segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Provei pela segunda vez o Vik. Dessa vez numa vertical ao lado de Patrick Valette

Um dos grandes vinhos que provei em 2012 foi sem nenhuma dúvida o VIK.

Provei na própria vinícola, na viagem que fiz ao Chile.

O vinho de 2009 me impressionou tanto, que fiz esse vídeo com quase 20 minutos mostrando os lotes, o projeto da nova vinícola e terminando com uma degustação do vinho e dos varietais de cada parcela que eu havia visitado.









Agora em São Paulo e ao lado do grande Patrick Valette, provei mais uma vez o 2009 numa vertical com o 2010 e um ensaio sobre o 2011.

Um ensaio porque Patrick disse que vai mudar o corte, pouco, mas vai mudar.

Isso significa que provei um vinho único, que jamais chegará ao mercado, mas que é grande, especial.

Eu ficaria contente com o corte que provei, mas esses caras que sabem os segredos de fazer um corte perfeito, sempre sabem o que pode melhorar em busca da perfeição.









O 2009 continua o mesmo vinho provado em Junho. Nenhuma ou quase nenhuma evolução nesse período.

Isso mostra que ele vai evoluir como os grandes vinhos. Devagar e por muitos anos.

Corte de Carmenère (60%), Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc, Merlot, Syrah, Petit Verdot.

Passou 18 meses em barrica.

No nariz o vinho é bastante complexo, evoluía na taça mostrando diferentes aromas que iam das frutas vermelhas, passando por notas florais, tabaco e terminando com café e chocolate.

Na boca é extremamente elegante, macio, equilibrado.

Um grande vinho, com um final impressionante.



O 2010 me deu a certeza de que os vinhos VIK devem ficar melhores a cada ano.

Os vinhedos são novos e várias parcelas ainda não foram usadas no corte por não terem atingido a qualidade esperada pelos enólogos e pelo dono da vinícola que investiu uma verdadeira fortuna no projeto.

Claro que perguntei sobre valores, mas Patrick Valette preferiu não falar.

Perguntei a outros produtores chilenos, de outros projetos e eles me garantiram que por menos de 100 milhões de dólares não seria possível criar um projeto dessa grandeza.

Voltamos então ao VIK 2010, um corte de Cabernet Sauvignon 56%, Carmenere 32%, Cabernet Franc 4%, Syrah 4%, e Merlot 3%.

Dessa vez foram 23 meses em barrica francesa.

Vinho muito jovem, mas já com os aromas de cassis, mentolado, ervas (aromáticas bem suave), pimenta e um toque mineral.

Na boca é um vinho surpreendentemente macio, taninos finos e firmes, boa acidez e equilíbrio. Um vinho para impressionar daqui a 10 anos.



O 2011 como disse antes, é um ensaio, um corte que vai ser mudado.

Mostra claramente as milhares de opções que tem um enólogo na hora de misturar as variedades.

O vinho é elegante, complexo e claro, jovem demais.

Veio para mostrar que Patrick Valette sabe o que faz e sabe fazer grandes vinhos.

Vinhos que às cegas seriam sem nenhuma dúvida confundidos com grandes vinhos de Bordeaux.



Depois da prova fiz uma entrevista especial com Patrick Valette, que vou exibir em 5 partes, começando hoje às 11 horas.




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