segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Calda Bordaleza 2006 - Tinto - Bairrada - Portugal - O rótulo era feio, mas o vinho...





O produtor Manuel dos Santos
Campolargo não poderia ter escolhido um rótulo mais feio para colocar dentro da
garrafa um vinho tão especial. O nome também é bastante estranho, pois a calda
bordalesa é um preparado de sulfato de cobre, cal hidratada ou cal virgem e
água. O preparado é bem eficiente para combater fungos nas vinhas. Com
certeza, o nome foi escolhido por causa do corte: Merlot 75% e 25% de
Petit Verdot e um pouco de Cabernet Sauvignon. Quanto ao rótulo não sei a explicação,
no site do produtor, por sorte e alívio para os olhos, ele já foi trocado:





Ficou muito melhor, né?


No Brasil a Mistral vende com o
rótulo antigo.


Mas o importante é que o vinho é bom.


Bastante francês, cor rubi
transparente, muito elegante nos aromas. Cassis, amora, groselha, cacau e
alguma especiaria e couro. 


Na boca é incrível! Uma elegância
digna de grandes vinhos de Bordeaux!


Os taninos macios, finos.


Tem ainda potência, já com 7 anos
de vida. 


Coisas da Bairrada.


Ainda pode melhorar. O vinho está
jovem.


Preço: 220 Reais.


Nota: 90/100.

Parabéns pela mudança do rótulo!





















domingo, 29 de setembro de 2013

Salton Desejo Merlot 2008 - Serra Gaúcha - Brasil





Esse vinho já é um clássico brasileiro.

A Merlot é considerada por muitos a variedade que melhor se adaptou no Brasil.

Esse passou 1 ano em barricas francesas e americanas e mais 1 ano em garrafa antes de ser comercializado.

Tem 13% de álcool.

No nariz mostra muita fruta, como amora, mirtilo, ameixa, e também pimenta, eucalipto e coco.

Na boca é bastante macio, tem corpo médio/encorpado, bom equilíbrio e final médio/longo com notas de chocolate.

Preço: cerca de 60 reais.

Nota: 88/100

Tudo sobre as regiões francesas - Bourgogne - Parte 66 - Sub-Região Côte de Beaune - AOC Savigny-lès-Beaune













A AOC Savigny-lès-Beaune ocupa
350 hectares de vinhedos na Cote de Beaune.


A produção anual é de cerca
de 17 mil hectolitros de tintos (Pinot Noir) e Brancos (Chardonnay e Pinot
Blanc).


Os tintos representam 90%
da AOC.


Os solos são
argilo-calcários.


Os vinhos são sempre
macios, mas ficam ainda mais suaves com a idade.


As características frutadas
são a marca da AOC.


Framboesa, groselha e
mirtilo.


Na parte mais ao sul da
Comuna de Savigny os solos são de areia e cascalho, favorecendo os brancos
vivos e frescos.


Com o envelhecimento,
aparecem aromas de banana, flor de espinheiro e abacaxi.


Os tintos têm em comum a
fruta bem evidente e dominante, o frescor e os taninos bem suaves.









































É o vinho que se deve beber
mais jovem entre os outros da sub-região Cote de Beaune.


Possui 22 Premiers Crus:






















Les Charnières, Les Talmettes, Les Vergelesses, Bataillière,
Basses Vergelesses, Aux Fourneaux, Champ Chevrey, Les Lavières, Aux Gravains,
Petits Godeaux, Aux Serpentières, Aux Clous, Aux Guettes, Les Rouvrettes, Les Narbantons,
Les Peuillets, Les Marconnets, La Dominode, Les Jarrons, Les Hauts Jarrons,
Redrescul e Les Hauts Marconnets




sábado, 28 de setembro de 2013

Maionese de caipirinha, pode? Parece estranho, mas pode e surpreende pelo sabor e originalidade.




Vamos à receita!





Ingredientes:


2 gemas de ovos

suco de um limão

250ml de óleo

80ml de cachaça

uma pitada de açúcar

sal e pimenta q.b.





Importante: todos os ingredientes devem estar em
temperatura ambiente.





Começamos colocando as gemas numa tigela, com
o sal e a pimenta, batendo e adicionando o óleo lentamente - comece primeiro com algumas gotas e depois a fio. Assim que obter um molho
espesso, adicione o limão, a
cachaça e o açúcar, continue batendo. Quando tudo estiver bem
misturado, a maionese está pronta.





Queremos saber:


- que alimentos, petiscos você escolheria para saborear
este molho delicioso?


- que vinho acredita harmonizar melhor?

Sugere outra bebida para esta harmonização, além da caipirinha, claro?




Até breve!

DV Catena - Cabernet Malbec 2008 - Mendoza - Argentina











O DV Catena é um clássico entre os vinhos
argentinos.


O nome Catena é uma referência na Argentina e
conquistou um nome no Brasil, que poucos vinhos, de qualquer nacionalidade,
possuem.


Esse Cabernet/Malbec, é elegante, correto.


No nariz notas de cereja, violeta, cassis,
amoras e tabaco.


Na boca é adocicado, encorpado, tem os taninos
macios e equilíbrio.


O final é longo com notas de baunilha.


Passou 16 meses em barricas francesas (90%) e
americanas.


Tem 14% de álcool bem integrado.


Preço: cerca de 100 reais.




Nota: 88/100


sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Tudo sobre as regiões francesas - Bourgogne - Parte 65 - Sub-Região Côte de Beaune - AOC Santenay







A AOC Santenay fica ao sul da Côte de Beaune, em vinhedos que ocupam uma área em linha reta de 15 quilômetros, em 330 hectares.


Em Santenay são produzidos brancos e tintos.


A produção anual é de cerca de 13.200 hectolitros por ano. 


Nas partes mais atlas, os vinhedos estão plantados a uma altitude de 500 metros.


O solo é composto por calcário marca (nas partes mais baixas) e a exposição sul.


Os tintos são mais produzidos, sempre com a Pinot Noir.


Os brancos são mais raros, elaborados sempre com a Chardonnay.


Existem 11 vinhedos classificados como Premier Cru.


Os tintos apresentam florais de rosa e violeta, além das frutas vermelhas características da variedade e algumas notas de alcaçuz.


Na boca são vinhos elegantes.


São vinhos de guarda.


Os brancos, são frescos e vigorosos. 


Apresentam notas cítricas, herbáceas e de avelã.

Na boca mostram mineralidade, um final longo e muitas vezes, notas de mirtilo, que normalmente só aparecem em vinhos tintos.

Vem aí a segunda edição do Encontro de Vinhos Curitiba




O Encontro de Vinhos Curitiba 2013 terá mais de 20 expositores e mais de 150 rótulos, com importadores, produtores brasileiros e uma comitiva argentina de peso.

O Encontro de Vinhos promete repetir o sucesso de 2012 na capital paranaense!

Dia 9 de Novembro, das 14 às 22 horas, no Hotel Bourbon Convention, na rua Cândido Lopes, 102 - Centro - Curitiba.

Ingressos comprados pelo site, antes do dia da feira, 50 reais:

 http://www.encontrodevinhos.com.br/venda-de-ingressos/

No dia da feira: 60 reais.

Sócios ABS e SBAV: 30 reais.

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Uma descoberta! Zaha Cabernet Franc 2011 - Altamira - Mendoza - Argentina





Zaha significa Coração, no idioma Huarpe, falado pelos nativos de Mendoza.

O vinho que o Alexandre Frias me chamou a atenção na Winery, acabou sendo um belo achado. Compramos em 5 pessoas e provamos o tal Cabernet Franc.

Foram produzidas só 12346 garrafas, com uvas de vinhedos de Altamira, em Mendoza.

O enólogo é o Alejandro Sejanovich.

O vinho passou 1 ano em barricas francesas, 20% delas novas.

Não foi filtrado, nem clarificado.

Tem 14% de álcool.

No nariz notas de frutas vermelhas, violeta, terra, canela e baunilha.

Na boca é encorpado, muito macio, elegante.

Boa fruta e algo de tabaco.

Tem os taninos muito finos.

O final é longo, com notas de chocolate.

Preço na Argentina: 240,00 (pesos), cerca de 80 (Reais).

Nota: 90/100.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Tudo sobre as regiões francesas - Bourgogne - Parte 64 - Sub-Região Côte de Beaune - AOC Saint-Romain









A AOC Saint-Romain produz Brancos e Tintos, mas a reputação é dos Brancos de Chardonnay.
Os vinhedos ficam em altitudes que variam entre 290 e 430 metros..
São 150 hectares em encostas íngremes e solos excelentes.
A composição varia entre marga, calcário e argila.
Os fatores climáticos têm um papel importante na AOC.
Em safras especiais, os vinhos chegam a ser fora de série e nos anos mais frios e chuvosos, vinhos são comuns e não mostram grande complexidade.
As variedades são Chardonnay e Pinot Noir.
A produção anual é de cerca de 4 100 hectolitros.
Os tintos, menos conhecidos, têm menos estrutura e nem sempre evoluem com o tempo em garrafa.
São frutados, com notas de groselha, framboesa e cereja.
Os brancos também são bastante frutados, mas oferecem também notas florais e minerais.
A mineralidade bem marcada também aparece na boca e fica menos evidente com o envelhecimento, dando lugar a notas mais adocicadas.  


Podem ser guardados pro alguns anos, mas são mais interessantes jovens.

Dunamis Cor 2011 - Merlot Cabernet/Sauvignon - Dom Pedrito - Campanha Gaúcha - Brasil





Mais uma vinícola da Campanha Gaúcha que faz vinhos interessantes e confiáveis.

Esse Cabernet/Merlot, chamado Cor, é um vinho bastante frutado.

Chama Cabernet Merlot, mas isso quer dizer, Merlot + as duas Cabernet: 40% de Franc e 10% de Sauvignon.

Uma boa oportunidade de provar um corte com predominância da Merlot e da Cabernet Franc.

No nariz notas de cereja, framboesa, floral e terra.

Na boca é bastante macio, tem corpo ligeiro a médio, muita fruta, e o final bem constante.

Não é longo, mas não é curto, e constante.

Aparece uma leve nota de baunilha.

Boa acidez, fresco.

Gostoso de beber.

Tem 12% de álcool.

Custa em torno de 40 reais.

Nota: 86/100

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Batalha Cabernet Sauvignon 2009 - Candiota (Campanha Gaúcha) - RS - Brasil





Boa surpresa!

Esse vinho é de Candiota, no paralelo 31, onde o Brasil termina e o Uruguai começa.

O nome vem da Batalha do Seival. Um conflito militar entre os revolucionários da Revolução Farroupilha e o exército do Império Brasileiro.

Os revolucionários venceram essa batalha.

No mesmo local, nasceu o vinho Batalha.

Tem 13% de álcool.
No nariz, cassis, cereja, violeta, ervas aromáticas e canela.

Na boca corpo médio, frutado, boa acidez, taninos macios, persistência média.

Custa cerca de 45 reais - http://www.vinhosbatalha.com.br/compreAtual.aspx

Nota: 87/100



Jane Prado foi numa feirinha de gastronomia em Sampa...







Porque quando uma programação é legal até São Pedro ajuda. Quem estava em São Paulo neste domingo, 22/09, viu a chuvarada que caiu por aqui, mas no auge da feirinha de gastronomia "O Mercado", no Ibirapuera, a chuva deu uma trégua e o público pode provar as delícias de chefs incríveis da capital paulista. Eles preparam diversas comidinhas que estavam muito apetitosas.










Eu escolhi um sanduíche do João Vergueiro Lema e do Fred Frank. Pão Ciabatta Integral com rosbife. Estava espetacular.


Comidinhas especiais com preços até R$ 15,00. 










De sobremesa escolhi um ponche, foi uma bela forma de finalizar uma tarde conturbada que antecedeu uma noite mais conturbada ainda... chuva é sempre um peso pra mim.










Em algumas barraquinhas tinha vinho, mas como o final de semana tinha sido prolongado de festa, resolvi evitar.







Só fiquei triste de não ter fome o suficiente para experimentar o Choripan, seria um belo resgate dos churrascos de adolescência na praia.


"Se organize que a próxima edição será dia 13 de outubro no Mercado de Pinheiros, não vai perder."




Santé!

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Tudo sobre as regiões francêsas - Bourgogne - Parte 63 - Sub-Região - Côte de Beaune - AOC Saint-Aubin









A AOC Saint-Aubin fica em partes mais altas e produz vinhos brancos maravilhosos.
São 160 hectares de vinhedos próximos a Puligny e Chassagne. 
Os solos são de marga, muitas vexes cobertos por calcário e calcário e argila.
A Chardonnay é a estrela da AOC, com vinhos notáveis.
Existem alguns tintos de Pinot Noir, mas são um pouco ofuscados pela qualidade dos brancos. A produção anual é de cerca de 7 800 hectolitros.
Os tintos com notas de cassis, cerejas, amoras e especiarias. envelhecem bem e ganham maciez e complexidade.
Os brancos são mais complexos. Variam conforme o lote onde estão os vinhedos.
Normalmente oferecem notas de flores brancas, mineral, amêndoa verde e flor de laranjeira.
O vinho tem excelente potencial de guarda e melhora muito com o tempo.
Não vale a pena ser impaciente.
Com a evolução mostram notas de sera de abelha, mel, canela e marzipan.

domingo, 22 de setembro de 2013

Os vinhos da Puglia da Vinícola A.Mano têm simpatia da Elvezia Sbachiero



Em mais uma visita da simpática Elvezia Sbachiero, provei os vinhos da Vinícola A Mano, da Puglia.

A história dela é interessante.

É friulana, conheceu um californiano, se apaixonaram e procuraram um lugar onde os vinhos ainda não estivessem a altura do potencial da região.

Encontraram o que buscavam na Puglia.

O californiano é o enólogo Mark Shannon.

Provei 6 vinhos.

Todos com preços interessantes, importados pela Ravin www.ravin.com.br





O Mano Bianco IGT 2010 é um corte de Fiano Minutolo e Grecco.

No nariz tem bons aromas de tangerina, flores brancas e algo salgado, mineral.

Na boca é fresco, notas cítricas, equilíbrio, final e corpo médio.

Custa R$ 77,00

Nota: 87/100



O Promessa Orgânico 2009 é um corte de Syrah e Merlot.

No nariz notas de amora, violeta, canela e pimenta.

Na boca tem corpo médio, bom equilíbrio, boa acidez e muita fruta.

O final é longo.

Custa R$ 66,00

Nota 88/100



O A. Mano Primitivo IGT 2009 é 100% Primitivo.

No nariz tem notas minerais, amora, mirtilo, ameixa e especiarias.

Na boca é direto, sem arestas, taninos bem finos, final longo com notas florais.

Custa R$ 77,00

Nota: 89/100



O A. Mano Negroamaro IGT 2008 foi meu preferido.

Outro varietal, 100% Negroamaro.

No nariz notas de ervas aromáticas, alecrim, amora, chocolate, cacau.

Na boca é encorpado, rústico, com bons taninos e acidez.

Final longo..

Custa R$ 77,00 (boa compra)

 Nota: 90/100




Terminamos os tintos secos com o A. Mano Prima Mano IGT Primitivo 2008.

Outro varietal com a Primitivo, esse em outra faixa de preço com outras qualidades, mas outro preço também.

Custa R$ 101,00

No nariz, outra vez as frutas negras, com predominância da amora, leve lavanda, pimenta preta e alcaçuz.

Na boca tem boa estrutura, taninos finos, notas minerais e boa fruta.

Vinho jovem, que deve melhorar muito com mais tempo em garrafa.

Diria que em 5 anos as impressões certamente seriam outras.

Nota: 89/100



Pra terminar um passito.

O A. Mano Imprint of Mark Shannon Apassito IGT 2012 também é um varietal da Primitivo.

Um vinho para acompanhar a sobremesa, elaborado com uvas secas no próprio vinhedo.

No nariz boa fruta (vermelha), canela e ginja.

Na boca não é tão doce, tem boa acidez, mas o álcool aparece um pouco.

O preço é excelente: R$ 90,00

Nota: 87/100

sábado, 21 de setembro de 2013

Cervejas single hop, um caminho interessante. Por Alessandro Pinesso*








No vasto universo dos uísques, os mais
valorizados costumam ser os single malt, ou seja, bebidas
preparadas com uma única variedade de malte, em contraponto aos blended,
que podem conter 30, 40 ou mais uísques.





No preparo de uma cerveja, o mais comum é que
ela contenha algumas variedades de malte e também de lúpulo, a planta que
confere amargor e outras características sensoriais à bebida. Sobre este
ultimo, já falamos em uma coluna anterior (leia aqui http://www.papodevinho.com/2013/08/lupulo-o-tempero-da-cerveja-por.html).





Agora, é possível encontrar cervejas elaboradas
com uma única variedade de lúpulo, denominadas single hop (“hop” é lúpulo em
inglês). É uma maneira interessante de verificar como este ingrediente
influencia no resultado final da bebida.





O mais recente lançamento que provei foi o kit
Single Hops da cervejaria Dama Bier, de Piracicaba, no interior paulista. São
quatro cervejas, cada uma representando um elemento da natureza (água, terra,
fogo e ar), todas utilizando a mesma cerveja base, uma India Pale Ale com 6,5%
de álcool, cada uma com um lúpulo diferente. Para que a intensidade dos lúpulos
fosse ainda maior, todas passaram pelo processo conhecido como dry
hopping
, onde uma dose extra de lúpulo é adicionada no final da maturação.





Cada cerveja leva o nome do lúpulo nela
empregado. Se a ideia for degustar todas numa mesma sessão, a sugestão é
fazê-lo na ordem proposta abaixo:


Dama HBC 342 – Elemento água. Notas herbais e
cítricas, com leve malte. O amargor, suave no início, se mantém por um bom
tempo na boca. Elaborada com uma variedade experimental importada dos EUA, HBC
342.





Dama Ahtanum – Elemento ar. Lúpulo perfumado,
floral, com cítrico suave, com leve picância, elaborada com o lúpulo Athanum,
cultivado no estado norte-americano de Washington.





Dama Motueka – Elemento Terra. Lúpulo delicioso,
com cítrico que provoca salivação e estimula o próximo gole. O Motueka é
importado da Nova Zelândia, desenvolvido a partir do cruzamento de uma
variedade local com o famoso lúpulo Saaz, da República Checa.





Dama Topaz – Elemento fogo. Amargor intenso,
com final seco, não vai agradar a quem não aprecia cervejas amargas, mas ainda
é interessante.  A variedade Topaz é produzida na Austrália.





Das quatro, gostei muito da Motueka, de longe, a
melhor das quatro, seguida de perto pela Athanum. A HBC 342 e a Topaz são
interessantes, mas sem a mesma drinkability das anteriores.





Para conferir, procure nas boas casas do ramo,
com preço em torno de R$ 53,00. Trata-se de uma edição limitada, então é bom se
apressar. 


Até a próxima!





*Alessandro Pinesso é sommelier de cervejas
formado pela Associação Brasileira de Sommeliers (ABS) e Association de la
Sommellerie Internationale e Mestre em Estilos Cervejeiros pelo Instituto da
Cerveja Brasil, associado ao Brewers Association dos EUA.




E-mail: pinesso@gmail.com


Suco de uva: sangue vegetal, leite vegetal e seiva viva






Melhor e mais nutritivo
do que o vinho, estudos têm revelado que o suco de uva preta ou rosada pode
trazer os mesmos benefícios à saúde, por conter os poderosos antioxidantes,
chamados flavonoides, aos quais se atribuem os bons efeitos do vinho sobre o
coração.





Os flavonoides no suco
de uva, como no vinho, se mostraram capazes de evitar a oxidação do chamado mau
colesterol, LDL ou lipoproteínas de baixa densidade, que levam à formação de
placas nas paredes das artérias.


A proposta do efeito
protetor do vinho tinto deve ser bem considerada, mas não devemos esquecer dos
seus efeitos adversos: alcoolismo, distúrbios de comportamento, síndrome fetal
alcoólica, acidente vascular cerebral hemorrágico, hipertensão arterial,
arritmia, miocardiopatia e morte súbita. Estudos têm mostrado que o consumo de
álcool superior a 20 gramas por dia é responsável pelo aumento na incidência de
hipertensão arterial, sendo esta uma das patologias cardiovasculares mais frequente
na população em geral e um dos fatores de risco para aterosclerose.





Comer uvas brancas ou
verdes, ou beber seu suco, não tem o mesmo efeito, porque não contêm os flavonoides
que as uvas pretas e rosadas têm.





Estudos levam a crer que
os antioxidantes do suco permanecem no corpo por mais tempo do que os do
vinho. A r
ecomendação de consumo diário do suco de uva é de um copo (150ml).







O suco de uva tem
mais calorias que o leite, semelhanças surpreendentes com o leite materno e bastante indicado para períodos de reconstrução da fadiga, da anemia ou da convalescença.





Fonte: FAURGS (Faculdade
de Agronomia da Universidade do Rio Grande do Sul); Econatura Produtos
Ecológicos e Naturais Ltda, Andréa Abdala Frank - Nutricionista , Prof. do
Instituto de Nutrição UFRJ.




sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Tudo sobre as regiões francesas - Bourgogne - Parte 62 - Sub-Região: Côte de Beaune - AOC Puligny-Montrachet












A AOC Puligny-Montrachet fica na Côte de Beaune, ao sul de Meursault, na Côte-d’or.


O nome foi mencionado pela primeira vez em 312, por um intermediário de um discípulo de Eumenes* que escreveu a primeira descrição do vinhedo.


Existem duas divisões nesta AOC: Puligny-Montrachet com uma superficie de cem hectares de vinhedos e Puligny-Montrachet Premier Cru com apenas 1 hectare e 17 vinhedos: Sous le Puits (Blagny), La Garenne (Blagny), Hameau de Blagny, La Truffière, Champ Gain, Les Chalumaux, Champ Canet, Clos de la Garenne, Les Folatières, Le Cailleret, Les Demoiselles, Les Pucelles, Clavaillon, Les Perrières, Clos de la Mouchère, Les Combettes e Les Referts.


Os solos são de calcário marron e marga argilo calcária.


São produzidos tintos e brancos.


Tintos com Pinot Noir e Brancos com Chardonnay ou Pinot Blanc.


O interessante é que tanto brancos como tintos são excelentes nesta AOC.


São vinhos que certamente estão entre os melhores do mundo.


Elegantes, com bastante fruta, equilíbrio e potencial de guarda como poucos.







*Rei da Macedônia.

O Dia Em Que o Romanée Conti Virou Caldo!







Jean Pierre trabalhava na equipe de estilistas de uma grande Maison francesa, na Rue du Fauburg Saint Honoré, em Paris.
Amava os vinhos, as festas, reuniões gastronômicas e Champagnes.
Dizia com sua afetação peculiar que ganhava o suficiente para beber grandes vinhos todos os dias.
Saía do escritório por volta das 5 horas e comprava sempre um grande vinho para acompanhar o grande jantar preparado com capricho pelo seu companheiro Marcel.
O que Jean sabia de vinhos, Marcel sabia de gastronomia!
A diferença é que Marcel não ganhava o suficiente para frequentar os restaurantes estrelados de Paris. Preparava maravilhas em casa.
O jantar de hoje é para 5 convidados, um deles crítico gastronômico.
Os pratos: Um Coq au Vin e um Risoto (para eles risotô) de trufas brancas do Piemonte.
Jean sentiu o cheiro da comida na entrada do prédio.
Subiu, foi direto pro banho e saiu pronto para a recepção.
Foi até a cave climatizada e procurou pelo La Tâche e pelo Romanée Conti, escolhidos a dedo para o jantar.
Depois de muita procura encontrou o La Tâche. Mas e o Romanée Conti?
Marcel não suportava que entrassem na cozinha enquanto trabalhava, mas nesse caso...
-Marcel, voce mexeu nos vinhos?
-Claro, peguei o vinho para o Coq au Vin!
Jean Pierre desmaiou imediatamente.
Marcel gritava, pulava, telefonou para a ambulância, chamou os vizinhos, enquanto Jean Pierre recuperou os sentidos.
-O que houve Jean, teve um mal súbito?
Jean levantou, mandou os vizinhos embora, cancelou a ambulância e disse a Marcel:
-Você não tem ideia do vinho que usou para o seu Coq au Vin, nem vale a pena explicar, mas foi uma desgraça! uma tragédia!
Os convidados chegaram, comeram, elogiaram...
Jean tomava o caldo do Coq au Vin como se fosse sopa.
Raymon, o crítico gastronômico, poderia ter ficado calado, mas não ficou:
-Temos liberdade suficiente para que eu dê minha opinião sem rodeios: Para um bom Coq au Vin é preciso acrescentar um bom vinho...
Jean desmaiou mais uma vez!!!

PS: O Romanée Conti é um dos vinhos mais caros do mundo.

Dois Grenaches para o dia da Grenache



Os dois vinhos são da Decanter (www.decanter.com.br), que entrou no espírito da Grenache e abriu 10 vinhos para sommelier e especialistas, em comemoração do dia da Grenache, comemorado hoje.

O Giocoso eu conheço bem.

Esse é o 2006.

Sei da seriedade e cuidado que o Claude e a Isabel Fonquerle dispensam a cada cacho de uva, no Domaine l'Oustal Blanc, em La Livinière (Minervois), no Languedoc Roussillon (França).

Biodinâmico.

Tem 65% de Grenache, o restante é dividido entre a Syrah e a Carignan.

Algumas vezes tem uma minúscula parte de Cinsault, que nem sempre é revelada, mas que dá frescor ao vinho.

Passou 1 ano em barricas francesas.

No nariz amora, cereja, mirtilo, alecrim, arruda, alcaçuz e notas minerais.

Na boca é encorpado, potente, com muita fruta e equilíbrio.

Fresco no nariz e na boca.

Um vinho longo e que deve evoluir ainda por muito tempo em garrafa.

Deve ficar ainda mais interessante com mais uns 5 anos em garrafa.

92 Pontos.

Custa R$ 156,80



O outro vinho é daqueles que vale mais do que custa apesar dos nossos impostos absurdos.

O Montal Garnacha 2007 é da região de Albacete (Espanha) produzido no Pago de Montal.

É um Vino de la Tierra de Castilla.

Esse sim, 100 % Garnacha.

Com apenas 4 meses em barricas, o vinho é uma explosão de frutas.

Amora, ameixa, cassis, mirtilo...

Com mais contato com o ar e umas mexidinhas na taça, aparecem notas de couro, tabaco, alcaçuz...

Na boca é macio, frutado, encorpado e longo.

É ainda jovem apesar de já ter 6 anos.

Acho que ainda evolui por mais 3 ou 4 anos.

89 Pontos.

Custa R$ 71,00

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Chianti Classico Castello di Selvole DOCG 2010 - Toscana - Itália









Esse Chianti Clássico foi elaborado pelo enólogo Stefano Porcinai, em Castelnuovo Barardenga.


Ainda não está no mercado brasileiro, mas vale a pena falar dele.


No corte: 80% Sangiovese, 15% Merlot e 5% Canaiolo.


No nariz é bem aromático.


Notas de cereja, ameixa, framboesa, café.


Na boca tem corpo médio, bom equilibrio, boa acidez e taninos maduros.


O final é longo, com gostinho de café.


Passou 15 meses em barricas francesas.


Tem pouco potencial de guarda.





87 Pontos

Tudo sobre as regiões francesas - Bourgogne - Parte 61 - Sub-Região Côte de Beaune - AOC Pommard










A AOC Pommard fica ao lado de Volnay, no centro da Côte de Beaune.


São 320 hectares.


Os vinhedos ficam em encostas bem íngremes e exposição leste e sudeste.


Os solos são de marga, intercalada com calcário bem resistente que limita a erosão.


Só são produzidos vinhos tintos elaborados com a Pinot Noir.


Na parte norte, os vinhos são elegantes e equilibrados. 


Na parte mais ao sul, são mais duros e encorpados e com a cor mais escura.


Os Premiers Crus rem uma textura mais arredondada, mais elegante.


Os aromas são de amora, mirtilo, groselha, cereja e ameixa madura.


Depois de evoluído ganham notas animais, couro, chocolate e pimenta.




São vinhos de garda duros na juventude.