segunda-feira, 11 de julho de 2011

Os vinhos do Mas de Daumas Gassac são únicos.















Imagina uma região tradicional, com diversas variedades autorizadas, conhecidas, populares e autócntones.
Imagina um visionário francês que resolve plantar as variedades que gosta.
Seria muito normal no novo mundo, mas na França é um caso se não único, raro.



Aîmé Guibert (foto acima), com a ajuda do mestre dos mestres Émile Peynaud, plantou o que quis, fez o que quis e transformou o Mas de Daumas Gassac em um dos grandes vinhos do planeta.
Quem assistiu Mondovino viu aquele velhinho cheio de personalidade contando como fez para impedir a venda de um bosque que cerca seus vinhedos. Viu como brigou como um David, contra uma investida de Robert Mondavi na região.
Infelizmente o filme não pôde mostrar os aromas e sabores dos vinhos Mas de Daumas Gassac, mas os vinhos estão no Brasil e basta comprar.
Monsieur Guibert nem era de familia de vignerons. Trabalhava com couro.
As fábricas coreanas foram embora e Monsieur Guiber resolveu plantar uvas à la Bordeaux, região preferida por ele.
Cabernet Sauvignon, Malbec, Tannat e até Pinot Noir e Nebbiolo, entre outras variedades da Armênia, Suíça, Israel e Portugal.
Planta o que gosta!
Foi assim que o vinho chegou aos dias de hoje com a reputação de um Grand Cru.



Provei os 7 vinhos do Mas de Daumas Gassac que são importados pela Mistral www.mistral.com.br
Começamos pelo Figaro Blanc 2009, que custa 21,90 (dólares).



Um corte de Sauvignon Blanc (40%), Vermentino (30%) e Clairette (30%).
No nariz pera bem madura, notas florais e minerais.
Na boca tem corpo médio, muito bem equilibrado e bom final.








Passamos para o Reserve de Gassac Blanc 2008, um vinho de 47,50 (dólares).
Se não me engano um Viognier 100%.
No nariz notas florais, minerais e pêssego.
Na boca tem bom corpo, elegância e final longo.



O Dumas de Gassac Blanc 2009 foi o grande vinho da degustação.
Custa 115 dólares.
Aqui o verdadeiro laboratório de variedades entra em ação.
Viognier, Chardonnay e Petit Manseng se juntam a outras 10 variedades raras.
No nariz é um vinho complexo, cheio de notas de ervas aromáticas, abacaxi em compota, petróleo e notas florais.
Na boca é maravilhoso!
Elegante, encorpado, longo.
Um super vinho!
Um dos melhores brancos que já provei.


Passamos aos tintos com o Figaro rouge, vinho de entrada que custa 21,90 (dólares).
Aqui temos um Languedoc puro com Grenache e Carignan.
Notas de amora, terra molhada e mentolado.
Na boca é bem equilibrado, tem boa acidez e corpo médio.



O Guilhem Rouge 2009 custa 23,90 (dólares e é um corte de Syrah (30%), Grenache (30%), Carignan (25%) e Cinsault (15%).
No nariz amora, framboesa, cereja, menta e alcaçuz.
Na boca é macio, bem equilibrado e tem bom final.

O Reserve de Gassac Rouge 2008 é um corte de Cabernet Sauvignon, Merlot e Syrah.
No nariz amora, cereja, canela, couro e caramelo.
Na boca é encorpado, taninos finos, boa concentração e notas de tabaco no retrogosto.
Um ótimo vinho.
Custa 47,50 (dólares).



O vinho de mais prestígio, mais capacidade de envelhecer, mas estrutura da vinícola, é o Daumas de Gassac 2008.
Este é o vinho criado pelo mestre Emile Peynaud na década de 70.
Elaborado com 80% de Cabernet Sauvignon e 20% de 10 outras uvas vinificadas todas juntas.
No nariz notas de couro, defumado, terra molhada, cereja, menta, tabaco e violeta.
Na boca é potente, concentrado, elegante.
Final longo.
Grande Vinho!
Custa 115,75 (dólares).
Depois da degustação, o Daniel Perches e eu, conversamos com a Victorine Babé, que trabalha na vinícola.
Veja o vídeo:



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