terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Rayun Cabernet Sauvignon 2008 - Vale Central - Chile

Está procurando um vinho bom e barato?

Achou!

O Rayun Cabernet Sauvignon é um dos melhores do mercado na faixa abaixo dos 30 reais.

Pode custar 25, vi até por 21 na internet.

O vinho, elaborado com uvas do Vale Central, não passa por madeira, tem 13% de álcool e qualidade.

A cor vermelho rubi.

No nariz muita fruta (cereja, cassis, amora...), pimentão verde e também uma pulga atrás da orelha...

Será que usaram Chips?

Chips são pedaços de carvalho que quando colocado dentro dos tanques dão aos vinhos as características da madeira, mas custam muito mais barato.

Se usaram usaram bem.

Me desculpem os puristas, mas se o resultado na taça for bom, pouco importa.

Vale lembrar que o consultor da Geo Wines, que elabora este vinho é o grande Alvaro Espinoza, portanto, o que ele fizer está bem feito.

Só disse isso por causa das notas de chocolate e baunilha que aparecem no nariz, mas já provei vinhos sem madeira que também apresentavam esses sinais.

Na boca o vinho tem corpo médio, bom equilíbrio e notas mentoladas.

Tem boa persistência e uma acidez vibrante.

Importado pela Vinhosul www.vinhosul.com.br


segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Maravilhosa essa degustação promovida pelo enólogo e sommelier basco Mikel Garaizabal

Mikel Garaizabal é um dos grandes nomes do vinho espanhol. Ganhou o prêmio Gourmand 2003 com o livro “Vinos de Euskal Herria”. Presta consultoria para vários hoteis e restaurantes, enólogo da bodega Mendraka Txakolina, entre outras coisas, como essa maravilhosa degustação unindo arte e vinho. Veja o vídeo:

domingo, 29 de janeiro de 2012

História policial termina com 5 anos de cadeia para marido que envenenou a mulher, uma produtora em Chablis





A história cinematográfica aconteceu em Chablis, precisamente em Fontenay-près-Chablis.

Josyane De Oliveira, 50 nos, (não consegui informações se é de nacionalidade brasileira ou portuguesa) era a gerente de 40 hectares de um vinhedo de grande  prestigio na região.

O marido Jacky Châtelain, de 52 anos, era vendedor de vinhos.

O crime aconteceu entre agosto de 2004 e Abril de 2005, quando Josyane herdeira dos vinhedos, começou a sentir náuseas e problemas no estômago. Unhas e cabelos caíam sem parar e o peso despencava.

Em Dezembro de 2004 ela precisou ser operada de um tumor no intestino e um mês depois ela precisou ser hospitalizada em Paris por problemas neurológicos e paralisias parciais.

Foi quando os médicos suspeitaram de envenenamento por arsênico e avisaram a vigilância sanitária do departamento de Yonne.

O marido admitiu na época que teria um caso com outra mulher e os dois se separaram em 2006 enquanto os sintomas de josyane desapareciam aos poucos. Foi quando Josyane encontrou um vidro com arsênico dentro de casa.

As investigações começaram e no interrogatório Jacky Chatelain admitiu ter envenenado a mulher durante mais de um ano colocando algumas gotas de arsênico na sopa que ela costumava tomar no jantar.

No interrogatório ele disse ter feito por amor (estranho amor!!!).

No julgamento ele foi condenado a 5 anos de prisão fechada.

Muito pouco, já que os advogados conseguiram transformar o crime de envenenamento, que seria de 30 anos de prisão, em administração de substância nociva.

Nos dias de hoje ele vivia com a namorada no sul da França, onde trabalhava em uma loja de vinhos.

Ela ainda apresenta algumas sequelas do envenenamento.



















.




Domaine Biodinâmico leva o prêmio "Vigenrons de L'année" da Revue du Vin de France



Esses são os produtores do ano para a Revue du Vin de France.

O Domaine Albert Mann, que fica em  Wettolsheim (Haut-Rhin), na Alsácia, foi o eleito vigneron de l’année  pela conceituada Revue du vin de France.

A revista justificou a escolha falando do estilo dos tintos e a grande qualidade dos brancos.

A revista já classifica o Domaine Albert Mann com a nota máxima de 3 estrelas.

O Riesling basante sec, sem açúcar residual e o Pinot Noir, são os mais apreciados pela revista.

Todos os méritos vão para os irmãos  Jacky e Maurice Barthelmé, e as mulheres que trabalham duro nos 21 hectares do vinhedo que fica perto de Colmar.

A má notícia é que estes vinhos não estão no Brasil. 

sábado, 28 de janeiro de 2012

Importação de vinhos cresceu 3% em 2011





A
informação veio do Ibravin, baseada em números do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e
Comércio Exterior (Mdic).


Foram importados 77,6 milhões de litros de vinho de 31 países.

O maior volume da história.

Interessante ver o desempenho de cada país.

Países que visívelmente investiram mais e melhor, cresceram, outros que gastaram menos ou gastram mal, caíram.

Em
2010, Chile, Argentina, Itália e Portugal – eram os
responsáveis por quase 90% das importações.


Em 2011 esses países tiveram uma queda de 72% do total na participação.

Do velho mundo, quem soube investir em publicidade, feiras, etc... Foi a Espanha, que melhorou as exportações em 32%.

Os australianos cresceram (+95%), neozelandeses (46%) e gregos (+97%).

A ordem de países que mais exportaram não mudou:

1º Chile
2º Argentina
3º Itália
4º Portugal
5º França
6º Espanha
7º Uruguai
8º África do Sul
9º Austrália
10º Estados Unidos



Brites Aguiar 2007 - Douro - Portugal







Passou 18 meses em barricas novas de carvalho francês.

Elaborado com Touriga Nacional, Touriga Franca e Tinta Roriz.

Cor vermelho rubi, bem escuro.

No nariz amora, mirtilo, ameixa e cereja.

Junto com as frutas notas de baunilha, canela, alcaçuz e violeta.

Na boca é encorpado e elegante.

A boa acidez deixa o vinho fresco.

Notas de baunilha, café e chocolate no retrogosto.

Foram produzidas cerca de 700 garrafas apenas.

Custa cerca de 240 reais na Anaimport -  www.anaimport.com.br

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Clos de los Siete 2006 - Valle de Uco - Mendoza





O grupo Clos de Los Siete é formado por produtores franceses que junto com Michel Rolland, resolveram investir no terroir argentino.

O vinhos Clos de Los Siete é o vinho elaborado com uvas de todos os produtores do grupo.

Esse 2006 é um corte de 50% Malbec, 30% Merlot, 10% Syrah e 10% Cabernet Sauvignon.

Passou cerca de 1 ano em barricas francesas.

Cor bem escura, quase roxa, sem halo de evolução.

No nariz ameixa, cereja, amora, violeta, pimenta preta e tabaco.

Na boca é bem equilibrado, encorpado, tem notas de cassis e café.

Imagino que o vinho esteja no auge e deve continuar assim por alguns anos.

Quem gosta de vinhos mais evoluídos pode guardar por bastante tempo que ele não vai fazer feio.

É importado pela Grand Cru, mas a safra que está sendo vendido hoje é outra. Vale comprar e guardar.

www.grandcru.com.br








quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Em terroir sagrado só se planta uvas. Nada mais. Produtores de Barsac barram a construção de uma casa de repouso





Quem segue o blog regularmente lembra de um texto que falava da indignação dos produtores de Barsac, bem onde são produzidos os incomparáveis Sauternes, pela construção de uma casa de repouso bem no meio da appellation.

Eles ganharam na justiça e aquele terreno vai continuar sendo usado para o plantio dos vinhos de sobremesa mais famosos do planeta.

Os franceses sempre souberam protestar.

Quase sempre vencem.

Precisamos aprender com eles.

Que tal uma campanha forte contra os impostos absurdos cobrados sobre o vinho. Bebida saudável, considerada alimento em boa parte do mundo civilizado.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Xavier - Vacqueyras 2007 - Xavier Vignon - Rhône - França



Basta dizer o nome de Xavier Vignon no Rhône para perceber que a fama é uma coisa que se conquista com muito trabalho. Xavier (em francês se pronuncia gzaviê) trabalha como consultor de cerca de 200 produtores, tem no currículo notas 100 de Robert Parker, como no caso do Domaine de la Vielle Julienne em 2005.

Por isso, falar nesse cara lá no Rhône é falar em vinhos de qualidade. Algumas reportagens já chamaram Xavier de: O Homem que vale 100...

Os vinhos Xavier são importados pela Cantu.

O Domaine de la Vielle Julienne não estão no Brasil, não é difícil encontrar em Paris.

O Xavier Vacqueyras 2007 recebeu apenas uma nota 91-93 de Robert Parker.

Sim, para Xavier isso é apenas.

No corte: Grenache (60%), Syrah (30%) e Mourvèdre (10%).

Cor rubi bem escuro, quase púrpura.

No nariz amora, cereja, chocolate, alcaçuz, mentolado e terra molhada.

Na boca é encorpado, macio e elegante.

O final é bastante longo e dá certeza que este vinho ainda evolui e deve permanecer no auge por muitos anos.

A Cantu importa do vinhos do Xavier, menos este (uma pena!), que ganhei de presente do amigo Tristan Depauw, sócio do grande Xavier Vignon.










terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Na despedida do cargo, presidente do Conselho Deliberativo do Ibravin pede queda de impostos e reconhecimento do vinho como alimento



 Foto: Orestes de Andrade Jr.



Júlio Fante, se despediu do cargo ontem e foi preciso ao citar os velhos problemas com os impostos.

Ele pediu o fim da guerra fiscal entre os estados
brasileiros e disse: “Todos concordam que vinho é alimento, reconhecido com
um complemento alimentar saudável para as pessoas, porém, ele é
tributado no Brasil como um produto supérfluo”.


O vinho é considerado alimento em diversos países, no Brasil infelizmente é taxado da mesma forma que outras bebidas destiladas e produtos supérfluos. 

Fante afirmou ainda que os incentivos fiscais de alguns estados fazem com que o vinho brasileiro muitas vezes pague mais impostos que vinhos importados.

Citou, entre outros, o caso da Bahia, que cobrava 12% de ICMS dos vinhos importados e 25% dos brasileiros. Depois de uma ação do Ibravin, o governo da Bahia aceitou igualar o valor do imposto em 12%.

Essa questão dos impostos é talvez a maior pedra no caminho do Brasil em direção ao aumento do consumo de vinho. 

Burocracias como a do selo fiscal, na minha opinião deviam ser esquecidas e as energias focadas em conjunto para diminuir os preços e aumentar o consumo.

Importadores, consumidores e produtores precisam cobrar do governo o reconhecimento do vinho como bebida saudável e a queda dos impostos. Claro que como um alimento que contém álcool, deve ser consumido com moderação.

Dessa forma, com uma taça no almoço e outra no jantar, acompanhando as refeições, o corpo e a alma agradecem.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

domingo, 22 de janeiro de 2012

sábado, 21 de janeiro de 2012

Finca La Celia Elite Gran Reserva 2009 Malbec/Petit Verdot - Valle de Uco - Mendoza



A Finca La Celia, produz o Elite sempre em cortes com domínio da Malbec e uvas do Valle de Uco, numa altitude de 1050 metros acima do nível do mar.

O vinho está jovem.

A cor já mostra concentração. Quase roxo.

No nariz amora, violeta, baunilha, banana verde, café.

Na boca os taninos estão ali.

Notas de tabaco e leve chocolate aparecem no final.

Vinho de boa acidez que deve envelhecer muito bem.

O final é longo.

O preço muito interessante: 69,90 no site do importador: http://www.todovino.com.br/ch/prod/622/VINHO-LA-CELIA-ELITE-MALBEC/PETIT-VERDOT.aspx#D

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

A Assessoria de Imprensa do Ibravin enviou nota explicando que só afiliadas da Associação Brasileira dos Exportadores e Importadores de Alimentos e Bebidas podem comercializar vinhos sem o Selo.










DECISÃO



Vinhos podem ser comercializados sem o selo de controle da Receita Federal


Vinhos
nacionais e importados podem ser comercializados dentro do território
brasileiro, por empresas filiadas à Associação Brasileira dos
Exportadores e Importadores de Alimentos e Bebidas (Abba), sem o selo de
controle da Receita Federal. O presidente do Superior Tribunal de
Justiça, ministro Ari Pargendler, negou pedido de suspensão de segurança
impetrado pela Fazenda Nacional, contra decisão do Tribunal Regional
Federal da 1ª Região (TRF1).

Pargendler manteve suspensa a
exigência do selo por considerar que não há grave perigo de lesão ao
interesse público nem provas de grave lesão à ordem e à economia
públicas pela não utilização de selos de controles em vinhos.

O
selo passou a ser obrigatório para os vinhos por força da IN-RFB nº
1.026/2010, com as alterações da IN-RBF nº 1.065/2010. A Abba impetrou
mandado de segurança preventivo coletivo contra a exigência.

A
Fazenda sustenta ainda que a decisão provoca grave efeito multiplicador,
pois, ao suspender o uso do selo aos associados da Abba, incentiva as
demais associações a apresentarem demandas idênticas, inviabilizando
assim, a fiscalização.

No julgamento do pedido, Pargendler
lembrou que o reconhecimento da grave lesão a interesse público não pode
ser subjetivo.



Extramuros Gran Reserva Malbec 2007 - Lujan de Cuyo - Mendoza









Esse Extramuros do Otero Ramos é uma boa surpresa importada pela Vinea. 


Elaborado com uvas de Lujan de Cuyo e a consultoria do enólogo Sergio Correa Undurraga, o vinho consegue tirar o máximo da variedade símbolo da Argentina. 


O vinho passou 18 meses em barricas novas de algumas das principais tanoarias francesas: Taransaud, Boutes e Demptos.


 Isso faz uma diferença incrível! 


Se tem uma coisa que vale a pena prestar atenção é no tipo de barricas utilizadas. 


Essas barricas são caras e quando são usadas, significam sem nenhuma dúvida, que o enólogo colheu uvas excelentes e quer tirar o maior proveito delas. 


Uvas ruins ou mais ou menos não se transformam em vinhos excelentes nem com a melhor barrica do mundo. Portanto, não vale o gasto.


 Os vinhedos ficam a 900 metros de altitude, num solo argiloso e rochoso.


 A fermentação aconteceu em barricas Taransaud francesas e americanas. 


O resultado não poderia ser outro. 


O vinho é simplesmente delicioso.


 Cor rubi.


 No nariz violeta, cereja, amora, leve baunilha, coco, café e chocolate.


 Na boca é elegância pura!


 Encorpado e macio.


 Equilibrado e longo. 


Custa 245 reais na Vinea www.vinea.com.br

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Empresas filiadas à Associação Brasileira dos Exportadores e Importadores de Alimentos e Bebidas (Abba), não precisam do Selo Fisca para comercializar os vinhos





Empresas filiadas à Associação Brasileira dos Exportadores e Importadores de Alimentos e Bebidas (ABBA) podem comercializar os vinhos sem o maldito selo fiscal.Espero que a decisão seja definitiva e se extenda aos outros importadores e o governo brasileiro resolva investir no patrulhamento das fronteiras onde passam armas, drogas, carros roubados, vinhos, cigarros, etc...

É mais caro, mas definitivo.

Cuidar das fronteiras é uma tarefa básica desde a idade média.

O Brasil é imenso?

É.

As forças armadas também têm um belo contingente que pode muito bem, ao lado da polícia federal, controlar tudo que entra e sai do país.

As cidades de fronteira são outro problema, já que basta atravessar a rua e mudar de país.

Mas ninguém consegue atravessar uma rua com um caminhão carregado de vinhos.

É possível fiscalizar?

Claro que é.

Se não fosse o nosso país não seria soberano.

Espero que esqueçam selos e medidas paliativas.

Espero que pensem em transformar o vinho em alimento como acontece em diversos países produtores e que os impostos baixem para os nacionais e para os importados.

Cuidar das fronteiras beneficia todos os setores da economia e da sociedade.

Espero que a decisão seja para todos e que o selo seja esquecido e engavetado.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Na Borgonha a polêmica agora é o terroir fabricado.






Talvez seja mais um exagero se pensarmos que no Douro, por exemplo, quem não utiliza um trator não vai poder plantar uvas, quem não constrói terraços fica sem espaço para o cultivo.

Mas na Borgonha isso é uma novidade.

No final de 2011 os tratores trabalharam a todo vapor em alguns premiers crus como em Gevrey-Chambertin Bel Air,
Puligny-Montrachet Folatières e Beaune Montée Rouge.


O trabalho dos tratores foi tão invasivo, que os dirigentes locais exigiram ao proprietário que desligasse os tratores interrompendo o trabalho. Mais do que isso, exigiu que cada monte de terra fosse recolocado em seu lugar.

O trabalho polêmico era de retirada da camada superficial do solo, pressionar a rocha calcária baixando cerca de 40 cm e depois recolocar a terra por cima..

Na borgonha o calcário rígido tem forte presença nas encostas, muitas vezes a apenas algumas dezenas de centímetros da superfície exigindo o uso de furadeiras e explosivos para a plantação.

O objetivo do trabalho era facilitar a replantação das vinhas nos locais onde as raízes encontram dificuldades para penetrar na pedra.

A violência dos métodos utilizados foi o motivo da indignação. Os tratores modernos deixando a rocha mãe, de cor branca impressionante, exposta daquela forma, assustou os outros produtores. bem ao lado uma montanha de terra aguardando a hora de cobrir de novo um dos segredos dos aromas e sabores da Borgonha.

Seria normal no Douro, sem nenhuma polêmica ou reclamação, mas na Borgonha a regulamentação, ou a regra, como diria Arnaldo César Coelho, é clara.

Toda modificação substancial da morfologia, do sub-solo, ou de elementos que garantem a integridade e perenidade dos solos de uma parcela destinada a produção de uvas de AOC (Appellation d´Origine Controlée) é proibida.


terça-feira, 17 de janeiro de 2012

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Quinta da Casa Amarela Grande Reserva 2007 - Douro - Portugal



A Quinta da Casa Amarela fica na margem esquerda do Rio Douro entre as cidades de Régua e Lamego.

Pertence a mesma família desde 1885 e a casa é amarela.

Os vinhedos têm uma idade média de 45 anos.

O rótulo é uma homenagem ao Pai e Avô Elísio, no rotulo, um agradecimento por Elísio ter ensinado a respeitar e amar a terra que deixou para os filhos e netos.
No rótulo tem também o nome do enólogo francês Jean-Hugues Gros, que também produz o Odisseia.

A cor do vinho é rubi, escuro.

No nariz notas florais, químicas, cereja, baunilha e pinho.
Passou 18 meses em barricas francesas novas.

Na boca é encorpado, tem taninos firmes, notas de frutas maduras, especiarias e chocolate.

Os vinhos da Quinta da Casa Amarela, são importados pela Épice importadora, mas este vinho não. Talvez pelo preço elevado, não consta no catálogo da importadora.

Uma pena!

É um grande vinho!


domingo, 15 de janeiro de 2012

sábado, 14 de janeiro de 2012

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Structura Ultra 2006 - Mendoza - Argentina






Esse vinho produzido pela Navarro Correas é um corte de Malbec (52%), Cabernet Sauvignon (30%) e Merlot (18%).

80% do vinho passou 18 meses em barricas francesas novas.

Cor vermelho rubi.

No nariz cereja, ameixa, framboesa, violeta, baunilha e caramelo.

Na boca é encorpado, aveludado, elegante e com notas de amora e pimenta.

O final é bastante longo com notas de alcaçuz e torrefação no retrogosto.

Um vinho surpreendente!

Um super vinho!

Importado pela Interfood.Custa 115,90 no site http://www.todovino.com.br/ch/prod/660/VINHO-NAVARRO-CORREAS-STRUCTURA.aspx

Acredite!

É barato.



quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Miolo Reserva Merlot 2009 - Rio Grande do Sul - Brasil




Uma boa opção na faixa dos 30 reais.

A Merlot dos produtores gaúchos, se mostra muito bem neste vinho que pode brigar na mesma faixa de preço, com vinhos argentinos e chilenos na mesma prateleira de qualquer supermercado.

O vinho mostra que a Merlot realmente gosta do terroir gaúcho.

No nariz cereja, coco e café.

50% do vinho estagiou em barricas francesas e americanas.

Na boca é encorpado, tem persistência média pra longa e notas de tabaco no retrogosto.

No site da vinícola 6 garrafas saem por 162 reais - http://loja.miolo.com.br/buscav/0/0/0//0/1/9/maisvendidos/dcrescente/Reserva%20Merlot.aspx

No mercado custa  30 reais a garrafa.

O vinho ta novo. Não é um vinho de guarda, mas pode melhorar um pouco nos próximos 3 anos.


quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Um Mergulho no Languedoc-Roussillon Ganhou o Concurso Sud de France




Abaixo o texto vencedor do Concurso Sud de France.




Por causa de um Hacker o texto original desapareceu, mas em breve será recuperado. Assim como tantos outros.











Não,
infelizmente não é um mergulho no Mar Mediterrâneo que banha algumas
das praias mais lindas do planeta justamente no Languedoc.


Para
juntar praia e vinho poderia escolher Banyuls-sur-Mer e provar depois
da praia, o melhor companheiro do chocolate, na fonte.




O
Banyuls é elaborado com as uvas tradicionais do Languedoc: Grenache
Noir, Grenache Gris, Grenache Blanc e Carignan. Mais raramente com
Macabeu, Muscat e Malvoisie.




No caso do Banyuls, as uvas são cultivadas em terraços, próximo ao mar.

Mais um vinho para integrar uma região com tantas appellations e tantas variedades e estilos diferentes.



Sabe
aquela música que diz que a língua é minha pátria? Pois é, o nome
Langue d'Oc vem justamente do idioma falado na região - Langue=Língua,
Oc = Occitane.


Para complicar um pouco mais: lenga d'òc, em occitano.


O
idioma Ocitane é de origem latina e é falado na região desde o século
10, sobreviveu a obrigatoriedade do Francês no final do século 19 e esta
vivo até os dias de hoje graças a personalidade desse povo.


Gregos, romanos, beneditinos e cátaros fizeram parte dessa história.


No
século 12 os Cátaros foram considerados os piores hereges da época por
causa do jeito peculiar dos habitantes que se negavam a falar francês.


O Languedoc pode se gabar de ser o berço do primeiro homem europeu.





Homem de Tautavel, vivia por lá e os restos mortais foram encontrados numa gruta do Languedoc.

É considerado mais antigo habitante do continente.





O Papa Urbano V também nasceu no Languedoc para provar que o povo não tinha nada de herege. 


Santo Urbano deve estar abençoando as terras cobertas de histórias, gastronomia e vinhedos.


É terra de gente criativa, alegre, muitas vezes polêmica.





O
impressionista Frédéric Bazille mostrou um pouco do Languedoc em suas
obras, como neste Reunião de Família. Bazille nasceu em
Montpelier e defendeu o impressionismo que na época era audácia pura.




Os
Vinhedos chegaram com os gregos e o vinho produzido na época era com
uvas passificadas, que secavam ao sol e muitas vezes era acrescentado
mel antes da prensagem.


Os romanos continuaram cultivando os vinhedos.






Hoje o Languedoc Roussillon é a região que mais produz vinhos na França.


É a região mais importante na produção de vinhos de agricultura biológica e biodinâmicos de todo o mundo. 


De forma geral a região é bastante ensolarada e permite boa maturação das uvas.



O
primeiro espumante do mundo que fez a fama de Don Perignon na
Champagne, foi na verdade criado bem longe dalí. Justamente no
Languedoc.







A Blanquette de Limoux foi criada em 1531 na abadia beneditina de Saint-Hilaire, perto de Limoux. 

Dizem até que Don Perignon conheceu a Blanquette antes de elaborar a Champagne.

Não diga isso na Champagne, eles podem não gostar.

A variedade de estilos de vinho no Languedoc é uma coisa impressinante. 

Vinhos
que precisam se esforçar para harmonizar com a riqueza gastronômica da
região, onde o Cassoulet é motivo de disputa entre as cidades. Todo
mundo diz que faz o melhor Cassoulet.


A disputa mais forte fica entre Carcassonne, Toulouse e Castelnaudary.

A última deve mesmo se vangloriar.









A
lenda diz que durante o cerco a Castelnaudary, durante a guerra dos 100
anos, entre 1337 e 1453, os cozinheiros prepararam o prato de feijão
branco e carnes diversas para dar força aos defensores da cidade.







Após a refeição bem regada a vinho da região, os inglêses tiveram que fugir da força dos combatentes bem alimentados.

Existem outras histórias para o prato, mas eu prefiro essa e ponto final.

Esse papo me deu fome, mas eu estou preparado.

Ja comprei alguns pedaços de confit de pato, Saucisse de Toulouse, carne de porco, cordeiro, feijão...

O
Cassoulet ja está na panela e vou harmonizar com 3 vinhos do Languedoc,
de 2 appellations diferentes, 1 Fitou e 2 Saint-Chinian.


Aliás não faltam appellations no Languedoc, aqui mesmo no blog eu ja listei as 

Aí está o Cassoulet, no idioma local: Caçolet





Com o Cassoulet na mesa vamos apresentar os vinhos:

Les Travers de Marceau 2007 - Domaine Rimbert - AOC Saint Chinian - Importadora De la Croix - Preço 58 reais

Cuvée des Ardoises Ch. des Erles 2008 - Domaine François Lurton -  AOC Fitou - Importadora Zahil - 80 reais

Une et Mille Nuits 2007 - Ch. Canet-Valette - AOC Saint Chinian - Importadora Saint Chinian



Agora é saber qual vinho vai harmonizar melhor com o prato.

Os três vinhos mostraram qualidades.






O
Une et Mille Nuits é um vinho orgânico que utiliza no corte 5
variedades típicas do Languedoc: Grenache, Carignan, Syrah, Mourvèdre e
Cinsault.


No nariz as frutas negras se misturam a especiarias como cravo, baunilha e flores do campo.

Na boca o vinho é encorpado, taninos macios, notas de especiarias e alcaçuz no retrogosto.

Final longo.







O Château des Erles Cuvée des Ardoises é um AOC Fitou com a assinatura da familia de François Lurton.

Corte de Syrah, Grenache e Carignan.

A Carignan é vinificada com maceração carbônica, uma técnica que dá um frescor especial ao vinho. 

As uvas são colhidas durante a noite.

A cor é bastante profunda.

No nariz amora, morango, ameixa, louro, tomilho, alecrim e canela.

Na boca é refrescante, tem corpo médio para encorpado, tem um equilíbrio perfeito e maciez.

O final é longo e refrescante com um toque de banana.

Muito bom. 




O Domaine Rimbert, outro da AOC Saint Chinian me impressionou.

Na Relação preço/qualidade principalmente.

58 reais!

O corte é de 40% Carignan, 30% Syrah e 30% Cinsault.

O suco da uva é fermentado com leveduras indígenas, para mostrar o aroma do terroir.

Passa 12 meses em barrica.

No nariz cassis, groselha, canela, cravo, tabaco e louro.

Na boca é fresco, corpo médio para encorpado, equilibrado, macio e elegante.

Final longo com leve toque de alcaçuz.

Muito bom.




Na harmonização a briga ficou entre o Fitou, Cuvée des Ardoises e o Domaine Rimbert.

O Une et Mille Nuits é um vinho um pouco mais sério e passou or cima do prato.

Portanto o Domaine Rimbert e o Cuvée des Ardoises se revezaram e me acompanharam no Cassoulet até o final.

O Une et Mille Nuits tomei no dia seguinte, sem nenhum prato e ele estava muito bom.






Mesmo que não tenha sido um mergulho numa praia ensolarada do Languedoc, esse mergulho me lembrou dos aromas, do vento magistrau (mistral),
as paisagens incríveis, as ruas de Carcassonne, o som occitane, a
pronúncia com o "R" balançando a língua quando falam francês...


Pensar que tudo isso é só um pedaço muito pequeno dessa terra mágica.

Foi
uma busca a uma parte do Languedoc Roussillon, claro que tem muito
mais, mas como diria o grande poeta Paul Valery, também filho do
Languedoc: 




"O homem é absurdo por aquilo que busca, grande por aquilo que encontra."


terça-feira, 10 de janeiro de 2012

El Sueño Cabernet Sauvignon 2008 - Valle de Colchagua - Chile















 


Mário Geisse é desses
caras que fazem história.   


Uma
delas foi ter colocado um espumante brasileiro na Wine Future de Hong Kong, nas
mãos da Master of Wine Jancis Robinson. 
 


Outra história é a valorização do terroir e a vontade de inovar e
descobrir mais sobre os mistérios do vinho.   


Provei o El Sueño Cabernet Sauvignon 2008.   


O vinho é resultado de uma seleção de
terroir para cada variedade.   


Para
a Cabernet Sauvignon, foi escolhido o Valle Colchagua, mas cada El Sueño deve
ser elaborado em um terroir diferente, onde a variedade escolhida apresentar o
melhor resultado.  


Esse Cabernet
Sauvignon tem cor rubi intenso.   


No
nariz as notas de cassis, mirtilo, pinho, baunilha, canela e torrefação.  


85% do vinho passou 10 meses em
barricas francesas.   


Na boca
é encorpado, macio, elegante e equilibrado.   


O final é longo com notas de café.   


Custa 59 reais no site da vinícola:
http://www.vinicolageisse.com.br/loja/produtos-detalhes.aspx?id=43



O Vinho e a Pintura - Michelangelo






Título: Noé Embriagado.

Michelangelo di Lodovico Buonarroti Simoni, nasceu em Caprese em 1475 e morreu em Roma em 1564.

É o símbolo da arte renascentista. 

Essa figura com Noé embriagado está no afresco da Capela Sistina.

Michelangelo foi escultor, pintor, poeta e arquiteto.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Don Giovanni Merlot 2006 - Serra Gaúcha - Brasil








 

Vinícola de Pinto Bandeira, região conhecida pelos espumantes, faz esse
Merlot com uvas de vinhedos próprios.  


O vinho envelheceu em barricas por 8 meses.       

Tem cor intensa bem escura
quase púrpura.     


No
nariz amora, ameixa, couro, cassis, funghi e tabaco.     


Na boca é encorpado, bem equilibrado, macio e
tem notas de café.   


Tem
o final longo e boa acidez.   
 


Aos 6 anos e está em plena forma.    

Deve ficar no auge ainda por uns 4 anos.     

Custa cerca de 40
reais.    www.dongiovanni.com.br

domingo, 8 de janeiro de 2012

O Vinho e a Pintura - Kathleen Madison Moore - 46




Título: Life Without Modi.

Homenagem ao pintor e escultor italiano Amedeo Clemente Modigliani, que nasceu em 1884 em Livorno e morreu em Paris, em 1920.

Mais um grande artista que morreu muito pobre com meningite tuberculosa, agravada pelo excesso de trabalho, alcool e drogas (haxixe).

Homenagem especialmente bonita!

sábado, 7 de janeiro de 2012

Temático Gran Reserva Petit Verdot 2007 - Mendoza - Argentina
















Produzido com uvas de Tunuyan no Valle de Uco, a 1050 metros
de altitude.  


Passou 12 meses em
barricas novas (90% francesas e 10% americanas).   


100% Petit Verdot.   


Uma boa surpresa!    


Cor rubi bem forte, bem escuro.   


No nariz cereja, frutas negras
maduras, baunilha, chocolate, café e caixa de charuto.   


Na boca é encorpado e macio.  


Muita concentração, equilibrio e notas
de amora.   


É importado pela
Vinhosul www.vinhosul.com.br  Custa
cerca de 150 reais.

O mundo de Florita é grande. A timidez de Marcel Também.




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O barulho do telefone invadia a
casa.  


Ninguém sabia se era um
sonho ou era realidade.   


Não era hora
de telefonemas.  


Florita pulou da
cama e atendeu logo: Allô... 


-Vai
chover... Os vinhedos vão ser arruinados... Acordem todos... Vamos
colher...  


A correria foi total.  

Florita foi se vestindo no meio do
caminho.   


O céu estava escuro,
ventava.   


As caixas e as tesouras
foram distribuídas e o trabalho começou. 
 


Rápido.   

Florita era uma
panamenha que vivia em Paris até resolver ir para Bordeaux estudar enologia e
meter literalmente as mãos na massa.


Morena, olhos grandes castanhos, corpo perfeito e um sorriso capaz de
tirar do sério até o bispo.  


Como
Marcel não é bispo nem nada, acordava, dormia e passava o dia pensando em
Florita.   


Pensava nas curvas de
Florita, mas pensava também na estranha maturidade daquela menina de 24 anos
que deixou seu país aos 20 sem falar uma palavra de francês.   


Hoje Florita fala como uma mulher de 40
anos, mas com um corpo bem mais jóvem, um sorriso bem mais vivo.  A correria terminou com os últimos
cachos colhidos a exatos 5 minutos do maior temporal daquele ano de 2002.  


Marcel se aproximou e enquanto pagava
pelo trabalho da colheita olhava com os olhos fixos para a alma de
Florita.  


-Vai para a cidade?  

-Sim, volto pra casa e ano que vem ja
serei uma enóloga.   


Marcel pegou o
carro e levou Florita pra casa, mas a timidez desse cara de 27 anos impedia
qualquer avanço.  Florita bem que
tentou.  


Um olhar fulminante antes
de descer do carro só serviu para deicar a cabeça de Marcel em parafuso.  


Errou até o caminho de volta.   

Telefonou algumas vezes, mas falava
pouco e não avançava nada.  


Demorou
6 meses até que florita terminasse a faculdade para que os dois se encontrassem
mais uma vez.   


O convite foi aceito
e na festa de formatura Marcel percebeu que a hora tinha chegado.   


Se aproximou, olhou mais uma vez para a
alma de Florita e beijou.  


Longo.  

Doce.  

Infinito.   

A noite vai ficar na memória dos dois.   

O convite para trabalhar na Itália era
irrecusável e Florita mais uma vez seguiu seu caminho.   


Ela até marcou uma despedida na estação
de trem, mas Marcel preferiu ficar em casa.   


As uvas colhidas às pressas viraram um bom vinho e uma cuvée
especial foi criada: Cuvée de la Petite Fleur...  Florita para você!