sábado, 30 de novembro de 2013

Provei o vinho de Porto Alegre. Laurentia Chardonnay 2010 - Barra do Ribeiro - Brasil





O vinho de Porto Alegre teve uma breve passagem por barrica francesa nova e tem apenas 11% de álcool.

A vinícola fica em Barra do Ribeiro, cerca de 40 minutos de Porto Alegre, num lugar onde, em dias claros, se vê a capital gaúcha.

É claro, a única vinícola do lugar.

Este Chardonnay é bem diferente dos outros Chardonnays brasileiros, nem melhor nem pior, diferente.

No nariz notas cítricas, maracujá e um agradável aroma de manjericão e hortelã.

Na boca corpo médio, bom equilíbrio, final médio/longo.

Notas de manjericão também na boca.

Me surpreendeu.

Preço: 30,00 reais

Nota: 87/100



Visitei a Laurentia neste 2013.

Quem não viu o vídeo que produzi na vinícola, vale a pena ver agora:



Divulgadas as datas dos Encontros de Vinhos de 2014





O sucesso das feiras de 2013 garantiram a manutenção de todas as cidades no roteiro dos Encontros de 2014.

Quem perdeu este ano, já pode se programar para o ano que vem!

13 de março - Rio de Janeiro

21 de abril - São Paulo

23 de maio - Ribeirão Preto

26 de julho - Campinas

11 de setembro - Belo Horizonte

8 de novembro - Curitiba

Tudo sobre as regiões Francesas - Bourgogne - Parte 87 - Sub-Região Côte-de-Nuits - AOC Echézeaux










A AOC Echézeaux, com status de Grand Cru, fica na comuna de Flagey-Echézeaux, no vinhedo de Vosne-Romanée. 


Está entre os 8 Grands Crus da AOC. 


São 37 hectares 69 ares e 22 centiares.


Os solos são principalemente de calcário e marga, com alguns terrenos pedregosos.


A produção anual é de 1210 hectolitros, só de tintos elaborados com a Pinot Noir.


Se destacam pelos aromas animais e de especiarias.


Os aromas característicos da Pinot Noir (chamade na AOC pelo nome de Pinot Noirien) continuam lá: cereja fresca, rosa e violeta.


Quando mais evoluídos aparecem aromas de couro, almíscar e outros aromas de características animais.


Na boca são vinhos amplos, redondos e taninos muitas vezes macios.


Os vinhos precisam de pelo menos 4 anos de guarda.






sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Recorde de preço pago por uma caixa de Romanée Conti na China










Uma caixa de Romanée-Conti 1978 foi vendida ao preço recorde de 476.280 dólares, no final de semana passada, em Hong-Kong. 


Se pro esse preço fosse vendido pro taça, custaria a bagatela de 6.615 dólares.


Foi compara pro um milionário chines que preferiu não revelar a identidade.


Antes a China se concentrava na compra de grandes vinhos de Bordeaux, hoje a Borgonha começa a conquistar o gosto deles.

O mercado chines, já representa 6% das vendas dos vinhos da região, em 2007, representava apenas 1%.

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Desmantelada quadrilha de contrabandistas de vinhos em Santa Catarina. Deu agora no G1





Foto: G1
A quadrilha foi desmantelada em Joinville, Santa Catarina.Os investigadores da Policia Federal saíram esta manhã para cumprir 14 mandados de prisão.Cerca de três mil garrafas de vinho foram apreendidas. Segundo apurado pelos policiais federais, uma empresa no bairro Anita Garibaldi distribuía vinhos da Argentina, Chile, Uruguai e Europa. Falsificavam os selos de importação (que difícil deve ter sido falsificar o maldito selo...) e comercializavam os vinhos que entravam no Brasil sem controle de qualidade e preços muito inferiores aos de mercado (não é muito difícil também).A Polícia Federal informou que eles praticavam o crime desde 2010. Os compradores eram restaurantes de alto padrão, bistrôs e consumidores de Balneário Camboriú , no Litoral, Joinville e outras cidades da região Norte de Santa Catarina.As investigações começaram depois de uma denúncia anônima. Um depósito clandestino foi estourado, mas o dono fugiu. Conforme o site G1, a assessoria de imprensa da PF em Santa Catarina, informou que o estabelecimento fica no bairro Anita Garibaldi e é mantido pelos suspeitos. 




Provei uma boa parte da linha de champagnes Gosset. No final conversei com o diretor Philippe Manfredini, que falou, entre outras coisas, sobre o hábito de decantar Champagne...







A Gosset tem a tradição de ser o produtor do primeiro vinho da Champagne, um vinho tranquilo, em 1584.

Em 1994 o grupo mudou de mãos e hoje produz 1 milhão e 200 mil garrafas por ano, com apenas 1 hectare de vinhedo, comprando praticamente 100% da produção.

O que me chamou atenção foi que eles não compram a uva, os fornecedores já possuem prensas e vendem somente o suco.

A Gosset fica em AŸ, uma vila perto de Epernay.

65% da produção é exportada, mas o mercado principal, com 45% é a França.

Provei 5 Champagnes.









A Gosset Brut Excellence, tem 36% de Chardonnay, 45% de Pinot Noir e 19% de Pinot Meunier.

Passa 2 anos e meio sobre as leveduras.

A perlage é bem discreta, talvez pelo serviço, não posso levar em cinsideração.

Isso fica claro no nariz com as notas de pão torrado bem harmonizada com notas de maçã verde.

Na boca tem boa cremosidade, bom frescor, equilíbrio e final bem persistente.

Preço: Reais 261,00

Nota: 90/100









A Gosset Grand Blanc de Blanc (Blanc de Blanc significa que é feita apenas de uvas brancas, nesse caso 100% Chardonnay), passou 5 anos sobre as leveduras e é uma champagne notável.

Perlage muito fina, nariz com notas florais, abricó, limão e minerais.

Na boca excelente cremosidade, bem seca, cítrica, ótima acidez e leve toque (positivo) de oxidação.

Preço: Reais 517,00

Nota: 91/100











A Gosset Grande Reserve Brut, vem com o corte tradicional de Chardonnay (43%), Pinot Noir (42%) e Pinot Meunier (15%).

Passou de 4 a 5 anos em contato com as leveduras.

No nariz é mais discreto, mas com muita sutileza e elegância.

Nota de flores secas, frutas vermelhas como groselha e morango e menta.

Na boca é bastante cremoso, rico.

Notas de brioche, bom volume, estrutura e seco. Bastante seco.

Final longo.

Preço: Reais 345,00

Nota: 91/100









A Gosset Grand Millesime Brut 2004 é elaborada com Chardonnay (57%) e Pinot Noir (43%).

No nariz é um festival.

Acácia, cereja, mel, brioche, brioche, damasco...

Na boca a cremosidade é perfeita.

Equilíbrio, elegância, estrutura...

Longo, complexo e elegante.

Preço: Reais 473,00

Nota: 94/100









Termino com a Gosset Grand Rosé Brut, pra mim a melhor da degustação.

56% de Chardonnay, 35% de Pinot Noir vinificado em branco e 7% de vinho tinto de Pinot Noir.

Um rosé de assemblage (mistura de vinho tinto com branco).

Passou 4 anos em contato com as leveduras.

No nariz notas de frutas vermelhas secas, alcaçuz, anis, flores brancas e casca de laranja.

Na boca é super cremoso, fino, equilibrado.

O final é longo com notas de cassis e brioche.

Preço: Reais 415,00

Nota: 95/100



Conversei com o gerente de exportação da Gosset, o simpático Philippe Manfredini, que tinha em mãos a Gosset Celebris, que custa mais de 800 reais e não estava na prova.

Falamos sobre o hábito de decantar champagne, sobre as champagnes de safras antigas e sobre a história da Gosset.

Veja a entrevista:









As Champagnes Gosset são importadas pela Grand Cru www.grandcru.com.br




Tudo sobre as regiões francesas - Bourgogne - Parte 86 - Sub-Região - Côte-de-Nuits - AOC Côte-de-Nuits Villages










A AOC Côte-de-Nuits Villages foi criada em 1964. 


Inclui as comunas de Fixin, Brochon, Premeaux, Comblanchien e Corgoloin, na Côte de Nuits (as vilas de Fixin e de Brochon podem também ter a AOC Côte de Beaune). 


A produção anual é de cerca de 310 hectolitros de vinhos brancos e 6 400 hectolitros de vinhos tintos.


Tintos com a Pinot Noir e Brancos com a Chardonnay.


Nas partes mais atlas os solos são de argila e calcário com cascalho, acumulando os sedimentos na parte mais baixa da encosta.


Tanto tintos como brancos são potentes e com boa relação qualidade/preço.


Os tintos com aromas de cereja, cassis, groselha, especiarias e  sous-bois. 


Na boca são volumosos, com taninos bem presentes na juventude.


Os brancos oferecem aromas de flores brancas, ameixa, frutas madras e especiarias quando mais evoluído.


São vinhos frescos, limpos e elegantes.






















Tintos e brancos tem bom potencial de guarda.

O Vinho e a Pintura - Série sobre Baco - Diego Velázquez











Diego Rodrigues da Silva y Velázquez foi um dos maiores pintores espanhóis e principal artista da corte do Rei Filipe IV da Espanha.

Nasceu em Sevilha em 1599 e morreu em Madrid em 1660.

A obra é conhecida por dois títulos: Os Bêbados ou Triunfo de Baco.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Conversei com o Rafael Urrejola, do projeto TH (Terroir Hunter) da Undurraga. E provei os vinhos é claro...







O projeto me interessa muito.

Como disse outro dia aqui no blog, estou produzindo um documentário sobre os terroirs do Chile.

O TH é isso.

Um país com tantas possibilidades e terroirs distintos que só pode ser comparado com países europeus.











O Sauvignon Blanc 2012, elaborado em Lo Abarca, numa propriedade da Casa Marin.

Vinho com os tradicionais aromas de maracujá, manga, limão, mel, mineral, aspargos...

Na boca boa acidez, boa estrutura, salgado, fresco e longo.

Nota: 88/100



O Chardonnay 2011 é de Limarí, do pequeno terroir de Quebrada Seca.

Pra mim o melhor da noite.

No nariz notas de flores brancas, pêssego, limão e um toque de madeira.

Na boca é elegante, untuoso, bem equilibrado, bom corpo e final longo, com nota de baunilha.

Nota: 91/100



O Pinot Noir 2012 é de Leyda.

Um dos bons Pinots fora da Borgonha.

No nariz cereja, groselha, terra, alecrim.

Na boca corpo médio, boa estrutura, taninos finos, elegante.

Final médio/longo.

Nota: 89/100



O Carménère 2011 é de Peumo.

No nariz cereja, chocolate, banilha.

Na boca tem corpo médio, bom equilíbrio, taninos macios, fresco.

Nota: 87/100



O Syrah 2011 é do Vale de Maipo.

No nariz amora, mirtilo, pimenta e chocolate.

Na boca é amplo, concentrado, encorpado.

Taninos finos, persistente.

Nota: 89/100



O Cabernet Sauvignon 2011 é do Alto Maipo.

No nariz cassis, menta, tabaco.

Na boca é encorpado e elegante.

Taninos vivos, boa concentração, equilíbrio.

Final longo.

Nota: 91/100



Todos os vinhos da linha TH Custam 97 reais e são importados pela Inovini www.inovini.com.br






terça-feira, 26 de novembro de 2013

Perini Barbera 2011 - Serra Gaúcha - Brasil







Interessante essa possibilidade do novo mundo em fazer verdadeiros ensaios com variedades de diversas regiões do mundo.

A Barbera é conhecida pelos vinhos do Piemonte, mas é uma variedade italiana que está presente em menor quantidade em diversas regiões do país.

Fora da Itália tem bons exemplares na Austrália, Argentina, Brasil e Califórnia.

Este é o nosso Barbera.

No nariz notas de cereja (dominante), mirtilo e amora.

Tem uma graduação alcoólica civilizada (12%), seguindo uma tendencia mundial.

Na boca é macio, corpo médio, boa acidez (uma característica da Barbera) e equilíbrio.

O melhor de tudo é o preço: 33 reais no site da vinícola: http://www.vinicolaperini.com.br/loja/Produtos/Vinhos/Perini-Barbera/9/24

Nota: 86/100


segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Château La Bretonnière 2009 Excellence - Blaye Côtes de Bordeaux - França




Stéphane Heurlier cultiva 25 hectares de vinhedos, com grande proporção de Merlot, completada com Cabernet Sauvignon e Malbec.

Existem também uma pequena parte de variedades brancas (sauvignons blanc,  Sauvignon gris e sémillon). 

A densidade de plantas é alta, mas o rendimento de cada planta muito bem controlado, o que permite produzir vinhos de qualidade, com preços interessantes.

No nariz frutas negras e vermelhas maduras e couro bem discreto.

A madeira também aparece discretamente.

Maturação mista de 24 meses em tanques de inox e madeira.

Na boca tem corpo médio, frutado, com boa estrutura e estilo sofisticado.

Taninos macios, redondo, elegante e longo, com notas de alcaçuz no final.

Custa 84,90 na Casa do Porto - casadoporto.com

Nota: 87/100

O Vinho e a Pintura - Série sobre Baco - Nicolas Poussin











Título: Andrians or The Great Bacchanal with Woman Playing a Lute

Ano: 1628. 

Está no Museu do Louvre, em Paris.

Dionysus  (nome original de Baco), Deus do vinho, numa festa em homenagem a ele (bacanal).

De acordo com a mitologia grega, a ilha favorita de Baco era Andros, onde nos rios corria vinho e não água. A cidade grega de Amphissa, ou Salona, era também um centro para o culto de Dionísio (Baco).

domingo, 24 de novembro de 2013

sábado, 23 de novembro de 2013

Produtor biodinâmico de Beaune (Borgonha), pode ser preso por não aceitar colocar pesticidas nos vinhedos.




O vigneron Emmanuel Giboulot, de Beuane, certificado orgânico desde 1985 e biodinâmico desde 1996, corre o sério risco de ter que pagar uma multa de 30.000 euros e ainda pegar 6 meses de prisão.


Ele foi convocado pelo procurador da republica francesa, por ter se recusado a fazer um tratamento preventivo com inseticida em seus vinhedos.


Todos os produtores foram obrigados a utilizar o produto, mas Emmanuel não aceitou.


O inseticida era para prevenir a doença chamada na França de *Flavescence Dorée, que ataca os vinhedos.





*Flavescence dorée (do francês "Flavescense": amarelamento e "dorée": dourado) é uma bactéria com o potencial de ameaçar as vinhas.  


O agente bacteriano foi recentemente nomeado Candidatus Phytoplasma Vitis, e seu vetor é a cigarrinha, Scaphoideus Títanus.


A infecção pode matar videiras jovens e reduzir significativamente a produtividade das vinhas velhas.










É classificada como um fitoplasma pertencente ao grupo genericamente denominado amarelus videira. Ocorrências são esporádicas em epidemias, que variam de gravidade de acordo com a variedade de uva atingida.





















Não há cura no momento e a forma de controlar a difusão é a  retirada das plantas infectadas.

Tudo sobre as regiões francesas - Bourgogne - Parte 85 - Sub-região: Côte de Nuits - AOC Clos-Saint-Denis










A AOC Clos-Saint-Denis, é mais um Grand Cru de Morey-Saint-Denis, na Côte de Nuits.


São apenas 6 hectares 62 ares 60 centiares, em quatro lotes chamados: Calouère, Les Chaffots, Maison-Brûlée e Clos-Saint-Denis. 


Fica numa encosta bem suave, facilitando muito a viticultura. Os solos são compostos de marga (calcário e argila) e pedras de calcário marrom, bem drenadas.


A quantidade de argila dá aos vinhos maciez e volume.


Só se elaboram tintos com a Pinot Noir, como nos outros Grands Crus de Morey. 


A produção anual é de cerca de 225 hectolitros. 


A textura dos vinhos, carnudos, com bom corpo e volume, se deve a quantidade de marga no solo.


No nariz, aromas de frutas vermelhas, canela, amêndoa grelhada e madressilva.


Na boca tem um charme incomparável.


Delicados, redondos e muito boa persistência.

São vinhos de guarda.

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Suolo Rosso Primitivo di Manduria 2012 - Puglia - Itália





Produzido pela Argiano, esse vinho está sendo vendido no Brasil por um preço excelente: 59 reais, em São Paulo.

Os Primitivos di Manduria são vinhos levemente adocicados, que agradam uns e não agradam outros.

Esse é um pouco menos adocicado e mais elegante.

Notas de amora, mirtilo, cereja e chocolate.

Na boca é bastante macio, tem boa acidez e equilíbrio.

Se sente notas de baunilha, talvez um pouco além do desejado.

É um vinho de persistência média.

Preço: 59 reais.

Nota: 88/100

Importador: Orion Vinhos - http://www.orionvinhos.com.br/

Tudo sobre as regiões francesas - Bourgogne Parte 84 - Sub-Região Côte de Nuits - AOC Clos-des-Lambrays









A AOC Clos-des-Lambrays é uma Appellation de vinhos tintos dentro de Morey-Saint Denis na encosta onde estão os Grands Crus. 


São 5 Grands Crus, cada um cobrindo uma pequena área.  


O Lambrays tem somente 8 hectares 69 ares e 75 centiares.


A produção anual é de cerca de 279 hectolitros.


Só se produz tintos com a Pinot Noir, chamada na AOC pelo nome de Pinot Noirien. 










Dois produtores estão na AOC, um deles com uma parcela bem pequena, sendo praticamente um monopole (AOC de um só produtor).


O terroir tem 3 zonas distintas: os vinhedos da parte superior com mais marga e boa ventilação, proporcionando vinhos mais finos.


No centro da AOC os vinhos recebem exposição solar idéal, direção leste e na parte mais baixa, solo mais pesado, mais argiloso.


Todos os vinhos da AOC são redondos e finos.


Posuem menos notas animais e mais notas de sous-bois que os vizinhos da AOC Clos-de-la-Roche, e oferecem mais aromas de cereja.


Quando mais velhos, os vinhos ganham profundidade e complexidade.




Podem evoluir por  10/20 anos...

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Lomajes de Viña Roja Carignan 2008 - Bodegas RE - Vale de Maule - Chile





Um Carignan do Vale do Maule que mostra, mais uma vez a, capacidade do Chile em fazer vinhos excelentes, com diversas variedades.

Viña Roja é o nome dos vinhedos que ficam na Sociedade Agrícola Santa Elena de Loncomilla.

A família Morandé Desbordes comprou os vinhedos com o objetivo de resgatar os vinhedos velhos de Carignan, com mais de 70 anos.

Os solos são de argila vermelha, gerada pela degradação do granito, com muito baixa fertilidade por causa da erosão.

A cor mostra a concentração do vinho.

No nariz amora, mirtilo, framboesa, frutas secas, chocolate, menta, violeta e baunilha.

Na boca é encorpado, potente, muito boa acidez e taninos finos.

Bom equilíbrio entre taninos e acidez.

Leve doçura.

Final longo, deve melhorar muito com mais tempo em garrafa.

Nota: 93/100 (juro que não copiei a nota do Descorchados rsrsrs).

Tudo sobre as regiões francesas - Bourgogne parte 83 - Sub-Região Côte de Nuits - AOC Clos-de-Vougeot













A AOC Clos-de-Vougeot é um Grand Cru da appellation Vougeot. 


Um vinhedo retangular com 50 hectares 59 ares e 10 centiares, cobra quase roda a Appellation Vougeot e é o vinhedo Grand Cru mais extenso da Borgonha.


Só produz tintos com a Pinot Noir.


A produção anual é de cerca de 1 710 hectolitros. 


Os vinhedos ficam em encostas suaves, em altitudes que variam entre 240 e 265 metros. 


O Grand Cru tem a particularidade, talvez pelo tamanho, de ter algumas diferenças importantes entre cada lote de vinhedo, podendo oferecer vinhos diferentes.


Os vinhedos são plantados em lotes diferentes separados por pequenos muros (Clos).


Como se grata de um Clos, com diferentes produtores, eles são obrigados a fazer um corte em cada vinho com uvas de outros produtores.


Por isso, não existe a possibilidade de determinar a tipicidade de cada lote.


O que marca a característica da AOC, em geral, são vinhos de cor intensa, bouquet suave de flores, amora, framboesa, menta, e trufas.


São levemente adocicados no palato, com uma grande persistência.


São vinhos de longa guarda, mínimo 10 anos.




Nas melhores sacras, os vinhos modem seguir evoluindo pro mais de 30 anos.

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Tudo sobre as regiões francesas - Bourgogne 82 - Sub-Região Côte de Nuits - AOC Clos-de-Tart










A AOC Clos-de-Tart está entre os 5 Grands Crus da appellation Morey-Saint-Denis, na Côte de Nuits. 


São 7 hectares e 53 ares com a la particularidade de não ser explorada por apenas um produtor (como acontece geralmente nos Clos). 


A paisagem é de relevos quase sempre uniformes, mas com parcelas de solos com composições diferentes.


Para conter a erosão natural dessas terras tão raras, os produtores adotaram uma técnica original de plantar os vinhedos perpendicularmente as encostas. 


A única variedade do Clos é a Pinot Noir.


Os vinhos são élégantes e marcados pela mineralidade.


Os vinhos são charmosos, com notas de cereja, amora, misturados com perfeição com notas florais, como rosa, madressilva, violeta…


O melhor para quem tem um desses vinhos é ter também paciênica. Eles melhoram ainda mais com a idade.




São vinhos de guarda excepcionais.

Achei esse vídeo no Facebook da Cave Geisse. É o dia em que Jancis Robinson apresenta o espumante brasileiro no Wine Future Hong Kong 2011

O espumante provado é o Cave Geisse Brut 1998.

Esse foi talvez o momento mais significativo para a história dos espumantes brasileiros.



terça-feira, 19 de novembro de 2013

Conversei com o Pedro Parra em Concepción, Chile. Ao lado de novos vinhedos do Clos des Fous

Fui ao Chile encontrar Pedro Parra para um documentário sobre o terroir chileno.

O documentário é para o ano que vem, mas o blog ganhou alguns trechos exclusivos.

Ao lado de vinhedos novos de Pinot Noir, na propriedade do Clos des Fous, em Bio Bio, conversei com Pedro Parra sobre os objetivos do Clos des Fous.

Lembrando que a tradução do nome da vinícola seria algo como: vinhedo dos loucos.









Quando a importadora Ravin começou a importar os vinhos Clos des Fous, fui convidado para prová-los em São Paulo.



Provei os 5 vinhos do Clos des Fous.

Provei 2 Cabernet Sauvignon, um vinho de vinhas velhas e 3 Pinot Noir.

Me encantei com os vinhos. Gostei demais dos Pinots.



O Pinot Noir Paleozoico 2012 não passou por madeira, é resultado de uvas que vieram de 4 clones diferentes. Clones de Morey Saint Denys, de Gevrey Chambertin e Vosne Romanée.

É um vinho "europeu", sem madeira.

Notas de framboesa, morango, floral...

Na boca tabaco, defumado, taninos finos e presentes, elegante.

89/100



O segundo foi o Pinot Noir Pucalan Single Vineyard 2012.

Um super vinho!

Passou por barricas de primeiro e segundo uso, que trouxeram ao vinho exatamente o que se espera.

Em nenhum momento a fruta desaparece.

Ganha força.

As notas de baunilha de misturam com as frutas vermelhas e levam para a boca é amplo, mineral, elegante, taninos finos.

Final longo com notas florais.

91/100





O Pinot Noir Latufa 2010 vem de um terroir mais ao sul, em Malleco, um terroir mais parecido com a Borgonha.

Esse pode entrar em degustações às cegas ao lado de vinhos da Borgonha.

No nariz tem notas florais, groselha, chocolate...

Na boca tem bom corpo, tem elegância, equilíbrio e notas defumadas. Um vinho longo.

Preço: 228 Reais

Nota: 91/100



Provei dois Cabernet Sauvignon bastante interessantes e depois o Old Vines Blend Cauquenina 2011.

Corte com as variedades Carignan, País, Malbec, Carménère, Portugues Bleu (parecida com a Touriga Nacional) e Syrah.

No nariz as frutas negras aparecem com força.

Amora, mirtilo, geleia de amora...

Na boca é fresco, elegante, muita fruta, encorpado, longo...

90/100



Todos importados pela Ravin www.ravin.com.br

Um pouco sobre a Tempranillo















A Tempranillo é a variedade mais importante da Espanha, onde tem mais de 60 nomes diferentes.


É a quarta variedade mais plantada no mundo, com mais de 200 mil hectares plantados.


Antes quase exclusiva de terras ibéricas, a uva hoje está nos quatro cantos do mundo, como: Estados Unidos, Itália, México, Nova Zelândia, Chile, Argentina, África do Sul, Austrália, França, Portugal, Turquia, Canadá e China.


Mas a Ribeira del Duero e a Rioja, ainda são as regiões onde a Tempranillo melhor se expressa.


Com clima continental, grande amplitude térmica e pouca altitude.


Naturalmente, sem nenhuma adição, os vinhos elaborados com a Tempranillo tendem a ter pouca acidez e pouco açúcar. Por isso é muito usada em cortes.


Os vinhos podem ser consumidos jovens, mas ganham muito com o envelhecimento e o contato com a barrica de carvalho.


Os aromas característicos são de framboesa, amora, mirtilo, morango, baunilha, tabaco, couro, ervas.


São vinhos bem macios na boca.


Existe uma mutação recente de uma Tempranillo branca.






segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Na venda dos Hospices de Beaune que aconteceu ontem, preços 25% mais altos que no ano passado







Foram vendidas 443 barricas de 228 litros, menos do que no ano passado.

Tavez por isso, mais raro, mais caro...

Já o valor é recorde: 6,3 milhões de Euros.

Em 2012 foram 518 barricas, 75 a mais que este ano.

2013 sofreu com algumas interpéries.

O granizo que afetou 1350 hectares na Côte de beaune foi o principal culpado, mas teve também a primavera fria e chuvosa.

Os tintos foram os mais valorizados, 29% mais caros, já os brancos 12%.

Quem gosta de Borgonha pode preparar o bolso para os 2013.




Maxime Blin Brut Rosé - Champagne




Com o verão e as festas chegando, os dias quentes pedem vinhos brancos e vinhos espumantes.



Sem contar que, no caso dos espumantes a harmonização com comida é muito fácil.



Vai com tudo.



As champagnes são as rainhas dos espumantes, são a referência para o mundo todo quando se trata de borbulhas.



Os excelentes espumantes brasileiros são sempre uma boa opção, mas se você tem uma graninha a mais pra gastar (é um pouco cara), vale a pena. 



Champagne é Champagne! Esse é de um pequeno produtor  da vila de Trigny, que vale a pena conhecer. 



Elaborado apenas com a Pinot Noir.


Cor salmão. 



Perlage fina, persistente. 



No nariz bastante fruta, cereja, cassis, amora, framboesa, uma verdadeira salada de frutas, com toque de pão doce.



As borbulhas não são agressivas, só trazem cremosidade. 



As frutas também aparecem na boca, junto com um frescor bem marcante.



O final é longo.

Importada pela Vinea: http://www.vineastore.com.br/champagne-brut-rose.html


Preço: 273 Reais.


Nota: 90/100








Tudo sobre as regiões francesas - Bourgogne - Parte 81 - Sub-Região Côte de Nuits - AOC Clos-de-la-Roche










A AOC Clos-de-la-Roche é um vinho tinto Grand Cru da Côte de Nuits, produzido na mesma zona da appellation de Morey-Saint-Denis. 


São 16 hectares 90 ares 27 centiares na parte mais baixa da encosta.


Fica em três lugares difrentes: Les Monchamps, Monts-Luisants Bas e Clos-de-la-Roche. 


Os solos são pedregosos e de pouca profundidade.


Na parte mais baixa, mais calcário marrom.


O terroir de Clos-de-la-Roche dá aos vinhos uma característica mais potente com aromas complexos de frutas vermelhas e negras, notas de café, torrefação, caramelo, trufas…


Os vinhos são elaborados com a Pinot Noir, que encontra na AOC uma grande expressão.


A produção é de cerca de 589 hectolitros por ano. 




É sem nenhuma dúvida, o vinho com melhor potencial de guarda de Morey-Saint-Denis.