sexta-feira, 16 de dezembro de 2011


Os vinhos naturais








Depois de postar sobre as cultura orgânica, biodinâmica e convencional, o
meu amigo Didú Russo comentou sobre a ausência dos vinhos naturais. Ele
tem razão.

Por isso os comentários são tão enriquecedores.

Procurei em sites franceses, já que nenhuma associação oficial rege as
leis ou normas para a cultura de vinhos naturais e encontrei a AVN
Association des Vins Naturels.

O lema da associação é respeitar a vida, a terra, os vinhedos, a uva.
Para isso, não utilizam moléculas saídas de elementos químicos.

O objetivo é produzir vinhos que exprimam o terroir e a safra.

"Não queremos ter vinhos padronizados, queremos ter os nossos vinhos, vivos e sem seguir a moda do momento, mas a natureza."

Palavras de Thierry Puzelat, do clos du Tue Boeuf, no Loire.

Eles defendem uma viticultura artesanal e sincera, independente da lei do mercado.

Contra a uniformização do gosto.



Eles seguem as seguintes regras:



Os produtores devem seguir obrigatoriamente as agriculturas biologica (orgânica) ou biodinâmica.


Colheitas manuais.

Somente leveduras indígenas devem ser utilizadas.

Nenhuma modificação na constituição original das uvas é tolerada, como
técnicas físicas brutais traumatizantes como (osmose inversa, filtragem
tangencial, Pasteurização flash, termovinificação, etc.…).

Nada pode ser adicionado, o enxofre segue como exceção.

Um vinho
AVN terá, no entanto, nada, ou muito pouco sulfito adicionado.

A dose total de enxofre após o engarrafamento dos tintos pode ser de
zero (ou traços naturais) até o máximo de 30 mg/l (para se ter uma
ideia, a quantidade autorizada pela  União europeia é de 160 mg/l.


Para os Brancos: Zero (ou traços naturais) à 40 mg/l.

A União Europeia autoriza para os Brancos de 210 à 400 mg/l.

Os rótulos devem ter a inscrição AVN.

No caso do produtor não adicionar nenhum sulfito, o vinho terá a indicação no rótulo: « Vin AVN zéro sulfite ajouté ».

Fonte: http://www.lesvinnaturels.org/charte-signee-par-les-vignerons/

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