quarta-feira, 31 de julho de 2013

Quinta da Mieira Branco 2011 - Um Rabigato de respeito!!!







Já faz algum tempo que os vinhos brancos do Douro deram um salto de qualidade.

Mesmo assim, os tintos sempre aparecem mais, são mais comentados e ganham pontuações mais altas.

Esse é elaborado com a variedade Rabigato.

É uma variedade que se destaca pela acidez, permitindo a produção de vinhos que envelhecem bem em garrafa.

No nariz, o Quinta da Mieira 2011 mostra notas de abacaxi, minerais, pêssego e principalmente camomila.

Na boca a camomila aparece de novo.

É macio, equilibrado, elegante, e claro, tem a acidez da Rabigato.

É um vinho fresco e cremoso, com um final longo e agradável.

Não passou por madeira.

O preço é excelente.

60 reais.

Importado pela Winery http://www.wineryimport.com.br/

terça-feira, 30 de julho de 2013

Tudo sobre as regiões francesas - Bourgogne - Parte 37 - Sub-Região Côte de Beaune - AOC Auxey-Duresses










A AOC Auxey-Duresses foi criada em 1937 e é mais uma appellation Villages da Côte de Beaune.


Os vinhedos ficam a sudoeste de Beaune, entre Monthelie et Saint-Romain. 


São 115 hectares de solo argilo-calcário, com uma produção anual de cerca de 7 mil hectolitros, sendo 70% de vinhos tintos, elaborados com a Pinot Noir.


Os vinhos são potentes.


Na boca, são macios e complexos.


Na juventude são adstringentes, com o tempo os taninos ficam mais macios e o vinho ganha uma textura aveludada com notas animais e de especiarias.


São vinho de guarda, que podem esperar em garrafa entre 5 e 10 anos para atingirem o ponto ideal.


A AOC sofre pela proximidade com os mais famosos Pommard, mas seus vinhos não devem nada ao vizinho no quesito qualidade.


Auxey-Duresses tem 9 Premiers Crus como por exemplo Les Duresses, dividido com a AOC Monthelie, que tem vinhos bastante aromáticos e La Chapelle que produz vinhos mais potentes.


O dia em que Marianne enfeitiçou Joseph.







Joseph já estava cansado de tanto trabalho nos vinhedos e por isso contratou Marianne para cuidar de tudo.

Cuidou das finanças, das exportações, dos vinhedos, das contas pessoais dele, de tudo.

Joseph se limitava a gastar o dinheiro que havia guardado desde o Bar Mitzvah (e olha que ele já tinha quase 48 anos, fazia muito tempo, muito dinheiro pra guardar).

Ela cuidava com uma atenção implacável.

Nenhum centavo seria desviado por Marianne.

Um caráter acima de qualquer suspeita.

Aquele tipo de pessoa que só tem pensamentos bons, construtivos, otimistas, corretos.

Ela também não julgava nada, não opinava sobre os gastos de Joseph (que agora eram dignos de um magnata).

Não bastasse tudo isso ela ainda era de um charme avassalador.

Se fosse só tudo isso seria difícil resistir, mas talvez fosse possível, mas os olhos azuis emoldurados por pálpebras feitas como se fosse por computador, pernas longas, bem torneadas e musculosas (sem excesso), uma boca de fazer inveja a Angelina Jolie, por fim, se dessem um prêmio de loteria para quem encontrasse um defeito nela o prêmio ficaria acumulado.

Joseph na sua ânsia em aproveitar a vida só foi perceber isso depois de pelo menos 1 mês.

Passeou com Caroline, com Isabelle, com Jeanne, com Christine...

Ele não era de se jogar fora e deixou corações em prantos depois de cada passeio.

Marianne era séria.

Era de uma sensualidade que tiraria o sossego de um mosteiro.

Joseph foi percebendo aos poucos que tinha uma jóia por perto.

Tentava investir, mas a seriedade impedia uma aproximação.

Conversas pelos vinhedos, degustações nas tranquilas salas de barricas, uma taça de vinho no final da tarde e um pôr do sol que mudaria tudo.

Naquele fim de tarde Marianne contou que tinha perdido o grande amor da vida dela.

Ele tinha ido embora pra sempre, depois de um acidente automobilístico.

Tudo ia bem entre eles.

Os dois não se cobravam, não brigavam, não pensavam duas vezes antes de qualquer divertimento, qualquer agrado que pudesse levar o outro ao paraíso.

Depois do acidente Marianne fez uma viagem longa.

Passou pela África, pelo Oriente e Oceania.

Na Austrália trabalhou em vinhedos e pegou um gosto pelo trabalho que fez com que a dor se limitasse a uma saudade infinita e diária.

Joseph ouvia tudo em calma, com momentos de dó e momentos de esperança.

Sabia que poderia tentar preencher aquele vazio. Queria preencher.

Os olhos de Marianne hipnotizavam Joseph.

O vinho acompanhava cada frase, em goles pequenos e maiores...

As taças giravam, o olfato, o paladar...

Joseph deu o beijo mais inesquecível de sua vida.

Um beijo longo, bem correspondido e bem acompanhado de carícias e uma noite que passou num segundo.

Marianne foi embora antes mesmo que ele acordasse.

Nunca mais voltou.

Caroline, Isabelle, Jeanne e Christine, ainda insistiam em Joseph.

Ele sofria com isso e não insistia com Marianne.

Soube que ela havia voltado para a Austrália.

Os anos passaram e ele jamais esqueceu daquela noite.

Continuou passeando pelos vinhedos do Loire e pelas vidas de Caroline, Isabelle, Jeanne, Christine...

Nunca conseguiu ver nada de Marianne em nenhuma delas.

Aguentava firme a dor.

Dizia sempre: "prefiro o sofrimento por ter amado sem ser amado do que as vezes que fui amado sem amar..."

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Uma dica para amantes da boa comida, vinho e cerveja, em São Paulo. Por: Jane Prado










Eu sei que está frio, mas isso não é motivo para deixar a vida passar. 


O jeito e enxotar a preguiça, marcar com os amigos e ir pra rua.


Semana passada fomos num restaurante muito legal, na rua Tutóia 451, no Paraíso.










Na ocasião ainda não estava este frio todo é verdade, tanto que escolhemos um vinho branco para harmonizar com nosso jantar.


Se estivesse frio o vinho seria outro, mas a diversão não mudaria em nada.


O restaurante Ciao!, tem dois fortes: comidinhas italianas e uma carta de cerveja incrível. 










Sim, preciso ser sincera o forte lá são as cervejas, mas tem também vinhos bem interessantes.


Aliás, no dia em que fomos das 12 mesas ocupadas, 7 estavam consumindo vinho, ou seja, é para agradar a todos. 


Inclusive, na nossa mesa havia uma garrafa de cerveja e uma garrafa de vinho...










Algumas coisas me chamaram atenção no lugar, além de ser tudo caprichadinho, já no primeiro atendimento recebemos uma garrafa d'água, muito legal, senti como se estivesse em outro país.










Outra coisa legal é que eles tem um espumante de latinha, além de ser um espumante com o nome da casa, é individual e pude tomar enquanto esperava meus amigos.










Preciso ser sincera novamente, não é um super espumante, mas serviu para o meu objetivo.


A comida estava excelente, pedimos:










- Cappelletti de Brie (recheado de queijo Brie e framboesa ao molho branco e presunto cru).










- Insalata Ciao! (Mix de folhas, gorgonzola, brie e vinagrete de frutas vermelhas).













- Patate Firenze (Batata com fonduta de queijo). 












- Tortelli di Limone (recheado de Emmenthal e limão siciliano ao molho de abobrinha, alho poró e amendôas).





Os preços das comidas são bastante justos para São Paulo, no entanto o vinho é sempre um "problema" para deixar a conta menos agradável, fazer o quê?! Quase sempre vale a pena!


Santé!