terça-feira, 21 de outubro de 2014

Bruno Airaghi participou da tradicional confraria Amigos de Babete. Uma das mais antigas do Brasil









Confraria , irmandade, congregação : conjunto de pessoas da mesma categoria , dos mesmos interesses, sociedade , associação.


Esta definição do Dicionário Aurelio casa perfeitamente com a mais antiga confraria e ainda presente :“Amigos de Babete”, fundada 1989 (18 de outubro) por Franchini Ribeiro, nas instalações da diretoria  comercial da Rede Globo na Alameda Santos .


Inspirada no famoso filme , ganhador do Oscar 1988, como melhor filme estrangeiro a Festa de Babete. Congrega profissionais liberais , empresários , arquitetos , médicos que se reúnem em uma simpática casa sede no Campo Belo (SP) onde a cada quinzena é lançado um desafio para os confrades prepararem um menu de acordo com um tema e habilidades dos escolhidos.


Seguindo a boa tradição , a missão básica da confraria , vem a ser: desfrutar da  gastronomia na sua essência e confraternizar-se ao redor de uma boa mesa. É isso!!


Atualmente conta com 17 confrades sendo que o numero maximo é de 25 pessoas. Para manter a tradição e o bom astral  ,para pertencer ao grupo precisa ser indicado , frequentar ao redor de 3 vezes a casa e então é eleito ou não o candidato. Tendo algum predicado culinário conta pontos na avaliação do grupo.


Feita a introdução , vamos relatar a dinâmica da noite na confraria.


Com toda uma cozinha especialmente montada e equipada , neste particular toda a casa térrea foi reformada pelo atual presidente Luis Fde Lucia para atender melhor ao escopo , ás 20:00 horas do dia 14/10  os trabalhos foram iniciados com uma boa conversa , algum charuto e acepipes para acompanhar um scotch e também espumante . No caso levei um belo exemplar de Franciacorta –Antica Frata Essence Brut (www.anticacantinafratta.com.br) que fez par com uma pasta de trufas gentilmente piemontesas.










O cardápio foi sendo apresentado e de entrada foi uma mini panqueca com creme branco levemente azedo e caviar ( uma fusão de toque frances com iguaria russa) . A noite prometia ...e na sequencia uma sopa Tailandesa com vegetais e camarão e peixe , super leve e inspiradora.


Ainda viria um linguado a Dijon , muito bem preparado , empanado , resultando uma crosta crocante que mereceu aplausos dos confrades á mesa.


Entre um prato e outro... vinhos brancos de Portugal , um pouco rígidos para os pratos , mas não chegaram a tirar o brilho , afinal estamos em uma confraria para aprender , conhecer e conversar!


Para finalizar um petit gateau suflê com compota de frutas vermelhas, merecendo revisitar o Franciacorta sem sombra de dúvida, porém por meu descuido era “finito”( acabou).


A confraria é isto . Um modelo  tão antigo que se perde na historia , mas o fundamental é reunir-se , conversar ( sem troca de mensagens por aparato digital) dar risada de uma piada , ter oportunidade de saber de coisas novas como por exemplo : a pedra sabão ( aquela que o Aleijadinho difundiu através de suas obras em Mariana, Ouro Preto). Neste capitulo o eng.º Antonio Carlos Pagliotto , amigo dos confrades , deu-me uma aula sobre as propriedades térmicas da pedra .


Depois desta noitada , refleti sobre relançar a minha confraria mais voltada aos vinhos , a qual trouxe por anos ao redor de uma boa mesa,  grandes personagens e inúmeras experiências sensoriais com vinhos sempre prontos para serem explorados e porque não comentados.


O importante é que o tempo vai passando, mas  antigas formas de convívio e lazer continuam , mesmo com o avanço da comunicação digital,a confraria


resiste . Parabéns pelos 25 anos dos “Amigos de Babete”e que venham mais 25 pela frente.

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