segunda-feira, 15 de julho de 2013

A Nieto Senetiner é a marca de vinho argentina fino mais vendida no Brasil. Provei a linha Cadus. Vinhos excelentes.







 







O Cadus está no alto da pirâmide da Nieto Senetiner, de Mendoza.

A vinícola nasceu em 1888, com a chegada de imigrantes italianos, em Luján de Cuyo.

Foi uma cooperativa até 1969 quando a foi comprada pelo grupo Nieto Senetiner.

Em 1998 passou a fazer parte da Holding Molinos e recentemente passou a ser a vinícola argentina de vinhos finos que mais vende para o Brasil.

Na Casa Nieto Senetiner, em São Paulo, provei 4 excelentes vinhos que foram harmonizados com perfeição pelo chef da casa e pelo sommelier Mauricio Marcondes.



















Foram 3 pratos harmonizados com 3 vinhos tintos e canapés de

Salmão, Carpaccio, Kani e Bruschetta de Tomate, acompanharam com perfeição o ótimo espumante Cadus Champenoise.



O espumante foi elaborado com as variedades Pinot Noir (70%) e Malbec (30%).

É um brut nature que passa 18 meses em contato com as leveduras.

A perlage é bem fina, nervosa e barulhenta.

No nariz flores brancas, brioche e pêssego.

Na boca é cremoso, elegante, fresco e longo.

Foram elaboradas apenas 7 mil garrafas.







Tem preço e qualidade de Champagne: 195 Reais.





O Blend of Vineyards Malbec 2008 é um corte com uvas Malbec de 3 vinhedos: Luján de Cuyo com 950 metros acima do nível do mar, Agrelo com 1050 metros e Vistaflores com 1150 metros.

No nariz violeta, amora, mirtilo, café e chocolate.

Na boca é encorpado, potente, mas tem os taninos finos, bem elegante.







Com fraldinha e legumes, ficou perfeito.

A persistêcia é média para longa.

Passou 1 ano em barricas francesas novas.

Vinho para guardar.

Preço: 150 reais.







O Single Vineyard Malbec 2007 é outro vinho bastante potente.

No nariz ameixa, amora, baunilha, cravo e tabaco.







Bom para o ragu de cordeiro com polenta cremosa (que também estava excelente).

Na boca tem os taninos macios, é encorpado, tem boa concentração e equilíbrio.

Final longo.

Passou 2 anos em barricas francesas de primeiro uso.

Um super vinho!

Preço: 195 reais.





O Cadus Grand Vin merece o nome. É realmente um Grand Vin, no bom estilo francês.

Passou 2 anos em barricas francesas.

Corte de Malbec (50%), Cabernet Sauvignon (30%) e Bonarda (20%).

No nariz já mostra elegância.



O filé mignon com shitake aguentou bem o desafio.

As notas são suaves. Aparecem, dão lugar a outras, vão, voltam...

Cassis, groselha, amora, violeta, chocolate, baunilha...

Na boca é o mais elegante.

Tem um ótimo equilíbrio.

Os taninos são potentes e aveludados.

Tem boa concentração e um final bastante longo.

Preço: 190 reais.



Pra terminar, o sommelier Mauricio Marcondes trouxe uma surpresa.

Um vinho da safra 2000, quase único, segundo ele restavam 12 garrafas, agora só 11.

Um privilégio!



O Cadus Estiba 39 (se refere ao número do tanque de cimento onde estava o vinho) foi elaborado pelo grande enólogo italiano Alberto Antonini.

É um vinho sem preço, que não está à venda e se voce tiver um em casa, saiba que ele está super vivo e ainda pode melhorar pelo menos nos próximos 3 anos.

Não tem sinal de evolução.

Os sinais são só os positivos, com notas de estábulo lolo no início (o vinho foi decantado por 4 horas), passando para amora, cereja, flores, grafite, chocolate...

Na boca é elegância pura.

Mostra que os vinhos bem elaborados do novo mundo são como os grandes vinhos do velho mundo: podem sim envelhecer bastante.

Na boca é encorpado, tem os taninos firmes, boa acidez e um final muito longo.






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