terça-feira, 25 de outubro de 2011

Quixote 2006 - Pago Casa del Blanco - Espanha














Esse vinho acabou de chegar para o catálogo da Interfood/Todovino.


Os vinhedos ficam na cidade de Manzanares (Ciudad Real).


O nome pago, significa que a DO só existe por causa desta propriedade.


O
pedido para que aquele terroir se transformace em Pago, só aconteceu em
2009 e foi aceito pelas autoridades graças as caracteristicas únicas do
trerroir.


O solo é pedregoso, com bastante areia e com uma rara concentração de Litio.


O Quixote é um corte de Merlot, Tempranillo e Petit Verdot


Passou 12 meses em barricas francesas e americanas.

No nariz tem notas minerais bem marcantes, mas também mostra boa fruta vermelha, eucalipto, ervas aromáticas e chocolate.

Na boca é encorpado, macio, bem equilibrado e longo.

Custa 115 reais na Todovino.

Boa novidade!

http://www.todovino.com.br/ch/prod/875/VINHO-QUIXOTE-MERLOT,-TEMPRANILLO-E-PETIT-VERDOT---2006.aspx






O Espumantes são as estrelas da Cooperativa Vinícola de Garibaldi











A Cooperativa Vinícola de Garibaldi produz principalmente vinhos de
mesa, elaborados com uvas não viníferas, mas que representam cerca de 3
milhões de garrafas vendidas por ano.

As variedades americanas também representam a venda de quase 1 milhão e
meio de garrafas de suco de uva, vendido em três opções, Adoçado,
Integral e Orgânico (também integral).

Os vinhos finos, de uvas viníferas representam apenas 280 mil garrafas, 10% do que é vendido de vinho de mesa.



As estrelas no entanto são os espumantes, que confirmam a vocação de Garibaldi.

São 560 mil garrafas vendidas com a marca da cooperativa.





Destaco Giuseppe Garibaldi Brut, elaborado com 85% Chardonnay e 15%
Pinot Noir, o lançamento Rosé Primicias, elaborado com Cabernet
Sauvignon e Merlot, e o Moscatel, grande estrela da vinícola, com
diversos prêmios em concursos internacionais.

O Brut é um espumante bastante frutado, com boa acidez e cremosidade.

As borbulhas são bem finas e numerosas.

No nariz as frutas aparecem mais, principalmente maçã.

Um toque de pão tostado também aparece.

Na boca tem bom frescor e um final interessante.





O Rosé tem uma cor vermelha, poderia ser mais rosado.

No nariz framboesa e frutas cítricas.

Na boca tem boa cremosidade e bom final, mas talvez o contato mais
prolongado com a casca tenha deixado o espumante um pouco rústico.





O Moscatel realmente merece os prêmios.

Elaborado com o mesmo método italiano de Asti, com apenas uma fermentação em garrafa, esse espumante é bem claro, esverdeado.

As borbulhas são finas e nervosas.

No nariz notas florais e mel.

Na boca bom equilíbrio entre açúcar e acidez.

Tem bom final.

Todos custam na faixa de 20 reais.

Amanhã falo do Consórcio de Produtores de Espumantes de Garibaldi.






segunda-feira, 24 de outubro de 2011

La Garnacha Olvidada de Aragón - DO Calatayud - Espanha









Esse vinho tem um rótulo de brilhar os olhos de qualquer colecionador.

Mostra a planta antiga de Garnacha invadindo o sub-solo com uma precisão incrível.

O vinho não fica pra trás não.

É o tipo de vinho que pode ser comprado pelo rótulo bonito sem nenhum problema.

Faz parte do projeto Garnachas de España que tem o objetivo de resgatar a
variedade histórica muitas vezes esquecida e que tem sua melhor
expressão justamente no Valle del Ebro, onde acontece o projeto e onde
esse vinho foi elaborado.

São utilizados monovarietais que vieram de vinhedos muito antigos da
Garnacha Salvaje del Moncayo e Garnacha Olvidada de Aragón, sempre
valorizando o terroir.

O vinho passou 10 meses em barricas de carvalho frances.

Tem cor rubi, transparente.

No nariz geleia de frutas vermelhas, framboesa e verniz.

Na boca é bastante macio, taninos finos, encorpado e bem equilibrado.

Os 14,5% de álcool estão escondidos.

Final longo com notas de café.

Custa 110 reais na Vinissimo.

www.vinissimo.com.br






Em 80 anos a Cooperativa Vinícola Garibaldi conheceu a fartura, a crise e a volta por cima







No final de semana que passou visitei a Serra Gaúcha e a Fenachamp.

Essa semana pretendo contar algumas histórias que aprendi por lá.

Se alguém resolver contar a história da produção de vinhos no Brasil
precisa conhecer a história da Cooperativa Vinícola de Garibaldi.

Junto com outros jornalistas de diversos estados do Brasil, fui até la.





Ganhei um livro escrito por Cassius André Fanti, que conta a história,
os projetos e a importância da Cooperativa na viticultura brasileira.

Terminei visitando a Fenachamp pela primeira vez.





A Cooperativa tem hoje 350 associados.

Olhando pra trás, percebemos que os associados de hoje são os fortes daquela história de que só os fortes sobrevivem.

A cooperativa teve momentos de potência econômica quando por exemplo,
participou da criação da Navinsul, comprando um navio tanque da armada
francesa para transportar vinho pelo país.





O navio só foi vendido, quando a rede rodoviária do estado se desenvolveu permitindo o transporte terrestre.

O milagre brasileiro que Juscelino Kubitschek comandou na década de 50
fez com que a cooperativa apresentasse números incríveis, como um
contrato de venda de 30 milhões de litros de vinho para a França.





Assim a cooperativa chegou a 1500 associados que conheceram o outro lado
da moeda com uma crise no final dos anos 60 e início da década de 70,
que incluiu a falta de pagamento da safra e corte de créditos que quase
terminou em falência. Com tanta semelhança com a própria história do
país, até os anos da ditadura atingiram a cooperativa de forma direta.

3 associados descontentes com a cooperativa, foram presos pelo DOPS
acusados de incomodar o influente presidente da associação, Humberto
Lotti (foto abaixo).



Por sorte, a ideia era apenas intimidar os 3 associados e as consequências não foram graves.

Lotti passou 42 anos na cooperativa, foi presidente de 66 a 72 e vereador em Garibaldi.

Quando deixou a presidência da cooperativa, a situação era desastrosa.

Dividas maiores do que o patrimônio e concorrência tirando proveito e
ganhando espaço no mercado. Houve uma intervenção para evitar a falência
e no final o próprio interventor acabou contratado como
superintendente. A situação melhorou e a falência foi evitada.



 Na
comemoração dos 50 anos, foi criada a Fenachamp (Festa Nacional da
Champanha) com a presença do presidente Figueiredo, na única visita de
um chefe de estado ao município até hoje.

Nos anos 90, outra crise importante abalou a cooperativa e diminuiu sensívelmente o número de associados.

Pelas mãos do presidente Oscar Ló, a cooperativa decidiu investir,
comprou a marca Granja União, comprou equipamentos modernos e e a crise
foi embora.



Hoje são apenas 350 associados, que resistiram aos temporais.

Quando perguntado sobre o aumento desse número, Oscar deixou claro que
só os fortes enfrentaram tudo isso e não abandonaram o barco, não há
plano de crescimento do quadro associativo, o plano é de crescimento de
receita e qualidade.

A Cooperativa Vinícola de Garibaldi faturou 45 milhões de reais em 2010 e prevê um faturamento de 52 milhões em 2011.

Amanhã falo dos produtos da cooperativa.









Fotos atuais: Daniela Villar

Fotos Antigas tiradas do livro comemorativo dos 80 anos.

domingo, 23 de outubro de 2011

Ramon Roqueta 2007 - Tempranillo - Catalunha - Espanha

















Um ótimo custo/qualidade eu encontrei na feira do Empório Net Drinks.

O Ramón Roqueta é importado pela Cálix, que é de propriedade da Decanter.

O vinho passou 3 meses em barricas de carvalho frances e americano.

A cor é rubi, transparente.

No nariz notas de groselha, cereja, baunilha, floral e mineral.

Na boca é macio, fácil de beber, bom equilíbrio e acidez.

Corpo médio.

O vinho é longo e o preço é maravilhosamente curto: 42 reais.

Na Catalunha, a Tempranillo é chamada também de Ull de Lebre. 

www.calixvinhos.com.br