quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Site internacional destaca vinhos do Brasil. E aqui se pensa em Salvaguardas...







O site Snooth.com vende informa e debate sobre vinhos.

Dedicou 12 páginas falando das vinícolas: Lidio Carraro, Pizzato, Salton, Valduga, Miolo, Don Giovanni, Don Guerino, Perini, Aurora e Garibaldi.

Na primeira página falou de forma geral da região da Serra Gaúcha e dos vinhos do Brasil.

Vários comentários de internautas citam outras vinícolas e falam dos vinhos brasileiros.

Veja: http://www.snooth.com/articles/the-wines-and-wineries-of-brazil/

Isso mostra que os vinhos têm qualidades para enfrentar o mercado mundial e não deveria pensar em salvaguardas que impediriam também a entrada dos vinhos brasileiros no mundo globalizado e deixaria uma mancha de protecionismo que nenhum produto gosta de carregar.

Devemos pedir a queda de impostos para os vinhos nacionais e também nas tarifas de importação,.

Devemos tornar os vinhos baratos para competir com outras bebidas que dão um banho de competência dentro e fora do Brasil.

Alguma vez ouviram falar em salvaguardas para cervejas importadas?

As gigantes brasileiras se uniram, enfrentaram o mercado mundial, participaram de fusões, compraram marcas em diversos países investindo em publicidade e tecnologia.

O "Complexo de vira-latas" escrito pelo dramaturgo Nelson Rodrigues para falar do momento do futebol brasileiro antes de conquistar o prestígio internacional, serve agora para o nosso vinho.

Os argumentos são de que a luta é desigual, que os importados acabam pagando menos impostos que os nacionais, mas porque então não mobilizar para corrigir essa distorção?

Porque não ter o apoio da mídia e porque não usar o prestigio com deputados, senadores numa correção baixando os impostos e não subindo o imposto do vizinho.

O Ibravin, pai das salvaguardas, tem responsabilidade em diversas ações interessantes que ajudam na divulgação dos vinhos dentro e fora do Brasil.

Organizaram visitas de criticos internacionais, que terminaram com notas históricas de jancis Robinson e da Revista Decanter e organizam feiras e ações de marketing interessantes.

Acredito que tentando acertar comandou medidas pelêmicas como o Selo Fiscal e agora as Salvaguardas.

Existem vários meios de atingir um objetivo e me parece que escolheram os meios errados que acabaram manchando a imagem do Brasil para os estrangeiros e do vinho brasileiro para os próprios consumidores e lojistas tupiniquins.

O vinho segue resistindo.

Produtores continuam buscando a qualidade e tentando colocar os vinhos em cartas de restaurantes que aderiram a um boicote.

Muitos torcem para que a salvaguarda não passe para que o estrago não seja maior.

Rumores de que uma grande rede de supermercados não compraria mais vinho brasileiro em caso de protecionismo, assusta.

Eu tenho provado vinhos brasileiros às cegas ao lado de bons vinhos importados e percebo que eles evoluíram muito, tem qualidades e possibilidades de brigar.

Até certo nível (fora vinhos excepcionais), de igual pra igual.

Se for com menos impostos melhor ainda, mas que os importados continuem servindo como referência e opção para o consumidor.

Preços baixos e maior consumo. É isso que queremos.

Viva o vinho brasileiro, viva o produtor brasileiro, abaixo as salvaguardas!!!



 

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