terça-feira, 22 de outubro de 2013

Provei às cegas: Vick, Almaviva e 100 Barricas de Chile










Primeiro preciso explicar o projeto 100 Barricas de Chile.

Rafael Prieto, o mesmo que criou o projeto Top Winemakers e também aqueles vinhos 5x20, quando 5 enólogas mulheres fizeram um vinho e 5 enólogos fizeram outro, resolveu mostrar o Terroir do Chile em 100 Barricas.

Todas as regiões do Chile estão representadas com ao menos uma barrica.

100 vinícolas enviaram uma barrica de um vinho para o corte.

No corte 93% Cabernet Sauvignon, 5% Syrah, 1% Carménère e 1% Carignan.

O resultado foi impressionante.

No nariz notas de cassis, cereja, canela, eucalipto...

Na boca é elegante, tem corpo médio para encorpado.

Os taninos são finos, macios.

A madeira está muito bem integrada e o final é longo. 

Nota 93/100









O Almaviva tem o nome e o status de commodities.

Esse 2010 não foi das melhores safras.

No corte 61% Cabernet Sauvignon, 29% Carménère, 9% Cabernet Franc e 1% Petit Verdot.

Era o vinho mais fechado da prova. Pensei que esse fosse o 100 barricas enquanto decifrava os aromas e a complexidade dos outros dois vinhos.

O vinho foi decantado violentamente pelo sommelier e garimpeiro de preciosidades, Ariel Perez.

Depois de um bom tempo agitando na taça, apareceram as notas florais, cassis, café, tostado, cacau, especiarias...

Na boca é potente, intenso, fresco, elegante, taninos finos e equilíbrio perfeito.

Nota: 93/100








O Vik foi o primeiro a ser provado e imaginei mesmo que fosse ele.

Provei o 2009, já havia provado esse 2010 e provei uma amostra de barrica de um possível 2011.

A Viña Vik é um projeto milhonário do investidor Alexander Vik, com a assinatura de Patrick Valette, antigo dono do Château Pavie.

No nariz o vinho é bastante fresco, tem notas de eucalipto, frutas vermelhas e negras, chocolate, cravo e violeta.

Na boca aparecem notas minerais, terra, baunilha.

O vinho é super elegante, bem equilibrado, taninos macios, finos e um final longo. Muito longo.

Só 30 mil garrafas foram produzidas.

No corte 56% de Cabernet Sauvignon, 32%  Carménère, 5% Cabernet Franc, 4% Merlot e 3% Syrah.

Nota 94/100 - o melhor do dia.



Todos os vinhos custam acima de 500 reais. 

O Vik é dificil de achar e o 100 barricas, por enquanto, não está no mercado.



Reveja a entrevista de Patrick Valette sobre o Alexander Vik e o início do projeto:








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