terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Tampas de rosca passaram no teste dos 10 anos

Sobreiro, árvore da família do Carvalho de onde se tira a casca de cortiça de 9 em 9 anos.




Os australianos insistem na tampa de rosca e muitos produtores garantem que o vinho fica bem melhor do que fechado com a rolha de cortiça. Em conversas com amigos a cortiça e a tradição sempre ganham.
Muita gente diz que rolhas sintéticas e tampas de rosca (screw caps) servem muito bem para vinhos jovens. Apesar disso cada vez mais produtores do novo mundo aderem esses novos métodos em seus vinhos.
O Penfolds Grange, por exemplo (o maior vinho da Austrália) utiliza a cortiça, mas isso é bastante compreensivo, os novos métodos precisam ser totalmente testados antes de servirem para tapar uma garrafa de um vinho que vive em plena forma mais de 30 anos. Dizem que garrafas com cerca de 10 anos fechadas com screw caps já foram abertas e os vinhos estavam perfeitos. Talvez dentro de 20 anos teremos grandes vinhos utilizando a nova tecnologia, mas o prazer de usar um saca-rolhas não deve acabar tão cedo.
Portugal, o maior e melhor produtor de cortiça do mundo, já investiu em campanhas para não perder mercado e tem dado certo. Por outro lado países como África do Sul, Austrália, Nova Zelândia e (em parte) os Estados Unidos já conseguiram a confiança dos seus consumidores nas novas tecnologias.
Vinhos em caixas tipo leite longa vida, latas e outros métodos também são utilizados mundo afora, mas as rolhas sintéticas e tampas de rosca lideram a preferência.
O ponto fraco da cortiça é o ataque de fungos e bactérias que liberam uma substância química chamada tricloroanisol provocando um cheiro bastante desagradável, popularmente chamado bouchonné. O problema maior é que muitas vezes este odor não é tão forte e o consumidor que não tem um nariz experimentado, não detecta o problema (aliás o único motivo que permite a devolução de um vinho em um restaurante é se ele estiver estragado) passa a evitar aquela marca de vinho com a ideia de que o vinho é ruim, quando na verdade ele está estragado. Normalmente 5% dos vinhos apresentam esse problema.

0 comentários:

Postar um comentário