quinta-feira, 30 de junho de 2011
Vinhos da Cinco Tierras mostram qualidade e preço
Eu conheci o Cinco Tierras no Encontro de Vinhos de Ribeirão Preto, no ano passado, quando o vinho ficou entre os top 5 coom um preço de 70 reais. Preço excelente perto dos vinhos que enfrentou na prova às cegas.
Nesta semana tive o prazer de conhecer o proprietário da vinícola e os outros vinhos que também mostraram qualidade e preço.
Provei o branco de Torrontés 2009, do Valle de Cafayate, em Salta (45 reais), com rótulo desenhado pela esposa francesa Marie Geneviève.
E os tintos: Cinco Tierras Clássico Bonarda (40 reais), Clássico Malbec (45 reais), Reserva Cabernet Sauvignon (75 reais), Premium Merlot (70 reais), Reserva Malbec (78 reais) e o Reserva de Familia (220 reais).
Todos os vinhos demosntraram qualidades e nenhum defeito.
Me chamou atenção os preços do Clássico Bonarda, que é um vinho com boa concentração, notas de frutas vermelhas, lavanda e caramelo.
Na boca é bem equilibrado, tem bom corpo e bom final.
O preço é excelente!
40 reais.
O Clássico Malbec, por 45, mostra as características da variedade.
Violeta, amora, framboesa e cereja.
Na boca não revela ser um 2005.
Tem muito frescor, maciez e bom equilíbrio.
O Malbec Reserva, por 78 reais também vale cada centavo.
Tem mais complexidade, notas de cacau, amora, baunilha e café.
Na boca é encorpado e bem equilibrado.
O final é longo.
Claro que o Reserva de Familia 2002, top da vinícola, é um ótimo vinho, mas tem obrigação de ser, pelos seus 220 reais.
Aqui entram o tabaco, chocolate, caixa de charuto e boa fruta vermelha.
Na boca é macio, bem equilibrado e tem um final bastante longo.
Mais um vinho do novo mundo com quase dez anos que ainda deve melhorar e resistir na garrafa por bastante tempo.
Eu e o Daniel Perches conversamos com o importador, Marcos, o produtor Rubén e a esposa artista de rótulos, Marie Geneviève.
Veja o vídeo:
quarta-feira, 29 de junho de 2011
Porto Mediterrâneo no Encontro de Vinhos
Com um catálogo de vinhos da França, Portugal, Espanha, Chile e Argentina, a Porto mediterrâneo reforça o time do Encontro de Vinhos, do dia 4 de Agosto, em São Paulo.
Os vinhos que eu provei da Porto Mediterrâneo me agradaram bastante e devem agradar muito quem for ao Encontro de Vinhos.
Destaco o Murua, da Rioja (Espanha) e o Quinta do Judeu do Douro (Portugal).
Quam já foi ao Encontro de Vinhos do Hotel San Raphael com certeza volta.
Quem ainda não foi, precisa ir.
Dia 4, de Agosto, das 12 às 22 horas, no vigésimo andar.
Largo do Arouche, 150 - Centro - São Paulo.
www.encontrodevinhos.com.br
D.O.C Importadora é mais uma atração do Encontro de Vinhos. Tem Espanha, Argentina e Adolfo Lona!
Dia 4 de Agosto, das 12 às 22 Horas, quem for ao Encontro de Vinhos vai conhecer os produtos da D.O.C. Importadora, de Cachoeiro do Itapemirim, terra do rei Roberto Carlos, no Espírito Santo.
Eles têm um catálogo de respeito.
As cavas e os vinhos da Vallformosa, os vinhos da D.O. Toro da Liberalia, os argentinos da Lariviana, o sabor da Catalunha com os vinhos da Celler el Masroig e os famosos espumantes brasileiros de um quase mito da Serra Gaúcha, o argentino Adolfo Lona, que ajudou no desenvolvimento do setor vitivinícola Brasileiro.
Relembrando!
4 de Agosto, das 12 às 22 horas, no vigésimo andar do Hotel San Raphael, no Largo do Arouche, 150, centro de São Paulo.
www.encontrodevinhos.com.br
http://www.espacodoc.com.br
terça-feira, 28 de junho de 2011
Yellow Tail Shiraz 2009 - Austrália
A importadora abflug acredita que o melhor caminho é popularizar o vinho, aumentar o consumo e desmistificar a bebida. Eu concordo com eles!
O vinho é e sempre vai ser uma bebida simples, para se beber como qualquer outra com um único julgamento: Gostar ou não gostar.
Nada é mais importante do que o mais básico julgamento de tudo que passa pela nossa boca.
Comemos uma carne e não procuramos saber nada além disso. Bebemos uma cerveja e normalmente exigimos apenas a temperatura correta. Assim deve ser com os vinhos.
Uma das armas da importadora para trazer os bebedores de outras bebidas para o mundo do vinho é o Yellow Tail.
A garrafa moderna que conquistou os Estados Unidos, tem tudo para conquistar também o consumidor brasileiro.
De cara pode-se dispensar o saca-rolhas. Um equipamento que pode aborrecer os mais apressados. Basta girar e pronto. Screw Cap.
O vinho é bem agradável.
Vinho para beber sem frescura, sem grandes análises e sem defeitos.
No nariz tem boa fruta e um toque de especiarias (baunilha).
Na boca é ligeiro.
Um leve adocicado, bom equilíbrio e final médio.
Bom para beber em qualquer lugar.
Num barzinho, num boteco e pelo preço até na casa da sogra!
O preço vale!
35 reais em todos os supermercados da rede Walmart.
segunda-feira, 27 de junho de 2011
Expand no Encontro de Vinhos de 4 de Agosto
A importadora que ajudou a espalhar a cultura do vinho no Brasil confirma mais uma vez presença no Encontro de Vinhos.
A Expand participou do Encontro de Vinhos de Ribeirão Preto, do Encontro de Vinhos Off e agora garante presença no evento do Hotal San Raphael.
Dia 4 de Agosto, das 12 às 22 horas, no vigésimo andar do Hotel San Raphael.
Largo do Arouche, 150 - Centro de São Paulo.
http://www.adegaexpand.com.br
www.encontrodevinhos.com.br
Vinhos da Enoport degustados na Vino & Sapore
Mais uma vez a Vino e Sapore reuniu gente do vinho para uma degustação.
Dessa vez foram os vinhos Portugueses da Enoport, importados pela Domno.
Começamos com o Vinhas Altas 2008, um Vinho Verde elaborado com as variedades Arinto (40%), Loureiro (30%) e Trajadura (30%).
No nariz pera e frutas cítricas. Na boca é picante e tem um final agradável.
Fomos para os tintos:
Catedral 2005 (Dão), Romeira 2009 (Alentejo), o Almagrande (Douro com 100% Touriga Nacional) e o meu preferido.
Aquele vinho que eu correria para a loja comprar.
O Magna Carta Reserva 2008.
Um alentejano elaborado com Syrah (40%), Aragonês (40%) e Alicante Bouchet (20%).
O vinho estagiou 9 meses em barricas francesas de primeiro uso.
Tem 13,5% de álcool.
No nariz cereja, geleia de morango, framboesa, baunilha e café.
Na boca é macio, equilibrado e elegante.
No final longo, vem junto um toque mentolado.
Custa 80 reais.
Vale!
http://www.domno.com.br/
http://www.vinoesapore.com.br/
domingo, 26 de junho de 2011
Variedades - Gouveio ou Verdelho
Cultivada do Douro ao Alentejo, a Gouveio é também chamada Verdelho no Douro. Nada a ver com a Verdelho cultivada nos Açores e Madeira. É uma variedade de boa produção com cachos pequenos de cor verde amarelada.
Os vinhos produzidos com Gouveio apresentam um excelente equilíbrio entre acidez e açúcar, boa graduação alcoólica e notas minerais e cítricas.
Normalmente os vinhos elaborados com a Gouveio são elegantes e podem envelhecer bem em garrafa.
sábado, 25 de junho de 2011
Wences 2004 - Toro - Espanha
Vinho Top 5 do Encontro de Vinhos Off.
Irmão mais velho do Piedras, vencedor do Top 5 do encontro de Vinhos 2010.
No nariz, amora, baunilha, chocolate, cafe, canela, tabaco, funghi e pinho.
Muita coisa né?
Na verdade isso acontece quando bebemos um vinho com calma, esperando que se abra, que os aromas apareçam, mas claro, o vinho precisa ser complexo, de qualidade.
Na boca o Wences é encorpado, taninos firmes, mas finos, elegantes.
Tem 14% de álcool, mas não se percebe. O vinho é muito bem equilibrado.
O final é longo e deve ser muito longa também a vida do vinho.
Mostra estrutura para envelhecer bem em garrafa.
Custa 229 reais na Ravin.
http://www.ravin.com.br/Produto/Default.aspx?idProduto=72
Um Biô da Alsace no calor do Inverno Brasileiro. Riesling 2009 de Dominique e Julien Frey
O feriado foi de vinho branco na Praia.
Levei esse Riesling elaborado com uvas de agricultura biológica para enfrentar a paisagem de Angra.
A taça que me arrumaram não era grande coisa.
Os produtores só usam leveduras indígenas.
No nariz o vinho é exuberante.
Pera, pêssego, maçã e pedra.
Na boca é equilibrado, corpo médio e elegante.
Notas cítricas e bom frescor.
O final é longo.
Quem disse que praia é lugar de cerveja e caipirinha?
O vinho custa 73 reais na Cave Jado.
Deve ser um dos alsacianos mais baratos do mercado.
Vale a pena!
http://www.cavejado.com.br/
sexta-feira, 24 de junho de 2011
Brunello di Montalcino Capanna 2006 - Toscana - Itália
Na prova dos Brunellos 2006 em São Paulo, outro vinho que impressionou bastante foi este aí.
O Capanna era um dos vinhos que estava acima da média.
No nariz as notas de amora, cereja e cassis, se juntavam a notas de funghi, lavanda e terra.
Um vinho muito complexo que deve melhorar muito nos próximos 10 anos. E nem precisa melhorar!
O vinho já é ótimo!
Na boca consegue ser macio, mesmo tão jovem, é encorpado, equilibrado, elegante.
No final longo, notas mentoladas.
Com este vinho não tem decepção.
A única é que me parece que ele não é ainda importado para o Brasil.
Pedro, Cecília e Maria Antonieta...
Cecilia apareceu num dia de inverno rigoroso, bateu na porta e disse que tinha o mundo em suas mãos.
Como assim? Perguntou Pedro.
Trabalho como gerente de exportações, não existe mercado nesse mundo que eu não conheça.
Pedro levantou os olhos por cima dos óculos e deu um leve sorriso da falsa de modéstia de Cecília.
-Não temos dinheiro para pagar alguém que tenha o mundo nas mãos.
-Quem aqui falou em dinheiro? Me proponho a trazer dinheiro, não tirar.
-Então arrumei alguém que tem o mundo nas mãos e ainda trabalha de graça?
-Não exatamente. Acaba de contratar alguém que vai dobrar o seu faturamento e receber uma comissão por isso.
Pedro gostou da falsa de modéstia de Cecília e contratou a morena imediatamente.
Em um mês de trabalho Cecília já havia provado que falava menos ainda do que era capaz de fazer.
O faturamento da vinícola dobrou em 6 meses e Pedro percebeu que Cecília era muito mais do que competente. Cecília era irresistível.
Os cabelos negros, os olhos escuros, o corpo irretocável.
Curioso era saber que Cecília saía pouco de casa, não tinha namorado e passava suas horas de folga com a família, em Valladolid.
Pedro passou diretamente de admirador a apaixonado.
A timidez atrasou em alguns meses a iniciativa um tanto quanto desajeitada de Pedro.
Num dia de verão, quando provavam as uvas para definir o momento exato da colheita, Cecília colocou maliciosamente uma uva na boca de Pedro, que entre as batidas rápidas de um coração desesperado, pegou Cecília pelos ombros, avançou com os lábios ainda doces e roxos e beijou Cecília enquanto os óculos despencavam.
O beijo foi longo, generoso, doce, molhado, ardente.
Seria melhor se Pedro não esquecesse dos óculos, que fizeram falta no momento de apreciar o corpo esguio e musculoso de Cecília.
A partir desse dia a cabeça de Pedro tinha o pensamento fixo: Cecília.
Os vinhos já estavam em 32 países, 30 vieram com a chegada de Cecília.
Tudo ia bem. Bem demais.
Trabalho, namoro, vinhedos...
Num dia frio de Outono quando as folhas atingiam um tom dourado, Pedro acordou e procurou os braços de Cecília.
Levantou, abriu a janela e nem sinal.
Desceu as escadas, bebeu o café ainda quente e saiu.
Foi direto para o meio dos vinhedos, onde Cecília gostava de caminhar sem rumo.
Já preocupado, Pedro voltou pra casa, correu pelos 4 cantos até perceber bem ao lado da cama um breve, brevíssimo bilhete.
-Gracias por todo...
O desespero tomou conta de Pedro. O desânimo não deixou que saísse de casa pelos próximos 6 meses. Vendeu toda a produção de uvas pelos dois anos seguintes. Sobrevivia.
Os clientes desapareceram, as uvas vendidas por ele se transformavam em vinhos fantásticos e Pedro apenas pagava contas, ficava grudado ao computador procurando por Cecília e bebendo as garrafas de safras anteriores.
Um dia antes da colheita, quando venderia todas as uvas da produção, um telefonema dos Estados Unidos mudaria todos os planos de Pedro.
-Senhor Pedro, queremos todo vinho possível. Se quiser compramos toda a produção.
Assustado Pedro reuniu seus melhores amigos e pediu ajuda para voltar ao trabalho. O trabalho foi feito como de costume, as uvas se transformaram num suco concentrado e excelente.
Nem bem a fermentação terminou e os vizinhos já falavam pelos 4 cantos: - nota 100, o vinho de Pedro recebeu nota 100 do tal crítico americano.
Nem isso dava alegria a Pedro, mas diminuía um pouco a tristeza.
Vinho envelhecido, engarrafado e ânimo parcialmente recuperado. Passaram-se 3 anos, do telefonema até a entrega dos vinhos devidamente criados em barricas francesas.
O comprador americano ficou com 40% da produção, os outros 60 foram pulverizados pelos outros 31 países que voltaram a comprar de Pedro e o mercado interno.
Na nota fiscal que acabara de chegar dos Estados Unidos, Pedro viu a assinatura de Cecília e isso lhe rendeu mais duas semanas sem ver a luz do dia.
Junto com a primavera e com os primeiros brotos de uva, veio uma venezuelana fria e voluntariosa que só se tornaria amável com a timidez de Pedro.
Claro que Cecília ainda deve viver embaixo dos cabelos grisalhos daquele castelhano, mas que Maria Antonieta trouxe Pedro de volta pra vida, ah, isso trouxe...
quinta-feira, 23 de junho de 2011
Wine Experience no Encontro de Vinhos de 4 de Agosto
Os vinhos dos Estados Unidos só não invadem o mundo por venderem quase toda a produção no mercado interno. São vinhos de alta qualidade reconhecidos por toda a critica internacional. No Brasil alguns importadores trazem essas maravilhas para nós.
A Wine e Experiece garantiu presença no Encontro de Vinhos que acontece dia 4 de Agosto, no Hotel San Raphael, no Largo do Arouche, 150, vigésimo andar, no centro de São Paulo.
quarta-feira, 22 de junho de 2011
Só um escritor, padre e médico para definir o vinho: François Rabalais
Le jus de la vigne clarifie l'esprit et l'entendement, apaise l'ire (la
colère),
chasse la tristesse et donne joie et liesse.
O suco da videira esclarece a mente e a compreensão, acalma a ira (raiva)
caça a tristeza e dá alegria.
François RAbelais foi Escritor, padre e médico. Nasceu em Chinon em 1494 e morreu em Paris em 1553. As obras Pantagruel e Gargântua garantiram seu nome na história. Teve livros proibidos, foi perseguido, reprimido por universitários da Sorbonne e teve seu último livro (Quart Livre) liberado e publicado 11 anos após sua morte.
Como nasceu em Chinon, cidade famosa pelos bons vinhos, escreveu diversas frases sobre a bebida.
Vinexpo tem eventos interessantes além da degustação de vinhos
Uma palestra sobre como se tornar um sucesso de vendas pela internet aconteceu hoje com presenças de vários especialistas, entre eles Xavier Court, fundador do site vente-privee.com.
Ontem teve uma série de degustações de vinhos italianos que deve ter deixado muito frances impressionado e na Segunda, uma degustação de 100 vinhos Bio e uma apresentação do instituto Masters of Wine.
É a maior feira do mundo!
terça-feira, 21 de junho de 2011
Os Vinhos, Os Mestres e Gerard...
O Silêncio na sala era ensurdecedor.
Os jurados olhavam o vinho, levavam ao nariz, giravam a taça, voltavam ao nariz, bebiam um gole, cuspiam.
Isso se repetiu diversas vezes, por 3 manhãs seguidas, por mais de 200 jurados.
O presidente do famoso concurso neste ano teve uma ideia no mínimo original. Mas era mais que original. Era democrática, ousada, romântica...
Um dos jurados era um canadense, apaixonado por vinhos, consumidor de taças diárias e anônimo, desconhecido, descompromissado, desligado.
Ele nem percebia os olhares dos outros jurados, mais do que acostumados com a mesma turma, mesma equipe, mesmo trabalho.
Ele também olhava o vinho, cheirava, girava, provava, cuspia.
Além disso ele fazia expressões.
Ria, franzia a testa, balançava a cabeça e até se emocionava. Chegou a ficar 15 minutos com um vinho, enquanto os sérios jurados levavam segundos.
Quando todos terminavam Gerard estava apenas na metade.
Ele nem se preocupou, nem percebeu, não deu a mínima.
Continuou no seu ritmo, nas suas caretas e emoções até a última taça.
No final dos 3 dias, o pesidente do concurso já tinha o resultado.
Martin era um veterano, presidia e julgava nos 4 cantos do mundo.
Antes do resultado final, os 237 jurados, entre eles Gerard, foram chamados para uma reunião regada a Champagne e caviar.
O canadense se divertiu desde o primeiro minuto. Bebeu, comeu, fotografou tudo.
Antes do resultado Martin chamou Gerard ao palco.
-Vi a curiosidade de todos e tive o cuidado de pedir a Gerard que não se aprofundasse na conversa com ninguém. Analisando os resultados percebi que realizamos um excelente concurso.
Percebi que os ganhadores são realmente os ganhadores e tive essa certeza pela primeira vez em toda minha vida. Sempre que terminávamos um concurso destes eu voltava pra casa cheio de dúvidas. Será que o consumidor concordaria com esse resultado? Será que ganhou um vinho de especialistas ou um vinho que agrada a todos?
Dessa vez não tenho dúvidas!
O resultado das notas de Gerard reflete sem nenhuma alteração o resultado do concurso.
Nesse momento todos olhavam para Gerard, enquanto o canadense apenas sorria.
No meio do burburinho era possível entender: quem será esse Gerard???
Martin, como se respondesse ao burburinho, disse: dessa vez um consumidor de vinhos que não vive disso, não fez cursos, não é master of wine, não é mestre sommelier, participou do juri.
Dessa vez demos ouvidos à parte mais importante do mundo do vinho. Gerard é o consumidor.
O burburinho aumentou, mas dessa vez nada era compreendido. Uns riam, uns aplaudiam, outros balançavam a cabeça, debochavam.
Gerard recebeu a palavra, pegou o microfone e disse: Obrigado! Foi divertido participar, nunca pensei.
Nunca pensei em beber de graça tantos vinhos bons!
Martin terminou dizendo: viram? Estamos mais próximos do consumidor do que muitos de vocês imaginavam. Eles ainda têm uma pequena vantagem. Sabem que só precisam gostar ou não gostar.
Vinexpo começou no Domingo e vai até Quinta-Feira. Os números são impressionantes
São 2400 expositores de 44 países em 95 mil metros quadrados, 8 restaurantes, 7 brasseries, centro de imprensa, sala de degustações...
A maior feira de vinhos do mundo acontece em Bordeaux em anos ímpares e viaja para Hong Kong, nos anos pares. A feira comemora também os 30 anos nesta décima sexta edição e apesar da crise, os anfitriões são maioria, seguidos, em ordem, da Itália, Espanha, Portugal, Chile, Argentina, Alemanha e Estados Unidos.
O Brasil está presente com 7 vinícolas: Boscato, Casa Valduga, Lidio Carraro, Miolo, Pizzato, Salton e Vinibrasil.
segunda-feira, 20 de junho de 2011
No Encontro de Vinhos Off tinha um vinho libanês que fez sucesso!
Os importadores Vanessa e João falam dos vinhos do Líbano:
Vem aí mais uma edição do Encontro de Vinhos. Mais uma seleção multinacional para vôce. Dia 4 de Agosto, no Hotel San Raphael, no Largo do Arouche, 150 - Centro de São Paulo. www.encontrodevinhos.com.br
Esporão Reserva Tinto 2008 - Alentejo - Portugal
Os vinhos Esporão são daqueles que vale a pena provar a cada safra.
Pela regularidade e pela consistência de um rótulo que é muito bem distribuído e fácil de encontrar no mercado brasileiro.
Este 2008 foi elaborado com as variedades Aragonês, Trincadeira, Cabernet Sauvignon e Alicante Bouschet.
A cor rubi, brilhante.
No nariz groselha, cereja, ameixa, caramelo e alcaçuz.
Na boca é encorpado e tem bom equilíbrio entre taninos, acidez e álcool.
Final longo com notas de tabaco no retrogosto.
O importador vende caixa com 6 garrafas por 561 reais.
http://www.qualimpor.com.br
domingo, 19 de junho de 2011
Empório Sório no Encontro de Vinhos de 4 de Agosto!!!
A importadora que só vende vinhos da Córsega participou de todos os Encontros de vinhos até hoje.
O que parecia uma ousadia, abrir mão de vinhos de outras regiões e países que estão consolidados no mercado, acabou se mostrando uma atitude de coragem que esta dando certo.
Os vinhos elaborados com variedades autóctones da Córsega e vinhos de variedades famosas mas com as variações do terroir da ilha, estão ganhando espaço.
Hoje o Empório Sorio tem uma loja, espaço para eventos e degustações e o mais importante, espaço no mercado de vinhos.
O Encontro de Vinhos acontece dia 4 de Agosto, das 12 às 22 horas, no Hotel San Raphael, no Largo do Arouche, 150, bem no centro de São Paulo.
sábado, 18 de junho de 2011
Vinhos da DO Bierzo mostram a força em São Paulo
São Paulo recebeu os espanhóis da região de Bierzo para uma feira bastante interessante.
Oportunidade de provar bons vinhos com as variedades brancas Godello, Doña Blanca e Palomino, além de tintos excelentes com a Mencia.
Nesse tipo de feira provamos diversos vinhos e uso a técnica de escrever sobre aquele que logo me vem à cabeça e tem um vinho que martela o pensamento igual àquelas músicas extremamente populares de refrão fácil e muitas vezes vulgar que acompanham a gente por um dia inteiro.
Menos mal que não foi o caso.
No caso, o Tebaida Nº5 – 2008 – do produtor Casar de Burbia
Foram apenas 1000 garrafas produzidas com uvas de um mesmo vinhedo de Mencia, com mais de 100 anos.
Não podia dar outra coisa.
Vinho com uma concentração incrível.
Fermentado e envelhecido em barricas francesas por 21 meses.
No nariz tabaco, amora, chocolate, alcaçuz...
Vinho muito jovem ainda!
Na boca é encorpado, macio e elegante.
O final é longo com notas de café e torrefação.
Um super vinho que ainda não tem um importador no Brasil.
O Vautuille Cepas Centenárias 2003, das Bodegas y Viñedos Castroventosa, também é um bom exemplo da região com essas plantas antigas que dão concentração e excelência ao vinho.
Passou 16 meses em barricas francesas.
No nariz framboesa, café, chocolate, caixa de charuto e cravo.
Na boca é elegante e equilibrado.
Final longo.
Importado pela Grand Cru
www.grandcru.com.br
Termino com o Tres Racimos Tinto Media Crianza 2007, da Bodega Juan José Martinez Yebra.
mais um vinho que tem na receita vinhas velhas.
A Dona Misericordia Bello, me explicou que existem muitos vinhedos com mais de 100 anos, alguns pré-filoxera.
Este nem é o vinho top da vinícola, mas poderia ser...
No nariz, amora, cereja, framboesa, cravo, baunilha e cacau.
Na boca tem muita concentração, bom equilíbrio e maciez. Vinho elegante!
Final longo.
Não tem importador no Brasil.