domingo, 30 de junho de 2013

Cerveja com abóbora? Por Alessandro Pinesso*


Nos EUA, é muito
comum encontrar cervejas feitas com adição de abóbora, geralmente denominadas Pumpkin Ales. Embora não seja
classificada como um estilo propriamente dito, as origens desta alquimia estão
nos primórdios da história dos EUA. Os colonos de antão, conhecidos como pilgrims, logo descobriram as muitas
propriedades daquela estranha planta de cor alaranjada e a incorporaram à sua
dieta.





Em geral, as pumpkin ales são sazonais, produzidas
entre agosto e novembro, no outono. O método de produção varia muito. Alguns
cervejeiros adicionam pedaços de abóbora durante a produção, outros preferem
adicionar um purê da fruta. Também é comum a adição de especiarias empregadas
nas tradicionais tortas de abóbora, como gengibre, noz-moscada, cravo, canela,
pimenta da Jamaica entre outros. O sabor típico é suave, com pouco ou nenhum
amargor, residual de malte e aftertaste condimentado. Os melhores rótulos são
elaborados com abóbora de verdade, sem aromatizantes, e a abóbora assada pode
proporcionar melhores resultados.





Uma das mais
interessantes que tive a oportunidade de degustar foi a Post Road Pumpkin Ale,
obra do mestre Garrett Oliver, da Brooklyn Brewery, uma das melhores
cervejarias da terra do Tio Sam. Além de abóbora, também leva canela e
noz-moscada. Ao servir a cerveja, chama a atenção sua bela cor alaranjada,
coberta por uma camada de espuma bege. Nos aromas, as citadas especiarias, o
dulçor do malte e o herbal do lúpulo. Na boca, uma certa adstringência,
provavelmente causada pelo lúpulo, bem marcante, além de especiarias, maçã
assada e o adocicado da abóbora. No geral, uma cerveja de excelente
drinkability, refrescante, muito boa. Pela elegância, quase poderia ser
confundida como uma ale inglesa, talvez até mesmo por ser uma homenagem ao
passado (leia abaixo). É produzida entre os meses de agosto e novembro.





Um pouco de história




























A Post Road é uma
homenagem a estes bravos colonizadores que, no século XVII, já produziam a sua
própria pumpkin ale, acrescentando
caqui, lúpulo, açúcar de bordo (maple,
em inglês), a planta de onde se extrai o famoso maple syrup, geralmente consumido com panquecas. Como curiosidade,
abóboras ocas eram usadas como forma para os cortes de cabelo da época. Por
isso, os habitantes da Nova Inglaterra foram apelidados de pumpkinheads (cabeça-de-abóbora).





Post Road Pumpkin Ale


Brooklyn Brewery


EUA – Nova York –
5,0% de álcool

























Outros rótulos:



Sauber Pumpkin Ale


Sauber Beer


Brasil – Mogi Mirim,
SP – 4,7% de álcool

























Líquido âmbar escuro,
levemente turvo, espuma branca persistente. No aroma, reina a abóbora, seguida
de condimentos com canela, cravo e pimenta e lúpulo suave. Os sabores seguem o
aroma, com residual adocicado da abóbora e amargor suave.








Rogue Chatoe Pumpkin Patch Ale


Rogue Brewery


EUA – Newport – Oregon – 5,6% de álcool







Cor âmbar, escura, filtrada, com boa formação de
espuma. Aromas de abóbora, canela, gengibre e especiarias. Na boca, remete às
velhas receitas de doce de abóbora, contrabalanceado pelo amargor do lúpulo e
condimentos.







*Alessandro
Pinesso é sommelier de cervejas formado pela Associação Brasileira de
Sommeliers (ABS) e Association de la Sommellerie Internationale e Mestre em
Estilos Cervejeiros pelo Instituto da Cerveja Brasil, associado ao Brewers
Association dos EUA.




























sábado, 29 de junho de 2013

Tudo sobre as regiões francesas - Bourgogne - Parte 15 - Sub-Região Chablis et Yonne - AOC Saint-Bris








A AOC Saint-Bris fica no território de 7 comunas de Yonne.

São 115 hectares de superficie plantada.

A altitude varia entre os 150 e 275 metros.

Aqui a grande estrela é a Sauvignon Blanc, uma quase intrusa na Borgonha.

Também a Sauvignon Gris aparece nos vinhos.


Nesse terroir de solo argilo-calcário, a Sauvignon Blanc se transforma em vinhos com mais personalidade quando deixados envelhecer até a maturidade.

Os produtores tratam de deixar a variedade em locais onde a exposição solar é um pouco menor.

No total, a AOC Saint-Bris produz cerca de 4100 hectolitros por ano.

São brancos secos, vivos e de personalidade.

No nariz mostram notas cítricas, pêssego, lichía e cassis.

Na boca são vinhos tenros, amplos com boa fruta e final de especiarias.

Devem ser apreciados jovens ou depois de alguns anos em garrafa, quando apresentam notas de frutas confitadas.


É hoje o Encontro de Vinhos Campinas. Esperamos você!







Começa hoje, 2 da tarde até 10 noite.

O Encontro de Vinhos aparece pela segunda vez na cidade levando mais de 20 expositores com mais de 150 rótulos para prova.

Uma oportunidade de negocios, de aprendizado e de fazer boas compras direto com importadores e produtores.

O ingresso pode ser comprado no local por 60 reais.

Sócios da ABS e SBAV pagam metade.

Esperamos você no Tênis Clube de Campinas, na rua Coronel Quirino, 1346 - Bairro Cambuí

www.tcc.com.br

Lista de expositores no nosso site:

www.encontrodevinhos.com.br

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Evelyn Fligeri fafa sobre a harmonização vinho e comida japonesa.





A harmonização de vinhos com comida japonesa costuma ser muito difícil e isso acontece por conta, principalmente, dos temperos e molhos japoneses não serem muito suaves. Há shoyus, vinagre de arroz, wasabi, gengibre, rabanete, saquê, missô, e mais alguns outros sabores difíceis para a bebida do deus Baco.

Por conta disso, busque vinhos com boa dose de acidez (geralmente os vinhos brancos), e que tenha corpo de leve a médio, para se adequarem ao peso da comida. Procure fugir dos vinhos que passaram por barrica de carvalho, pois esses costumam pesar mais que o prato.

Minhas indicações são: Para peixes crus, vá de Riesling, Champagne, Espumante Brut ou um Sauvignon Blanc de regiões bem frias; para uma sopa de missô, tempura, peixe cozido no vapor com legumes e aqueles molhos todos,  vá de Manzanilla. Mas lembre-se: o Wasabi deve ser usado com moderação para não derrotar o vinho!







Evelyn Fligeri tem o blog: http://tacaserolhas.blogspot.com.br/

Tudo sobre as regiões francesas - Bourgogne - Parte 14 - Sub-Região Chablis et Yonne - AOC Petit-Chablis








A AOC Petit-Chablis é uma appellation communale produzida em uma série de comunas de Chablis, no departamento de Yonne.

Os vinhedos ocupam cerca de 70 hectares, de uma parte a outra do vale do Serein.

Os solos são de Calcário.

A denominação Petit-Chablis reúne as parcelas que são plantadas nas partes mais altas do plateau, a cerca de 250 metros acima do nível do mar, onde a exposição ao sol é melhor.


Os vinhedos podem ser afetados pelas geadas da primavera, portanto, os viticultores lutam contra isso, usando os processos conhecidos de aquecimento da atmosfera.

As safras influenciam bastante na qualidade dos vinhos.

A única variedade utilizada é a Chardonnay, chamada na região pelo nome de beaunois.

O terroir é bastante propício para a variedade e a produção chega a 37,5 hectolitros por ano.

Os vinhos são de grande qualidade.

São leves e frutados, com uma acidez equilibrada, aromas de flores brancas e cítricos, com notas minerais bem presentes.

Podem ser bebidos jovens, mas o melhor é esperar no mínimo 2 anos.


É amanhã o Encontro de Vinhos Campinas. Hoje é o último dia para comprar ingressos com desconto!!!










Mais de 20 expositores, mais de 150 rótulos para a prova, bistrô Voilà Gourmet e um ambiente que só o Encontro de Vinhos consegue criar.


Sábado, das 14 às 22 horas, no Tenis Clube de Campinas - Rua Coronel Quirino, 1346 - Cambuí.
www.tcc.com.br

Ingressos mais baratos (50 reais) pelo site:
www.encontrodevinhos.com.br/venda-de-ingressos/
Ingressos no dia da feira: 60 reais.
Sócios da ABS: 30 reais (também à venda pelo site)


quinta-feira, 27 de junho de 2013

Saiu o Top 5 do Encontro de Vinhos Campinas










Dessa vez o Top 5 foi feito alguns dias antes 


do Encontro.


Normalmente a escolha acontece no dia da 


feira, mas resolvemos facilitar a vida dos 


expositores já que os vinhos escolhidos sempre 


são bastante procurados pelos visitantes.


Agora o visitante já sabe quais são os vinhos 


que venceram na prova às cegas.


Cada expositor tem direito de enviar uma 


amostra sem nenhum custo extra ou quantas 


amostras quiser pagando um valor por cada 


vinhos que enviar a mais.


A prova aconteceu na Quarta (26) na Casa do Porto, em São Paulo.


Vitória de um argentino já bem conhecido do 


Top 5, um domínio do Veneto até a quarta 


posição e um vinho de preço incrível em quinto 


lugar. 


Vamos ao resultado:

















1º Judas 2009 - Bodegas Sottano - Mendoza - 


Argentina - 100% Malbec - Importadora Max 


Brands - R$ 300,00





2º Amarone Bosan 2003 - Cesari - Veneto - 


Corvina (80%) Rondinella (20%)- Max Brands - 


R$ 456,00





3º Predaia IGT 2003 - Santa Sofia - Veneto - 


Cabernet Sauvignon (85%) Corvina e Rondinella 


(15%)- Ravin - R$ 198,00





4º Ripassa Zenato 2009 - Ripasso Superiore - 


Azienda Zenato Veneto - Corvina - 


World Wine - R$ 146,00





5º Baladero Cabernet Sauvignon 2007 - Fermasa 


- Mendoza - 100% Cabernet Sauvignon - Barrica 


Negra - R$ 26,00








Vale a pena ir ao Encontro para conferir.


Sábado, das 14 às 22 horas, no Tenis Clube de Campinas - Rua Coronel Quirino, 1346 - Cambuí.
www.tcc.com.br

Ingressos mais baratos (50 reais) pelo site:
www.encontrodevinhos.com.br/venda-de-ingressos/
Ingressos no dia da feira: 60 reais.
Sócios da ABS: 30 reais (também à venda pelo site)






quarta-feira, 26 de junho de 2013

Confira a Lista dos Expositores do Encontro de Vinhos Campinas - Ainda dá pra comprar ingressos mais baratos pelo site









La Cristianini - http://www.lacristianini.com.br/vinhos/

Ravin - www.ravin.com.br

Vinissimo - http://www.vinissimo.com.br/

Cantu - www.cantuimportadora.com.br

MS Import - www.msimport.com

Max Brands - http://www.mxbrands.com.br/

Chez France - http://loja.chezfrance.com.br/

Weinkeller - http://www.weinkeller.com.br/

World Wine - http://www.worldwine.com.br/

Todovino - http://www.todovino.com.br/

Winebrands - http://www.winebrands.com.br/

Idealdrinks - http://www.idealdrinks.com/

Barrica Negra - http://www.barricanegra.com.br/

Casa Valduga - http://www.casavalduga.com.br/Home.php

Miolo - http://www.miolo.com.br/

Domno - http://www.domno.com.br/

Casa de Madeira - http://casamadeira.com.br/

Perini - http://www.vinicolaperini.com.br/

Família Geisse - http://www.vinicolageisse.com.br/

Lidio Carraro - http://www.lidiocarraro.com/

Voilà Gourmet - http://www.voila.me/

Empório Brunetto - emporiobrunetto.com/

Lindoya Verão - http://www.lindoyaverao.com.br/

Enocultura - http://www.enocultura.com.br/

Apoio:

Prazeres da Mesa

CBN

Chef&Sommelier








Sábado, das 14 às 22 horas, no Tenis Clube de Campinas - Rua Coronel Quirino, 1346 - Cambuí.
www.tcc.com.br

Ingressos mais baratos (50 reais) pelo site:
www.encontrodevinhos.com.br/venda-de-ingressos/
Ingressos no dia da feira: 60 reais.
Sócios da ABS: 30 reais (também à venda pelo site)


Tudo sobre as regiões francesas - Bourgogne - Parte 13 - Sub-Região Chablis et Yonne - AOC Irancy












A AOC Irancy se divide por 3 comunas, Irancy, Vincelottes e Cravant. 



Os vinhedos ocupam 88 hectares em solos de
marga e calcário de 3 tipos 
diferentes.

 

O terroir em encostas é bastante propício
para a produção de boas uvas e a 


 

partir disso, vinhos de qualidade.

 

A Pinot Noir consegue se expressar
perfeitamente nesses terrenos 
calcários.



Outra variedade está plantada nos mesmos lotes de Pinot e é vinificada
 



misturada com a variedade principal. É a César, que é autorizada numa porcentagem de 5%.



É uma variedade autóctone da região, onde
também é chamada de Romain.




Os melhores elaborados com este corte (Pinot
Noir/César) são produzidos em 




um micro-terroir chamado Palotte. São
vinhos de guarda, mais encorpados e 




com a cor mais forte e concentrada.



Os tintos de Pinot Noir 100% são mais leves,
agradáveis e frutados, mas não  




são de longa guarda e têm a cor mais suave.



A produção anual dos vinhos de Irancy
chega a 3 400 hectolitros.




Normalmente alguns cursos ensinam que na
Borgonha a única tinta é a Pinot 




Noir, nesse caso, responda errado e ganhe o
diploma...



terça-feira, 25 de junho de 2013

Pesquisa importante do IBOPE diz que brasileiros devem gastar 6 bilhões de reais este ano com bebidas fermentadas








Li ontem a tarde no site globo.com

Os gastos dos com cerveja, vinho e champanhe, podem chegar a R$ 6,10 bilhões neste ano, de acordo com pesquisa divulgada pelo IBOPE Inteligência nesta segunda-feira (24). Na comparação com o mesmo período do ano anterior, o consumo desses produtos será 10% maior.

A classe B deve ser responsável por 2,61 bilhões, sendo a classe com maior potencial de consumo.A classe C vem em segundo com 2,42 bilhões e a classe A (pasmen) com apenas 686 milhões.

As classes D e E ficam com apenas 379 milhões.

Por região, o sudeste lidera com 3,07 bilhões, depois vem a região sul com 1,15 bilhão e Nordeste com 975 milhões.

A região sul é a que representa o maior gasto por habitante (R$49,01), depois vem o centro-oeste com R$ 43,63 e o sudeste com R$ 40,43.

A pesquisa ainda informou que a classe B do sudeste é a que mais consome R$ 1,45 bilhão (previsão para 2013), depois vem a classe C do sudeste com 1,09 bilhão.

As classes que menos consomem são D e E do Centro-Oeste, com potencial de consumo de 22,16 bilhões.