sexta-feira, 23 de maio de 2014

Provei vinhos de terroir da Altos las Hormigas e conversei com Pedro Parra e Alberto Antonini





É incrível escutar as explicações de Pedro Parra sobre os terroirs e principalmente sobre a influência do solo na qualidade dos vinhos.

Sempre um aprendizado intenso.

A Argentina por exemplo, investiu no Malbec e colocou o país no mapa dos grandes vinhos do mundo.

A escolha de uma variedade emblemática serve como exemplo e muitas vezes é alvo de criticas de quem acredita que o país vai muito além da variedade.

Alberto Antonini produz um Bonarda com o nome Colonia Las Liebres, mas é definitivamente um produtor de Malbec.

Para ele a Argentina tem que continuar aproveitando o melhor terroir do planeta para a variedade.

Veja a conversa com ele:







O chileno Pedro Parra, um dos maiores especialistas do mundo em encontrar o terroir certo para a variedade certa, falou sobre os terroirs de Mendoza.

A Malbec vai tão bem na região, se transforma em vinhos tão interessantes que acabamos pensando que nada precisa ser feito, basta seguir plantando, colhendo e vinificando.

Mas Pedro garante que existe muito para descobrir e muito que fazer para produzir vinhos ainda melhores.

Veja a entrevista:









Provei os vinhos de terroir da safra 2012 com uvas de vinhedos em Altamira, Vista Flores e Gualtallary e ainda o Malbec Terroir.









Pedro explicou o que o solo encontrado (calcário com giz), dá aos vinhos na boca.

Realmente os vinhos ainda muito jovens no nariz mostravam notas florais e de frutas vermelhas e negras.

Boa intensidade aromática.

Na boca o solo se mostrava.

Alberto Antonini explicou que usa cada vez mais as cubas de cimento e menos barricas.

A ideia é fugir da standardização e valorizar o terroir.









O Vista Flores com notas de cereja e cravo tinha a textura macia, um granulado fino que toma conta da boca dando uma sensação interessante deixando o vinho com o final mais longo.

Fresco, com boa acidez.

Nota: 92/100

O Altamira mostra as notas de frutas e um toque mais mineral.

É um pouco mais discreto no nariz, mas na boca é vibrante, fresco, boa acidez, longo, equilibrado.

Nota: 91/100

O Gualtallary foi o vinho que mais gostei.

Tem personalidade, potência, notas florais e de frutas vermelhas e negras.

Os taninos são finos, uma textura aveludada. É a tal de granulometria dos taninos.

A gente sente micro grãos envolvendo a boca.

Acidez excelente.

Final longo.

Nota: 93/100

Importador: www.worldwine.com.br

Infelizmente os preços não foram informados.

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