A essa altura já sabíamos que a Zuccardi tem vinhedos em La Consulta (a 1100 metros), em Maipú (a 700 metros), em Santa Rosa (a 650 metros), em Altamira, e Vista Flores (980 Metros).
Soubemos também que a vinícola que produz Zuccardi e Santa Julia, vai se dividir e cada vinícola passa a produzir uma linha separadamente.
O que mais impressionou é que este jovem e simpático senhor, estava há menos de 24 horas, com a presidente do país, recebendo a notícia de que o vinho se tornava a bebida oficial da Argentina.
Eu acompanhei a entrevista ao vivo na tv, acompanhei mais uma vez a sabedoria e simplicidade deste grande homem.
Uma frase de José Alberto Zuccardi foi especial: "O vinho não é uma bebida alcoólica. É um alimento que contem álcool."
A Casa do Visitante, onde fizemos a degustação, tem um restaurante maravilhoso, vinhos de diversas safras e simplicidade, simpatia.
Chega a assustar a simplicidade da família.
De tão verdadeira que é!
Nada é falso ali!
Os vinhos cumprem o que prometem desde o mais barato até o mais caro.
A família anda por lá não deixando que nenhum detalhe fique fora do lugar.
O primeiro vinho provado na degustação foi o série A Bonarda.
Um vinho com A de Argentina, A de Alberto.
O vinho tem boa estrutura e corpo. Notas de frutas cassis, cereja e especiarias. Na boca tem boa acidez e um final bastante agradável e longo.
Passamos para o Q Cabernet Sauvignon;
No nariz cereja, amora, especiarias, pimentão, tostado.
Na boca é potente e elegante. Notas de chocolate e tabaco.
Final longo.
Elaborado com uvas de Tupungato (1250 metros) e La Consulta (1100 metros).
Terminamos com o Z (Zeta) de Zuccardi, é claro.
O principal vinho da Bodega, o ícone.
64% Malbec e 36% Tempranillo.
Madeira e fruta bem integrada.
O Malbec passou por carvalho francês e a Tempranillo por carvalho americano. Parece ter sido boa a escolha!
No nariz as frutas negras dominam. Depois aparece um toque vegetal, notas de chocolate e café.
Na boca tem o peso dos grandes vinhos. Equilibrado, notas de pimenta e tostado.
O final é bastante longo.
Dessa vez não falei as safras de propósito. Só serviriam para saber da evolução do vinho. Fiz isso depois de ouvir de diversos argentinos que Mendoza não é lugar de variações de safras. Todas as safras, ou mais de 90% são boas. O granizo que teima em cair algumas vezes, só atinge os produtores mais pobres que não cobrem as plantas com uma tela protetora que garante a colheita.
Tecnologia!
No fim cheguei a conclusão que os vinhos são como a família Zuccardi. Conseguem ser imponentes, grandes e importantes, sem deixar de ser simples, verdadeiros e pequenos (na estatura é claro).
Se um dia ver Alberto ao lado da Rainha da Inglaterra, não se impressione, no dia seguinte pode estar com as mãos na terra de Mendoza.
Viajamos com o apoio da Mendoza Holidays http://www.mendozaholidays.com/
0 comentários:
Postar um comentário