sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Uma Galeria de Arte Brasileira, Vinhos Franceses, Gente Interessada!




Ontem fui provar alguns vinhos da Cave Jado na galeria Jacques Ardies, na Vila Clementino. O ambiente é maravilhoso, arte brasileira nas paredes, vinhos franceses na taça e pessoas interessadas em desvendar mistérios da bebida. Um trabalho que enriquece todo o mercado do vinho!
Ali estavam dois assuntos que a elite pegou pra si, mas que é de todos. Engana-se quem quer tratar o vinho com snobismo. O vinho é um trabalho de agricultores, um companheiro das refeições de todas as classes, há milênios!
As barreiras de importação provocaram preços altíssimos e excluíram o povo desta bebida fantástica. Hoje temos vinhos bons e até ótimos a preços melhores, mas ainda com uma parcela grande para os cofres do governo.
Algumas importadoras fazem esse trabalho de formiguinha trazendo pessoas para o mundo do vinho, mostrando que basta gostar, basta provar, não precisa prática, nem habilidade, nem cursos, nada!
Importante é provar sem preconceito.
Provamos vinhos da Alsace, Languedoc, Sodoeste, Bordeaux e Rhône.
Destaco o Château Piron, um Bordeaux da AOC Montagne de Saint-Emilion. Vinho muito elegante com bom casamento entre os aromas de Cassis, groselha e couro.
Um Merlot típico bordalês da margem direita com 15% de Cabernet Sauvignon.
Preço incrível, 59 reais.
Outro que é acima da média é o Côtes du Rhône do Domaine de la Graveirette.
Syrah e Grenache.
Potente no nariz e na boca. Muito típico e interessante para quem quer conhecer os vinhos da região. Amora, mirtilo, menta. Na boca é apimentado, muitas especiarias. Eu gosto!
O Parker também gostou, mas a Cave Jado não usa isso para vendê-los. O mercado não pode ser guiado por uma só pessoa, não é verdade?
Também foi servido o Cuvée La Vigne Blanche, que ganmhou a degustação às cegas do Encontro Papodevinho, mas depois disso, uma disputa com 14 vinhos de qualidade, dispensa comentários.
A Jeanne e a Dorothée talvez não saibam, mas o mercado precisa delas. Simpatia, simplicidade e bons preços.
Sobre o local, vale o trecho daquela música do titãs: "A gente não quer só comida. A gente quer comida, diversão e arte."
Os museus são baratos, não vai quem não quer!

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