terça-feira, 31 de julho de 2012

Chaves Oliveira no Encontro de Vinhos Ribeirão Preto





Com vinhos da Argentina, Espanha e Portugal, a Chaves Oliveira tem vinhos com bom preço e qualidade.

A importadora já esteve no Encontro de Vinhos Ribeirão Preto no ano passado, mas chega com novidades para mostrar aos profissionais e consumidores da região.

Dia 1 de Setembro, das 14 às 22 horas, no Hotel JP.

Via Anhanguera km 306,5

www.hoteljp.com.br

www.chavesoliveira.com.br

www.encontrodevinhos.com.br

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Um Pulo no Chile - Episódio 6 - Los Vascos, com a benção dos Rotschild




Sabe aquelas frutas que aparecem como as últimas da estação.


Pois é, com as uvas acontece a mesma coisa.


Uvas que não se transformariam em um bom vinho, mas que crescem de uma segunda floração após a colheita principal.


Boa oportunidade para provar diversas variedades de uva e perceber as diferenças.


Foi o que fiz na grande Bodega Los Vascos, no Vale do Colchágua.


As uvas são bonitas, dá pra imaginar as principais, que vão para os vinhos Los Vascos.


Um terroir interessante!


Na vinícola, também provei os vinhos, conversei com os enólogos e dei uma volta com o responsável pelos vinhedos.


Interessante que depois dos últimos terremotos, os tanques de aço inoxidável agora são protegidos.


Veja o Vídeo:











domingo, 29 de julho de 2012

Vinexpo desiste de fazer uma edição em Nova York



A edição seria em Novembro, com 52 espaços ja reservados, num total de 150 programados, o diretor geral da Vinexpo Robert Beynat cancelou a edição americana.

Segundo ele, não atingiu o mínimo necessário de expositores para uma edição do padrão da Vinexpo, mesmo garantindo que a qualidade dos expositores compensava a quantidade.

Em 2002 a Vinexpo fez uma edição em Nova York e em 2004 em Chicago.

Dessa vez não deu.

Em 2006, a Vinexpo resolveu trocar os Estados Unidos por uma versão em Hong Kong, por causa do crescimento do mercado asiático, no ano passado, justificando um consumo de 3,8 bilhões de garrafas no ano de 2012 os americanos passaram em volume o consumo de França e Itália e voltaram a interessar, mas...
Para se ter uma ideia, a Vinexpo francesa tem cerca de 2400 expositores, assim como a de Hong Kong.

Não seria prudente usar o nome Vinexpo em uma feira com 52 expositores.

sábado, 28 de julho de 2012

No dia 23 de Agosto tem uma degustação em São Paulo com lucro destinado para a APAE




Dia 23 de agosto, quinta-feira, às 19 horas, na Enoteca Cavatappi.


Serão mais de 50 vinhos, de cerca de 11 países diferentes e ilhas com comida do Mangiare.


Todo mundo pode ir para comprar os produtos no dia do evento com preços especiais e um motivo mais especial ainda: a APAE
receberá todos os lucros
do evento. 

O nome do evento é Degustações
da Vila
.


Não pode ter coisa melhor do que provar bons vinhos, boa comida e, o mais importante, ajudar a APAE, que dispensa apresentações.

Cavatappi Enoteca, Rua Carlos Weber, 1476, Vila Leopoldina.

Ingresso a 180 reais antecipado ou 220 reais após 10 de agosto.

Lembrando: o lucro será revertido para a APAE de São José do Rio Preto.

http://www.enotecacavatappi.com.br/


sexta-feira, 27 de julho de 2012

Um novo clube de vinhos com a consultoria do Déco Rossi
















Nesse clube quem escolhe os vinhos e quem decide tudo é o Déco Rossi.


O cara veio do mercado publicitário, mergulhou no vinho, dá aulas, palestras e agora lançou esse clube que com certeza vai ter vinhos de qualidade para os associados.


Dá uma olhada no site: http://www.winetclub.com.br/


Além de mandar aquelas remessas mensais, o Déco promete experiências diferentes, para ajudar a enriquecer o conhecimento do enófilo.


O clube oferece 6 cotas diferentes, de acordo com o bolso e o conhecimento do enófilo.


As cotas vão de 90 a 400 reais e de 2 a 4 garrafas por mês.


O Déco é o editor e idealizador do blog EnoDeco, blog oficial de vinhos do portal R7: www.R7.com/enodeco




































Vinhos da Áustria no Encontro de Vinhos Ribeirão Preto





Nas duas últimas edições do Encontro de Vinhos, São Paulo e Campinas, os vinhos austríacos fizeram sucesso entre os profissionais e consumidores.

Eu por exemplo me apaixonei por um Pinot Noir.

Quem for ao Encontro de Vinhos Ribeirão Preto, vai poder conferir a excelência destes vinhos tão pouco divulgados no Brasil.

Dia 1 de Setembro, das 14 às 22 horas, no Hotel JP - Via Anhanguera km 306,5.

www.encontrodevinhos.com.br

www.vinhosdaaustria.com.br

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Grand Tasting da Grand Cru vai levar grandes produtores para 5 cidades







O Grand Cru Tasting começa em Porto Alegre, dia 06 de Agosto de 2012 (Segunda-Feira)

das 19h às 22h, no Blue Tree
Premium - Av. Cel. Lucas de Oliveira, 995
- Bairro Bela Vista.


Dia 8, é a vez de São Paulo, também das 7 às 10 da noite na Casa da Fazenda
do Morumbi - Av. Morumbi, 5594
- Morumbi.


O Rio de Janeiro recebe o Grand Tasting no dia 10 de Agosto, no Real Astória, no mesmo horário.


Dia 11 uma novidade.


Macaé entrou no circuito da Grand Cru.


Vai ser no Comfort Suítes
Macaé - Avenida Atlântica, 3036
- Cavaleiros 


Pra terminar uma pitada de Nordeste.


Salvador, dia 11 de Agosto, das 15 às 22 horas na Av. Lafayete
Coutinho, 1010 ljs 41 e 42
- Bahia Marina - Comércio


Os consumidores podem participar e o preço é diferente em cada cidade.


Veja no site da Grand Cru: http://www.grandcru.com.br/eventos-grand-cru.php?utm_source=Virtual+Target&utm_medium=email&utm_content=&utm_campaign=Grand+Tasting+Proff+SP+20-07-12&utm_term=

Os Proseccos Nino Franco não são aqueles servidos na maioria dos casamentos e coquetéis. Em conversa comigo, Silvia elogiou o espumante Cave Geisse

A imagem dos Proseccos ficou marcada por espumantes de baixa qualidade que custam cerca de 20 reais e não são DOCG (Denominazione di origine controllata e garantita).

Num jantar com a simpática (e bela) Silvia Franco, provei 3 proseccos da Nino Franco: Rustico Valdobbiadene Prosecco Superiori D.O.C.G. Brut (84 reais), Nino Franco Faìve Spumante Rosé Brut (89 reais) e o meu preferido, Riva di San Floriano Valdobbiadene Prosecco Superiore D.O.C.G. Brut (115 reais).

Todos importados pela Inovini www.inovini.com.br

Veja a entrevista com a Silvia: 



quarta-feira, 25 de julho de 2012

MS Import no Encontro de Vinhos Ribeirão Preto





Na terceira ediçao do Encontro de Vinhos Ribeirão Preto, a feira ja começa a ser esperada pelos enófilos que já participaram das outras edições.

A MS Importa também já participou das outras edições, mas quem pensa que vai provar os mesmos vinhos do ano passado está bem enganado.

A importadora não para de trazer novidades e apresentar novos vinhos de novas regiões para o consumidor brasileiro.

Dia 1 de Setembro, das 14 às 22 horas, no Hotel JP - Via Anhangera km 306,5

www.hoteljp.com.br

www.msimport.com

www.encontrodevinhos.com.br


terça-feira, 24 de julho de 2012

segunda-feira, 23 de julho de 2012

O Grande Barca Velha já está disponível na importadora Zahil



Quem quiser uma garrafa do mítico Barca Velha 2004 é bom correr.

É o vinho mais importante de Portugal e fez o Douro ser reconhecido além dos vinhos do Porto.

Na última safra que chegou eu lembro que as garrafas duraram muito pouco nas prateleiras da Zahil.

Tá certo que na última vez elas custavam 600 reais e agora o preço de cada garrafa é de 1280 reais.

O vinho criado em 1952 só é engarrafado em grandes safras, nos outros anos é engarrafado com o nome Reserva Ferreirinha.

Até hoje, incluindo o 2004, só 17 safras foram engarrafadas como Barca Velha.

É um vinho especial, para longa guarda, mas que já é bom para tomar agora.

Um vinho que faz parte das adegas de todos os colecionadores que se prezam.

www.zahil.com.br

Max Brands mostrou seus Ripassos, Amarones e um vinho feito com a uva considerada "Patinho Feio" do Chile

















O vinho Chilcas Single Vineyard País 2010 foi uma surpresa apresentada pela Max Brands no jantar regado a grandes vinhos do Veneto, no North Vila Nova.

A variedade País, é cultivada no Chile há mais de 400 anos, mas é frequentemente arrancada e trocada por variedades mais conhecidas e valorizadas.

Esse é um vinho muito interessante, que mostra que não se deve arrancar vinhas velhas antes de saber exatamente o potêncial das uvas.

Alguns dizem que essa variedade é parente da Palomino espanhola.

Passou 1 ano em barricas francesas, 25% barricas novas.

O vinho tem cor  rubi, clara, brilhante e transparente.

No nariz fruta vermelha, especiarias e café.

Na boca é macio, tem corpo médio e bom equilíbrio.



























Ripasso Bosan Valpolicella Superiore DOC 2008, mostra bem porque os Ripassos são considerados filhos dos Amarones. Pela qualidade e também por serem fermentados pela segunda vez com o bagaço das uvas usadas na produção do amarone.

Esse é um Ripasso de altíssimo nível.

Variedades: Corvina Veronese (80%) e Rondinella (20%)

O produtor Cesari é reconhecido como um dos melhores do Veneto.

No nariz o viho mostra geleia de frutas negras, passas e chocolate.

Na boca o vinho é extremamente macio, elegante, encorpado e longo.

Custa 190 reais.











































O "Mara" Valpolicella Superiore Ripasso DOC 2009 é do mesmo produtor e segue a mesma linha de qualidade e estilo.

Uma opção um pouco mais barata e com um pouco mais de frescor.

Este vinho, além de passar por barricas grandes de madeira da Eslavônia, 20% do vinho passou também por barricas francesas.

Variedades: Corvina Veronese (cerca de 70%), Rondinella (cerca de 20%) e Moinara (de 5 a 10%).

No nariz sente-se um pouco de frutas frescas, principalmente amora, junto com os aromas de figo seco, café e geleia de amora.

Na boca é encorpado, elegante, notas de cereja e café no retrogosto.

Final longo.

Custa 140 reais.












O Il Bosco Amarone Clássico della Valpolicella DOC 2006 já tem estilo de pai de Ripassos.

Variedades: Corvina 80% e Rondinella 20%.

De cara já se sente mais elegância.

Passou 2 anos em barricas grandes, da Eslavônia.

No nariz cereja negra, baunilha, cacau e amêndoa.

Na boca é encorpado, macio, bem equilibrado e elegante.

Final longo.

Custa 300 reais.







O Amarone della Valpolicella Classico DOC 2007 é grandioso.

Variedades: Corvina Veronese, Rondinella e Molinara.

No nariz baunilha, ameixa preta seca, torrefação, passas e chocolate.

Na boca é mais que equilibrado, é pura harmônia.

Encorpado, longo, macio.

Custa 210 reais.



O Jèma Corvina Veronese IGT 2007 veio para fechar a noite.

Boa escolha depois dos Amarones, se levarmos em conta os taninos e o gosto mais seco.

Foi muito bem com a carne do North Vila Nova.

No nariz geleia de cereja, café e chocolate.

Na boca é potente, encorpado, com notas de torrefação e chocolate amargo no retrogosto.

Final longo.

Custa 190 reais.





Todos importados pela Max Brands - www.mxbrands.com.br

sábado, 21 de julho de 2012

Luiz Henrique Zanini, da Vallontano falou sobre o potêncial dos vinhos brasileiros e sobre as salvaguardas.

Um pequeno produtor brasileiro, que produz vinhos de qualidade, falou sobre a capacidade de produção de vinhos no Brasil, a qualidade dos espumantes e sobre a polêmica do pedido de salvaguardas.

Veja a entrevista:

sexta-feira, 20 de julho de 2012

A super simpática Victorine Babé, falou comigo em Português, sobre alguns segredos do Mas de Daumas Gassac


Um dos maiores nomes do Languedoc-Roussillon, continua criando, pesquisando e experimentando.

Monsieur Guibert não cansa de inovar!

Veja a entrevista:



quarta-feira, 18 de julho de 2012

O Vinho Passo a Passo - Parte 12 - Engarrafamento





Essa é a última parte do vinho passo a passo. Ele já foi fermentado, clarificado, já passou por estágio em barrica e agora só falta engarrafar.

O engarrafamento não requer explicação, pois normalmente as máquinas, lavam as garafas com água esterilizada por microfiltração ou com ozônio e depois enchem as garrafas com o vinho.

Por curiosidade vou postar esse vídeo que fiz no Chile, desta máquina fantástica pós engarrafmento, que rotula as garrafas e coloca os vinhos prontinhos na caixa.

Veja o vídeo:




terça-feira, 17 de julho de 2012

O Vinho Passo a Passo - Parte 11 - Estágio em Madeira





Mais madeira, menos madeira...

Esse é um dilema que todos os produtores vivem.

Muita gente gosta de vinhos com um toque de madeira, outros preferem o vinho mais frutado, alguns produtores exageram no uso e deixam o vinho muito marcado pela barrica.


Muitos vinhos são inclusive fermentados em barricas e não existe uma fórmula exata sobre o que é melhor para o vinho, já que neste caso, o gosto de cada consumidor é o que conta.

Barricas novas e menores, em tese, marcam mais o vinho, mas quando o vinho é bom, as uvas em excelente estado, o equilíbrio entre madeira e fruta é muito bem atingido.

Existem barricas de diversos tipos, tamanhos, marcas, diferentes tipos de tosta (as barricas são tostadas por dentro), tudo para aumentar as possibilidades de trabalho dos enólogos.

As barricas foram inventadas pelos celtas, chamadas tonéis, foram a origem da palavra tonelada.


A madeira de carvalho é preferida para a produção de barricas, pelas suas propriedades mecânicas (dureza,
flexibilidade), físicas (porosidade) e pela sua composição química. Os
carvalhos tradicionalmente usados são os
franceses das espécies Quercus robur (sobretudo da floresta de Limousin), Quercus petrea (mais abundante na floresta de Allier) e os americanos, principalmente da espécie Quercus alba (cuja distribuição geográfica inclue os Estados da Virgínia, Missouri e Kentucky).




Também são usadas barricas da Alemanha Setentorial, leste da Europa 
e Canadá.

No estágio do vinho em barrica, deve-se cuidar da temperatura.


No início de um estágio, é interessante uma descida de
temperatura no vinho para 8 – 10 ºC durante o início do Inverno é
favorável à sua clarificação (precipitação rápida de sais, do ácido
tartárico e das matérias corantes).


Mais tarde a temperatura não deve
ultrapassar os 20 ºC.

Com temperaturas superiores, as antocianinas, e
consequentemente a cor e os taninos evoluem muito rápido, “secando” o
vinho, com riscos microbiológicos acrescidos. Uma temperatura nesta
fase na ordem dos 18 – 19 ºC permite um bom desenvolvimento das reacções
químicas. Com uma temperatura mais elevada, podem ocorrer desvios de
certos fenômenos químicos, produzindo-se aroma a “cozido” ou “oxidado”.


No caso de estágios muito prolongados
(2 anos ou mais) deve-se evitar variação térmica.


É arriscado expor um vinho, com um pH superior a 3.8, a temperaturas superiores a 15 ou 16 ºC.

Outro ponto importante é a umidade.

A umidade da cave deve, por um lado,
impedir uma evaporação demasiado importante, favorecida por uma
atmosfera seca, e por outro lado, uma perda de álcool por volatilização.


A umidade relativa deve variar entre
os 75% e 90%. No Verão, os dispositivos de climatização apresentam
algumas dificuldades para produzir um ar fresco e suficientemente
húmido.

Nos estágios longos de dois anos, deve fazer-se em duas caves de características diferentes:


Na primeira cave, com uma umidade de
80-85% e temperatura inferior a 18 ºC serão
satisfatórias, durante o primeiro ano de estágio.


Depois as barricas poderão ser
transferidas para uma segunda cave, no início do Verão, com 90% de
humidade e temperatura constante na ordem dos 12 e 16 ºC.


A renovação do ar também é importante.

A ventilação pode ser automática quando a temperatura e a higrometria são
favoráveis. A ventilação será mais importante ainda nos revestimentos de cimento.


Contudo um arejamento não significa uma corrente de ar excessiva na cave que prejudicaria a conservação das barricas.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

O Vinho Passo a Passo - Parte 10 - Estabilização








Quem nunca ouviu falar em estabilização a frio?

Pois é, a refrigeração do vinho a temperaturas inferiores a 0° antes da filtração, estabiliza e ajuda na limpidez.


Isso
ocorre quando há a precipitação de cristais (sais tartáricos de potássio
e de cálcio) e a precipitação de coloidais como as matérias corantes no
vinho tinto.




O vinho possui em sua composição o ácido tartárico, que possui sais instáveis, especialmente o bitartarato de
potássio, que cristaliza a baixa temperatura, ou seja, quando os vinhos
são submetidos ao frio na geladeira, formam estes cristais que
precipitam e dão a impressão de vinho alterado.

Para evitar este problema de precipitação, que é mais de aspecto que
de alteração
, os vinhos são “estabilizados” através do uso do frio,
antes de serem liberados no mercado.

Basta refrigerar rapidamente o vinho até uma
temperatura próxima do congelamento.

A temperatura de congelamento de
uma solução hidroalcoólica está situada abaixo de zero e num valor
correspondente a metade da graduação alcoólica.

Por exemplo, um vinho de
11% de álcool irá congelar a uma temperatura próxima aos -5,5°.

Quanto mais rápida é a refrigeração, mais eficiente é a precipitação,
por isso são utilizados equipamentos especiais chamados
"ultrarefrigerantes". Estes equipamentos, que trabalham através de
expansão directa de amónia, provocam um choque térmico, dos 20°-22°
naturais até -5°.

Para evitar o congelamento do vinho no interior do equipamento, existe um motor com lâminas que raspam a superfície onde há contacto
entre amónia e vinho.

Para assegurar a total precipitação dos bitartaratos o vinho permanece
em tanques isolados ou câmaras frias durante uma semana, período
durante o qual completam a cristalização total. Imediatamente após esta
fase, o vinho é filtrado eliminando os cristais.

A operação chamada de estabilização pelo frio, permite também,
especialmente para os vinhos jovens, eliminar por precipitação, parte
das substâncias corantes instáveis.

As baixas temperaturas durante o Inverno provocam nos vinhos
depositados nelas algum tipo de precipitação tartárica. Os vinhos tintos
que amadurecem e envelhecem durante alguns anos, ganham com o tempo uma
estabilidade quase completa. Por esta razão, e por que na grande
maioria dos países o vinho tinto se consome na temperatura ambiente,
estes não sofrem a estabilização pelo frio.  



Aquecer o vinho:


O aquecimento não serve apenas para esterilizar, ao contrário do pensamento da maioria das pessoas, tem outros efeitos no vinho.


Como os vinhos novos constituem
soluções muito saturadas de bitartarato de potássio e de tartarato de
cálcio, a lenta cristalização destes sais é possível se o vinho possuir
germes de cristalização. O aquecimento, ao destruir esses germes permite
manter o estado de supra-maturação no vinho, e assim bloquear a
cristalização. 


Outro fator benéfico do aquecimento,
são os fenômenos sobre a redução e oxidação.

Ao aquecer em presença de
anidrido sulfuroso livre, o excesso de cobre nos vinhos brancos é
reduzido e passa para forma coloidal, que é separável por colagem.


Um aquecimento a vinhos arejados durante semanas a temperatura não
muito elevada, provoca um efeito de envelhecimento. O vinho aproxima-se
assim de alguns vinhos de licor, que algumas características são obtidas
por processos de oxidação. Ou seja aquecer o vinho a 30° durante um a
três meses, permite obter a cor e o gosto de um vinho velho.


A estabilização enzimática do vinho, é
hoje em dia muito importante, normalmente é obtida pela adição de
sulfuroso, mas também pode ser atingida pelo aquecimento. Depois da
fermentação, há enzimas provenientes das uvas e das leveduras, a maioria
não tem importância para a enologia, ao contrário das oxidases. Assim
utiliza-se a pasteurização, que pode ser a 75° durante alguns minutos ou
90° durante apenas alguns segundos.

domingo, 15 de julho de 2012

O Vinhos Passo a Passo - Parte 9 - Filtração







Nessa etapa as particulas em suspensão são eliminadas.

É a etapa mais simples de entender, o vinho é simplesmente filtrado para chegar ao consumidor límpido.

Muitos produtores preferem eliminar essa fase e engarrafar os vinhos sem filtração.

Vários tipos de filtros e técnicas podem ser utilizadas, como filtro à terra, com terra de rocha vulcânica e usada normalmente para a primeira filtração; filtro à placa, com placas filtrantes e filtro à membrana (de celulose com diversas porosidades) usado antes do engarrafamento. Elimina leveduras e bactérias.

Na foto, um filtro tangencial de última geração.

sábado, 14 de julho de 2012

O Vinho Passo a Passo - Parte 8 - Colagem








A clarificação por colagem significa adicionar ao vinho um produto clarificante.


Os termos são para quem gosta de química.


Antigamente usavam produtos naturais como leite, sangue e clara de ovo (ainda muito usada). 


Hoje os produtos mais usados são
gelatina, albumina, caseína e bentonita (argila), entre outros.


O produto clarificante tem uma carga
oposta ao elemento que sera clarificado, geralmente uma carga eléctrica positiva
no vinho, sendo a bentonita (a foto acima, mostra a preparação da Betonita para a clartificação), com carga negativa. 


Como os
corpos de sinais contrários se atraem, e como as partículas responsáveis
pelos taninos são carregadas negativamente, há uma
atração entre as partículas e o produto.


Quando adicionado, o produto coagula e forma flocos, o que leva ao aumento de peso e à  sedimentação. 


Os flocos, com a sua sedimentação atraem e arrastam as
partículas de turvação e assim clarificam o vinho.


Se o vinho tiver baixo
teor em taninos, pode ocorrer uma sobre colagem. 


Ou seja, com o teor baixo em certas partículas, não há a formação de
flocos assim o vinho vai para a garrafa com o produto adicionado. 


Se o
vinho estiver sujeito a baixas temperaturas, pode flocular na própria
garrafa. 


Se o vinho estagiar em barricas, os taninos da madeira também podem favorecer a formação de flocos.


Uma solução para este problema é utilizar a bentonite, retirando assim as proteínas adicionadas para a colagem.


Os fatores que podem
influenciar a colagem são: presença de íons com carga positiva de sódio e ferro; a
temperatura (a proteína (cola) é menos eficiente a altas temperaturas),
Acidez do vinho (quanto mais fraca for a acidez, melhor é a
clarificação), Colóides protetores (veja o que é colóide no link: http://pt.wikipedia.org/wiki/Coloide ), pois dificultam e podem impedir a
floculação; Cubas muito altas que dificultam a sedimentação das
partículas.

A colagem também permite fixar as
matérias corantes coloidais e arrastar taninos mais ou menos
polimerizados dotados de adstringência. Com a colagem conseguimos um
efeito de clarificação, pelo arraste das impurezas, e um efeito
estabilizador, pela precipitação de factores predisponentes às casses
férrica (
A casse férrica consiste na turvação de vinho devido ao elevado teor de ferro no vinho.) e cúprica (turvação ocasionada pelo excesso de cobre) e as matérias corantes instáveis.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

O Vinho Passo a Passo - Parte 7 - Fermentação Malolática









A fermentação malolática acontece na maioria das vezes depois da fermentação alcoólica.

É quando os vinhos são passados já "limpos" para as cubas de armazenamento
onde ocorre esse tipo de fermentação.


É a hora em que o ácido málico se transforma em ácido láctico.

Para isso acontecer, são adicionadas bactérias lácticas (1) ao vinho.

O objetivo é limitar a acidez fixa que corresponde à metade da acidez do ácido málico.

Nesse caso, uma parte da acidez do vinho se
transforma em ácido carbónico volátil, que se desprende e
desaparece.


Pode ocorrer durante a fermentação alcoólica ou depois.

Caso não seja controlada, pode inclusive acontecer depois do engarrafamento, provocando a formação de gás e tornando o vinho
desagradável. 


A malolática tem a função de amaciar os vinhos, mas por outro lado provoca uma diminuição dos aromas primários provenientes das
uvas.

Outra consequência da fermentação maloláctica é o aumento da acidez
volátil por causa do ataque dos resíduos de
açucar e ácido cítrico pelas bactérias lácticas.


Por isso, não é indicado o uso de  ácido cítrico em vinificação. 







(1)bactérias lácticas




São produtos biológicos
fundamentais para melhorar as características varietais e sensoriais do
vinho. O uso das bactérias lácticas específicas é essencial para
conduzir a fermentação maloláctica sem possíveis problemas que poderiam
ser prejudiciais ao vinho.


Para que servem?

Transformam o ácido málico em láctico + CO2 e os açúcares em ácido láctico e compostos indesejáveis como acidez volátil.

Alguns enólogos acreditam que a malolática se limita à degradação do ácido málico e portanto, na percepção
ácida do vinho final.


O vinho no final da fermentação
alcoólica, precisa de bactérias e de semanas, ou até meses
para alcançar uma população bacteriana indígena suficiente.

A reduzida
população de bactérias viáveis no vinho durante este período e a
eventual necessidade de aquecer o mesmo, pode representar um custo
importante para a empresa.

A população de bactérias no vinho não é somente de num
microorganismo: na fermentação maloláctica espontânea intervêm a
acção de estirpes de Oenococcus oeni e de outras espécies diferentes.
Quanto maior é a população e a variedade de microorganismos, maior é o
risco de alteração e de produção de metabolitos indesejáveis.

Por isso o mais seguro é o uso de culturas bacterianas selecionadas que garantem a qualidade
da malolática.

 

Amanhã tem a primeira edição do Granja Viana Wine Fest. Eu vou!





Na Vino & Sapore me sinto em casa e tenho certeza que quem ainda não conhece vai ter a mesma sensação.

O João Filipe Clemente escolhe os vinhos para a loja um a um.

O cara tem a capacidade de escolher vinhos para todos os tipos de consumidor e sem fugir do controle de qualidade que só ele tem.

Amanhã ele faz esse evento com mais de 50 vinhos na charmosa Granja Viana.

Serão 100m²
cobertos em área adjacente à loja na charmosa Estação do Sino.

Vai ter os frutos do mar defumados que eu adoro, Strudels salgados e doces, mesa
de antepastos, queijos diversos, chás especiais, etc. Um festival de
Vinhos e Sabores acompanhado de um trio de jazz para alegrar ainda mais o
ambiente.

Amanhã, Sábado, da 14 às 21 hs.

Custa 60 reais com 20 reais revertido para compra de produtos.


quinta-feira, 12 de julho de 2012

Um Pulo no Chile - Episódio 4 - As Viejas Tinajas da De Martino



Esse vinho é uma preciosidade.

Um vinho que faz a fermentação malolática em ânforas de barro que são verdadeiras peças de museu.

Provei na De Martino e lá eles não tinham mais no estoque. No site da importadora Decanter, também não encontrei, mas no catálogo consta ao preço de 87 reais.

O jeito é esperar a nova safra.

O vinho vendido no Chile, não tem nenhuma adição de sulfito, podendo ser classificado como vinho natural.

Para exportação, uma quantidade mínima é adicionada.

Veja o Vídeo:



O Vinho Passo a Passo - Parte 6 - A Prensagem

Neste capitulo a fermentação alcoólica (no caso dos tintos) ja aconteceu e o vinho que ainda está com as cascas deve ser prensado e o bagaço separado.

Na prensagem, se consegue o suco mais concentrado que está ainda dentro das uvas, perto da pele.

Utiliza-se uma prensa para isso.











As prensas, que podem ser pneumáticas, de pistão, horizontais, verticais, mecânicas, manuais, enfim, o objetivo é prensar as uvas de forma mais suave possível, utilizando o mínimo de força para ter uma extração mais eficiente.


Nos vinhos brancos essa operação normalmente é feita antes da fermentação.





Depois, o bagaço da uva é usado em compostos para os vinhedos.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

O Vinho Passo a Passo - Parte 5 - Fermentação Alcoólica







 





Nesta etapa o suco finalmente vira vinho.

Durante a fermentaçao, o mosto fica turvo, aquece e começa a borbulhar.

O grande pesquisador Louis Pasteur descobriu que a fermentação acontecia pela ação de leveduras, que privadas de ar acompanhadas de fungos microscópicos unicelulares transformam o açúcar em álcool e gás
carbónico.

Isso tudo acontece normalmente com as leveduras das próprias uvas, mas nos dias de hoje os enólogos dão uma grande força para que isso acontece de forma controlada.

Controlam temperatura, adicionam leveduras selecionadas, enfim, tudo que a tecnologia é capaz de fazer.




A fermentação pode acontecer em cubas de cimento com ou sem revestimento de epóxi, aço inox ou lagares abertos.

As cubas de cimento podem ser corroídas pelo anídrido sulfuroso adicionado ao vinho como conservante e quando adicionado em excesso é muitas vezes para corrigir falta de higiene na vinícola.


A corrosão das paredes de cimento, contaminam o vinho com sulfato de cálcio.


A solução foi o revestimento em apóxi. 

No caso do Aço Inox, o mais utilizado pelas grandes vinícolas, o ponto forte é a resistência aos produtos químicos como agentes oxidantes e outros produtos muitas vezes adicionados.



É produzido com uma liga com baixo teor de carbono, combinando ferro, crômio, niquel e molibdênio.


Os tanques de aço inox apresentam alta condutividade térmica, podem ser usados na estabilização a frio e para manter os vinhos armazenados em atmosfera inerte.osfera inerte.







terça-feira, 10 de julho de 2012

O Vinho Passo a Passo - Parte 4 - Esmagamento





O esmagamento, como o próprio nome diz, é esmagar a uva, romper a casca para liberar a polpa e o suco.


O que varia nesse caso é a intensidade do esmagamento.


Se for mecânico, os rolos podem ser regulados para um esmagamento mais leve ou mais forte, nesse caso, diminuindo o espaço entre os rolos.


Parece detalhe demais, mas a influencia do tipo de esmagamento na vinificação é importante.


Pode influenciar na fermentação, maceração e consequentemente na qualidade do vinho.


O processo, coloca pela primeira vez em contato o suco da uva com as leveduras naturais que estão na casca da fruta.






Em muitos casos, principalmente em Portugal, o esmagamento das uvas é feito com pisa a pé, considerada pelos defensores da técnica, indispensável para a produção de vinhos de qualidade.

Levando isso em consideração, a industria criou máquinas que imitam a pisa a pé, com lagares mecanizados.

Em outro processo, ainda mais antigo, a uva é
esmagada à mão e cai, por gravidade, nas cubas de fermentação.

Outro processo bastante utilizado é o de deixar que as uvas se esmaguem pelo peso delas mesmas umas sobre as outras. Nesse caso, as uvas mal esmagadas começam a fermentar ainda intactas.


Em nenhum dos casos deve-se esmagar caroços ou pedaços do pedúnculo para impedir
que o mosto se torne adstringente e adquira aromas herbáceos
provenientees de substâncias presentes nestas partes sólidas das uvas.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

O Vinho Passo a Passo - parte 3 - Fermentação com o Engaço







O engaço facilita a condução da
fermentação, pois absorve calorias e pode evitar temperaturas excessivas
uma vez que permite a entrada de ar. Não há problemas de fermentação quando as uvas vão para o tanque ou lagar com o engaço.


Geralmente, as fermentações com o
engaço são mais rápidas e mais completas.


Outra vantagem é na prensagem (próximo assunto) ficar mais fácil com o engaço.


O engaço também torna os vinhos menos ácidos, por isso não é indicado em locais que já sofrem com falta de acidez. Como eu disse, tudo pode ser corrigido. Ácido tartárico existe também pra isso.



domingo, 8 de julho de 2012

O Vinho Passo a Passo - Parte 2 - Desengace

Desengace é simplesmente separar as uvas do cacho.

O cacho é chamado de engaço por isso o nome meio esquisito.

Antes de esmagar as uvas é costume tirá-las do cacho.

Caso o engaço vá para o rolo do esmagador, o gosto desagradável vai aparecer nos vinhos.

Antigamente e em algumas adegas mais tradicionais, o desengaço era (ou ainda é) feito a mão e as uvas íam direto para o lagar onde eram pisadas.





Hoje a maioria das vinícolas usam o desengaçador, que se de boa qualidade, retira todo o engaço deixando as uvas com as películas inteiras.



Apresentei 10 vinhos elaborados com a Pinot Noir no Brasília Wine House

Cerca de 30 pessoas assitiram a apresentação e provaram os 10 vinhos de Pinot Noir de diversas regiões do mundo.



Todos os vinhos agradaram foram elogiados pelos participantes.

Provamos o Bourgogne Hautes-Côtes-de-Nuits 2008, do Domaine Mongeard-Mugneret; o Cloudline 2008, do Oregon, produzido pela Família Drouhin; o Chacra Barda Pinot Noir 2009, da Patagônia; o Marichal Reserve Collection 2009, do Uruguai; o Shannon Vineyards Rockview Ridge, da África do Sul; o Saint Clais Pioneer Block 4 Sawcut 2008, da Nova Zelândia; o Austríaco Rusterberg 2007; o Jean Bousquet Reserva 2010, de Mendoza; o TH Pinot Noir 2010, do Vale de Layda e o Ventisquero Queulat 2009, do Vale de Casablanca.

Agradeço o apoio das importadoras: Grand Cru www.grandcru.com.br , Qual Vinho www.qualvinho.com.br ,  Ravin www.ravin.com.br , Mistral www.mistral.com.br , Vinhos da Áustria www.vinhosdaaustria.com.br , Cantu www.cantuimportadora.com.br e Abflug www.abflug.com.br



Vejam as fotos com participantes da degustação, amigos e organizadores:



































































O Brasília Wine House termina hoje, se voce mora na região ainda da tempo.

http://brasiliawinehouse.com/

Obrigado, Brasília!!!

sábado, 7 de julho de 2012

O Vinho Passo a Passo - Recepção das Uvas - Parte 1





Logo depois da colheita, as uvas devem ser colocadas em caixas pequenas para não serem amassadas (nem sempre se faz isso) e para que sejam mantidas em um estado sanitário adequado.


As uvas devem ser transportadas o mais rápido possível para a vinícola para que cheguem intactas.


Quando chegam, normalmente são pesadas e levadas para mesas de triagem.


Em muitos casos, quando isso não é feito imediatamente antes da colheita, algumas amostras são analizadas para saber teor de açúcar, pH, etc...

Nas mesas de triagem, são selecionadas de acordo com as orientações do enólogo.






Depois da seleção, as uvas são jogadas num grande recipiente de aço em forma de pirâmide invertida, onde (normalmente) são adicionados neve carbônica e sulfuroso para proteger as uvas de uma oxidação muito rápida.


Neste recipiente, com paredes inclinadas e com 1 ou dois aspirais (tipo de sacarolha) na base, as uvas são empurradas para os tubos que levam as uvas para os desengaçadores/esmagadores.


Deles eu falo na próxima publicação.