quarta-feira, 15 de junho de 2011

3 vezes EPU








O EPU foi criado por acaso no ano 2000.

Tudo por causa de um enólogo que implicou com parte dos vinhedos que sofriam, segundo ele, influências de um bosque de eucalipto de uma fazenda ao lado. Para ele o Almaviva ganharia notas mentoladas em exagero.

Como os vinhedos eram de excelente qualidade, a direção da Almaviva resolveu criar um novo vinho que seria elaborado com aquelas uvas e também com um pouco das uvas usadas no Almaviva.

Nasceu o EPU.

Eu ainda não tinha provado o vinho e quando o amigo Cristiano, do blog vivendovinhos.blogspot.com me convidou para uma prova eu aceitei na hora.

O Cristiano mostrou mais uma vez desprendimento e colocou na mesa da Vino & Sapore (http://www.vinoesapore.com.br/), na Granja Viana (cerca de 25 km do Centro de São Paulo) 3 safras diferentes: 2001, 2006 e 2007.

Dizem que o EPU não é considerado um segundo vinho, por tamanha qualidade e sim mais um vinho da Almaviva. Mas EPU em Mapuche significa: "2"

Vou começar de trás pra frente e depois explico porque.

O EPU 2007 é um vinho ainda fechado, mas que já mostra no nariz notas de Amora, pimentão verde, caramelo, especiarias e chocolate.

Não senti o eucalipto.

Na boca é elegante, macio e encorpado.

No final, longo, notas de café.

O 2006 foi o que menos me agradou.

Nariz com notas de ervas, terra, azeitona e cereja.

Na boca tem bom equilíbrio, tem a elegância dos grandes vinhos, mas não empolgou.

Agora explico. Deixei para o fim o EPU 2001 por achar o vinho simplesmente fantástico.

A cor já mostra a concentração, nenhum sinal dos 10 anos de idade, nada.

No nariz cacau, cereja, chocolate, geleia de frutas vermelhas, e aí sim: eucalipto.

Na boca é mais do que elegante. É aveludado, sedoso, macio...

Gosto de amora e um final longo com café torrado.

Super vinho!!!

Terminamos com um porto 10 anos da Quinta de la Rosa. Presente do amigo Álvaro Galvão do blog divinoguia.blogspot.com que não pôde comparecer.

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