, nada animava Ornella.


Veio a primavera e o trabalho ficou mais duro.


Pietro cuidava sozinho daqueles 5 hectares em Rabajá.


O Barbaresco de Pietro era moderno, elegante, robusto.


Pietro é um jovem senhor de 39 anos. 1 metro e 80, magro, mas forte; duro, mas simpático; alegre, mas triste.


Ornella (ah Ornella), é belíssima. Não é alta nem baixa, magra nem gorda, é sensual.


Os olhos de Ornella são daqueles que penetram. O corpo parece uma escultura de autoria desconhecida. Sim pois quem assinaria tal obra não fosse o próprio criador.


A colheita de 2003 foi decisiva.


O trabalho correu normalmente.


As uvas estavam lindas, o trabalho foi impecável, as barricas de carvalho esloveno deram àqueles vinhos o que a pele de Ornella dava a Pietro no passado: macies, equilíbrio e felicidade para Pietro.


Vinhos engarrafados, malas prontas e Pietro saiu bem cedo.


A Nebia que dá o nome à Nebbiolo viu tudo.


Ornella só percebeu a saída de Pietro duas horas mais tarde. Pensou que tinha ido caçar.


Ao cair da noite Ornella encontrou Pietro bebendo vinho com os amigos e ele logo se levantou e explicou a situação para ela.


Ornella voltou pra casa e os lamentos de Pietro ficaram para Odoardo.


-Não quero mais viver no desprezo. Fico em outra casa, cuido dos vinhedos, vejo Ornella, converso o que for preciso, mas não volto a morar com ela. Hoje tenho apenas o lado ruim de Ornella. As cobranças, as satisfações que me cobra e a distância que me impõe.


Na casa de Pietro a família se reunia para falar mal dele. Diziam que ele tinha outra mulher, que ele não prestava e que ela não devia mesmo ter casado com ele.


A vizinhança também não entendia como a bela e doce Ornella tinha sido abandonada de forma tão cruel.


Mariela, que desde os tempos de primário desejava Pietro estacionava sua moto sempre ao lado de onde ele estava.


Os amigos ,mais submissos foram proibidos de participar das noitadas inocentes de Pietro no único bar do vilarejo. Noitadas regadas a fotos do passado e lembranças de Ornella.


Foram exatos 2 anos.


Dois anos de solidão voluntária.


No verão de 2005 Ornella bateu na porta de Pietro.


-Posso entrar?


-Claro que sim.


A conversa foi longa, proveitosa e terminou como no passado.


Ornella voltou pra casa e começou assim o caminho de volta.


Todos os dias ia e voltava, namorava e voltava, chegava a pegar no sono, mas voltava.


Pietro descobriu a fórmula, Ornella também.


Duas casas, um caminho e uma pitada de solidão.


Até hoje os dois não voltaram a morar juntos e o vai e vem continua...



terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Leilão pra gente grande em Bordeaux


Um grande leilão vai agitar Bordeaux no final deste mes. Lotes especiais de Châteaux Montrose, Mouton Rothschild, Clerc Milon, vários Sauternes e Médocs, serão colocados na brincadeira do quem dá mais no dia 27 de Janeiro.
Quer (e pode) brincar?
Anote aí o endereço: 136, quai des Chartrons, Bordeaux.
São dois horários: 10 da manhã e 14 horas.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Depois de Mario Geisse e Lídio Carraro, agora é a Miolo que adere ao TPC


Fiquei conhecendo a técnica numa degustação em Campinas, com espumantes da Cave Geisse. Depois, na Expovinhoff do ano passado, o Juliano Carraro mostrou como funcionava o TPC em sua palestra e encantou alguns produtores europeus presentes.
Agora recebi da Miolo, a informação de que passarão a utilizar a mesma técnica para combater pragas, sem uso de agrotíxicos.
A Miolo Wine Group iniciou nesta safra o uso do TPC (Thermal Pest Control ou Controle Térmico de Pragas), processo de imunização de culturas agrícolas à base do ar quente. O tratamento por calor, usado largamente em vinícolas chilenas e em outras culturas agrícolas, será aplicado nos vinhedos da Vinícola Miolo (Vale dos Vinhedos-RS), da Vinícola Almadén (Livramento-RS), do Seival Estate (Campanha-RS) e da Vinícola Ouro Verde (Vale do São Francisco-BA).

Além de ser mais eficiente, a nova técnica dispensa em grande parte o uso de produtos sintéticos. A cada cinco dias, a partir do período de floração até a colheita, a máquina passará por entre as fileiras dos vinhedos aplicando ventos de 120km/h com temperatura de até 130ºC. “O calor desnatura as pragas e fungos e o vento ainda ajuda a retirar resíduos da floração que geralmente são o substrato para a germinação dos fungos da podridão do fruto”, explica o engenheiro agrônomo Ciro Pavan. Como complemento, serão feitas aplicações de defensivos à base de cobre e enxofre (fungicidas aceitos na agricultura orgânica) a cada 15 dias, intervalo de tempo maior ao usado no sistema de controle parasitário convencional.

“O tratamento com uso de calor não gera prejuízo nenhum às uvas e ao vinhedo. A brotação fica mais rústica, a planta mais robusta e com coloração mais esverdeada. Temos como resultados frutos maduros e sadios”, explica Ciro. Inicialmente, a MWG usará a técnica em parte dos vinhedos dos quatro projetos. Para implementar a técnica, os funcionários receberam treinamento. As máquinas foram adaptadas para cada um dos vinhedos. Os equipamentos são da empresa Lazo TPC, de Bento Gonçalves (RS).


Murua Gran Reserva 2000 - Rioja - Espanha








Vinho elaborado com 85% Tempranillo, 10% Graciano e 5% Mazuelo.
No nariz notas de compota de frutas vermelhas, chocolate, baunilha e café.
O vinho tem 13,5% de álcool, mas o equilíbrio não deixa nenhuma aresta.
É macio e elegante.
Passou 26 meses em barricas francesas e americanas e mais 36 meses em garrafa, conforme a legislação dos Gran Reserva da Rioja.
O final é longo e traz de brinde notas de amora.
Um Rioja característico.
Importado pela Porto Mediterrâneo www.portomediterraneo.com.br

domingo, 9 de janeiro de 2011

Meu Espumante de 2011 foi o 130 Brut da Casa Valduga!


Esse espumante é daqueles que você abre para um estrangeiro quando quer deixar ele de queixo caído. Basta ele entender de vinhos e não conhecer o potencial brasileiro para você surpreender o amigo completamente. Já fiz isso várias vezes com este e outros espumantes brasileiros.
É elaborado com Chardonnay e Pinot Noir pelo método tradicional (champenoise) de segunda fermentação na garrafa.
Tem perlage fina e persistente.
No nariz brioche e frutas cítricas.
Na boca tem boa cremosidade, frescor e um final maravilhoso.
Para quem ainda tem complexo de vira-lata, esse espumante ganhou medalha de ouro no concurso Effervescents du Monde 2009, na frente de várias Champagnes:
http://www.effervescents-du-monde.com/pict/pdf/posters/2009_PosterResultats_fr.pdf

sábado, 8 de janeiro de 2011

Consumo de vinhos na França não para de Cair, e o Presidente Sarkozy não gosta de vinhos!


Estudo do ministério da Agricultura da França, publicado pelo órgão Viniflhor, mostra que o consumo de vinhos no país não para de cair.
Os números mostram uma taça de vinho por dia, por habitante (para nós seria uma eternidade, faltaria vinho no mundo!), contra 3 taças por dia há 50 anos.
A queda pode continuar até 2012, já que no primeiro trimestre de 2010, o consumo caiu de forma assustadora: 15% em volume e 28% em valor.
Num país como a França os números são o aviso de um desastre econômico e social que pode levar milhares de famílias de pequenos produtores à falência.
Pra piorar, o presidente Sarkosy não gosta de vinhos!

Marcel não cuspiu no prato que comeu



Aquela primavera era sem dúvida a mais chuvosa de toda a vida de Marcel.

Há 23 anos, a bodega era pequena, as dificuldades eram muitas e as facilidades não existiam. Logo que saiu da universidade de Bordeaux, Marcel conseguiu aquele emprego que era mesmo para preencher o tempo. Acontece que desde o primeiro vinho, Marcel mostrou uma competência impressionante. Mudou as barricas, mudou a tosta das barricas, mudou a forma de manejo dos vinhedos e mudou até os rótulos.

Tinha carta branca de Monsieur Robert, que hoje não está mais nesse mundo.

Em 5 anos transformou 3 hectares em 30. Vinhos medíocres em vinhos especiais e vinhedos cheios de produtos químicos em orgânicos.

10 anos depois escolhia uma equipe de enólogos e delegava poderes.

Mais 5 anos e Monsieur Robert sofreu um acidente fatal.

O helicóptero caiu entre as montanhas dos Pirineus.

Com 20 anos de serviços prestados, Marcel estava sendo encostado aos poucos pelo filho mais novo de Monsieur Robert que acabara de sair da faculdade.

Marcel era muito bem tratado, muito respeitado, mas estava sendo colocado de lado.

Os vinhedos orgânicos estavam sendo contaminados e ele nada podia fazer. A quantidade ganhava cada vez mais espaço diante da qualidade.

Por dois anos Marcel aguentou tudo, ficou calado e obediente, mas...

A safra 2002 foi um fracasso para eles, revistas, blogs, sites e guias esqueceram dos vinhos, Jean, filho mais novo de Monsieur Robert continuava a todo vapor.

Vendia os vinhos mais baratos, em mais quantidade e para mercados, digamos, exóticos.

As vendas para o mercado interno quase caíram a zero e a reputação de todos também despencava.

Foi quando a viúva de Monsieur Robert se aproximou, trouxe uma velha carta e leu em voz baixa algumas palavras escritas com a letra rabiscada de Monsieur Robert: Querida, lembra daquele vinhedo no Pomerol? Vou comprá-lo hoje e deixarei com os antigos proprietários para que continuem fazendo seus vinhos e nos paguem uma porcentagem dos lucros.

No futuro quero fazer um grande vinho por lá. Com a ajuda de Marcel isso será muito fácil...

-Entendeu, Marcel? Os antigos proprietários estão saindo, não querem mais trabalhar com os vinhedos. A idade avançou e os filhos partiram para outros negócios. Jean optou por um outro tipo de vinho, que confesso, não tenho coragem de provar. Sei que se não fosse por Robert, você já teria saído faz tempo. Ficou, deixou teu nome cair no esquecimento, deixou as páginas das revistas especializadas e deixou de fazer vinhos com amor. Amanhã vamos ao cartório. O vinhedo é teu!

Mais emocionado que feliz, Marcele espaço no Pomerol, Marcel tinha vinhedos na Borgonha, no Rhône e até na Argentina.

Com a mesma humildade de quando recebeu o primeiro emprego de Monsieur Robert, ele bateu na porta de Madame Severine e falou com a voz baixa de sempre: a senhora tem um emprego pra mim?

Madame Severine abraçou Marcel aos prantos, quase ajoelhav olhou para Madame Severine e balançou a cabeça afirmativamente.

Os olhos estavam vermelhos, o olhar triste e a boca seca. Um nó invadia a garganta de Marcel.

No dia seguinte, com os papeis na mão Marcel assumiu os vinhedos, agradeceu Jean e seguiu seu caminho.

Os vinhedos estavam mal cuidados, mas eram de vinhas velhas tratadas apenas com *calda bordalesa.

Naquela safra, os vinhos melhoraram bastante, mas na safra seguinte a melhora foi impressionante.

Jean passou dos 30 para 13 hectares.

Marcel recebeu pontuação máxima do Guide Hachette.

Em 2007 Jean voltou aos 3 hectares iniciais, Madame Severine ja passava por dificuldades e Marcel estava na primeira página do **Madame Figaro.

Sem poder crescer pela falta de espaço no Pomerol, Marcel tinha vinhedos na Borgonha, no Rhône e até na Argentina.

Com a mesma humildade de quando recebeu o primeiro emprego de Monsieur Robert, ele bateu na porta de Madame Severine e falou com a voz baixa de sempre: a senhora tem um emprego pra mim?

Madame Severine abraçou Marcel aos prantos, quase ajoelhava aos seus pés. Jean acabara de partir para um emprego num banco em Paris, os vinhedos estavam largados e o negócio acabado.

Madame Severine nunca mais passou dificuldades, os mercados exóticos já não podiam pagar pelo preço dos vinhos e o mercado interno se acotovelava pela garrafa do Grand Cru Cuvée Robert.







*mistura a base de cal e cobre que protege os vinhedos de algumas doenças e parasitas
**revista do jornal Le Figaro

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Mais alguns dias e começaremos a divulgar os participantes do Encontro de Vinhos OFF


Já temos expositores da Itália, França e importadores importantes com presença garantida no Encontro de Vinhos OFF, que acontece no dia 25 de Abril.
Em alguns dias, vamos começar a divulgar os participantes.
Dia 25 de Abril, das 12 às 22 horas, na Bendita Hora www.benditahora.com.br
Pizza e Vinho, no evento mais gostoso do ano.
Palestras com produtores e degustação de vinhos.
www.encontrodevinhos.com.br

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Nesta Quinta, mais um episódio de Na Estrada do Vinho


Nesta Quinta-Feira, vamos provar os vinhos dos tanques e barricas das Bodegas Tapiz, em Mendoza.
É mais um episódio da Série: Na Estrada do Vinho.
Viagem de Daniel Perches e Beto Duarte pelos vinhedos de Mendoza, com o apoio da agência de viagens Mendoza Holidays www.mendozaholidays.com