sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Não era bem isso que eu procurava!!!


Encontrei um vinho de Santa Catarina, mas não era bem isso que eu procurava.
Os vinhos Vô Luiz ficam bem perto de Bombinhas, em Nova Trento. São conhecidos na região, são bem consumidos, mas são vinhos elaborados com uvas de mesa (não viníferas), vendidos em garrafão. Existe um vinho seco produzido com a Cabernet Sauvignon, mas esse não tinha na loja. Vende pouco, me disse o vendedor.
O do garrafão tem aquele gosto suave e adocicado que quem está entrando no mundo dos vinhos gosta bastante e deve continuar gostando até que seu paladar mude (caso mude).
Procuro os vinhos que estão encantando o mercado ganhando provas às cegas e pontuações em revistas especializadas e blogs pelo Brasil afora.
Ainda não encontrei.
Sigo procurando.
Tenho uma pista, uma loja em Balneário Camboriu.
Aqui em Bombinhas, por enquanto, nada!

Veja o rótulo do Sesmarias


Aí está o foto da garrafa do Sesmarias.
Eu ainda não vi a garrafa.
Percebi que colocaram no site da loja da Miolo, mas abaixo tem a inscrição: indisponível.
Elaborado com a safra de 2008 e com as variedades: Cabernet Sauvignon / Merlot / Petit Verdot / Tannat / Tempranillo / Touriga Nacional
A garrafa e o rótulo são bonitos.
O vinho ainda não provei.
Caso estivesse disponível, custaria 1500 reais por 6 garrafas.

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Se não tem tu vai tu mesmo parte 2 - Fortaleza do Seival Pinot Grigio 2006


No jantar fui ao restaurante Bombordo.
O sommelier Pedro faz um serviço impecável. A carta de vinhos é baseada nos vinhos argentinos, mas eu pedi um brasileiro. De Santa Catarina? Não, mais uma vez não tinha!
Pedi desta vez um Fortaleza do Seival Pinot Grigio da Miolo, 2006.
Vinho da Campanha Gaúcha, com 14% de álcool.
É a Pinot Gris francesa, com o nome italiano já que o vinho do Rio Grande do Sul é obra de italianos.
Vinho encorpado, vinho maduro, bom.
No nariz pêssego, abacaxi em calda e mesmo sem ter passado por madeira, bala de caramelo.
Na boca o vinho é equilibrado, refrescante, tem boa acidez e bom corpo.
Vale mais do que custa!
Bom final!
Bom vinho!
Custa cerca de 20 reais.
Ainda não achei um vinho de Santa Catarina nos restaurantes de Bombas, Bombinhas e região!

Se não tem tu vai tu mesmo!!!


Ainda em Santa Catarina fui almoçar em outro restaurante que não tinha nem uma garrafa de vinho catarinense. Pedi mais uma vez um chileno.
Para acompanhar uma anchova grelhada pedi um Sauvignon Blanc da Viña Errazuriz.
Era o Reservado 2008.
Nariz discreto. Maçã verde, floral e pêssego.
Na boca ligeiro, bom equilíbrio, toque mineral e notas de casca de limão.
O vinho tem ótima acidez. Deixa a boca limpa e salivando.
Produzido no Valle do Lontué.
Final médio.
Vinho de 20 reais.
Hei de achar um vinho catarinense!!!

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Em Santa Catarina com um vinho chileno


Gosto muito dos vinhos de Santa Catarina, Villagio Grando, Villa Francione, etc...
Estou em Santa Catarina, em Bombinhas, um paraíso para brasileiros e argentinos.
Entro em restaurantes, lojas, super mercados e só encontro vinhos argentinos, chilenos e gaúchos.
Qualquer outra pessoa pensaria que o estado não produz vinhos. Os argentinos, que praticamente invadem essas praias, poderiam se deliciar com chardonnay e Sauvignon Blanc da Serra Catarinense, mas isso não acontece.
Falta trabalho de divulgação dentro do próprio estado.
Perguntei hoje ontem no restaurante onde jantei e eles ficaram até sem graça.
Não tem vinho catarinense na carta de vinhos.
Tive que pedir um chileno, mas gosto de provar os vinhos do lugar.
É uma situação muito triste e não deveria acontecer. Ainda mais em um lugar cheio de turistas estrangeiros, onde deveria acontecer alguma ação de marketing.
Nelson Rodrigues diria que temos complexo de vira-lata e eu concordaria com ele.
Viva os vinhos da Serra Catarinense!!!

O dia em que Gustaf encontrou a desinibida do Grajaú

Quadro de James Macdonald







Gustaf chegou ao hotel numa terça-feira, chuvosa, dia sem graça.

O hotel também não agradava o gosto daquele franco-carioca que se tornou um dos melhores arquitetos da França.

Gustaf era arquiteto super especializado em vinícolas.

Foi responsável pelo que ele chamava: revolução arquitetônica dos vinhedos de Ribera del Duero.

Depois vieram pedidos de trabalho do mundo todo. Nesse dia chuvoso Gustaf se preparava para construir uma vinícola no Loire e o hotel tinha estilo tradicional por fora e moderno por dentro. Tinha um elevador panorâmico, que segundo Gustaf, era a cafonice em forma de meio de transporte.

Mal sabia ele que o elevador seria a sua melhor diversão para os próximos dois dias.

Logo depois do jantar, gustav abriu as paginas finais do livro as cariocas de Sérgio Porto quando percebeu a movimentação pelo saguão enquanto uma morena maravilhosa andava como se levitasse. A saia era minúscula, o sorriso enorme e as pernas...

Ela entrou, abriu a bolsa, deixou uma gorjeta para o manobrista e foi até o elevador.

Até o sério recepcionista do hotel levantou os olhos acompanhando a moça até o elevador.

Gustaf fez o mesmo e percebeu que ele se colocou com sua mini mini mini, ao lado do vidro do meio de transporte mais cafona do Loire.

O recepcionista fingiu torcicolo, o manobrista olhou na cara dura e Gustaf olhou como quem reprova, mas no fundo adorou a cena.

Cena que se repetiu na mesma noite por mais duas vezes.

Até o ponto em que gustav se sentou no wine bar, pediu uma garrafa e não saiu mais dali.

No dia seguinte o plantão continuou e as visões do paraíso também.

No outro dia ele se sentou no wine bar e esperava pela desinibida, mas ela não subiu. Melhor ainda, se sentou na mesa em frente com a mesma desenvoltura.

Gustaf suava!

Bebeu a garrafa quase inteira quando ela pediu uma sugestão de vinho.

Gustaf mais nervoso ainda sugeriu que ela se sentasse com ele e ela aceitou na hora.

Marina era jornalista especializada em vinhos, estava visitando os vinhedos do Loire, tinha acabado de entrevistar o grande Didier Dagueneau e seguia seu tour no dia seguinte na Borgonha. Quando Gustaf falou das bodegas que havia desenhado ela afirmou conhecer 90% do trabalho dele.

O sotaque de Marina deixava gustav intrigado.

-Italiana?

-Não, Brasileira.

-Não brinca, de onde?

-Ah você também?

-Sim nasci e vivi no Brasil até os 18 anos.

-Enfim de onde é?

-Rio de Janeiro

Nem bem a frase terminou e um rapaz alto, forte e com cara de poucos amigos chegou para buscar Marina.

Os dois saíram sob os olhares de inveja do Hall do hotel.

Gustav ainda levantou a voz e perguntou: de que bairro?

-Do Grajaú, é claro...

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Amanhã mais um episódio da viagem pelos vinhedos de Mendoza. Fomos até a Bodega Tapiz


O quarto episódio do Na Estrada do Vinho está prontinho e estará no blog amanhã.
Dessa vez o Daniel Perches e Eu, visitamos a Tapiz.
A Vinícola é um show. Tem vários vinhedos em altitudes diferentes, tem um clube/hotel, o Club Tapiz e recebe os turistas com muita hospitalidade e simpatia.
Viajamos com o apoio da Mendoza Holidays, que pode armar o roteiro pelos vinhedos do jeito que você pedir.
Eles conhecem tudo de Mendoza e ainda por cima falam português e oferecem um telefone de São Paulo 11 37112772

domingo, 26 de dezembro de 2010

Miolo Quinta do Seival 2006 - Candiota - Rio Grande do Sul - Brasil



Esta entre os melhores vinhos brasileiros.
Passou um ano em barricas novas de carvalho frances.
Tem 13,5% de álcool.
Cor rubi escuras.
No nariz geleia de frutas vermelhas, cassis, pimentão, frutas secas, baunilha, alcaçuz e chocolate.
Na boca tem bom corpo, taninos finos, aveludado, elegante e equilibrado.
Final longo com notas de frutas vermelhas.

sábado, 25 de dezembro de 2010

O Rótulo do Jimi Hendrix

No aniversário de 40 anos da morte do maior guitarrista de todos os tempos, o Chateau Ducla, resolveu fazer sua homenagem.
O responsável pelo vinho é Jean-Pierre Mau, um admirador incorrigível do mito americano. Château Ducla é um Bordeaux branco seco, elaborado com 4 variedades: sauvignon blanc, sauvignon gris, muscadelle e sémillon, de vinhedos em Entre deux mers.

O Vinho e A Pintura - Santa Ceia - Tintoreto

Hoje procurei mais uma Santa Ceia e nenhuma poderia ser melhor que essa de Tintoreto.
Um dos gênios da pintura, Jacopo Comin, nasceu em Veneza em 1518 e morreu em 1594. Foi um dos pintores mais radicais do Maneirismo e era chamado Il Furioso pela sua energia incomum ao pintar. Ele usava uma perspectiva e efeitos da luz que acabaram sendo o início do Barroco. Seu pai, Battista Comin, era tintore (tingia seda), por isso ganhou o apelido Tintoreto. Também era conhecido como Jacopo Robusti.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

O Único de Vega Sicilia e A Primeira vez de Janaína






A confraria se reunia uma vez por mês. Sempre as quintas-feiras.


Marisa organizava tudo. Encontrava o restaurante ideal, os pratos, os vinhos, as harmonizações e os convites.


Sempre a primeira a ser chamada era Janaína.


Janaína era loira, bonita, alegre, simpática, tinha sempre um sorriso no rosto. Mas não bebia.


Beber em uma confraria parece uma coisa fundamental, mas se pensarmos assim lembramos que podemos beber sozinhos, em casa. O que seria mais importante, as pessoas ou os vinhos?


Claro que um não existe um sem o outro, mas tem dias que entre um vinho e uma pessoa eu fico com o vinho.


Não era o caso de Janaína.


Difícil alguém preferir um vinho diante de tamanha simpatia.


Naquela quarta-feira a chuva inundou São Paulo e a confraria de mulheres parecia desfalcada.


Engano!


As pessoas foram chegando. Atrasadas, esbaforidas, impacientes.


Janaína não. Parece ter chegado de helicóptero.


Bom humor, tranquilidade, alegria.


Os vinhos foram abertos às cegas e por incrível que pareça e para a inveja das companheiras, Janaína tinha um nariz incrível. Não bebia, mas sentia os aromas do vinho.


Não errava uma.


Fernanda não engolia a esperta Janaína. A inveja estava escrita nos olhos, no rosto e até nos dentes da compradora dos vinhos mais caros da confraria.


Naquele dia Fernanda preparou uma armadilha para Janaína.


Bastou uma ida ao toilette e 4 taças foram colocadas diante dela.


Uma das taças tinha o grande Vega Sicilia, nas outras 3 vinhos ordinários e até um vinho feito com variedade não vinífera.


O desafio foi colocado e Janaína, como sempre, abriu um sorriso enorme.


Cheirou o primeiro e fez sinal de negativo, cheirou o segundo e a mesma coisa. No terceiro, aspirou fundo e sorriu.


A mulherada espantada sentia um misto de inveja e admiração (menos Fernanda, é claro).


Na única vez que abriu a boca Janaína disse: Paro por aqui, não preciso cheirar o quarto vinho, fico com este Ribera del Duero. Levantou a taça, brindou e provou um vinho pela primeira vez...








PS: O Vega Sicilia é o vinho mais importante da Espanha. É produzido em Ribera del Duero.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Nesta Sexta o Terceiro Episódio Na Estrada do Vinho tem uma Conversa sobre os vinhos do Brasil com Angel Mendoza. Ele ajudou a criar o Salton Talento!


Amanhã tem o terceiro episódio do Na Estrada do Vinho, o trabalho de entrevistas nas vinícolas de Mendoza que o Daniel Perches e Eu fizemos no mês passado.
Angel Mendoza vai falar sobre o Brasil.
Ele conhece nossos vinhedos como poucos. Foi ele que ajudou a Salton a produzir o Salton Talento e também ajudou na construção da vinícola em Tuiuty.

Maison Champy ganha reconhecimento histórico, projeta museu, aumenta o patrimônio e converte vinhedos em Biodinâmicos


A antiga sala de barricas da maison Champy, em Baune, faz parte do circulo fechado dos 800 monumentos classificados como históricos da Côte-d’Or. A construção é de 1890 e fica no coração do centro histórico de Beaune e tem 1 640 m². Tudo está bem conservado, utilizado ainda pela vinícola, mas sem deixar de lado alguns utensílios do século 19, como um pasteurizador da marca Houdard, equipamentos antigos para elaboração de vinhos e para colheita.
É uma oportunidade de mostrar como era o trabalho naquela época, na mais antiga maison do departamento. O próximo passo, será instalar no local um museu do vinho.
A Champy Père et Fils, foi fundada em 1720 e vive uma fase de renovação impulsionada por Pierre Meurgey, que dirige a vinícola desde 1999. Ele converteu 17 hectares em produção biodinâmica.
Possuem vinhedos em Pommard, Volnay, Corton, Beaune, entre outros. Este ano a propriedade aumentou em 10 hectares.
Eles possuem uma boa recepção para o enoturismo.

Nederburg Noble Late Harvest 2008 - África do Sul


Esse eu ganhei do César Filho.
Um vinho excelente!
Safra 2008, elaborado com Chenin Blanc (73%), Muscat de Frontignan (26%) e apenas 1% de Semillon.
Cor, dourado.
No nariz mel, damasco seco, tangerina e acetona.
Na boca um equilíbrio perfeito entre a acidez e o açúcar. Notas de caramelo, mais mel e um final longo, maravilhoso!
O vinho é produzido com uvas atacadas pela podridão nobre.
Não passa por madeira e só é engarrafado em safras especiais.
Tem 11,6% de álcool.
É importado pela Casa Flora
A garrafa é de 375 ml.
É só escolher a sobremesa, o vinho é esse aí!

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Querem acabar com o Muscadet


A maior crise da história do Muscadet pode diminuir a área de produção de 2 mil a 3 mil hectares.
Um programa de encerramento de atividades foi colocado prática, mas ele será insuficiente, pois prevê uma redução de 400 hectares, número bem inferior ao número real de produtores que querem desistir de produzir vinho.
Um plano de reestruturação para diminuir a área plantada acaba de ser lançado no Vale do Loire entre Nantes e Sancerre. O plano prevê a destruição da variedade Melon, com uma ajuda de 2700 euros por hectare facilitando também a plantação de outras variedades, mais procuradas e valorizadas pelo mercado. Quem plantar outra variedade, pode conseguir até 11 mil euros por hectare em toda região do Loire.
Os produtores terão 1 ano para arrancar os vinhedos de Melon e plantar outra variedade.
Por enquanto tudo está no papel. Janeiro está aí e pode decidir sobre o futuro da Muscadet.
Quem nunca provou o vinho e portanto não está nem aí, sugiro o
Sélection des Cognettes 2008 da Cave Jado.
Custa só 48 reais e é bem típico.

Já ouviu falar no MOVI?

O MOVI é jovem, nasceu em 2010. O Movi tem sócios que produzem grandes vinhos. São produtores pequenos que sempre buscam a qualidade. Nesse ramo, a inspiração não pode ser o dinheiro, sim a qualidade.
Só a para teruma ideia, publico abaixo o primeiroparagrafo da declaração do Movi:

O que move os integrantes do Movimiento de Viñateros Independientes é a paixão pelo vinho feito em escala humana. Aqui não existem grandes conglomerados empresariais, nem mecenas solidarios que apoiam o projeto.
Cada garrafa elaborada pelos integrantes deste movimento reflete o caráter e a identidade da terra e do lugar que deu origem aos vinhos.

Veja só quais são os sócios do movimento:

Alto Las Gredas
Bravado Wines
Bustamante
Clos Andino
Domaine de Manson
Erasmo – Reserva de Caliboro
Flaherty
Garage Wine Co.
Gillmore
Hereu
I-Latina
Meli
Montsecano
Polkura
Rukumilla
Starry Night
Tipaume
Trabun
Villard
Von Siebenthal

Com um time desses, alguém duvida que o MOVI seja um sucesso!

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Murua Reserva 2003 - Um Rioja De Respeito da Porto Mediterrâneo




Provei este vinho com o Chico, da Porto Mediterrâneo, em um inesquecível almoço harmonizado no restaurante Allez Allez.
Um vinho especial.
90% Tempranillo, 8% Graciano e 2% Mazuelo.
Estagiou 18 meses em barricas de terceiro uso francesas e americanas, depois passou mais 18 meses em garrafa antes de ser colocado no mercado.
O vinho já mostra sua força no nariz. Geleia de frutas vermelhas, pimenta, cacau, café, alcaçuz e tabaco.
Na boca é intenso, encorpado, bom equilíbrio e sinais de vida longa.
Um vinho de 2003 que parece ainda jovem!
O final é longo com notas de chocolate.
Um ótimo vinho!
110 reais na Porto Mediterrâneo http://www.portomediterraneo.com.br/


segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

domingo, 19 de dezembro de 2010

A Itália e suas DOCGs, DOCs e IGTs - Veneto


A região do Vêneto (em italiano não tem acento, se tornou recentemente a maior da Itália em produção de vinhos (com mais de 300milhões de garrafas por ano) e também a que possui mais DOCGs e DOCs. O trio formado por Soave, Valpolicella e Bardolino são os campeões de produção e venda.

Os grandes clásicos do Vêneto são produzidos com variedades autóctones. O Soave é elaborado com Garganega e Trebbiano di Soave. Os frisantes e doces (de sobremesa) também são elaborados com a Recioto. O Soave, é o mais popular entre os vinhos brancos secos italianos.
O Valpolicella, elaborado com as variedades Corvina, Rondinella e Molinara, é a quarta DOC da Itália em produção com mais de 30 milhões de litros. Também se produz o Amarone della Valpolicella com as uvas parcialmente secas. Um grande vinho, seco e complexo.

Já o Recioto della Valpolicella, é complexo e adocicado. Assim como o Amarone, vinhos para longa guarda.
O Amarone é um dos grandes vinhos da Itália, potente, com bouquet complexo e especiado, pode envelhecer (e deve) mais de 15 anos em garrafa.
O Bardolino, é elaborado com as mesmas variedades do Valpolicella, mas é um vinho ligeiro, fácil de beber.

Existem os tintos Superiore, que recebeu a DOCG recentemente ou o Chiaretto, rosé.

O Bardolino também ficou popular com os vinhos nouveaux.
Como são tantas DOCs DOCGs e IGTs, diversas variedades são utilizadas como: Tocai, Pinot, Merlot, Cabernet Sauvignon, Pinot Blanc e Grigio e Chardonnay.

Os proseccos de Conegliano e Valdobiadene tembém estão no Vêneto.
Existem alguns muito bons, mas no Brasil preferem importar os mais baratos para vender em quantidade, principalmente para festas de casamento. Alguns são terríveis!

As variedade tinta Raboso e a branca Verduzzo estão principalmente na DOC Piave.

Enfim, com números tão grandes, existem vinhos para todos os gostos no Vêneto.
São 2 DOCGs, 21 DOCs e 10 IGTs.



DOCGs
Bardolino Superiore (Classico)
Recioto di Soave (Classico)




DOCs
Arcole
Bagnoli di Sopra (ou Bagnoli) (Classico)
Bardolino (Classico)
Bianco di Custoza
Breganze
Colli Berici
Colli di Conegliano
Colli Euganei
Gambellara (Classico)
Garda
Lessini Durello
Lison-Pramaggiore
Lugana
Montello e Colli Asolani
Piave (ou Vini del Piave)
Prosecco di Conegliano Valdobbiadene
Recioto della Valpolicella (Classico, Valpantena)
San Martino della Battaglia
Soave (Classico)
Valpolicella (Classico, Valpantena, Amarone della Valpolicella)
Valdadige




IGTs
Alto Livenza
Colli Trevigiani
Conselvano
Marca Trevigiana
Vallagarina
Veneto
Veneto Orientale
Veronese (ou Provincia di Verona)
Venezie (ou delle Venezie)
Vigneti delle Dolomiti

Nesta Segunda, mais um episódio do Na Estrada do Vinho - Os vinhos de Angel Mendoza, o homem que ajudou a criar o Salton Talento



Você vai conhecer os vinhos raros de Angel Mendoza, o homem que trabalhou na Salton, ajudou a criar o Talento e a vinícola de Tuiuty.
Vai saber qual a única forma de conseguir um de seus vinhos e vai ver que o vinho gosta de música e que o estágio em barricas não foi uma invenção de produtores.


sábado, 18 de dezembro de 2010

Viña Sucre é bom e barato!


Eu já tinha provado os vinhos na Expovinhoff, mas sem nenhuma anotação, apenas uma prova sem compromisso (compromisso comigo mesmo).
Dessa vez o Jeriel da Costa me convidou, o local seria a Vino & Sapore (que eu precisava conhecer) e seria uma oportunidade também de encontrar o Evandro (http://confraria2panas.sosblog.com/).
Começamos com o Sauvignon Blanc 2009.
No nariz predominam notas florais, mas aparecem também frutas brancas e como boa parte dos vinhos chilenos de Sauvignon Blanc é um vinho muito interessante no nariz.
Na boca o vinho é refrescante, boa acidez e bem equilibrado. Tem 12,5% de álcool.
O final é bem agradável, com notas de maracujá. Preço: 33 reais na Vino & Sapore.

Passamos para o Cabernet Sauvignon 2008.
No nariz notas vegetais, leve pimentão e frutas vermelhas também discretas.
Na boca o vinho cresce, é aveludado, boa estrutura, equilíbrio e preço: 33 reais.

Passamos para a linha reserva com o Cabernet Sauvignon 2008.
O vinho tem 10% de Syrah e 13,5% de álcool.
A linha reserva (claro) passou por barricas e isso aparece no nariz com notas de especiarias e um leve caramelo. Na boca mais um vinho bem equilibrado e aveludado. Bom corpo e bom final!
Preço 50 reais.

O Sucre Carménère Reserva 2008 também leva 10% de Syrah no corte.
No nariz amora, café e terra.
Na boca os taninos são finos. Vinho bem equilibrado com leve toque de chocolate no final.
Preço 50 reais.

Terminamos com o Syrah Reserva 2008. Esse leva 10% de Cabernet Sauvignon no corte.
No nariz mostra a tipicidade da Syrah.
Cassis, violeta, canela e pimenta.
Na boca tem mais corpo e estrutura que os anteriores, para mim foi o melhor da noite.
No final um toque mentolado bem agradável.
Outro vinho de 50 reais. Ótima compra.

Os preços divulgados são os praticados na Vino & Sapore.
http://www.vinoesapore.com.br/

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Uma oliveira, uma videira, Vino & Sapore


Poderia ter escrito sobre a Vino & Sapore antes. Já sabia mais o menos o que escrever.
Assim como nos vinhos, quando se conhece o produtor sabemos mais ou menos o que encontrar. Como conheço o João Filipe Clemente saberia escrever de olhos fechados, sem conhecer a loja. Acontece que os 29 anos trabalhando no jornalismo martelavam na minha cabeça e não me deixavam escrever de algo que não conhecia.
Entrei na loja e percebi que eu estava certo, poderia ter escrito, os 29 anos que se danem!
Uma oliveira na porta lateral da loja, uma videira e todo aquele clima da Granja Viana.
Um interior chic dentro de São Paulo!
Sabia exatamente o que veria dentro da loja.
Andava como se estivesse andando na sala da minha casa.
João Filipe é um dos maiores especialistas em vinho do nosso país, alguém que fala enquanto escutamos como alunos bem educados e interessados.
Conhecia a loja por saber que o João escolheria os rótulos um a um.
Aqueles best sellers do vinho podem não estar lá, estarão se agradarem o paladar e nariz refinados do João.
Estão vinhos interessantes, estes sim!
Vinhos de qualidade indiscutível, além de "sapores", azeites e simpatia.
Não conheço outra loja com vinhos tão bem escolhidos!
Não conheço outra loja que não coloque os best sellers logo na porta.
Não conheço outra loja em que a sugestão do dono seja tão importante.
Eu fui ontem pela primeira vez, mas praticamente já conhecia. Eu já sabia!
Como diria Dorival Caymmi Você já foi à Vino & Sapore? Não? Então vá!
http://vinoesapore.wordpress.com/

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Amanhã apresentamos o primeiro vídeo da viagem por vinícolas de Mendoza


Se você acompanha o blog, sabe que o Daniel Perches e Eu, passamos uma semana em Mendoza, visitando 15 vinícolas para produção de textos e vídeos sobre essa região que tanto atrai os brasileiros.
Tivemos o apoio da agência de viagens Mendoza Holidays que é uma verdadeira especialista da região. Você pode escolher os vinhedos e eles marcam tudo, se quiser ir sozinho eles alugam o carro, te fornecem os mapas e você vai. Se quiser ir numa Van, ele organizam, se for inverno e quiser esquiar, eles resolvem tudo. Para se ter uma ideia, um dos sócios da agência, já escalou o grande Aconcágua e se prepara para escalar o Tupungato. São especialistas em Mendoza. Melhor ainda, falam português e oferecem um número de telefone de São Paulo.
Amanhã, no primeiro episódio, mostramos o Domaine St. Diego. Vinhos raros que só podem ser comprados no local. Quem elabora estes vinhos? O grande Angel Mendoza, responsável pela produção do Salton Talento. Um homem que respira vinhos.

Já temos 3 datas definidas para Encontros de Vinhos de 2011


O grande evento já está marcado e com vários expositores confirmados. 25 de Abril, um dia antes da Expovinis, maior feira de vinhos da América latina. Não é nenhum confronto. Pelo contrário. Sabemos do movimento que a Expovinis provoca em São Paulo e por isso, convidamos as pessoas a chegar um dia antes e participar de uma feira diferente. Com palestras com grandes produtores, vinhos de diversas regiões do mundo para serem degustados e nesse ano, pizza.
O evento será na Bendita Hora, com pizza à vontade para os participantes. A Pizzaria Bendita Hora já foi escolhida diversas vezes como a melhor de São Paulo. Além de ser um espaço fantástico. Arquitetura bem cuidada e serviço excelente.
Os outros eventos confirmados são:
4 de Agosto, Encontro de Vinhos São Paulo.
8 de Outubro, Encontro de Vinhos Ribeirão Preto.




Informações: 11 82404205

A Itália e suas DOCGs, DOCs e IGTs - Valle d'Aosta



A menor região vinícola italiana fica justamente ao lado do país que divide com a Itália o posto de maior produtor do mundo: a França. O Valle d'Aosta, nas fronteiras com a Suíça e a França tem alguns terraços da sua região montanhosa, dedicados as vinhas. Os vinhos são produzidos em quantidades minúsculas, mas muitos deles são especiais, característicos, impossíveis de encontrar em outra região. A DOC regional, conhecida como Valle d'Aosta, inclui 23 categorias de vinhos. Como a região tem dois idiomas francês e italiano, os nomes também seguem da mesma forma. Alguns rótulos podem trazer a inscrição: Vallée d'Aoste. Os vinhedos ficam ao lado e até nas encostas do Mont Blanc, são conhecidos como os vinhos de altitude da Europa, já que alguns estão a 1200 metros acima do nível do mar. Não há nenhuma IGT no Valle d'Aosta, mas existem os vinhos classificados e os não classificados. As variedades são as do Piemonte: Nebbiolo, Dolcetto, Moscato, e também da França: Chardonnay, Gamay, Pinot Noir. Mostrando o lado fronteiriço da região existem também a variedade alemã, Müller Thurgau. Mas os vinhos que provocam mais interesse são os vinhos com as variedades locais Petit Rouge e Torette. Existem 6 cooperativas que reúnem 450 produtores responsáveis por 3/4 dos vinhos do valle d'Aosta. O Valle d'Aosta tem apenas uma DOC: Valle d'Aosta ou Vallée d'Aoste

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Taylor's lança vinho do Porto de 1855


O Taylor’s SCION é um Vinho do Porto pré-filoxérico produzido em meados do século XIX, notável não só pela sua raridade e importância histórica, mas também pelo fato de, após 155 anos de envelhecimento em casco, o vinho estar em perfeitas condições. A equipe de provadores do Robert Parker atribuiu 100 pontos ao SCION.
A descoberta deste lote Foi em 2008.
David Guimaraens, enólogo da Taylor’s, provou este vinho que repousava num armazém de uma distinta família do Douro que o mantinha como reserva privada, com a exceção de um casco que dizem ter sido adquirido por Winston Churchill.
Em 2009, o único descendente direto da família morreu sem deixar filhos, tendo os herdeiros decidido vender o vinho. A Taylor's adquiriu amostras dos dois cascos e constatou que as quinze décadas de envelhecimento em madeira tinham-no concentrado e conferido uma complexidade mágica.
As garrafas serão vendidas numa embalagem luxuosa a preços bem extravagantes. No total foram produzidas 1000 garrafas, todas vendidas, sendo algumas poucas reservadas para o Brasil.
Agora vem a dolorosa, o Scion custa 2.500 €uros.
O vinho pode ser encomendado na Portus Cale, representante exclusivo da Taylor´s no Brasil, com sede em SP.
Portus Cale - www.portuscale.com.br
Av. Dr. Arnaldo 1714 Perdizes – tel: (11) 3675-5199 – São Paulo

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

A Itália e suas DOCs, DOCGs e IGTs - Toscana


A região de Florença é a mais importante na produção de vinhos de qualidade de todo país. A criatividade dos produtores da região tirou de letra a imagem arranhada pelos Chiantis de garrafas com palha. Hoje os Chiantis recuperaram a imagem, vieram os Supertoscanos e os Brunellos continuam sendo uma referência, mesmo depois do escândalo dos vinhos misturados com uvas mais suaves para deixar o vinho pronto mais cedo para mercados que não gostam de esperar pelo melhor momento do vinho.
Os vinhos tintos clássicos, com variedades locais fazem o sucesso da região. A Sangiovese está no Chianti, no Brunello di Montalcino, no Vino Nobile di Montepulciano e no Carmignano, todas DOCG.
Os Supertoscanos criados em 1968, são quase uma unanimidade. São produzidos com variedades estrangeiras e quase todos levam um toque da Sangiovese. Foram criados justamente na época em que os Chiantis eram muito ruins, os vinhos toscanos estavam em baixa.
Quando surgiram estes vinhos que não respeitavam DOCs ou DOCGs, mas respeitavam a qualidade que o terroir da região dava aos vinhos, toda a região se beneficiou.
O Chianti, continua sendo um dos vinhos italianos mais conhecidos e vendidos no mundo. Conhecido muitas vezes como o mais italiano de todos os vinhos.
Alguns são frescos e fáceis de beber, outros ricos e elaborados, capazes de envelhecer e evoluir muito em garrafa.
É possivelmente o vinho que oferece a melhor relação preço/qualidade nos dias de hoje.
Os Chiantis mais caros e de maior reputação são os Chianti Classicos são identificados pelo símbolo do Galo Negro (« Gallo Nero ») símbolo da rivalidade entre Florença e Siena, que vem desde a idade média.
Os vinhos mais importantes e de mais prestígio da Toscana, são os Brunello di Montalcino. É uma DOCG de uma cidade ao sul de Siena (Montalcino) ondeos vinhos tintos possuem uma potência e longevidade infinita. claro que são também os mais caros.
Os vinhos foram criados pela família Biondi Santi há um século. Hoje existem mais de 100 rótulos na pequena Montalcino.
O segundo vinho da região é o Rosso di Montalcino (uma DOC), um vinho mais jovem, produzido com a Sangiovese. Existe também o branco licoroso Moscadello di Montalcino, elaborado com a Moscato. Um grupo de sub-regiões também aproveita a fama e a qualidade do terroir toscano, mas são pouco conhecidas.
Perto de Montalcino, está Montepulciano e seu Vinho Nobile, elaborado também com um tipo de Sangiovese chamada Prugnolo Gentile.
O nome vem de alguns séculos, possivelmente uma homenagem ao seu status entre a nobreza.
O poeta Francesco Redi escreveu sobre ele:"O rei de todos os vinhos".
Enfim, a Toscana é terra de vinhos. Terra da Sangiovese e de diversas variedades internacionais que se adaptaram por ser impossível não se adaptar. É a natureza!

São 6 DOCGs, 35 DOCs e 5 IGTs

DOCGs
Brunello di Montalcino
Carmignano Rosso Riserva
Chianti (Colli Aretini, Colli Fiorentini, Colli Senesi, Colline Pisane, Montalbano, Montespertoli, Rufina)
Chianti Classico
Vernaccia di San Gimignano
Vino Nobile di Montepulciano

DOCs
Ansonica Costa dell’Argentario
Barco Reale di Carmignano
Bianco della Valdinievole
Bianco dell’Empolese
Bianco di Pitigliano
Bianco Pisano di San Torpè
Bolgheri (Sassicaia)
Candia dei Colli Apuani
Capalbio
Carmignano
Colli dell’Etruria Centrale
Colli di Luni
Colline Lucchesi
Cortona
Elba
Montecarlo
Montecucco
Monteregio di Massa Marittima
Montescudaio
Morellino di Scansano
Moscadello di Montalcino
Orcia
Parrina
Pomino
Rosso di Montalcino
Rosso di Montepulciano
San Gimignano
Sant’Antimo
Sovana
Val d’Arbia
Valdichiana
Val di Cornia (Campiglia Marittima, Piombino, San Vincenzo, Suvereto)
Vin Santo del Chianti (Colli Aretini, Colli Fiorentini, Colli Senesi, Colline Pisane, Montalbano, Montespertoli, Rufina)
Vin Santo del Chianti Classico
Vin Santo di Montepulciano

IGTs
Alta Valle della Greve
Colli della Toscana Centrale
Maremma Toscana
Toscana (ou Toscano)
Val di Magra

domingo, 12 de dezembro de 2010

Em Mendoza o pessoal da Norton já sabe: Os Brasileiros gostam do Norton DOC!


Todos lá na Norton sabem que os brasileiros chegam logo pedindo o Norton DOC. O vinho é um verdadeiro sucesso no Brasil e para a bodega, de propriedade da família Swarovski, nosso país é uma prioridade.
Depois de uma visita pelas instalações da bodega, percebemos que o pessoal sabe mesmo trabalhar com o turismo. Lá o turista pode comer uns petiscos nas caves, pode visitar todas as instalações e ainda pode comprar os vinhos preferidos em uma loja muito bem montada. Na visita fomos acompanhados pela Maria Belén que nos mostrou cada detalhe. Depois fomos pala a sala de provas e provamos diversos rótulos com a simpática Mariela Lecea. Vinhos de todos os estilos e faixas de preços. Resolvi falar do grande sucesso de público no Brasil, o Norton DOC e de um grande vinho da Norton, o Privada, que no Brasil chama-se Privado.
O Norton DOC 2008, é elaborado com Malbec, em Luján de Cuyo, com vinhedos que podem chegar a 30 anos.
As leveduras são da própria uva, o que é bastante interessante. Metade do vinho passa 1 ano em barricas francesas de primeiro e segundo uso.
O vinho tem notas de especiarias (principalmente pimenta), violeta e cereja. Na boca é bem macio e tem um final longo.
O preço é excelente. Na faixa de 30 reais.



O Privada2006 (ou Privado), também é elaborado com Malbec, com uvas das Fincas Lulunta e de Agrelo, com altitudes que vão dos 850 aos 1100 metros acima do nível do mar. São vinhas velhas de 50 a 80 anos.
Os vinhos passam 16 meses em barricas novas de carvalho francês e mais 1 ano descansando em garrafa.
A cor é bem intensa.
No nariz cereja, amora, cassis, cravo, pimenta e chocolate.
Na boca o vinho é elegante, taninos macios e excelente equilíbrio.
Um vinho de guarda.
Final longo.

sábado, 11 de dezembro de 2010

A Itália e suas DOCs, DOCGs e IGTs - Toscana

La région de Florence continue de progresser dans sa position de plus dynamique producteur de vins de première qualité du pays, contrastant avec les décennies de vente du populaire Chianti en fiasque couverte de raphia. La Renaissance moderne de la Toscane a commencé en Chianti justement, dans les collines du centre, autour de Florence et de Sienne, mais s’est rapidement étendue jusqu’aux côtes méditerranéennes qui n’avaient pourtant pas encore été repérées pour y créer des vignobles.
La majorité des progrès est venue avec les rouges classiques basés sur le cépage local Sangiovese, comme le Chianti, le Brunello di Montalcino, le Vino Nobile di Montepulciano et le Carmignano, tous en DOCG. Mais le succès grandissant des autres vins rouges (particulièrement les vins sans appellation appelés super-toscans) a été augmenté par de nouveaux styles de vins blancs qui ont encore amélioré la réputation de la région.La majorité des progrès est venue avec les rouges classiques basés sur le cépage local Sangiovese, comme le Chianti, le Brunello di Montalcino, le Vino Nobile di Montepulciano et le Carmignano, tous en DOCG. Mais le succès grandissant des autres vins rouges (particulièrement les vins sans appellation appelés super-toscans) a été augmenté par de nouveaux styles de vins blancs qui ont encore amélioré la réputation de la région.
Le Chianti, qui est toujours la force dominante de la viniculture toscane, a longtemps été distingué comme le plus italien des vins. C’est lié d’une part aux volumes produits et à son universalité, et d’autre part à sa personnalité qui ne peut être contestée. Sa nature très diversifiée représente la quintessence de l’Italie.
Le Chianti est produit dans huit zones distinctes qui couvrent un vaste territoire autour du cœur d’origine du Chianti Classico. Dans ces collines magnifiquement rugueuses les variations de sol et de climat contribuent autant à l’individualité de chaque domaine que la recherche des vignerons pour élaborer des styles personnels. Certains Chianti sont assez frais et faciles, alors que d’autres sont riches et élaborés et capable de développer beaucoup de classe en vieillissant. Tout ceci peut mener à une certaine confusion, mais pour les amateurs qui insistent, le Chianti est probablement aujourd’hui le vin offrant un des meilleurs rapports qualité prix du marché.
Les Chianti sont identifiés par les sous-appellations, la plus importante étant le Classico dont les producteurs se sont regroupés en un consortium de défense dont l’emblème est un coq noir (« Gallo Nero ») symbole de la rivalité entre Florence et Sienne qui se disputaient la région au moyen age. Plusieurs domaines mettent également en avant le nom du vignoble comme une marque de distinction. Le grand point commun du Chianti avec les autres vins rouges traditionnels toscans est qu’il est élaboré pour l’essentiel à partir du Sangiovese. Pour des informations plus détaillées sur le Chianti, vous pouvez visiter ce site: Chianti@VinsdItalie.
Dans le passé, les cépages étaient souvent mélangés, mais aujourd’hui l’accent est mis sur le Sangiovese ou le Sangioveto, qui méritent d’être classés avec les cépages les nobles d’Italie et du monde. Dans les grands millésimes, les vins de pur Sangiovese ont une robe rubis intense, présentent des aromes floraux et fruités, avec une bonne structure tannique, ils sont charnus et longs en bouche. Certains peuvent nécessiter des années de vieillissement pour atteindre leur apogée.
L’appellation toscane la plus prestigieuse est le Brunello di Montalcino, une DOCG attachée à une ville forteresse au sud de Sienne où les vins rouges d’une puissance et longévité légendaires atteignent des prix élevés. Imaginé par la famille Biondi Santi il y a un siècle, le Brunello est maintenant produit sous plus d’une centaine d’étiquettes, représentant des petits exploitations, des grands domaines et même des compagnies internationales. Les producteurs de Brunello font aussi des vins sous les DOCs Rosso di Montalcino, un vin plus jeune de Sangiovese, et Moscadello di Montalcino, un blanc liquoreux de Moscato, ainsi que toute une gamme de vins sous l’appellation Sant’Antimo. Pour des informations plus détaillées sur le Brunello di Montalcino, vous pouvez visiter ce site : Brunello@VinsdItalie.
Pas loin de Montalcino se trouve Montepulciano et son Vino Nobile élaboré à partir d’un type de Sangiovese appelé Prugnolo Gentile. Le Vino Nobile a obtenu son nom il y a plusieurs siècles apparemment en hommage à son statut parmi la noblesse. Le poète Francesco Redi a décrit le rouge de Montepulciano comme le « roi de tous les vins ». Après des décennies d’oubli, le Vino Nobile a fait un retour impressionnant sous sa DOCG et fait à nouveau honneur à son nom. Les vignerons produisent également la DOC Rosso di Montepulciano comme une alternative plus jeune au Vino Nobile.
Le Carmignano mérite une mention spéciale comme ayant fait l’objet d’un décret de protection par le Grand Duc de Toscane en 1716. Aujourd’hui ce rouge assez rare issu de Sangiovese et de Cabernet a été élevé au rang de DOCG, même si les rouges Barco Reale et les autres vins de Carmignano restent en DOC.
Pomino, qui était aussi cité dans le décret de 1716, est une DOC d’altitude avec un vin rouge de mélange de Sangiovese et de Cabernet et Merlot, ainsi qu’un blanc spécial qui inclut du Chardonnay et du Pinot. Parmi les nombreuses autres DOC de vin rouge, le Morellino di Scansano, élaboré sur les collines côtières de Maremma à le vent en poupe.
La production de vins alternatifs haut de gamme, qui a commencé comme une tendance dans les années 1970, est devenu un facteur essentiel dans l’amélioration générale des vins rouges de Toscane. Ces vins cultes, qui sont connus comme les super-toscans, continuent de prospérer.
Ainsi le Sassicaia, issu uniquement de Cabernet, qui dans les années 1970 a convaincu le monde que l’Italie pouvait faire des vins rouges modernes appréciés au niveau international, a maintenant une DOC sous le nom de Bolgheri. Le mélange Sangiovese Cabernet de Tignanello a servi de modèle au nouveau style Toscan de vins rouges vieillis en petits tonneaux de chênes ou barriques plutôt que dans les anciens fûts. Les mélanges Cabernet Sangiovese sont venus ensuite et, plus tard, des rouges issus de Merlot, Syrah et Pinot Noir.
Les « super-toscans » sont maintenant parmi les plus estimés et les plus chers vins rouges d’Italie. Aujourd’hui, ceux qui restent en dehors de zones DOCG/DOC sont généralement sous l’appellation IGT Toscana.
Inspiré du succès du Cabernet et du Merlot dans le Bolgheri, les vins du secteur côtier de la Toscane ont vu leur prestige augmenter rapidement et sont même entrés en compétition avec les collines du centre pour la suprématie locale. Dans le cœur de la Maremma, sur les collines côtières de sud ouest de la Toscane, la DOC Morellino di Scansano propose un vin rouge issu de Sangiovese. D’autres DOCs prometteuses incluent Val di Cornia, Montecucco, Monteregio di Massa Marittima, Montescudaio, Capalbio et Sovana.
La fierté de nombreux vignerons toscans réside dans le riche Vin Santo, qui est devenu une DOC dans de nombreuses zones de la région. Elaboré à partir de grappes à moitié séchées et vieilli en petites barriques de bois, le Vin Santo peut être un vin de dessert ou d’apéritif exquis. La plupart des Vins Santo sont faits de cépages riches, essentiellement Malvasia et Trebbiano, bien que le type appelé Occhio di Pernice soit issu de grappes de raisin rouge.
Jusqu’à il y a peu, les vins blancs toscans ne bénéficiaient que rarement d’autant de prestige que les rouges, et peut être est-ce du au fait qu’ils sont essentiellement issus de Trebbiano. L’exception qui confirme la règle est le Vernaccia di San Gimignano, issu de l’antique cépage Vernaccia, qui a été consacré en se voyant attribuer la première DOCG de vin blanc de la région. Par ailleurs, le cépage Vermentino s’est répandu tout le long de la côte et se révèle comme une variété extrêmement prometteuse.
Récemment, des blancs d’une profondeur et d’une complexité intéressantes ont été produits en Toscane à partir de cépages internationaux tels de le Chardonnay, le Sauvignon et le Pinot Blanc ainsi que le Grigio, tous trouvant de confortables environnements dans les parties les plus fraîches des collines de la région.
La Toscane bénéficie de 6 DOCG,de 35 DOC et de 5 IGT

DOCGs
Brunello di Montalcino
Carmignano Rosso Riserva
Chianti (Colli Aretini, Colli Fiorentini, Colli Senesi, Colline Pisane, Montalbano, Montespertoli, Rufina)
Chianti Classico
Vernaccia di San Gimignano
Vino Nobile di Montepulciano

DOCs
Ansonica Costa dell’Argentario
Barco Reale di Carmignano
Bianco della Valdinievole
Bianco dell’Empolese
Bianco di Pitigliano
Bianco Pisano di San Torpè
Bolgheri (Sassicaia)
Candia dei Colli Apuani
Capalbio
Carmignano
Colli dell’Etruria Centrale
Colli di Luni
Colline Lucchesi
Cortona
Elba
Montecarlo
Montecucco
Monteregio di Massa Marittima
Montescudaio
Morellino di Scansano
Moscadello di Montalcino
Orcia
Parrina
Pomino
Rosso di Montalcino
Rosso di Montepulciano
San Gimignano
Sant’Antimo
Sovana
Val d’Arbia
Valdichiana
Val di Cornia (Campiglia Marittima, Piombino, San Vincenzo, Suvereto)
Vin Santo del Chianti (Colli Aretini, Colli Fiorentini, Colli Senesi, Colline Pisane, Montalbano, Montespertoli, Rufina)
Vin Santo del Chianti Classico
Vin Santo di Montepulciano DOCs
Ansonica Costa dell’Argentario
Barco Reale di Carmignano
Bianco della Valdinievole
Bianco dell’Empolese
Bianco di Pitigliano
Bianco Pisano di San Torpè
Bolgheri (Sassicaia)
Candia dei Colli Apuani
Capalbio
Carmignano
Colli dell’Etruria Centrale
Colli di Luni
Colline Lucchesi
Cortona
Elba
Montecarlo
Montecucco
Monteregio di Massa Marittima
Montescudaio
Morellino di Scansano
Moscadello di Montalcino
Orcia
Parrina
Pomino
Rosso di Montalcino
Rosso di Montepulciano
San Gimignano
Sant’Antimo
Sovana
Val d’Arbia
Valdichiana
Val di Cornia (Campiglia Marittima, Piombino, San Vincenzo, Suvereto)
Vin Santo del Chianti (Colli Aretini, Colli Fiorentini, Colli Senesi, Colline Pisane, Montalbano, Montespertoli, Rufina)
Vin Santo del Chianti Classico
Vin Santo di Montepulciano

IGTs
Alta Valle della Greve
Colli della Toscana Centrale
Maremma Toscana
Toscana (ou Toscano)
Val di Magra

Morreu Alberto Alcalde. Um grande nome do vinho argentino.


Alberto Alcalde morreu na última quinta-feira aos 92 anos.
Foram seus estudos de ampelografia que ajudou a identificar todas as variedades plantadas em San Juan e Mendoza.
Ele dirigiu pesquisas de identificação no Instituto Nacional de Tecnología Agropecuaria, foi professor adjunto de Fitopatologia da Faculdade de Ciências Agrárias da Universidade Nacional de Cuyo e realizou diversas pesquisas.
Foi também membro da Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV), de onde trouxe uma coleção de 500 variedades de uvas que estão disponíveis para pesquisa em Luján de Cuyo, no INTA (Instituto Nacional de Pesquisa Agropecuária - Argentina).

Projeto Wines of Brasil entregou o Troféu Saca-Rolhas para os destaques do ano.




O Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) divulgou as vinícolas destaques 2010, escolhidas por meio de votação das empresas participantes dos projetos de promoção no mercado interno (Vinhos do Brasil) e por desempenho no mercado externo (Wines of Brasil, realizado em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos). A entrega do troféu Saca-rolhas foi feita nesta terça-feira (7) à noite, na vinícola Lovara, em Bento Gonçalves (RS).

O presidente do Conselho Deliberativo do Ibravin, Júlio Fante, comentou que o ano foi de muito trabalho para as vinícolas brasileiras. “Apesar das dificuldades, encerramos o ano alegres por ter a certeza do dever cumprido: construímos a imagem e a confiança dos produtos derivados da uva elaborados no Brasil junto aos consumidores e aos formadores de opinião”, afirmou. “Este resultado amplamente positivo, que se reflete nas vendas de vinhos, espumantes e suco de uva, é fruto do empenho de todas as empresas”, reconheceu. “O melhor do ano é chegarmos ao seu encerramento convictos de que o setor vitivinícola está mais forte e unido”.

Os gerentes dos projetos Wines of Brasil, Andreia Gentilini Milan, e do Vinhos do Brasil, Diego Bertolini, anunciaram juntos os resultados do ano. “Estamos cada vez mais caminhando lado a lado. Este foi um ano fundamental para a comunicação da imagem do vinho brasileiro, a começar pela definição do nosso posicionamento de marca para o consumidor, que culminou na integração das logomarcas usadas para os mercados externo e interno”, comentou Andreia. Bertolini, por sua vez, ressaltou o sucesso alcançado pelo Ibravin no aumento da percepção de qualidade sobre a categoria de vinhos brasileiros.

Entre os números anunciados estão a participação de 60 vinícolas em nove feiras no Brasil e no mundo, com a prospeção de quase R$ 12 milhões em negócios. Ainda foram realizados 65 eventos em três estados do Brasil e em nove países pelo mundo. Durante o ano, foram trazidos pelo Projeto Imagem Nacional e Internacional 86 jornalistas de 10 países e cinco estados brasileiros.

Wines of Brasil
Miolo, Salton, Pizzato e Lidio Carraro foram os grandes destaques do ano, por desempenho, do Wines of Brasil. A Miolo ganhou em duas categorias: venda para o maior número de países (18) e o maior valor exportado entre as 37 vinícolas participantes do projeto de exportação do Ibravin e da Apex-Brasil.

O maior crescimento nas vendas ao exterior foi obtido pela Pizzato, com acréscimo de 2.751% nos seus resultados de 2010, na comparação com 2009. A Lidio Carraro foi a vinícola que mais participou das ações realizadas pelo Wines of Brasil em 2010, estando presente em 17 eventos no exterior. O maior valor em contrapartida ao projeto foi da Salton.

Vinhos do Brasil
Pelo projeto Vinhos do Brasil, as empresas destaques do ano foram Dal Pizzol (pela recepção aos jornalistas do Projeto Imagem do 5º Concurso Internacional de Vinhos do Brasil), Salton (também pela recepção aos jornalistas desta vez do Projeto Imagem da 18ª Avaliação Nacional de Vinhos), Pizzato (pela recepção aos profisisonais do Projeto Imagem do Senac), Miolo (empresa destaque no mercado interno 2010).

Os votos foram dados por jornalistas e sommeliers presentes nos Projetos Imagens realizado pelo Ibravin durante o ano. Patrícia Carraro, da Lidio Carraro, foi eleita pelos representantes das vinícolas como a profissional destaque do ano no mercado interno.

Veja os vencedores:

Wines of Brasil
1) Maior valor exportado: Miolo
2) Maior crescimento em exportação: Pizzato
3) Maior número de países: Miolo
4) Maior Participação em ações do projeto: Lidio Carraro
5) Maior valor em contrapartida ao projeto: Salton

Vinhos do Brasil
1) Desatque do Projeto Imagem do 5º Concurso Internacional de Vinhos do Brasil: Dal Piazzol
2) Destaque do Projeto Imagem da 18ª Avaliação Nacional de Vinhos: Salton
3) Destaque Projeto Imagem do Senac: Pizzato
4) Empresa destaque no mercado interno 2010: Miolo
5) Profissional destaque de 2010: Patrícia Carraro


Fonte: Ibravin
Fotos: Gabriela Kleinowski

Venda de espumantes baterá recorde histórico em 2010

Foto: Daniela Villar / Ibravin

A venda de espumantes baterá um recorde histórico no Brasil este ano. “O volume comercializado deve superar a marca de 13 milhões de litros em 2010”, aposta o presidente do Conselho Deliberativo do Ibravin, Júlio Fante (foto a esquerda). De janeiro a outubro deste ano, foram colocados 7,9 milhões de litros de espumantes nas taças dos brasileiros, um acréscimo de 21,2% em relação ao mesmo período do ano passado. O moscatel tem acréscimo de 24,6% nas vendas e os espumantes brut e demi-sec somam 20,3%. “O último semestre é responsável por 60% do volume de vendas de espumantes no ano”, informa Fante.
Conforme levantamento feito pelo Ibravin, o mercado de espumantes está em crescimento contínuo desde 2002. O aumento alcança uma taxa de 12,5% ao ano. Isto se deve aos novos hábitos de consumo para o espumante, seja o brut ou o moscatel. “Há alguns anos, o espumante era usado somente em casamentos, Natal e Ano Novo.” Hoje o consumo vai do aperitivo até a sobremesa, passando muitas vezes pelo acompanhamento de toda a refeição”, destaca Fante. As borbulhas estão presentes na happy hour, em eventos, solenidades, ou seja, os espumantes se transformaram em uma bebida do dia a dia, bastante democrática e universal.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Mendoza tem pouca água, mas todos sabem usar. O problema é o Aquecimento Global.

Mendoza tem clima semi-desértico.
Chove muito pouco.
É um verdadeiro Oasis graças ao gelo da Cordilheira dos Andes.
Tanto a cidade como os vinhedos possuem canais onde corre a água da neve derretida.
São as chamadas acéquias.
Este canal, fica no meio dos vinhedos de propriedade do grande Angel Mendoza.
Funciona assim, se o produtor precisa de água, chama o responsável do departamento de águas da região que abe esta comporta.
A água segue para mangueiras com pequenos furos que deixam cair água em gotas por toda a plantação.
É o chamado Goteo!
É a tal história: sabendo usar não vai faltar.
O problema é que o aquecimento global não depende deles e cada dia tem menos neve no alto das montanhas.

Em Mendoza com a Familia Zuccardi

Assim que terminou nossa degustação via Twitter com os vinhos da Familia Zuccardi, o anfitrião pediu para o chef preparar algumas delicias.
A essa altura já sabíamos que a Zuccardi tem vinhedos em La Consulta (a 1100 metros), em Maipú (a 700 metros), em Santa Rosa (a 650 metros), em Altamira, e Vista Flores (980 Metros).
Soubemos também que a vinícola que produz Zuccardi e Santa Julia, vai se dividir e cada vinícola passa a produzir uma linha separadamente.
Já havia encontrado Alberto Zuccardi em São Paulo, mas dessa vez foi diferente. Ele estava lá por nossa causa. Estava para dar palavras finais na degustação via Twitter organizada pelo Daniel Perches e pelo Alexandre Frias pelo http://www.winebar.com.br/
O que mais impressionou é que este jovem e simpático senhor, estava há menos de 24 horas, com a presidente do país, recebendo a notícia de que o vinho se tornava a bebida oficial da Argentina.
Eu acompanhei a entrevista ao vivo na tv, acompanhei mais uma vez a sabedoria e simplicidade deste grande homem.
Uma frase de José Alberto Zuccardi foi especial: "O vinho não é uma bebida alcoólica. É um alimento que contem álcool."
A Zuccardi é a maior vinícola familiar da Argentina, talvez a maior com capital 100% argentino.
A Casa do Visitante, onde fizemos a degustação, tem um restaurante maravilhoso, vinhos de diversas safras e simplicidade, simpatia.
Chega a assustar a simplicidade da família.
De tão verdadeira que é!
Nada é falso ali!
Os vinhos cumprem o que prometem desde o mais barato até o mais caro.
A família anda por lá não deixando que nenhum detalhe fique fora do lugar.

Provamos 3 vinhos junto com nossos amigos brasileiros via Twitter. No dia seguinte voltamos e filmamos tudo. Os vídeos você vai ver em breve.
O primeiro vinho provado na degustação foi o série A Bonarda.
Um vinho com A de Argentina, A de Alberto.
O vinho tem boa estrutura e corpo. Notas de frutas cassis, cereja e especiarias. Na boca tem boa acidez e um final bastante agradável e longo.
Passamos para o Q Cabernet Sauvignon;
No nariz cereja, amora, especiarias, pimentão, tostado.
Na boca é potente e elegante. Notas de chocolate e tabaco.
Final longo.
Elaborado com uvas de Tupungato (1250 metros) e La Consulta (1100 metros).
Terminamos com o Z (Zeta) de Zuccardi, é claro.
O principal vinho da Bodega, o ícone.
64% Malbec e 36% Tempranillo.
Madeira e fruta bem integrada.
O Malbec passou por carvalho francês e a Tempranillo por carvalho americano. Parece ter sido boa a escolha!
No nariz as frutas negras dominam. Depois aparece um toque vegetal, notas de chocolate e café.
Na boca tem o peso dos grandes vinhos. Equilibrado, notas de pimenta e tostado.
O final é bastante longo.
Dessa vez não falei as safras de propósito. Só serviriam para saber da evolução do vinho. Fiz isso depois de ouvir de diversos argentinos que Mendoza não é lugar de variações de safras. Todas as safras, ou mais de 90% são boas. O granizo que teima em cair algumas vezes, só atinge os produtores mais pobres que não cobrem as plantas com uma tela protetora que garante a colheita.
Tecnologia!

No fim cheguei a conclusão que os vinhos são como a família Zuccardi. Conseguem ser imponentes, grandes e importantes, sem deixar de ser simples, verdadeiros e pequenos (na estatura é claro).
Se um dia ver Alberto ao lado da Rainha da Inglaterra, não se impressione, no dia seguinte pode estar com as mãos na terra de Mendoza.
Viajamos com o apoio da Mendoza Holidays http://www.mendozaholidays.com/