quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Ferrari é Ferrari!!! Provei os espumantes que são símbolo de status e qualidade...















Ferrari é Ferrari.

Pode ser o carro ou pode ser este espumante único, elaborado no Trentino e que é uma unanimidade quando o assunto é alta qualidade.

Tem qualidade de grandes champagnes, tem preço de grandes champagnes.

A história começou quando Giulio Ferrari estudou na Champagne e voltou com a certeza de que o clima e o solo do Trentino tinham semelhanças que garantiriam a produção de um grande espumante na Itália.

Foi pioneiro em levar mudas de Chardonnay para a Itália, fundou a Ferrari em 1902.

Aí já se pode responder o que muita gente deve estar pensando: tem alguma ligação com a Ferrari automobilística?

Só na excelência, na produção de objetos de desejo.

A Ferrari automobilística nasceu em 1947 e, embora as duas marcas façam muitas ações de marketing em conjunto, elas nunca foram da mesma família.

Giulio Ferrari não tinha herdeiros que seguissem o seu caminho e recorreu a família Lunelli, pois acreditava que eram os únicos que poderiam dar sequencia ao trabalho, visando um mercado de alta gama.

Se eles não aceitassem comprar a propriedade, tudo terminaria.

Eles aceitaram e estão no comando da Ferrari desde 1956.

Líder absoluta na Itália e respeitada como grandes champagnes, por conhecedores do mundo todo.

Ontem tive o prazer de provar a linha completa deste espumante inesquecível.

O local foi o também surpreendente restaurante Huto, um japonês criativo e serviço excelente.

O espumante de entrada, que a Decanter importa para o Brasil, foi o Maximum Brut, que veio para harmonizar com este prato de Ostra a Milanesa.







Um espumante de entrada que poderia ser top em muitas vinícolas.

Passou 3 anos em contato com as leveduras.

100% Chardonnay.





A perlage de todos os vinhos provados era bem fina, abundante e barulhenta.

No nariz notas de frutas secas, pão torrado, notas minerais e frutas cítricas.

Na boca tem excelente cremosidade, bem seco e final longo, com notas de avelã.

Preço: 176 Reais

Nota: 89/100





Os pratos, bonitos e surpreendentes, seguiam e eu parei de me importar com os nomes e me concentrei no sabor. Mas sei que comi um ovo cozido à milanesa e ovas de salmão.







O Maximun Brut Rosé também passou 3 anos sobre as leveduras, não é rosé de assemblage, como se faz na Champagne, é um Pinot Noir vinificado como rosé.

60% Pinot Noir e 40% Chardonnay.

No nariz notas de frutas vermelhas, como framboesa e groselha.

Na boca notas minerais e de pão torrado, boa cremosidade, acidez e persistência.

Preço: 194 Reais

Nota: 89/100





Serviram o impressionante Ferrari Perlé Brut 2005.

Perlage fina e explosiva.

6 anos sobre as leveduras e 100% Chardonnay.

No nariz uma complexidade que só se encontra em grandes champagnes.

Amêndoa, brioche, manteiga, pão torrado, cítrico, mineral...

Na boca a cremosidade e a elegância surpreendem.

Notas de marzipan, equilíbrio perfeito, mineral, longo, finesse...

Preço: 212 Reais.

Nota: 94/100





O Perlé Nero Brut 2004 veio com esse sushi de atum, lula, vieira e polvo.







É nero porque é 100% Pinot Noir vinificado em branco. O que na França se chama Blanc de Noirs.

Também passou 6 anos sobre as leveduras.

No nariz, nozes, notas minerais, cítricas, brioche...

Complexo.

Na boca outro vinho com excelente cremosidade, muito elegante e equilibrado.

Final longo.

Preço: 345

Nota: 93/100





Outro sushi (maravilhoso), que incluía um incrível atum selado com foie gras e spaghetti com molho de ouriço, vieram para enfrentar o explendor do Giulio Ferrari 2001.







O espumante ícone da Ferrari passou, no caso deste 2001, 12 anos sur lie.







Bom, com essa informação, eu esperava um vinho de cor amarelada, com muitos toques de fermento e oxidação.

Caí do cavalo!

O espumante está vivíssimo.

Tem frescor, notas cítricas, minerais, frutas cristalizadas, amêndoa, avelã, brioche, pão torrado, manteiga.

Um show!

Na boca é muito cremoso, fino, elegante.

Só é produzido em safras excepcionais.

Final longo, quase "eterno".

Pode evoluir muito em garrafa, pelos próximos 10, 15 anos.

Preço: 571 Reais.

Nota:

O final é longo.

Nota: 95/100





O Ferrari Demi-Sec acompanhou bem a sobremesa.

Passou 30 meses sobre as leveduras.







No nariz mostrou notas florais, de pão doce, frutas secas, mel...

Na boca a mesma cremosidade e elegância.

Bom final.

Preço: 167 Reais

Nota: 88/100



Os Espumantes Ferrari são importados pela Decanter - www.decanter.com.br

O Restaurante Huto fica no bairro de Moema, em São Paulo: http://www.hutorestaurante.com.br/

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