A queda nas temperaturas faz com
que aumente a quantidade de calorias em nossos pratos, não é mesmo? Por isso, o
assunto de hoje é a feijoada e a possibilidade de harmonizações com vinhos.
Sempre que se fala em feijoada
lembro de uma frase do grande escritor Stanislaw
Ponte Preta: “Feijoada só é completa com maca e ambulância na porta.” Ou seja,
esse prato, típico da cultura brasileira, que tem sua origem na senzala, é
altamente calórico e pesado.
Imaginem harmonizar um prato que
tem uma grande diversidade de carnes (quase ortopédico, não? É pé, costela,
joelho,...) e temperos em sua composição... Onde eu fui me enfiar, não é mesmo? Baita
assunto polêmico esse de feijoada e vinho. Mas vamos lá afinal, nunca
deixaremos de beber vinho só porque a harmonização é difícil.
As carnes utilizadas na feijoada aceitam tintos. Mas a gordura final do
prato pede um vinho com elevada acidez. O que fazer? Vá de vinhos tintos leves,
frescos, mas sem taninos marcados. Ou com espumante. Minha experiência mais bem
sucedida nessa harmonização foi com um cava: A acidez nervosa do espumante
limpava as papilas gustativas a cada nova garfada! Além disso, as notas de limão
e laranja do espumante ajudavam a incrementar a feijoada... Recomendo!
Mas, se a sua feijoada for a branca, o clássico francês Cassoulet, faça como os franceses e
prove com um delicioso Malbec de Cahors.
Evelyn Fligeri escreve no blog: http://www.tacaserolhas.blogspot.com.br/
0 comentários:
Postar um comentário