Provei os vinhos top da Caliterra numa vertical de 3 safras.
As verticais sempre foram a melhor forma de avaliar a qualidade de um vinho, independente de safra.
Cenit significa Zenith, o ponto mais alto do céu.
A Caliterra tem 272 hectares no Vale de Colchagua, em um lugar cercado por montanhas sem nenhum produtor na vizinhança.
Provei os vinhos 2006, 2007 e 2008.
O ícone da Caliterra mostrou que tem elegância desde os mais francêses 2006 e 2007 até o mais potente 2008.
Vinhos que mostram que envelhecer bem e com classe não é uma exclusividade do velho mundo, embora o novo mundo constantemente precisa corrigir acidez dos vinhos acrescentando ácido tartárico, mas isso é uma outra história, que não tem nada a ver com a qualidade.
O 2006 ainda é jovem, imagina então os outros dois.
Corte de Cabernet Sauvignon (53%), Malbec (27%) e petit Verdot (20%).
18 meses em barricas francesas (61%) e americanas (39%)
Notas de Cereja, floral, cassis, chocolate.
Na boca é encorpado, intenso, com notas de especiarias e muito bem equilibrado.
O final é longo.
O 2007 foi elaborado com Cabernet Sauvignon (41%), Malbec (39%) e Petit Verdot (20%).
90% do vinho passou por barricas francesas e 10% em barricas americanas por 18 meses.
No nariz amora, cassis, cacau e um toque metálico.
Na boca é elegante, encorpado, notas de café e final longo.
Os vinhos custam 281 reais na Decanter.
www.decanter.com.br
Conversei com o enólogo Ricardo Zamorano, que me explicou que quem decidiu dar um salto de qualidade nos vinhos da Caliterra foi Eduardo Chadwick, que comprou a parte de Robert Mondavi que pensava em fazer vinhos bons e baratos.
Veja a entrevista:
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